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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Diminui um pouco o PIB, e isso pode ser bom; este PIB se refere a Producao Interna de Burrices... - Celso Ming

Os companheiros se caracterizam, isso já é sabido desde muito, pelo seu alto PIB: a produção interna de burrices (e outras coisas também, mas fiquemos só nas estupidezes genéticas).
Eles sempre demonizaram as privatizações, acusando os que a praticavam de traição à pátria e outras coisas piores.
Deveriam engolir um aeroporto inteira, por reincidiram durante anos a fio nesse tipo de estupidez.
Na verdade, eles ainda não estão convencidos de que o Estado, além de ineficiente, costuma ser parceiro nas roubalheiras, e que a sua política econômica é esquizofrênica.
Eles só recorreram às privatizações por puro desespero, não por convicção. Continuarão estúpidos ainda por muito tempo, mas pelo menos vamos poder, talvez, trafegar por aeroportos menos vagabundos como são os nossos atualmente.
Continuem desesperados companheiros do PIB...
Paulo Roberto de Almeida

O Estado de S.Paulo, 22 de novembro de 2013
Celso Ming

Tão logo foi batido o martelo, espocaram manifestações de regozijo dentro e fora do governo.

Leilão dos aeroportos. Deu certo (FOTO: Sergio Castro/Estadão)
O sucesso não deve ser medido apenas pelo interesse manifestado por grandes grupos econômicos, pelos altos ágios obtidos (de 293,9% pelo leilão do Galeão e de 66,0% pelo de Cofins) e pela bolada de R$ 20,8 bilhões que vai ser recolhida em múltiplas parcelas ao Tesouro Nacional, a partir de março de 2015.
O maior sucesso deve ser creditado a importante mudança de postura e de comportamento do governo Dilma sobre como devem ser realizados investimentos e a administração de serviços públicos.
Ainda subsiste dentro do governo o ponto de vista de que qualquer operação que cheire a privatização é um atentado aos interesses nacionais. A condenação sistemática aos processos de privatização colocados em prática ao longo dos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso foi um dos motes das campanhas do PT. Agora é o que está tratando de colocar em prática.
No caso do leilão dos aeroportos, ainda se ouve o matraquear de que o governo transfere de bandeja o filé mignon para os empresários, que só querem lucro e moleza, e deixa as pelancas para a Infraero, a empresa que é do povo.
Não passa pela cabeça dessa gente que problema maior do que infraestrutura cara, caracterizada por tarifas e pedágios altos, é a falta de infraestrutura. Mesmo se fosse eficiente, o que não é, o setor público não dispõe de recursos para bancar e administrar ele próprio o que tem de ser feito.
A participação de empresas estrangeiras nos consórcios não tem nada de entreguismo, como também se alega nessas áreas e nas remanescentes do brizolismo, em cujas hostes militou a presidente Dilma. Deve-se a uma razão técnica incontornável: nenhuma empresa brasileira tem hoje experiência em administração de grandes aeroportos.
Até agora, mantinha-se arraigada dentro do governo a ideia de que as licitações de serviços públicos são empreendimentos destituídos de risco, fator que justificaria o achatamento da remuneração dos consórcios. O tamanho dos ágios mostra como esse ponto de vista não faz sentido.
O governo enfrenta custos enormes pelas omissões, pelos atrasos, pelas contradições internas na sua política de outorgas. O primeiro leilão de aeroportos, em 2012, contou com pequenas operadoras por regras mal engendradas. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que coordena as licitações na área de infraestrutura, reconhece a falta de traquejo, falhas de modelagem, demora, improvisação e vacilações nesses processos.

Apesar de tudo, o governo Dilma está certo ao bancar essas iniciativas. E é importante que sejam bem-sucedidas porque esse sucesso deverá contribuir para modernizar e dar mais racionalidade à administração pública. Paradoxalmente, é essa convocação da iniciativa privada que pode resgatar pelo menos parte da credibilidade perdida ao longo destes anos.

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