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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

1619) O brasileiro é obcecado por concursos públicos?


Infelizmente sim, obsessivamente sim. Isso ainda vai afundar o Brasil. Querem apostar?
Esperem mais dez anos: o funcionalismo vai consumir 15% (ou mais) dos orçamentos públicos, condenando a taxa de investímentos públicos (já pífia, atualmente) a permanecer em níveis irrisórios pelo futuro previsível...
O Estado é um ogro insaciável, que consome todos os recursos da Nação, um vampiro sedento que suga toda a seiva do setor produtivo.
Infelizmente, essa tendência não vai ser revertida any time soon...
Paulo Roberto de Almeida

O brasileiro é obcecado por concursos públicos?
Fábio Terra Teixeira
Site Opinião e Notícia, 25/12/2009

A foto acima mostra a multidão de cariocas que se mobilizou para participar de um concurso para gari da Comlurb, no dia sete de outubro de 2009. A empresa estatal contabilizou 104,4 mil inscrições. Quem passar terá direito a um emprego de R$ 900 mensais. Os números apresentados levam a crer que se tratam de pessoas sem perspectiva profissional, ou que precisam de dinheiro. Mas em levantamento feito pela Comlurb, 1.026 candidatos tinham nível superior e 45 eram doutorandos. Por que tanta vontade de se ter um emprego público?

De acordo com o professor de economia da Universidade Federal Fluminense Fernando Mattos a resposta passa por dois pontos antigos: a estabilidade no emprego e a perspectiva de crescimento profissional. “O que se tem de novo é que o Estado brasileiro está se aparelhando melhor, o que é positivo. O objetivo é dar um atendimento melhor para a população”, afirma Mattos, responsável por uma pesquisa sobre o aumento no número de concursados.

O aumento é inegável. De acordo com o vice-presidente do Instituto Liberal, Roberto Fendt, o governo Lula, entre dezembro de 2002 e setembro de 2009, aumentou o efetivo de funcionários públicos (excluindo Forças Armadas) em 177 mil. O número pode parecer pequeno, mas vale lembrar que ele se refere apenas aos funcionários federais. O concurso da Comlurb, que é estadual, oferecia 1,4 mil vagas. “Só no Executivo são 104 mil. A minha opinião é que caberia explicar o porquê de tantas pessoas. Com o emprego de tecnologia nós deveríamos diminuir e não aumentar o número de funcionários.”

Fendt acredita que a contratação em massa está atraindo os melhores cérebros para o serviço público, enquanto eles poderiam estar empreendendo no setor privado — que é mais eficiente para produzir riqueza. O problema passa pelo alto salário oferecido pelo governo. De acordo com Fendt, a diferença entre setor privado e público é gritante. A União paga um salário médio de R$ 6,8 mil para seus funcionários, enquanto o salário médio do setor privado é de R$ 1,3 mil.

Mais que atrair os melhores cérebros, os concursos muitas vezes os colocam em cargos abaixo de seu nível profissional. Segundo Mattos, esse comportamento pode acontecer, mas tem diminuído. “No setor privado os empregos aumentaram bastante durante o governo Lula, mas ainda existe uma demanda que não é atendida”. Fendt, no entanto, acredita que existe um cálculo por parte dos concursados. “Do ponto de vista da pessoa, é um bom negócio. Assim que ela coloca o pé dentro do setor público ela pode fazer um concurso interno, entrar é que é importante.”

O peso do setor público no Brasil é grande. Um em cada cinco cidadãos com carteira assinada trabalha para o estado. O custo para manter estes funcionários responde por boa parte da alta carga de impostos que os brasileiros precisam pagar. Fica a pergunta: é saudável uma economia de funcionários públicos?

Caro leitor,
O setor público deve ter salários mais altos que o privado?
A estabilidade no emprego é boa para a economia?
Em sua opinião, o crescimento no número de empregos públicos é sustentável?

3 comentários:

C@rlos Andr£ disse...

O setor público deve ter salários mais altos que o privado?

