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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Radio France: uma senhora saudavel, ja passou dos 50 anos, mas ainda esbelta...

Tenho varios amigos na Radio France, inclusive na RFI.
Acabo de dar uma entrevista sobre a economia brasileira à Radio France Culture, ao meu amigo, e professor, Thierry Garcin, que já postei aqui (ver neste link).
Paulo Roberto de Almeida 

GERAL

Cartas de Paris: A casa redonda de Paris, por Danielle Legras

O Globo, 22/01/2014

maison de la radio fica num prédio imponente e cilíndrico localizado na requintada rive droite de Paris.
Projetado nos anos sessenta pelo arquiteto francês Henry Bernard, o edifício avant-garde possui dimensões faraônicas. São cem mil metros quadrados que se dividem em mil escritórios e sessenta e um estúdios de gravação. O arquiteto não hesitou ao utilizar os dois materiais mais inovadores da época: o alumínio e o vidro. O resultado é uma construção de aparência um pouco austera, mas de inegável beleza.
É nesta constelação de estúdios que sete estações de rádio transmitem diariamente alguns dos programas mais interessantes produzidos no país. Esta reunião de estações compreendem a Radio France, o serviço público radiofônico francês.
É preciso fazer um breve parênteses e ressaltar o fato de que a mídia radiofônica é uma verdadeira instituição na França. Talvez a grande demanda do público, explique a altíssima qualidade das diversas programações. Os temas são ricos e variados, um verdadeiro deleite.
A estação France Info se encarrega de uma cobertura jornalística non stop, elaborada com inteligência e sutilidade. Ela é composta de jornais, longas reportagens, análises e debates ligados à atualidade.

Radio France

A estação France Culture apresenta um vasto universo cultural cujos temas abordados englobam a literatura, o teatro, o cinema, a filosofia, a espiritualidade, e ainda as chamadas "culturas do mundo", análises sobre as problemáticas de diferentes países e regiões do planeta.
A estação France Inter, de temática geral, é definitivamente uma das mais populares dentre as que integram a Radio France. O programa da manhã, o "7/9", apresentado pelo jornalista Patrick Cohen, se encontra na pole position (em termos de audiência) dos demais programas matinais de rádio.
A estação Fip, possui uma programação exclusivamente musical que inclui todos os gêneros: variedades francesas, rock, word music, músicas de filmes, etc. Ela possui um repertório impressionante, já que a Radio France é a maior discoteca do mundo, contabilizando mais de 1.500.000 de CDs e discos. A estação France Musique se interessa unicamente à transmissão da música clássica e do jazz.
Por fim, a estação Le Mouv se dirige aos mais jovens e France Bleu se encarrega de 44 outras estações locais.
No ano passado, a maison de la radio festejou em grande pompa seus cinquenta anos. Então, vida longa à Radio France! Graças a ela e seus colaboradores, o mundo e seus infinitos paradoxos parecem menos absurdos e mais poéticos. Graças a ela, o jornalismo de qualidade ainda consegue se exprimir e chegar aos ouvidos do público.Vive la maison de la radio!

Danielle Legras é jornalista e tem duas grandes paixões, seu métier e Paris. Há dez anos, decidiu unir o útil ao agradável.

2 comentários:

Ana Fernanda disse...

Boa tarde Professor Paulo Roberto.
Estou estudando para a prova do Rio Branco e encontrei seu blog. Gostei muito dos temas que o senhor aborda e principalmente do seu posicionamento sobre a economia brasileira. Amo muito meu país e tenho muito vontade de ajudar no seu crescimento, entretanto tenho muito medo das políticas assistencialistas do nosso governo. Não acredito que nossa estrutura econômica suporte essa política e estou temerosa quanto as ideias da população, principalmente na desmotivação das famílias agraciadas com os programas na procura de empregos. Entendo a atitude do Governo em ajudar essas famílias e que sem essa ajuda muitos estariam passando enormes necessidades, mas em contrapartida esse venha a ser o inicio da derrocada de nossa economia.

O seu blog foi uma surpresa bem vinda.

P.S.: Adorei a entrevista, séria mas otimista.

Paulo Roberto de Almeida disse...

Vc tem inteiramente razão, Ana Fernanda, nenhum país se desenvolve na base da assistência pública, e o Brasil embarcou (aliás desde a Constituição de 1988, mas reforçado tremendamente pelo neopopulismo dos companheiros) nessa canoa furada do Bolsa Esmola que tem efeitos muito mais devastadores ao nível da psicologia nacional e dos comportamentos sociais, do que efeitos deletérios no plano estritamente econômico (afinal de contas tem países que gastam muito mais em defesa, ou outras rubricas).
Minha ideia é que vamos caminhar para essa lenta decadência econômica, e aumento da carga fiscal, até que alguém resolva inverter as políticas.
Mas os efeitos de psicologia social são difíceis de mudar: criamos uma massa enorme de assistidos e a pressão vai continuar, infelizmente.
Paulo Roberto de Almeida