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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

As previsoes imprevisiveis do Sachsida para 2017

Eu ainda estou devendo as minhas previsões imprevisíveis (o que faço todo ano) para 2017, mas antes seguem as do meu amigo Adolfo Sachsida, o melhor economista p revisionista que conheço. Mas ele também não sabe o que vai acontecer em 2017, ninguém sabe, pois tudo pode acontecer, inclusive coisas boas...
Paulo Roberto de Almeida 

QUARTA-FEIRA, 28 DE DEZEMBRO DE 2016

Previsoes do Sachsida para 2017

Antes de informar ao leitor sobre minhas previsões para 2017 (que estao na parte final do texto), deixo aqui registrado um modesto: eu não sei o que irá ocorrer em 2017. Esta é a melhor previsão possível para 2017. Em minha defesa, afirmo que qualquer bom economista terá a mesma resposta que eu. Em minha experiência, nos últimos 20 anos, nunca foi tao difícil prever o que acontecerá no ano seguinte como agora. Tudo pode acontecer, como pode também não acontecer.

Para efeitos de credibilidade, você pode conferir minhas previsões anteriores aqui:
a) Previsões para 2016 (feita em 26 de dezembro de 2015)
b)Previsões para 2015 (feita em 5 de dezembro de 2014)
c) Previsões para 2014 (feita em 18 de dezembro de 2013)
d) Previsões para 2013 (feita em 12 de dezembro de 2012). Peco a atenção do leitor para essa passagem que escrevi ainda em 2012 quando elaborava as previsões para 2013:
"Se o governo insistir no curso atual da política econômica teremos, a partir de 2015, o mesmo problema que enfrentamos no final da década de 1970 e começo da década de 1980: inflação alta, crescimento baixo e desemprego alto. Este blog insiste em se REPETIR: estamos no caminho de reviver a década perdida, estamos cometendo os MESMOS ERROS que já foram cometidos na década de 1970 e que geraram 30 anos de baixo crescimento para a economia brasileira".
e) Resumo de algumas das previsões gerais feitas pelo blog desde 2009(escrito em 5 de dezembro de 2013).

Mas agora vamos ao que eu acredito que deva ocorrer em 2017.

PIB: +1,5% (isso mesmo, iremos crescer ano que vem)

Inflação: 5,5%

Desemprego: continuará ao redor de 12% (infelizmente o desemprego continuará a ser um problema sério)

IBOVESPA: acho que será um ano ruim para a Bolsa. Claro que acoes individuais podem ter destaque, mas o índice como um todo deve ter um desempenho similar a inflação.

Mercado imobiliário: acho que vai continuar patinando até junho, daí em diante acho que estabiliza.

Contas públicas: será mais um ano horroroso para as contas públicas. O próprio governo federal prevê um déficit primário da ordem de R$ 139,5 bilhões. Confesso que, em minha modesta opinião, tal déficit não é sustentável. Medidas adicionais terão que ser tomadas. Mas o problema mesmo virá dos estados e municípios. Em 2017 será a vez dos municípios pararem de pagar o salário de seus funcionários (o que já acontece hoje com diversos funcionários estaduais). As contas de previdência de diversos estados e municípios são impagáveis. E em 2017 isso ficará claro de uma vez por todas.

No campo externo a maior ameaça ao Brasil continua sendo o aumento das taxas de juros americanas. Isso sim pode complicar razoavelmente a nossa situação. Por sorte tais taxas ainda continuam num patamar baixo, mas cedo ou tarde elas voltarão ao patamar normal. O Brasil precisa realizar urgentemente suas reformas econômicas ANTES que as taxas de juros americanas retornem a níveis históricos.

A verdade cruel é que em 2017 tudo pode acontecer, mas tudo pode também não acontecer...

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