Não, se o setor privado é, como dito no artigo, mais produtivo, não há lógica que ele pague menores salários. É como pagar mais a quem trabalha menos. Não quero dizer, ou afirmar, o que dizem por aí que os funcionários públicos enrolam no trabalho. Mas pela lógica matemática isso se afirma.

A estabilidade no emprego é boa para a economia?

Não e sim, às vezes a estabilidade gera acomodação e a acomodação e o não-medo de demissão faz a pessoa produzir menos, mas em outras, ela(estabilidade) faz com que as pessoas tenham um nível de consumo regular já que eles são cientes que dificilmente sairão do emprego.


Em sua opinião, o crescimento no número de empregos públicos é sustentável?

Primeiro quero fazer um comentário pessoalíssimo: sou contra os concursos públicos, acho que isso faz com que as pessoas exerçam cargos em que não são educados e especializados, ou seja, um engenheiro em um cargo de policial, um veterinário como educador social and so on. Respondendo a pergunta, o crescimento é insustentável e digo que por vários motivos: 1°- Aumenta progressivamente o déficit público, 2°- como dito no texto, produz uma transferência dos melhores cérebros para o setor público. Finalizando, digo, como PRA, que esse aumento vai afundar o Brasil. Quem viver verá. Não será preciso viver for a long time.

C@rlos Andr£ disse...

O setor público deve ter salários mais altos que o privado?

Não, se o setor privado é, como dito no artigo, mais produtivo, não há lógica que ele pague menores salários. É como pagar mais a quem trabalha menos. Não quero dizer, ou afirmar, o que dizem por aí que os funcionários públicos enrolam no trabalho. Mas pela lógica matemática isso se afirma.

A estabilidade no emprego é boa para a economia?

Não e sim, às vezes a estabilidade gera acomodação e a acomodação e o não-medo de demissão faz a pessoa produzir menos, mas em outras, ela(estabilidade) faz com que as pessoas tenham um nível de consumo regular já que eles são cientes que dificilmente sairão do emprego.


Em sua opinião, o crescimento no número de empregos públicos é sustentável?

Primeiro quero fazer um comentário pessoalíssimo: sou contra os concursos públicos, acho que isso faz com que as pessoas exerçam cargos em que não são educados e especializados, ou seja, um engenheiro em um cargo de policial, um veterinário como educador social and so on. Respondendo a pergunta, o crescimento é insustentável e digo que por vários motivos: 1°- Aumenta progressivamente o déficit público, 2°- como dito no texto, produz uma transferência dos melhores cérebros para o setor público. Finalizando, digo, como PRA, que esse aumento vai afundar o Brasil. Quem viver verá. Não será preciso viver for a long time.

C@rlos Andr£ disse...

O setor público deve ter salários mais altos que o privado?

Não, se o setor privado é, como dito no artigo, mais produtivo, não há lógica que ele pague menores salários. É como pagar mais a quem trabalha menos. Não quero dizer, ou afirmar, o que dizem por aí que os funcionários públicos enrolam no trabalho. Mas pela lógica matemática isso se afirma.

A estabilidade no emprego é boa para a economia?

Não e sim, às vezes a estabilidade gera acomodação e a acomodação e o não-medo de demissão faz a pessoa produzir menos, mas em outras, ela(estabilidade) faz com que as pessoas tenham um nível de consumo regular já que eles são cientes que dificilmente sairão do emprego.


Em sua opinião, o crescimento no número de empregos públicos é sustentável?

Primeiro quero fazer um comentário pessoalíssimo: sou contra os concursos públicos, acho que isso faz com que as pessoas exerçam cargos em que não são educados e especializados, ou seja, um engenheiro em um cargo de policial, um veterinário como educador social and so on. Respondendo a pergunta, o crescimento é insustentável e digo que por vários motivos: 1°- Aumenta progressivamente o déficit público, 2°- como dito no texto, produz uma transferência dos melhores cérebros para o setor público. Finalizando, digo, como PRA, que esse aumento vai afundar o Brasil. Quem viver verá. Não será preciso viver for a long time.