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domingo, 6 de novembro de 2016

Falacias academicas: ensaios sobre alguns mitos persistentes (draft book, 2010) - Paulo Roberto de Almeida

No decorrer da década passada, quando eu ainda colaborava com uma revista eletrônica tipicamente acadêmica (com tudo o que isso representa do que cada um pode imaginar), eu encontrava dezenas de exemplos de argumentos factualmente errados, ou seja, sem base empírica, tantos outros artigos sem qualquer consistência histórica, sem coerência lógica, para não dizer equivocados, no meio de um oceano de conceitos vagos, mas sempre recheados por aqueles inevitáveis: classes sociais, burguesia, dominação, hegemonia, imperialismo, exploração, neoliberal, financeirização, inclusão social, espaços de políticas públicas, e por aí vai.
Atraído por essa extraordinária falta de precisão (sendo generoso), comecei a redigir uma série a que dei o nome de
Falácias Acadêmicas
para bem especificar do que eu estava falando.
Escrevi mais de uma dezena delas, ao sabor do momento, sempre provocado por uma dessas falácias que eu encontrava em minhas leituras.
Acho que já confessei -- mas talvez não devesse -- que tenho alergia à burrice.
Não a dos ignorantes legítimos, claro, daqueles que nunca tiveram oportunidade de estudar, por falta de meios, condição social, essas coisas tristes que acontecem na vida daqueles que alguns chamam, até depreciativamente, de classes subalternas, e que os marquetólogos colocam nas categorias D e E (e que os companheiros pensavam ascender à classe C, com os resultados que se sabe).
Eu me refiro à ignorância deliberada daqueles bem informados, e de todos aqueles que dispõem de todos os meios para se informar corretamente, mas que ainda assim insistem em se colocar do lado da burrice, quando não da estupidez.
Isso é mais comum do que se pensa, sobretudo nos meios acadêmicos.
Foi por isso que comecei a escrever a minha série.
Quando deixei de colaborar com a revista em questão -- acho que me excluiram, pois eu andava contestando demais certos colegas, incomodando, enfim -- reuni todas as minhas "falácias" (na verdade as deles) e fiz uma postagem em meu antigo site, que ainda é o mesmo -- pralmeida.org -- mas com outro provedor, contendo todas as publicadas, linkando-as devidamente ao original.
Depois resolvi compor um livro, revisando cada uma, reescrevendo, preparando prefácio e posfácio. Juntei tudo, organizei, e me preparei para reescrever e completar.
Devido ao acúmulo de trabalhos, nunca empreendi tal obra, que ficou parada nos últimos seis anos.
Como não faz mais sentido retomar as "velhas" falácias, e sim cabe falar das novas, inclusive porque os companheiros já se foram e deixaram vasto material para compor novas e revisar as velhas, resolvi divulgar em formato de rascunho de livro (draft book) esses velhos textos, e deixar tudo para a crítica roedora dos ratos, como já disse alguém.
Aqui o titulo do livro e seu respectivo link:
Falácias Acadêmicas: ensaios sobre alguns mitos persistentes
(http://www.academia.edu/29701444/Falacias_Academicas_ensaios_sobre_alguns_mitos_persistentes_draft_book_2010_)
Aqui abaixo a série original (com links que podem ou não funcionar) e os projetos de outras falácias que nunca foram escritas.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 6 de novembro de 2016

Falácias acadêmicas: a série
(ensaios publicados e sugestões futuras)
Paulo Roberto de Almeida
(www.pralmeida.org)
Atualizado em 21 de Agosto de 2011; revisto em 10/05/2013

Lista dos ensaios já elaborados e publicados: (Em preparação)

16) Falácias acadêmicas, 16: ???? (surprise...).

15) Falácias acadêmicas, 15: o modo repetitivo de produção do marxismo vulgar no Brasil, Brasília, 26 junho 2011, 15 p. Discussão das mistificações cometidas contra o marxismo pelos repetidores de slogans superficiais. Espaço Acadêmico (ano 11, n. 122, julho 2011, p. 111-122). Relação de Publicados n. 1040. 

