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sábado, 16 de maio de 2015

Os tremeliques de um departamento de filosofia: solidariedade ou pesames aos alunos?

Caro Leitor,
Você que é uma pessoa culta, ou pelo menos medianamente bem informada -- do contrário não estaria lendo este post agora -- sabe distinguir algo compreensível de outro algo meio arrevesado, digamos assim, ou então muito estranho, bizarro, ou diretamente imcompreensível.
Pois bem, sendo uma pessoa racional, tente entender o que pretende o autor desta peça filosófica cujo resumo apresento a seguir:

Trata-se de discutir a centralidade do trabalho como categoria de reconhecimento através da problematização de sua natureza disciplinar. Isto nos levará a um duplo movimento: primeiro, a categoria de trabalho em Marx será relida à luz não apenas da temática da espoliação econômica da mais-valia, mas também da espoliação psíquica das relações de estranhamento (unheimlichkeit) entre sujeito e objeto; segundo, as modificações recentes no mundo do trabalho e as modalidades de sofrimento psíquico a elas associadas serão interpretadas a partir do impacto social de tal forma de espoliação.

Entendeu?
Não entendeu?

Quem sabe pelo título, e pelas palavras chave você poderá penetrar nos arcanos do pensamento do seu autor:

O trabalho do impróprio e os afetos da flexibilização

Não entendeu ainda?
Deixe-me ajudá-lo. Vou colocar o título em inglês, pelo meno no inglês do autor, e quem sabe você agora descobre o que está tentando nos dizer esse autor tão profundo:

The Labor of Improper and the Affections of Flexibilization

E com as palavras-chave, dá para entender?

Depressão. Flexibilização. Trabalho. Reconhecimento. Marx.

Não deu ainda, mas não se preocupe, o problema não está com você, mas com quem tortura os seus alunos com coisas como essa aí.
Pois é, eu entendi o que quer dizer o autor, mas o que ele quer dizer é tão confuso, apenas um amálgama de palavras, que simplesmente não significa absolutamente nada.

Minha solidariedade, e ao mesmo tempo meus pêsames aos alunos do professor em questão. Sua disciplina já tinha falecido há muito tempo, mas esqueceram de enterrar.
Um dia isso acontece...
Paulo Roberto de Almeida

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