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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Vocacional: e ja que estamos falando de saudades dos velhos tempos, uma visita em 2004 - Antonio Carlos Goncalves

Reposto, aqui, uma mensagem de um dos antigos vocacianos do GEVOA, tal como a postei da primeira vez:

O Velho Vocacional: mudamos nós ou mudaram as circunstâncias?
(título de Paulo Roberto de Almeida)

Mensagem do Antonio Carlos Gonçalves, de 7 de outubro de 2004:

Gente,
Estive ontem na escola junto com a Gloria,a Mazé, para verificar os reparos necessários nas instalações do refeitorio e confesso que fiquei meio chapado.  Olhei a escola... aqueles corredores.. as salas de aulas .. , e me vieram lembranças, boas lembranças bons momentos que passamos e que vivemos.
As lembranças começam com aqueles corredores de ceramica vermelha, sempre bem encerado, ( hoje trocado por um piso cinza), das escadas de granilite com corrimão que faziamos de escorregador, do local da cooperativa, hoje um vestiario juntamente com a parede onde pintamos aquele mural . Na minha imaginação eu ainda enxergo o mesmo naquele lugar.
Andei pelo patio externo observando os alunos tendo aula de Ed. fisica e enxerguei a nós mesmos.  A sala do Frank e Ephigenia permanece igual.  A quadra , eu imaginava maior, bem como a arquibancada e também  a cobertura da mesma onde o Prof  Frank nos "ajudava " carinhosamente " a atravessar.   
Lembranças da ginastica de solo, dos colchões verdes, do ping pong , das apresentações de quadrilha , de danças ,da montagem cenografica que fizemos de Santo Amaro.  Gente foi muito gostoso lembrar disso tudo, ali.                                 
Dá tristeza ver as salas , na maioria redivididas,  perderam personalidade , o charme,  olhei para a parede onde estavam os  armários de aço , como querendo vê-los naquele local, só lembranças da posição, da cor.
Me vi correndo pelos corredores como gostava de fazer, até atropelar , na curva em frente a sala de Praticas comerciais, uma professora, que não me lembro quem foi. Me vi afundando o piso do corredor, quando o mesmo estufava, fazendo trabalhos de madeira em artes industriais, fazendo a vitrola, como eu gostava e até hoje curto eletronica.  Me vi em Artes Plasticas, pintando, trabalhando com linóleo(lembram-se) para fazer gravuras, preparando a "tempera" para fazer pintura, as aulas de pintura , os "a fresco" ( não sei se se escreve assim ) preparando tinta com clara de ôvo, a terebentina, etc quantas lembranças, gente, boas lembranças.  Eu dou graças a Deus por ter podido frequentar uma escola que realmente nos preparava  para a familia, para a comunidade e para o mundo.
Observei , porém os atuais alunos, com tristeza. Pessoal , eles não tem nada a ver com o nosso passado, é muito esquisito,é um comportamento muito diferente. Porque essa geração é tão diferente da nossa?
Só sei uma coisa, com certeza, estou resgatando um passado que foi maravilhoso e que me ajudou a formar a  pessoa  que sou hoje.
 
Um grande abraço a todos
Toninho

Pela transcrição:
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 21/01/2016

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