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segunda-feira, 17 de março de 2014

De 1964 a 2014: 50 anos do movimento militar que deu inicio ao regime autoritario no Brasil

O governo brasileiro, ao que parece, não quer que os militares se manifestem sobre o movimento de 31 de março de 1964, e seu seguimento, que derrubou o regime constitucional do presidente João Goulart e deu início a um período autoritário de 21 anos, que transformou o Brasil, em diversos sentidos.
Pelo menos os militares da ativa não poderão se manifestar publicamente. Como eles são obedientes, assim o farão.
Como os militares aposentados provavelmente não obedecerão a essa determinação, veremos, nos próximos dias, e semanas, diversos artigos, manifestos, notas e outros escritos e pronunciamentos sobre aquela conjuntura e seu significado para o Brasil, de ontem e de hoje (e possivelmente do futuro também).
Muitos seminários, geralmente nas áreas de história e de política, estão sendo organizados pelas universidades brasileiras, com convidados de diferentes matizes políticos, provavelmente mais do lado da esquerda, a grande derrotada em 1964 (e hoje no poder), do que do lado da "direita", ou do pensamento militar, ou dos movimentos anticomunistas, que foram os que deram o golpe e comandaram o país durante aquelas duas décadas.
Dentre tudo o que se disser, escrever, ou aparecer, sobre esses eventos históricos, muita coisa vai ser marcada pela parcialidade, ou pelo posicionamento político, como é normal que ocorra em face de processo tão relevante na história do país.
É pena que os militares, principais autores do golpe e responsáveis pelos destinos do país durante tanto tempo (inclusive antes do golpe, e provavelmente depois também), não possam se pronunciar livremente, pois eles teriam muito a dizer, talvez se explicar, ou ainda prestar contas pelo que fizeram, e tirar lições do período.
Todo e qualquer cerceamento da palavra é negativo, aliás antidemocrático, sobretudo em se tratando de fatos históricos, não da política atual (mas as comparações seriam inevitáveis).
Como este blog é absolutamente contrarianista a toda e qualquer tentativa de censura, e como seu organizador (eu mesmo) se orgulha de pensar com sua própria cabeça, e de nunca se submeter a ordens de terceiros, vou postar aqui tudo o que me parecer útil e interessante sobre esses eventos, descartando apenas os materiais que me parecerem mais enviesados ou sectários.
Como os militares da ativa não poderão se expressar livremente, os Clubes Militares provavelmente o farão.
Segue aqui uma primeira manifestação recebida.
Não concordo com tudo o que nela se diz, e sobretudo com os argumentos utilizados, mas me parece interessante do espírito de alguns militares atualmente (aliás do passado recente).
Vou escrever algo a respeito.
Continuarei informando.
Paulo Roberto de Almeida


Um comentário:

Marco Balbi disse...

Parabéns por sua postura, embaixador! Difundi aos companheiros o link da sua postagem para que eles enviem artigos pertinentes para que o senhor avalie e publique.