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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Governo brasileiro: arrogancia e mandonismo no comando supremo

Quem é a nossa presidente?

Mansueto Almeida
O jornal Valor Econômico desta sexta-feira traz um matéria interessante sobre o estilo de comando da nossa presidente Dilma Rousseff. Vale a pena ler a matéria que está muito interessante e vai ao encontro do se escuta nas conversas de bar em Brasília. Quero apenas destacar quatro parágrafos da matéria:
O estilo “mandão” de Dilma era conhecido desde que se tornou ministra das Minas e Energia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Outros traços marcantes apareceram ou se tornaram mais visíveis quando chegou à Presidência. “Eu sou a presidenta, eu posso”, passou a ser frase rotineira em conversas com assessores próximos. Alguns pensavam, mas não diziam: “Pode, mas será que deve?”.
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Ela está cercada de pessoas medíocres, que não a questionam. Todo mundo morre de medo dela. Ela não tem humildade para escutar os outros. Não dá para ter 39 ministérios, 39 subordinados. Em uma empresa, esse modelo não funcionaria”, disse um alto executivo de um banco de investimento. A imagem de pessoas centralizadoras hoje está muito associada a empresas de donos, fundadores de grandes grupos de primeira geração. “Fui muito centralizador, mas esse modelo não funciona mais. Tem que delegar e ouvir mais”, disse um grande empresário do setor de infraestrutura e energia“.
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“O processo de governo é muito ruim”, diz um ministro que tem uma pilha de projetos sendo “espancados” na Casa Civil. Os empresários criticam os ministros e os ministros, com raras exceções, criticam a Casa Civil da ministra Gleisi Hoffmann, habitada, segundo eles, por técnicos jovens, inexperientes e, às vezes, arrogantes. Não é raro um deles ligar para um ministro de Estado a fim de tomar satisfações sobre algum projeto”
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Na equipe econômica chama-se as escolhas de Dilma de “estilingadas”, decisões que, depois de tomadas, batem num muro e voltam. Só um ano e meio depois de estar no comando do governo ela se convenceu de que o Estado brasileiro não está em condições de investir e admitiu fazer as concessões. Ainda assim, tabelou por baixo o lucro das empresas, no caso das rodovias. Voltou atrás, quando percebeu que não daria certo.”
Acho que os trechos acima dão uma boa ideia da gestão centralizadora do governo. O que me impressiona é por que a presidente só conheceu os limites da maquina pública para fazer investimento depois de um ano e meio do governo, se ela já era ministra da casa civil. Espero que a presidenta continua identificando as falhas do seu governo e adotando essa postura pragmática de voltar atrás e mudar.
O problema é que agora, com o clima eleitoral nas ruas, ninguém espera mudança alguma até  eleições. Assim, essa tarefa será do próximo presidente quem quer que seja ele ou ela.

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