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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Previsoes imprevisiveis para 2012: prestando contas...

Ahah, ahah!
Ganhei!
Depois de ter postado minhas previsões para 2013, fui verificar o meu desempenho nas previsões de um ano atrás feitas para este belíssimo ano de 2012, o qual, aliás, passei metade fora deste país maravilhoso, e imprevisível.
Desafio qualquer inimigo deste blog (e eles são muitos, talvez dezenas de masoquistas) a apontar qualquer erro meu nas minhas previsões para o ano que vai encerrar-se dentro em pouco.
Ganhei, ganhei!
Se tivesse apostado contra mim mesmo, em algum bookmaker inglês, teria perdido gloriosamente.
Mas se tivesse apostado a favor, teria ganho ingloriosamente, já que ninguém gosta de desgraça, não é mesmo?
Mas, enfim, o que se há de fazer?
O Brasil não ajuda em previsões certeiras, e otimistas...
Em todo caso, seguem as minhas previsões de um ano atrás.
Paulo Roberto de Almeida
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Previsões imprevisíveis para 2012

Paulo Roberto de Almeida
Postado no blog Diplomatizzando
2012 vai ser um grande ano, como todos sabem. A começar que é bissexto, assim que teremos um dia a mais para não fazer nada, espichar na praia, ficar na rede, ou pensar em adotar um novo feriado nacional, desses idiotas que o Congresso aprova todo ano, homenageando categorias profissionais, evangélicos ou qualquer heroi da pátria.
Aliás, começamos o ano comemorando -- se é o caso de dizer -- os cem anos da morte de um verdadeiro heroi da pátria, o Barão do Rio Branco, que teve a má sorte de morrer pouco antes do Carnaval de 1912. Como lembra meu amigo e historiador (mas uma coisa não está relacionada à outra) Luis Cláudio Villafañe Gomes Santos, autor de um excelente "O dia em que adiaram o Carnaval" (Unesp, 2011), o presidente Hermes da Fonseca resolveu adiar o Carnaval, em homenagem ao Barão, de fevereiro para abril. Não deu outra: o povo pulou carnaval duas vezes naquele ano: em fevereiro (que ninguém é de ferro) e em abril também, uma justa homenagem ao Barão (podia ser com "b" minúsculo, pois só tem um).
Bem, uma vez passado o Carnaval, e lembrando que continuaremos atrasados nos preparativos para a Copa, para as Olimpíadas, para os 200 anos de independência, em 2022, e que continuaremos atrasados para quase tudo, bem, como eu dizia, independentemente disso tudo, cabe, como é a tradição, e como é meu hábito, ainda assim registrar a passagem de mais um ano perdido para o futuro do Brasil por meio de previsões otimistas para o ano que se aproxima (ou que se abaterá sobre nós, conforme é sua disposição).
Como sabem muitos, todo final de ano eu faço minhas previsões para o ano que se aproxima, com esta pequena peculiaridade que minhas previsões NÃO SÃO para acontecer, são exatamente de coisas que não têm a mínima chance de se materializarem, de se transformarem em realizações práticas, uma vez que essa coisa de cumprir boas promessas não entra simplesmente nos hábitos nacionais.
Não, não vou prometer coisas simples como emagrecer ou arrumar meus livros, jogar papéis velhos fora, ou escrever aquele livro longamente planejado.
Minhas promessas, ou previsões, são grandiosas, elas atingem nada mais nada menos do que o orgulho nacional, daí a razão de expô-las em público, como faço agora:

1) O governo vai finalmente reduzir as despesas públicas abaixo do crescimento do PIB e da inflação.
2) Os deputados e senadores passarão a trabalhar mais de um dia e meio por semana.
3) Os mesmos deixarão de aumentar seus próprios salários até o limite constitucionalmente estabelecido (mas que representa apenas uma pequena parte do dinheiro que passa pelos gabinetes...).
4) O Brasil vai deixar de ser protecionista.
5) Um ex-presidente vai deixar de subir em palanques reais e virtuais e parar de ofender a inculta e bela.
6) O MST não vai mais invadir terras públicas e fazendas privadas.
7) Os estudantes da Fefelech vão parar de fumar maconha no campus.
8) Juízes vão reconhecer que ganham desproporcionalmente (inversamente) à sua produtividade.
9) Professores vão começar a dar aulas.
10) Um partido de espertos vai parar de fazer conferências nacionais sobre qualquer coisa e parar de pedir a "democratização da mídia."

Por fim, uma promessa pessoal, imprevisível, como tantas outras: prometo que vou parar de escrever besteirol neste blog.
Bom 2012 a todos...
Paulo Roberto de Almeida

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