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sexta-feira, 14 de março de 2014

Venezuela: até quando Brasil? Quantos mortos mais?


O ridículo argumento do tirano apedeuta é que há franco-atiradores nos bairros. Ora, o que se tem visto, desde o início da luta dos estudantes pela liberdade, são criminosos chavistas motorizados atirando nas pessoas que protestam nas ruas. Quanto aos estudantes presos, são submetidos a tortura e permanecem incomunicáveis - uma escandalosa violação dos Direitos Humanos. É esse déspota que Dilma e Lula apoiam, para vergonha do Brasil. O exército norte-americano afirma que a Venezuela já caminha para uma catástrofe:

Matéria do El País:

Vários bairros de classe média da cidade de Valencia, capital do Estado de Carabobo e a terceira cidade mais populosa do país, amanheceram militarizados nesta quinta-feira depois que o presidente Nicolás Maduro —que horas antes prometia “medidas drásticas” para aplacar os protestos que desde o dia 12 de fevereiro sacodem o país— ordenasse a invasão de casas de opositores que participam das manifestações.
Na quarta-feira completou-se o primeiro mês da onda de protestos na Venezuela, que teve sua origem nas reivindicações dos estudantes, mas que, rapidamente, tomou corpo com a adesão de uma parte da população opositora que não se mostra disposta a esperar o calendário eleitoral para forçar a saída de Maduro do Governo.
Os incidentes mais violentos do dia foram em Valencia. Em choques anteriores, dois manifestantes e um integrante da Guarda Nacional morreram na cidade. Entre os mortos, a ex-miss Génesis Carmona e a estudante Geraldine Moreno, que agonizou durante dois dias depois de receber um tiro a queima-roupa e uma série de disparos no rosto que lhe causaram danos irreparáveis no cérebro.
Mesmo para o histórico violento na cidade, a quarta-feira foi um dia especialmente sangrento. Foram três mortes por tiros e 15 feridos. Um dos mortos foi o capitão da Guarda Nacional, Ranzor Bracho, de 36 anos, que foi atingido por um disparo nas costas.
Os outros dois mortos eram civis: Jesús Acosta, de 23 anos de idade, estudante de engenharia na vizinha Universidade de Carabobo; e Guillermo Sánchez, um treinador esportivo de 42 anos. Em ambos os casos, os depoimentos de testemunhas e de familiares dizem que grupos em motos pertencentes aos “coletivos” paramilitares do oficialismo realizavam operações na zona. Luis Acosta, primo de Jesús, declarou ao diário Notitarde de Valencia que “os grupos, de maneira deliberada, dispararam”.
Por sua vez, Gina Rodríguez, esposa de Guillermo Sánchez, foi taxativa em suas declarações ao repórter Fernando del Rincón, da rede CNN: “Eu posso te dizer que eram aproximadamente 50 ou 60 motos que vinham disparando contra nós, contra os prédios e atirando pedras; meu marido teve que sair correndo, se meteu entre um dos prédios e o agarraram, ele disse que não estava fazendo nada, mas, mesmo assim, o levaram”.
Mas o governador do Estado de Carabobo, Francisco Ameliach —um ex-oficial do Exército, colaborador próximo do desaparecido comandante Hugo Chávez— fez questão de dizer nas declarações à televisão que todas as mortes ocorreram por franco atiradores que estavam nos prédios adjacentes. Segundo Ameliach, os franco atiradores se preparavam para atacar uma marcha de trabalhadores oficialistas do setor automobilístico que se aproximava do local, exigindo que as empresas internacionais de automóveis que, como a Ford e a General Motors, mantêm plantas em Valencia, não cessem suas operações. Essas companhias diminuíram sua produção e avisaram sobre um próximo fechamento, devido às dificuldades de importação de componentes e de acesso à moeda estrangeira. Como as autoridades souberam desses planos, sempre segundo a versão oficial de Ameliach, desviaram o rumo. De modo que os francoa tiradores, frustrados, optaram por disparar à queima-roupa.
Aceitando a história dos franco atiradores, o presidente Maduro ordenou durante a madrugada da quinta-feira cercar as construções El Trigal, La Isabelica e Mañongo da capital do Estado. O objetivo das invasões seria capturar os supostos responsáveis pelas mortes. Além disso, em uma tentativa de agradar os setores do chavismo insatisfeitos porque, depois de um mês de desordens, os ânimos de protesto da oposição não parecem minguar de maneira espontânea, o presidente anunciou outras medidas severas, como a intervenção “da força pública nos focos violentos nas próximas horas” e a detenção de quem financiar e fornecer para “os grupos violentos”, segundo informou por meio de sua conta no Twitter a ministra da Comunicação e Informação, Delcy Rodríguez.
Na última hora de ontem, soube-se que os corpos de segurança ocupavam dezenas de casas nesses setores. Durante a operação, fecharam as ruas e impediram o acesso à imprensa. Ainda não se sabe o número de pessoas presas. Ao meio dia da quinta-feira, o Foro Penal Venezuelano informava que desde a noite anterior havia registrado 51 novas detenções em todo o país. (El País).

