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sexta-feira, 16 de março de 2012

Depois do alho, a cebola: produtos altamente estrategicos

O que seria de nossa alimentação, do bom gosto da nossa cozinha, do equilíbrio perfeito dos pratos que consumimos, se não fosse pelo alho -- já protegido por diversas medidas defensivas, antidumping, salvaguardas, listas de exceção, whatever... -- e pela cebola, dois produtos altamente relevantes em nossas casas, absolutamente indispensáveis para nossa saúde, quem sabe até para nossa sobrevivência?
Por tudo isso, todo nosso apoio às justas medidas protecionistas do governo, sempre bem-vindas, e que só nos garantem bem-estar e sobretudo garantia de renda ampliada...
Paulo Roberto de Almeida

Araripe  Castilho,  de Ribeirão Preto
Folha de São Paulo, 14/03/2012

Produtores solicitam ao governo que tome medidas contra o produto da Argentina

O Ministério da Agricultura estuda fórmulas para dificultar a entrada anual de até 170 mil toneladas de cebola argentina no Brasil.

A medida é um pedido de produtores brasileiros, que se reuniram nos últimos dias com o ministro Mendes Ribeiro Filho, em Brasília.

A safra nacional de cebola supera 1 milhão de toneladas por ano e a preocupação do setor está ligada ao bolso dos produtores. Eles vêm de duas safras seguidas de preços baixos e temem que a situação se repita em 2012.

Segundo o presidente da Anace (Associação Nacional de Produtores de Cebola), Almir Schafer, o ministro se comprometeu a "estudar" medidas de proteção ao valor do produto brasileiro.

"Sabemos que não dá para proibir, por causa do Mercosul, mas dá para dificultar", disse Schafer.

A assessoria de imprensa Ribeiro Filho confirmou o compromisso assumido e disse que a pasta tentará dar mais estabilidade ao valor do quilo da cebola pago aos plantadores.

A remuneração do quilo da cebola até começou 2012 em alta, após dois anos ruins, mas, como o produto da Argentina começa a chegar ao mercado nacional neste mês, a expectativa é que o valor caia devido à oferta maior.

O valor pago aos plantadores em janeiro deste ano ficou em R$ 0,60 o quilo, na média.

De acordo com a Anace, em fevereiro o preço foi ainda melhor para o produtor: chegou a R$ 1 e teve como resultado a média de R$ 0,80.

"Mas, em outubro e em novembro [começo da atual safra em Santa Catarina], tinha produtor vendendo a R$ 0,40 o quilo, o que não paga nem os custos da lavoura", afirmou Schanfer.
O consumo médio anual de cebola no Brasil é de aproximadamente 1,13 milhão de toneladas, de acordo com a Anace.

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