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sábado, 10 de março de 2012

Projegue exporta companheiros para a China...

Confesso que quando me mandaram a notícia pela primeira vez, eu descartei como sendo uma pegadinha, na melhor das hipóteses; na pior, uma piada infame.
Mas, depois de ver a mesma matéria estampada no blog de um conhecido jornalista, sério como sabem ser jornalistas respeitados, acabei acreditando que talvez seja verdade.
Enfim, não é 1ro. de Abril, não haveria motivo, em princípio, para jornalista sério brincar com coisas sérias.
O Brasil está exportando jumentos para a China, minha gente.
Que coisa mais transcedental!
E para isso, imaginem só, tem um programa inteiro, do governo (de quem mais poderia ser), chamado de Projegue, que se destina justamente a exportar os simpáticos animais para a China e onde mais houver mercado (acho que deve ter até na Groenlândia e na Islândia, pois o jegue é um animal teimoso, forte (como todo nordestino), sem esses traços neurastênicos dos cablocos do litoral (ou dos burocratas de Brasília), e que pode se adaptar a qualquer ambiente de trabalho.
Mas, coitadinhos, parece que vão ser sacrificados, o que é injusto com o valoroso animal, simbolo de muita cavalgadura que anda por aí (e nem desconfia que tem um primo-irmão num programa tão importante como esse criado pelos companheiros para promover nosso valoroso animal-símbolo).
Pois, mesmo arriscando-me a repetir uma piada que já pode ter sido feita por algum outro jornalista sério, aqui vai a minha.
Já que vão exportar jegues para a China, por que não exportar outro tipo de jumentos também?
Eu sei de muitos companheiros que simpatizam enormemente com a China, acham que ela é nossa aliada, parceira estratégica, essas coisas importantes, que sempre aparecem nos comunicados dos Brics e coisa e tal. Por que não aproveitar a próxima partida de uns tantos milhares de jegues de exportação para também acomodar alguns jumentos especiais de exportação (não são, mas acho que eles viveriam melhor lá do que aqui...).
Enfim, só sugestão, não estou querendo deportar ninguém (como aliás já fizeram com dois companheiros esportistas, que nem jumentos eram...).
Paulo Roberto de Almeida

ECONOMIA

Brasil faz acordo para vender jumentos para a China

Foto: Bloomberg

O Globo
Em meio a tantos produtos brasileiros exportados para a China, surgiu, recentemente, um novo objeto do desejo: o popular jegue nordestino. Há cerca de um mês, um acordo entre os dois países liberou o intercâmbio de asnos — também conhecidos como burros e jumentos, largamente utilizados na indústria de alimentos e na de cosméticos no país asiático.
Os chineses pretendem importar 300 mil jumentos por ano do Nordeste. Além de movimentar a economia local, a iniciativa vai resolver o problema de excesso de oferta de jegues na região. Com as facilidades de financiamento, houve grande crescimento do uso de motos para transporte e os jegues estão perdendo espaço.
Em junho do ano passado, um grupo de empresários chineses conversou, da Bahia ao Rio Grande do Norte, com fazendeiros e políticos. Aos políticos locais, o grupo propôs um programa de garantia de compra a preços de mercado, envolvendo até linhas de crédito, por meio de um sistema batizado de Projegue. Mas o projeto ainda não deslanchou.

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