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terça-feira, 28 de novembro de 2006

641) O assassino das palavras (sem nenhum orgulho)

Sou eu mesmo, muito prazer.
Ou melhor, com minhas humildes desculpas.

Como todos sabem, com essa minha mania de escrever depressa, eu vou simplesmente por aí comendo letras, passo por cima de vogais, sigo trucidando consoantes, atropelo várias vírgulas (impunemente), elimino concordâncias, troco gêneros (que grave...), enfim, creio que sou um torturador das belas letras, um criminoso do papel, ou simplesmente um escritor distraido, o que de fato sou, pelo menos na maior parte do tempo (quando estou acordado, por exemplo).
Não há nada mais terrivel do que um assassino das palavras...
Por isso mesmo, acho que a poesia transcrita abaixo deve ter sido composta pensando em mim. Só pode ter sido isso...
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Paulo Roberto de Almeida

QUE FIZESTE DAS PALAVRAS?
Eugenio de Andrade - Porto

Que fizeste das palavras?
Que contas darás tu
dessas vogais
de um azul tão
apaziguado?

E das consoantes, que
lhes dirás,
ardendo entre o fulgor
das laranjas e o sol dos
cavalos?

Que lhes dirás, quando
te perguntarem pelas
minúsculas
sementes que te
confiaram?

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Paulo Roberto,

não há blogueiro que não trucida palavras de vez em quando (ou melhor, com freqüência)...

Agradeço sua participação lá no blog. Há uma discussão de alto nível, civilizadíssima. A coisa toda daria um debate acadêmico e um livro (por falar nisso, soube hoje que meu livro sobre A Cruzada contras as Ciências foi aprovado para publicaçao).

Só agora pude responder (terças e quintas tenho aula praticamente o dia todo).

No comentário que fiz lá, agradecendo a todos, declarei minha posição agnóstica (irreligiosa, como você gosta). Na verdade, a gente é indiferente à questão religiosa.


abração