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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

1388) Concurso diplomatico...

Não, não é do tipo que vocês estão pensando.
Este aqui é para ser feito com base em seu próprio domínio do direito internacional:

Concurso: Defina a condição do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, na embaixada do Brasil em Tegucigalpa

Trata-se de um (sorry, estou sempre aumentando a lista sob sugestão dos leitores):
(a) Asilado?
(b) Abrigado?
(c) Hóspede?
(d) Infiltrado?
(e) Acampado?
(f) Homiziado?
(g) Desocupado?
(h) Desempregado?
(i) Turista acidental?
(j) Passante ocasional?
(k) Locatário involuntário?
(l) Amigo do Brasil pelos próximos seis meses?
(m) Sem-teto?
(n) Sem-poder?
(o) Nenhuma das opções acima?
(p) Todas as opções acima?
(q) Outras opções que você imaginar (inclusive candidato a Papai Noel no próximo Natal, desde que ele pinte o bigode de branco, claro...)

(Respostas e novas sugestões para este blog, sem direito a copyright; os beneficios desta campanha de esclarecimento reverterão para o Lar dos Presidentes Desamparados)

Addendum em 26.09.2009:
Dora Kramer, em sua coluna do Estadão deste sábado, 26.09, descobriu uma condição insuspeitada para o presidente deposto:
"Hoje, na realidade, Zelaya é o embaixador do Brasil em Honduras. Coordena a distribuição de alimentos, dorme no sofá, dá as ordens como se ali não fosse território de outro país, diz, preocupado de o Brasil vir a ser alvo de reparos internacionais caso se confirme a versão de que Zelaya comunicou seus planos com antecedência às autoridades brasileiras."

Bem, só falta pagar os vencimentos de embaixador e verba de representação. Não se aconselha, porém, o uso do carro com motorista por enquanto...

8 comentários:

José Marcos disse...

Optaria pela letra (h) por enquanto... (presidente de jure).

José Marcos disse...

ERRATA
A política internacional é uma ciência muito dinâmica mesmo! Como faz dias que ingeri uma pequena dose de vinho, creio que o "efeito multiplicador" do etanol já deve ter passado... Digo isso porque tenho a impressão de, ao acessar o "concurso" pela primeira vez, ter marcado a letra (h) que, na ocasião, correspondia a "nenhuma das opções acima". Como o conteúdo da letra (h) parece ter migrado para a letra (m), retifico minha escolha: onde se lê "optaria pela letra (h) por enquanto", leia-se agora "optaria pela letra(m), nenhuma das opções acima, por enquanto...". Manuel Zelaya é o presidente de jure de Honduras.

Paulo Henrique disse...

Classificaria Manuel Zelaya, atualmente, como: b)Um abrigado; visto que a embaixada do Brasil concedeu permissão para que ele se "abrigasse", em um território internacional, dentro de Honduras.
Quanto a inteligência de tal ato, para ambas partes envolvidas, prefiro até não comentar.

Paulo Roberto de Almeida disse...

José Marcos,
Acho que voce se leva muito a sério, tanto que levou a sério uma brincadeira, vestiu sua toga de juiz, poliu o seu latim e tascou um presidente de jure.
Juro que ele pode ser tudo o que você quiser, inclusive outras opções que não estão no meu cardápio, menos presidente de jure, como você diz.
Ele fez tudo contra a Constituição, depois de jurar cumprir a Constituição, assim que ele não pode ser de jure.
Sugiro a você escolher uma das opções da minha lista, ou propor outra condição, pode ser inclusive em latim, desde que respeite o espírito desta lista, que nada mais visa do que restabelecer o clima apropriado do que me parece ser uma verdadeira comedia dell'arte, ao pior estilo do Wooddy Allen de Bananas, e outras comédias horríveis sobre paisecos latino-americanos...

Daniel Cerqueira disse...

Paulo,

Olha, a letra (n) é bem interessante! É bem repúbliqueta de banana. Muito à la Chávez.

(m) Sem-teto, boa também, hein! Uma vibe mst.

José Marcos disse...

ERRATA DA ERRATA...
Obrigado por ter esclarecido o fato da lista aumentar seus itens à medida da contribuição de seus leitores. Por instantes, pensei que havia marcado minha escolha inicial sob a influência de alguma concentração etílica no sangue... Infelizmente, a opção pela qual nutro mais simpatia não faz parte do concurso e, segundo o edital do mesmo, não poderá ser incluída na relação... Enfim, quando se participa de um concurso, é prudente conhecer o ponto de vista da Banca Examinadora para não zerar na prova! Como ocorreu outra alteração no conteúdo do quesito, retifico minha escolha mais uma vez. Onde se lê: “optaria pela letra (m)”, leia-se: “optaria pela letra (o).” Não justificarei a opção a fim de evitar o risco de ter a prova impugnada!

Fernando disse...

Colocaria mais uma:
(r) presente de grego, ou venezuelano.
ou no mesmo espírito:
(r) cavalo de tróia

Paulo Roberto de Almeida disse...

José Marcos,
Você continua levando meu post muito sério, apenas não faz a sugestão explicitamente para que eu inclua uma opção que seria a de "presidente de jure".
Sinto muito, Zelaya e o Chávez (e seus outros aliados na região) podem jurar que isso é verdade, mas factualmente não é verdade. Ele violou a Constituição de Honduras e deveria estar hoje na cadeia, apenas que os militares foram mais trapalhões do que ele e o expulsaram de forma ridícula (mas também desconfio que foi arranjado num estilo de acordo oligárquico, para não ter de prendê-lo, e talvez calculado pelo Chávez, para uma volta triunfal, como teria gostado o Jânio).
Num concurso decente, que se ativesse a fatos apenas, estes seriam os fatos a serem considerados.
Num concurso viciado pelo politicamente correto e pela deformação dos fatos, você de fato precisaria responder pela versão do momento do pensamento único dos que pensam deter a chave orwelliana da verdade.
Triste, não é mesmo?
Paulo Roberto de Almeida
de Paris, 26.09.2009