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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Os "iguais" e os "mais iguais": ainda bem que Orwell nao entra...

Essa conversa de iguais é isso mesmo, uma conversa...
O resto é... realidade...
Paulo Roberto de Almeida

Em reunião com empresários nos EUA, Dilma propõe 'diálogo entre iguais'

Discurso animou empresários prejudicados pelo discurso antagonista aos EUA do governo Lula

08 de abril de 2012 | 22h 29
Denise Chrispim Marin e Vera Rosa, de O Estado de S. Paulo
WASHINGTON - Em reunião com 23 empresários brasileiros, na noite deste domingo, 8, a presidente Dilma Rousseff afirmou que seu governo pretende construir um "diálogo entre iguais" e uma relação mais ampla com os Estados Unidos. Em mais de uma hora de conversa, com um longo beija-mão ao final, Dilma salientou a oportunidade aberta pela recuperação gradual do mercado americano e por seu elevado potencial no campo da inovação tecnológica. Alertou os empresários, porém, sobre a necessidade de o Brasil recuperar os níveis históricos de exportação de manufaturas aos EUA, conforme relato de um participante da reunião.
Dilma recebeu empresários brasileiros no hotel onde está hospedada - Dida Sampaio/AE
Dida Sampaio/AE
Dilma recebeu empresários brasileiros no hotel onde está hospedada
Para a presidente, será imprescindível para o setor privado brasileiro aprofundar sua parceria com o americano. Sua mensagem animou especialmente os empresários mais prejudicados pelo discurso antagonista aos EUA do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. "O tom político mudou. Voltamos aos tempos anteriores ao Lula", festejou um empresário ao Estado. "O mundo está se dividindo em blocos regionais. Há o asiático e o europeu, e não nos resta alternativa senão integrar as Américas. A resistência do governo em se aliar aos EUA é ridícula", afirmou outro líder empresarial.
Dilma elogiou ainda a capacidade de os EUA enfrentar a crise econômica mundial e sair de turbulências e disse que, nesse capítulo, todos têm muito a aprender com os norte-americanos. Do lado dos empresários, Dilma ouviu queixas pelo menos cinco temas específicos. Em especial, um pedido para insistir, na conversa de segunda-feira, 9, com o presidente dos EUA, Barack Obama, na necessidade de conclusão do acordo para eliminar a bitributação das empresas.
O presidente da Coteminas, Josué Gomes da Silva, insistiu na demora no processo de emissão de patentes de novos produtos no Brasil e na inexistência de um acordo para evitar a bitributação entre os dois países. O primeiro depende da reforma dos procedimentos adotados pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), e o segundo diz respeito a uma negociação iniciada no final dos anos 90 e sem chances de ser concluída por impasse entre as posições da Receita Federal e do americano IRS.
Marco Stefanini, presidente da Stefanini IT, insistiu na necessidade de investimento em inovação no campo da tecnologia de informação. Mas, no debate, foi acentuada a via da maior presença das empresas nas pesquisas das universidades brasileiras e da mudança dos critérios para medir a produtividade dos cientistas. Dilma concordou e afirmou ser preciso o aumento do "apetite" das empresas por inovação . O presidente da Braskem, Fernando Musa, acentuou os benefícios do investimento, neste momento, nos EUA.
Descontraída, Dilma lembrou que participa dos  fóruns de altos executivos (CEOs) dos dois países desde que era ministra-chefe da Casa Civil, no governo Lula. Um empresário observou, então, que o fórum "dá sorte" porque Dilma era chefe da Casa Civil e hoje é presidente. Antônio Patriota, por sua vez, era embaixador do Brasil nos Estados Unidos na época e, agora, é o ministro das Relações Exteriores.
"Quando Lula esteve aqui, havia problema com o suco de laranja, que hoje não tem mais, e também da carne, que hoje está diminuindo", comentou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade. "Hoje, o Brasil é a sexta economia do mundo e queremos que seja considerado como um país de primeira classe mundial."
 Para Andrade, a mensagem de Dilma foi a de que é preciso unir esforços com os Estados Unidos para enfrentar a crise econômica. "A América tem de liderar a recuperação mundial", argumentou Andrade.

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