Original

PROTESTAS EN VENEZUELA

Maduro despliega militares en Valencia

El Ejército toma el control de barrios de clase media en la tercera ciudad venezolana tras anunciar el presidente “medidas drásticas” contra las protestas

Varios barrios de clase media de la ciudad de Valencia, capital del Estado de Carabobo y tercera ciudad del país por población, amanecieron militarizados ayer después de que durante la madrugada el presidente Nicolás Maduro —que horas antes había prometido “medidas drásticas” para aplacar las protestas que desde el 12 de febrero sacuden el país— ordenara el allanamiento de viviendas de opositores que participan en los desórdenes.
El miércoles se cumplió el primer mes de la oleada de disturbios en Venezuela, que tuvo su origen en los reclamos del sector estudiantil, pero que rápidamente engarzó en el ánimo insurreccional de una parte de la población opositora que no se muestra dispuesta a esperar al calendario electoral para forzar la salida del Gobierno de Maduro.
Los incidentes más violentos del día fueron en Valencia. En anteriores choques ya habían muerto en esa ciudad dos manifestantes y un integrante de la Guardia Nacional. Entre esos fallecidos se encontraban la exreina de belleza Génesis Carmona y la estudiante Geraldine Moreno, quien agonizó durante dos días luego de recibir a quemarropa una salva de perdigones en el rostro que le causó daños irreparables en el cerebro.
Incluso para los estándares violentos de la ciudad, la del miércoles fue una jornada especialmente sangrienta. Hubo tres muertes por heridas de bala y 15 heridos. Uno de los fallecidos fue el capitán de la Guardia Nacional, Ranzor Bracho, de 36 años, quien fue alcanzado por un disparo en la espalda.
Los otros dos muertos fueron civiles: Jesús Acosta, de 23 años de edad, estudiante de Ingeniería en la vecina Universidad de Carabobo; y Guillermo Sánchez, un entrenador deportivo de 42 años. En ambos casos, los testimonios de presentes en los hechos y de familiares refieren que grupos de motorizados pertenecientes a los “colectivos” paramilitares del oficialismo realizaban operaciones de amedrentamiento en la zona. Luis Acosta, primo de Jesús, declaró al diario Notitarde de Valencia que “los colectivos de manera deliberada dispararon aún sin tener capuchas ni nada”.
Por su parte, Gina Rodríguez, esposa de Guillermo Sánchez, fue tajante en sus declaraciones al entrevistador Fernando del Rincón, de la cadena CNN en español: “Yo te puedo decir que eran aproximadamente 50 o 60 motos que venían disparando, tirando piedras, disparándonos a nosotros, a los edificios; mi esposo tuvo que salir corriendo, se metió entre uno de los edificios y lo agarraron, él les dijo que no estaba haciendo nada, pero se lo llevaron”.
Pero el gobernador del Estado de Carabobo, Francisco Ameliach —un exoficial del Ejército, colaborador cercano del desaparecido comandanteHugo Chávez— insistió en declaraciones de televisión que todas las muertes habían sido producidas por francotiradores apostados en los edificios adyacentes. Según Ameliach, los francotiradores se preparaban para atacar a una marcha de trabajadores oficialistas del sector automovilístico que se aproximaba a la zona, exigiendo que las empresas internacionales de automóviles que, como Ford y General Motors, mantienen plantas ensambladoras en Valencia, no cesen en sus operaciones. Esas marcas han bajado su producción y avisan de un próximo cierre, por las dificultades de importación de componentes y deacceso a las divisas.Como las autoridades supieron de esos planes, siempre según la versión oficial de Ameliach, desviaron la marcha. Así que los francotiradores, frustrados, habrían optado por disparar a mansalva.
Acogiéndose a la historia de los francotiradores, el presidente Maduro ordenó durante la madrugada del jueves copar las urbanizaciones El Trigal, La Isabelica y Mañongo de la capital carabobeña. El objetivo de los allanamientos sería capturar a los presuntos responsables de las muertes. También, en un intento por complacer a los sectores del chavismo disgustados porque, luego de un mes de desórdenes, los ánimos de protesta de la oposición no parecen menguar de manera espontánea, anunció otras medidas severas, como la intervención “de la fuerza pública en los focos violentos en las próximas horas” y la detención de quienes financien y provean a “los grupos violentos”, según informó desde su cuenta de Twitter la ministra de Comunicación e Información, Delcy Rodríguez.
A última hora de ayer, se conoció que los cuerpos de seguridad habían ocupado decenas de viviendas en esos sectores. Durante el operativo, cerraron calles e impidieron el acceso a la prensa. Se desconoce el número de detenciones que se habían llevado a cabo. Al mediodía del jueves, el Foro Penal Venezolano informaba de que desde la noche anterior se habían registrado 51 nuevos arrestos en todo el país.

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