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terça-feira, 29 de maio de 2012

A frase da semana: falta alguem em Nuremberg...

A expressão foi revivida pelo jornalista gaucho Políbio Braga, nesta matéria: 



Chantagem de Lula sobre ministro do STF mostra que no caso do Mensalão ainda falta alguém em Nuremberg
Porto Alegre, 29 de maio de 2012


O editor passou boa parte do sábado e do domingo lendo e analisando atentamente cada linha da reportagem de seis páginas da revista Veja, que denuncia a chantagem que o ex-presidente Lula tentou fazer com o ministro Gilmar Mendes, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal.
. Veja nem quis dar capa ao assunto, dada a gravidade da denúncia.
“Um ex-defende seu legado”, abriu o título da reportagem, antecedida por uma foto de um Lula devastado pela idade, pela doença e pelas poltronices. A foto de Felipe Danna, da Associated Press, tomada emprestada para a matéria, vale por si mesma.
. Onde está a chantagem ? Está nesta curta conversa, registrada no sábado pelo site www.polibiobraga.com.br, que copiou Veja, que começava a circular:
Lula - É inconveniente julgar esse processo agora. Zé Dirceu está desesperado.
Gilmar Mendes - Isto é despropositado.
Lula - E a viagem a Berlim?
Gilmar Mendes - O que tem? Vou sempre a Berlim. Lá mora minha filha e lá fiz doutorado.
. A chantagem é claríssima – tão clara como uma cena de cinema, como diria a psólica Luciana Genro.
. Lula deixou claro nas entrelinhas que poderia usar o caso da viagem. A denúncia poderia sair na CPi do Cachoeira.
. A reunião ocorreu no escritório do ex-ministro Nelson Jobim, que ao desmentir o conteúdo da conversa, “atrapalhou-se” de tal modo que tudo o que disse ficou não valendo nada.
. Além disto, na palavra de quem uma pessoa de bem pode tomar como a mais próxima da verdade ? Ora, todos conhecem a má formação de Lula.
. As reações dos chamados líderes dos Partidos e da chamada sociedade civil organizada, foram muito modestas diante da soberba chantagista do verdadeiro chefe do Mensalão. Sobre o julgamento, aliás, pode-se dizer o mesmo que Davi Nasser disse sobre Felinto Muller, ou seja, ainda falta alguém em Nuremberg.
CLIQUE AQUI para entender a denúncia de que falta alguém no julgamento de Nuremberg.
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egunda-feira, 28 de maio de 2012

Gilmar Mendes na Zero Hora: "Lula entrava várias vezes no assunto da CPI, falando do controle".

O ministro do Supremo Tribunal federal (STF) Gilmar Mendes passou o dia tentando evitar falar da polêmica causada com a matéria da revista Veja na qual ele contou a pressão que sofreu do ex-presidente Lula para adiar o julgamento do mensalão. Fervoroso defensor do julgamento, Mendes não queria polemizar com o ex-ministro Nelson Jobim, que depois da divulgação da matéria negou que a conversa tivesse sido no sentido de interferir no julgamento a ser feito pelo STF. O encontro entre Mendes e Lula ocorreu no escritório de Jobim, em 26 de abril, em Brasília.
Ao conceder entrevista ao jornal Zero Hora no começo da tarde, Mendes demonstrou preocupação com o atraso para o início do julgamento e disse que o Supremo está sofrendo pressão em um momento delicado, em que está fragilizado pela proximidade de aposentadoria de dois dos seus 11 membros.

Confira abaixo alguns trechos da entrevista concedida por Gilmar Mendes, para a jornalista Adriana Irion, de Zero Hora:

Zero Hora — Quando o senhor foi ao encontro do ex-presidente Lula não imaginou que poderia sofrer pressão envolvendo o mensalão?
Ministro Gilmar Mendes — Não. Tratava-se de uma conversa normal e inicialmente foi, de repassar assuntos. E eu me sentia devedor porque há algum tempo tentara visitá-lo e não conseguia. Em relação a minha jurisprudência em matéria criminal, pode fazer levantamento. Ninguém precisa me pedir para ser cuidadoso. Eu sou um dos mais rigorosos com essa matéria no Supremo. Eu não admito populismo judicial.

ZH — Sua viagem a Berlim tem motivado uma série de boatos. O senhor encontrou o senador Demóstenes Torres lá?
Mendes — Nos encontramos em Praga, eu tinha compromisso acadêmico em Granada, está no site do Tribunal. No fundo, isto é uma rede de intrigas, de fofoca e as pessoas ficam se alimentando disso. É esse modelo de estado policial. Dá-se para a polícia um poder enorme, ficam vazando coisas que escutam e não fazem o dever elementar de casa.

ZH — Como foi essa conversa (com Lula)?
Mendes — Foi uma conversa repassando assuntos variados. Ele manifestou preocupação com a história do mensalão e eu disse da dificuldade do Tribunal de não julgar o mensalão este ano, porque vão sair dois, vão ter vários problemas dessa índole. Mas ele (Lula) entrava várias vezes no assunto da CPI, falando do controle, como não me diz respeito, não estou preocupado com a CPI.

ZH — Como ele demonstrou preocupação com o mensalão, o que falou?
Mendes — Lula falou que não era adequado julgar este ano, que haveria politização. E eu disse a ele que não tinha como não julgar este ano.

ZH— Ele disse que o José Dirceu está desesperado?
Mendes — Acho que fez comentário desse tipo.

CLIQUE na imagem acima para ver a entrevista completa.

Lula confirma encontro com Gilmar Mendes, mas nega interferência

O ex-presidente Lula confirmou nesta segunda-feira, por meio de nota, o encontro com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, mas rebate a versão da revista Veja e nega tentativa de interferir nas decisões da Corte. De acordo com reportagem desta semana, o ex-presidente teria proposto uma blindagem a Mendes na CPI do Cachoeira em troca do adiamento do julgamento do mensalão.

. “A reunião existiu, mas a versão da Veja sobre o teor da conversa é inverídica. ‘Meu sentimento é de indignação’”, disse o ex-presidente por meio de nota. No encontro, segundo a revista, Lula teria comentado com Mendes sobre um encontro que ele teria tido com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) em Berlim, o que o ex-presidente nega. Demóstenes é alvo de um processo no Conselho de Ética no Senado que pode resultar em sua cassação.

. Lula disse ainda que sempre respeitou a autonomia e a independência do Judiciário e do Ministério Público e que mantém o mesmo comportamento fora da Presidência. O ex-presidente afirma que indicou “oito ministros do Supremo e nenhum deles pode registrar qualquer pressão ou injunção minha em favor de quem quer que seja”.

CLIQUE na imagem acima para ler a íntegra da nota.

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