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sábado, 10 de novembro de 2012

Privatize Ja': um livro de Rodrigo Constantino

Informo sobre evento, anuncio a publicação, convido para o lançamento (quando atuarei como debatedor), recomendo a leitura e depois sugiro a reflexão em torno dos temas abordados no livro, pois que relevantes para o Brasil atual, e posso, portanto, confirmar minha excelente impressão deste mais recente livro publicado de

Rodrigo Constantino
Privatize Já
(São Paulo: Editora Leya, 2012)

Lançamento em Brasília: 
Livraria Cultura, do Casa Park Shopping
Dia 20 de novembro de 2012, as 19hs. 

Aqui o press release da editora: 


Obra traça um paralelo das privatizações feitas no Brasil nos últimos anos e explica que a privatização é sim a melhor opção para a economia nacional

Se colocarem o governo federal para administrar o deserto do Saara, em cinco anos faltará areia. - Milton Friedman

Se aplicarmos essa lógica ao atual governo brasileiro, em cinco anos o deserto do Saara não só deixaria de ter areia, mas haverá uma folha de pagamento de cerca de cinco mil cargos de confiança que investigam o sumiço, uma CPI do Grão, uma Comissão de Ética e alguns governantes dizendo a seguinte frase “Nós não percebemos que a areia estava diminuindo, mas vamos atrás do culpado, mesmo que tenhamos que cortar da própria carne”.

Está mais do que provado que o modelo de Estatal no Brasil não funciona. Hoje as empresas que menos dão lucro no país, oferecem os piores serviços e contudo são as que mais empregam são as empresas públicas. Mesmo assim, mais da metade da população treme ao ouvir o palavrão “Privatização”. Mas se o serviço público não funciona, porque a privatização se tornou esse dogma, que hoje é quase um adjetivo de política econômica ruim?

A editora LeYa acaba de lançar o livro Privatize Já do economista Rodrigo Constantino. Nesta obra o autor desmistifica o termo privatização, expõe argumentos sólidos, derruba polêmicas e apresenta fatos que definitivamente esclarecem as vantagens da privatização bem feita.  De acordo com Constantino essa aversão pública é pura falta de informação. A solução para diversos problemas enfrentados pelo contribuinte brasileiro hoje seriam resolvidos com as privatizações de diversos setores. Então, privatize já.

Tomando por base a lei do livre comércio, quando uma empresa X investe no setor de mercado onde é líder, outras empresas vão enxergar a possibilidade de mercado e entrar na concorrência. O consumidor será privilegiado, já que essa gama de concorrentes fará o melhor para garantir seus lucros, cada qual oferecendo mais e melhores opções para o consumidor final. Este é um modelo comum para empresas privadas.

Já no setor governamental quando uma empresa Y oferece um serviço, no qual ela é detentora absoluta de mercado, essa mesma empresa pode cobrar o valor que bem entender. O consumidor infelizmente estará preso a essa Estatal, que geralmente oferece serviços básicos para as necessidades de um cidadão comum. E se por acaso essa empresa não gerar lucros, o Governo Federal libera uma verba de auxilio para que mais funcionários sejam contratados e essa empresa pública ofereça uma solução para o problema, que vai levar anos para ser descoberta e possivelmente mais recursos sejam necessários. Esse é o modelo de Estatal brasileira.

O governo brasileiro costuma dividir setores e estatais em feudos partidários, para garantir a tal “governabilidade”. Nunca na história do Brasil houve tanto desvio de dinheiro publico nas Estatais, então a “governabilidade” anda rolando solta e quem paga somos nós.

O demônio da privatização foi criado como arma de politicagem, para que os partidos pudessem acusar uns aos outros de “neocolonialistas sujos e sem coração”, que apenas querem “destruir o patrimônio e a soberania nacional”. Mas o problema real não é a privatização em si ou a soberania nacional, mas o que o governo faz com o dinheiro arrecadado com essas vendas.

Pegando como exemplo as empresas de telefonia, há alguns anos a Telerj e a Telesp eram as detentoras das linhas, e quando um cidadão queria uma linha telefonia devia preencher um pedido, enfrentar uma fila, passar por um sorteio e mesmo assim só podia adquirir um número. E pagar as taxas que fossem impostas pelas operadoras.
Depois das privatizações, hoje o consumidor pode ter quantas linhas quiser, brigar por taxas mais baixas e até optar pelas opções pré-pagas.

Privatizar não é uma panaceia, uma medida mágica que soluciona todos os problemas. Longe disso. Privatizar é sim, um passo extremamente importante na direção de mais progresso, mais prosperidade e mais liberdade também. Por isso, privatize já.

Um comentário:

Gustavo Miquelin Fernandes disse...

Apoio a ideia.

Privatizar estatais e, algo que ninguém diz, muitos Ministérios.

Abraços, Paulo.