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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A "democracia" deles: um Carlos Magno que nao honra seu antecessor

Um Carlos Magno que desconheço exatamente quem seja, mas que se revela um desses intolerantes antidemocráticos típicos em certos partidos ascendentes (por enquanto), escreveu um comentário em um dos meus posts.
Não importa qual seja, agora, pois seus comentários tem muito pouco, ou quase nada de aproveitável. Trata-se de uma assemblagem de invectivas contra meu direito de expressar uma opinião no meu blog, pois ele ficou visivelmente possesso por eu não defender os seus pontos de vista. Que pena: isso o deixou irritado.
Mais do que isso, furibundo contra minha liberdade de opinião.
Deixo de lado suas invectivas impressionistas, já que não contêm nenhum argumento que valha a pena reproduzir -- justamente pela ausência de argumentos, apenas ofensas -- e me concentro na única coisa de concreto que ele disse.
Em linguagem diplomática, transcrevo o que é o seu parágrafo operacional, este aqui:

"Por fim, se esquece de diplomatas que defendem a não intervenção do estado na economia, seguidores da Escola Austríaca!?. A primeira coisa que o estado deveria fazer era parar de pagar o salário desse tipo de idiota. Aliás, esse tipo de ´´gente`` deveria ser privatizada, vendida para algum museu ou zoológico, ou melhor, pra um ferro velho mesmo."

Eis um perfeito retrato da "democracia" deles: na verdade um totalitarismo mal disfarçado.
Contrariado com a ideia (maluca?) de que alguém, no caso eu mesmo, possa defender a não intervenção do Estado na economia, ele recomenda a demissão pura e simples, ou pelo menos a interrupção dos vencimentos.
Creio que tudo está dito. Este é o totalitarismo que nos aguarda...
Paulo Roberto de Almeida

2 comentários:

Carlos Magno disse...

O diplomata ficou irritado com o que não gostou e se limitou a dizer que sou filiado a algum partido...não, se enganou, eu não acredito na politicagem brasileira. Nem PT, PSDB, PMDB, PSOL, PSTU, etc.
Por que não responde sobre os argumentos que coloquei? Vamos defender o Neoliberalismo, vamos defender o máximo da desigualdade social, porém, quando vierem os problemas, não adianta jogar a responsabilidade no estado não. O estado é comandado por vocês, com a nossa ajuda. Também não existe mais nenhum espantalho comunista. Ninguém cai mais nessa balela.
Se o diplomata defende tanto esse Neoliberalismo, deveria pedir demissão e ser remunerado por alguma empresa internacional, não pelo estado. Mas, isso foi só uma sugestão, uma ironia. O diplomata gosta de ser irônico com os outros, mas, não gosta que sejam irônicos com ele.
Mas eu compreendo, o senhor ainda não saiu da Guerra Fria. Eu já vi professores comunistas assim. Só muda o lado, a moeda é a mesma. Aliás, comunistas e liberais, ambos com suas idéias jurássicas, deveriam ir para um ferro velho juntos: O ferro velho da Guerra Fria. Ia ser engraçado toda essa gente lá.
Nos países europeus mais desenvolvidos, o que existe é uma administração bem feita e responsável, um equilíbrio entre estado e mercado. Certamente o diplomata conhece o Welfare State escandinavo bem melhor que eu. Se lá não existem comunistas querendo estatizar até fábricas de celulares ou de chocolate, tão pouco existem liberais querendo privatizar até os tubarões, como é o caso de liberais como Rodrigo Constantino.
Por que devo acreditar no Comunismo? Um idéia que resultou num retumbante fracasso?
Por que devo acreditar no neoliberalismo? Uma idéia que resulta em políticas desumanas e inconsequentes que só visam o enriquecimento de uma minoria?
Não, caro diplomata. Nem EUA, nem URSS. A Guerra Fria acabou faz tempo. Se não me encanto pelo comunismo, também não me encanto pelo Neoliberalismo.
Mas, voltando ao que interessa...não é a primeira vez que vejo o blog. Sempre atacando os movimentos sociais. Não vejo reflexões aprofundadas sobre esses movimentos sociais. O diplomata ataca ferozmente o MST, o MTST, Via Campenisa e por aí vai. Por que não nos brinda com sua grande inteligência fazendo uma análise aprofundada desses movimentos? Isso mesmo, vá até eles. Faça pesquisas de campo, entrevistas, ou até quem sabe um documentário. O diplomata tem meios para isso. Só pelo fato de ser diplomata - o que certamente lhe garante um capital cultural enorme e mérito por chegar aonde chegou - tem meios pra fazer tal empreitada.
Muitos dos professores das universidades públicas que o senhor considera jurássicos( e alguns realmente são ) estudam essa gente, tem contato com ela, o que parece que falta ao diplomata. Não que eu queira lhe ensinar alguma coisa ao senhor, mas, como seu blog é feito por uma pessoa inteligente para pessoas inteligentes, acho que a idéia é válida.
Existem determinadas questões que o senhor não pode perceber em suas viagens mundo afora. Certamente um contato com essa gente poderá mudar a maneira que o senhor os enxerga. Um contato não, um estudo de primeira qualidade, visto suas credenciais.
Bom dia.

Paulo Roberto de Almeida disse...

Voce reflete exatamente o Brasil.
Apenas constato.

Acho que você deveria ler mais sobre esse monstro metafisico que você acha que existe: o neoliberalismo.
Já escrevi muito a respeito.
Informe-se, leia mais, antes de se exaltar.

Acho que você precisa tomar um pouco de caldo de galinha, um chá de erva cidreira, e use seu tempo para estudar um pouco mais.
Você se sentirá melhor, acredite...
Paulo Roberto de Almeida