14) Falácias acadêmicas, 14: o mito do colonialismo como causador de subdesenvolvimento, Shanghai, 9 maio 2010, 19 p. Continuidade da série, abordando o fenômeno do colonialismo como indutor de progresso e avanços materiais (e até sociais) nas sociedades dominadas. Relação de Originais n. 2140. Espaço Acadêmico (vol. 10, n. 109, junho 2010, p. 12-26). Relação de publicados n. 972.
[O livro composto em 2010 só integra os textos abaixo, faltando os dois de cima]
13) Falácias acadêmicas, 13: o mito do socialismo de mercado na China, Brasília, 17 setembro 2009, 12 p. Continuidade do exercício serial, com abordagem  da experiência chinesa em matéria de transição renovada ao capitalismo. Espaço Acadêmico (ano 9, n. 101, outubro 2009; ISSN 1519-6186, p. 41-50).
12) Falácias acadêmicas, 12: o mito da exploração capitalista, Brasília, 26 agosto 2009, 11 p. Continuidade do exercício serial, contestando o caráter nocivo da exploração, tanto do homem pelo homem, quanto das sociedades pobres pelas ricas. Espaço Acadêmico (ano 9, n. 100, setembro 2009, p. 142-150).
11) Falácias Acadêmicas 11: o mito da transição do capitalismo ao socialismo, Brasília, 26 julho 2009, 20 p. Continuidade do exercício serial, com estudo sobre o processo de transição do socialismo ao capitalismo, com base nas experiências chinesa e soviética, aproveitando o trabalho 158.
10) Falácias acadêmicas, 10: mitos sobre o sistema monetário internacional, Brasília, 23 junho 2009, 9 p. Décimo artigo da série especial, sobre a fragilidade das recomendações pretensamente keynesianas a partir da crise econômica internacional. Espaço Acadêmico (vol. 9, n. 98, julho 2009, p. 15-21). 2019.
9) Falácias acadêmicas, 9: o mito do socialismo do século 21, Brasília, 24 maio 2009, 17 p. Nono artigo da série especial, desta vez sobre as loucuras econômicas de certos conselheiros do príncipe. Espaço Acadêmico (vol. 9, n. 97, junho 2009, p. 12-24). 2009.
8) Falácias acadêmicas, 8: os mitos da utopia marxista, Brasília, 3 maio 2009, 15 p. Continuidade da série proposta, enfocando os principais equívocos do pensamento marxista nos campos do materialismo histórico e da análise econômica. Espaço Acadêmico (n. 96, maio 2009; arquivo em pdf). 2002.
7) Falácias acadêmicas, 7: os mitos em torno do movimento militar de 1964, Brasília-Rio de Janeiro, 20 março 2009, 23 p. Continuidade do exercício, tocando no maniqueísmo construído em torno do golpe ou da revolução de 1964, condenando a historiografia simplista que converteu-se em referência nos manuais didáticos e paradidáticos. Espaço Acadêmico (n. 95, abril 2009); Espaço da Sophia (n. 26, maio 2009). 1990
6) Falácias acadêmicas, 6: o mito da Revolução Cubana, Brasília, 1 de março de 2009, 17 p. Continuidade do exercício, tocando nos problemas do socialismo em Cuba. Espaço Acadêmico (n. 94, março 2009; arquivo em pdf). 1986.
5) Falácias acadêmicas, 5: o mito do complô dos países ricos contra o desenvolvimento dos países pobres, Brasília, 21 janeiro 2009, 11 p. Continuação da série, tratando desta vez das teses do economista Ha-Joon Chang. Espaço Acadêmico (n. 93, fevereiro 2009; arquivo em pdf); 197
4) Falácias acadêmicas, 4: o mito do Estado corretor dos desequilíbrios de Mercado, Brasília, 15 novembro 2008, 12 p. Da série programada, com críticas a economistas keynesianos. Espaço Acadêmico (n. 91, dezembro 2008; arquivo em pdf); 195
3) Falácias acadêmicas, 3: o mito do marco teórico, Buenos Aires-Brasília, 30 setembro 2008, 6 p. Da série programada, com algumas criticas a filósofos famosos. Espaço Acadêmico(n. 89, outubro 2008; arquivo em pdf); 1931
2) Falácias acadêmicas, 2: o mito do Consenso de Washington, Brasília, 3 setembro 2008, 16 p. Considerações em torno dos equívocos conceituais, históricos e empíricos de setores acadêmicos com respeito ao CW. Espaço Acadêmico (n. 88, setembro 2008; arquivo em pdf); 1922.
1) Falácias acadêmicas, 1: o mito do neoliberalismo, Brasília, 26 julho 2008, 9 p. Considerações em torno de equívocos conceituais, históricos e empíricos de acadêmico selecionado para avaliação crítica. Espaço Acadêmico (n. 87, agosto 2008; arquivo em pdf); 1912.

Proposta parcial de temas para ensaios a serem elaborados gradualmente:
(sem nenhuma ordem específica programada)

O mito da especulação
O mito da deterioração dos termos do intercâmbio
O mito do desenvolvimentismo
O mito da mão invisível do mercado
O mito da mão visível do Estado
O mito da volatilidade financeira
O mito da concentração capitalista
O mito das crises terminais do capitalismo
O mito da reforma agrária
O mito do distributivismo
O mito do igualitarismo
O mito da justiça social
O mito do freudismo
O mito da objetividade acadêmica
Uma teoria das falácias acadêmicas
(sugestões são sempre bem-vindas...)

Primeira elaboração desta lista de sugestões: 
Buenos Aires, 30.09.2008

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