O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador ESG. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ESG. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 8 de abril de 2019

ESG: Almirante Alipio Jorge recebe o comando do General Decio Schons

Almirante de Esquadra Alipio Jorge assume comando da ESG

Em cerimônia realizada na manhã do dia 03/04, o General de Exército Décio Luís Schons transmitiu o Comando da Escola Superior de Guerra ao Almirante de Esquadra Alipio Jorge Rodrigues da Silva.
O Ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva presidiu a solenidade, e, em referência elogiosa ao General Schons, afirmou que todos os resultados obtidos são consequência de sua liderança, sempre respaldando suas decisões e estudos sob a ótica da ética, do profissionalismo e do comprometimento.
“Ao longo dos últimos dois anos, o General Schons manteve a ESG totalmente alinhada com os pressupostos do Ministério da Defesa, contribuindo decisivamente para sua projeção em âmbito nacional e internacional. Destaco sua atuação para o fortalecimento do campus Brasília especialmente com a criação do Curso de Altos Estudos em Defesa. A criação do Programa de Pós-Graduação em Segurança Internacional e Defesa constituiu outro importante marco de sua gestão”, registrou o Ministro.
Em suas palavras de despedida, o General Schons cumprimentou todo o efetivo da Escola: “Aqui, muito mais do que ensinar, aprendi. Muito mais que orientar, fui orientado. Por isso agradeço aos homens e mulheres que integram ou integraram a ESG”. O agora antigo Comandante irá chefiar o Departamento de Ciência e Tecnologia, em Brasília.
O Almirante Alipio Jorge, em suas palavras iniciais, afirmou que assume com entusiasmo e grande o cargo de Comandante da Escola Superior de Guerra, “instituição reconhecida como centro de excelência nacional e de referência internacional no campo da defesa e nas suas interações com aspectos atinentes à segurança e ao desenvolvimento nacionais”.
O Almirante é o 46º Comandante da Escola, que completa 70 anos em agosto. Antes de assumir o Comando da ESG, o Almirante Alipio Jorge era o Comandante em Chefe da Esquadra. 
Prestigiaram a cerimônia os Comandantes da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Junior, e da Força Aérea Brasileira, Tenente Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, os antigos Comandantes da ESG, Almirante de Esquadra Hernani Goulart Fortuna, General de Exército Paulo Neves de Aquino, Tenente Brigadeiro do Ar Rafael Rodrigues Filho e Major Brigadeiro do Ar Stefan Egon Gracza, além de diversos oficiais generais da ativa e da reserva, autoridades civis, o efetivo da escola e demais convidados.
Em complemento à solenidade de transmissão do cargo, aconteceu a inauguração do retrato do Gen Ex Schons na galeria dos Antigos Comandantes e, em seguida, ele se despediu do efetivo da Escola em solenidade realizada no Pátio de Formaturas da ESG.
Almirante de Esquadra Alipio Jorge
O Almirante de Esquadra Alipio Jorge foi promovido ao posto atual em 25/11/2018. Nascido em 13/11/1959, na cidade do Rio de Janeiro-RJ, é filho de Nair José da Silva e Suely Rodrigues da Silva. Concluiu a Escola Naval em 13/12/1980. Realizou os cursos de: Aperfeiçoamento de Eletrônica para Oficiais, de Comando e Estado-Maior, de Política e Estratégia Marítimas e MBA de Gestão Internacional da COPPEAD / UFRJ.
Durante sua carreira militar teve as seguintes comissões: o Navio-Escola “Custódio de Mello”; Fragata “União”; Navio de Desembarque-Doca “Ceará”; Comando da Força de Fragatas; Imediato da Estação Rádio da Marinha em Brasília; Comandante do Navio-Patrulha Fluvial “Raposo Tavares”; Gabinete do Comandante da Marinha (Assessoria Parlamentar); Comissão Naval Brasileira na Europa; Gerente do Programa de Modernização das Fragatas; Comandante do Navio-Escola “Brasil”; Comandante do Centro de Adestramento “Almirante Marques de Leão”; Chefe do Estado-Maior da Esquadra; Coordenador da Manutenção de Meios da Diretoria-Geral do Material da Marinha; Diretor de Comunicações e Tecnologia da Informação da Marinha; Diretor de Sistemas de Armas da Marinha; Comandante do 4º Distrito Naval e Comandante em Chefe da Esquadra.
Das condecorações com que foi agraciado, destacam-se: Ordem do Mérito da Defesa (Grau de Comendador); Ordem do Mérito Naval (Grau de Grã-Cruz); Ordem do Mérito Militar (Grau de Grande Oficial); Ordem do Mérito Aeronáutico (Grau de Comendador); Ordem do Mérito Judiciário Militar; Ordem do Mérito Ministério Público Militar; Medalha da Vitória; Medalha do Mérito Marechal Cordeiro de Farias; Medalha Militar (passador de platina); e Medalha Mérito Marinheiro (quatro âncoras com passador de prata).
O Almirante Alipio Jorge é casado com a Sra. Mara Teresa Couto Silva. O casal tem duas filhas: Tamara e Maria de Lourdes.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

ESG: Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (2019)

O lema da ESG é: Nesta Casa estuda-se o destino do Brasil.

Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia inicia atividades da turma 2019

No dia 18 de janeiro o Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (CAEPE) iniciou as atividades da turma 2019 na Escola Superior de Guerra (ESG).
Os novos estagiários foram recepcionados pelo Subcomandante da Escola,  Vice-Almirante Carlos Frederico Carneiro Primo, que deu boas-vindas em nome do Comandante, General de Exército Décio Luís Schons, e pelo Assistente Militar da Aeronáutica e diretor do curso, Brigadeiro Engenheiro Ronaldo Yuan.
Ao fazer uso da palavra, o Subcomandante salientou o ganho acadêmico e interpessoal provocados pelo compartilhamento de experiências, além da união resultante do convívio diário da turma.
Com um total de 88 estagiários, a turma 2019 conta com seis estagiários de Nações Amigas: dois da Argentina, um do Paquistão, dois do Peru e um do Uruguai.
O  CAEPE tem como objetivo preparar civis e militares do Brasil e de Nações Amigas para o exercício de funções de direção e assessoramento de alto nível na administração pública, em especial na área de Defesa Nacional.Ele também integra o Curso Superior de Defesa (CSD) junto com o Curso de Política e Estratégia Marítimas (C-PEM), Curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército (CPEAEx) e  Curso de Política e Estratégia Aeroespaciais (CPEA).

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Evolucao historica da politica externa brasileira: palestra na ESG - Paulo Roberto de Almeida

Evolução histórica da política externa brasileira: palestra na ESG

Paulo Roberto de Almeida
Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, IPRI-Funag/MRE.
Professor de Economia nos programas de mestrado e doutorado em Direito do Uniceub.
 [Objetivo: palestra no CAED da ESG-Brasília; 6 de junho de 2018, 9-10:00hs]

1. A interação da ESG com os temas de política externa: intensa e contínua
Ao receber, pela primeira vez, convite para fazer uma palestra na ESG de Brasília, com a indicação de que poderia ser um tema histórico, comecei, como me pareceu necessário, por uma identificação das palestras de meus predecessores nessa vertente. As conferências de diplomatas ou de analistas e de praticantes das relações internacionais do Brasil na Escola Superior de Guerra tiveram início imediatamente após a criação da Escola, que ocorreu em 1949. A maior parte, no entanto, versava sobre assuntos da conjuntura mundial. Já em 1950, segundo os registros disponíveis, dois diplomatas compareciam para falar de temas da agenda internacional: Henrique Rodrigues Vale sobre “A ONU e os territórios não autônomos” (B-006-50) e Henrique de Souza Gomes, sobre as “Nações Unidas: Falhas e realidades” (B-009-50); este último voltaria cinco anos depois para discorrer, numa perspectiva quase histórica, sobre “A ação do Brasil, em dez anos, nas Nações Unidas” (I-13-55).
O primeiro diplomata a discorrer numa perspectiva e a partir de uma dimensão especificamente histórica, foi o então “Primeiro Secretário de Embaixada” Sérgio Corrêa da Costa, que compareceu à ESG em 4 de maio de 1951 para efetuar uma conferência sobre “O Brasil no concerto americano, de 1864 a Rio Branco” (B-002-51).  (...)
(...)

2. A periodização da política externa brasileira: um esforço em contínua evolução
(...)
3. Grandes etapas da diplomacia brasileira em sua trajetória independente
(...)
4.AC e DC na diplomacia brasileira recente: o lulopetismo diplomático 
(...)
5. As instituições republicanas e a ferramenta diplomática 
(...)
A ferramenta diplomática e a ferramenta militar podem se manter funcionando com base numa solidez institucional própria, pois que dotadas, ambas, de fundamentos conceituais tradicionais – valores e princípios bastante arraigados –, ainda que em condições operacionais por vezes precárias, se o chefe de Estado não se interessa pelo seu financiamento adequado e não se envolve nesse tipo de barganha com a área orçamentária. Dito assim – com um grau de suficiência que corre o risco de beirar a arrogância intelectual por parte de alguém que faz parte da carreira profissional –, até parece que nossa diplomacia exibe uma excelência insuperável para os padrões ditos normais de um serviço diplomático. Caberia, no entanto, relativizar tal pretensão a esse tipo de suficiência, provavelmente indevida, por um exame sincero de onde e como, em que condições, nossa diplomacia correspondeu efetivamente aos interesses nacionais. 
(...)
Os próximos anos corresponderão – vale lembrar – a uma fase preparatória a um exercício retrospectivo sobre o que fizemos nos últimos dois séculos de vida independente, bem como a um outro, prospectivo, que deveremos fazer, sobre o que pretendemos ser nas décadas seguintes. Isso significa que, não obstante a herança portuguesa, ainda influente durante parte do século XIX, só podemos atribuir a nós mesmos os fracassos passados, ao longo do século XX e no início do XXI, assim como devemos assumir plena responsabilidade pelo que faremos no futuro que já está aqui. 
A ferramenta da diplomacia profissional, assim como a ferramenta militar, cada uma em seu domínio próprio – mas provavelmente integradas numa visão partilhada do que seja o Estado brasileiro, e de quais devem ser as grandes opções e escolhas em torno dos itinerários possíveis para o desenvolvimento nacional –, constituem os dois instrumentos básicos de que dispõe a nação para sua plena inserção na interdependência global com preservação da soberania, mas também com intensa integração nos mais diversos tipos de intercâmbios mundiais: comércio, investimentos, finanças, tecnologia, capital humano e insumos culturais de todos os tipos. Cabe velar para que expectativas dessa natureza sejam plenamente confirmadas na prática das duas instituições...

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 31 de maio de 2018

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

ESG, 1949-2017: 68 anos de estudos continuos

Escola Superior de Guerra, minha contemporânea.
Estou convidado para dar um curso em 2018 na unidade de Brasília.
Terei de pensar muito bem no que vou dizer.
Talvez faça uma resenha crítica de tudo o que os diplomatas que me precederam fizeram em suas palestras na ESG.
Paulo Roberto de Almeida
Joinvile, 1 de janeiro de 2018