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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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domingo, 2 de junho de 2019

Chávez e Bolsonaro - José Augusto Guilhon de Albuquerque

Também concordo em que ambos, aparentemente diferentes – mas só na aparência, da divisão entre uma suposta esquerda e uma alegada direita –, são na verdade irmãos siameses, e isso tem a ver com as suas personalidades autoritárias, o líder bolivariano com um DNA praticamente fascista, o capitão brasileiro uma espécie de Cantinflas da política.
Paulo Roberto de Almeida

DUAS OU TRÊS COISAS QUE EU SEI SOBRE CHÁVEZ E BOLSONARO

FROM CHÁVEZ WITH LOVE
Chávez e Bolsonaro têm mais coisas em comum do que se pode imaginar, nem todas relevantes. Mas nesta semana que passou, o mito brasileiro deu passos preocupantes seguindo as pegadas do mito bolivariano.
Embora os dois se tenham destacado por posições políticas radicalmente opostas, ambos compartilharam uma formação militar – um coronel com mestrado em Ciência Política e outro capitão que aparentemente parou de estudar. E os dois também compartilharam um ativismo anti-sistema, de caráter plebiscitário e populista. Mas Bolsonaro nunca liderou, como Chávez, um golpe militar – e pelo que se observa, nunca liderou um movimento significativo com uma agenda propositiva – e, ao contrário do líder bolivariano, entrou para a política por meio do voto popular e não pela ação armada.
O processo que levou o mito venezuelano a passar, de presidente eleito, a déspota esclarecido foi longo. Longo, também, sua transmutação, de líder político em figura mística que continua a assombrar, mesmo do além, o regime supostamente socialista, por meios comunicações misteriosas. É um processo demasiado longo e complexo para ser tratado aqui. Minha hipótese é a de que, além da adoção de uma nova Constituição unilateral – graças ao boicote das oposições -, além da opção por uma militarização da sustentação política do governo, e da manipulação populista da política econômica, o passo decisivo para levar o regime chavista ao despotismo foi o recrutamento do judiciário para a causa bolivariana.
A militarização da disputa política, a organização de milícias armadas, a criação de uma Nomenklatura civil e militar, beneficiada pela corrupção nas empresas públicas e privadas, e a manipulação do câmbio para favorecer as elites, não foram suficientes para evitar totalmente a resistência (mesmo simbólica) de uma oposição pulverizada e em grande parte incapaz de unir-se em torno de uma agenda comum. Insatisfeito, Chávez redefiniu a missão do Tribunal Supremo de Justiça – que em 1999 substituiu a antiga Corte Suprema de Justiça – para ter como objeto servir à revolução bolivariana, permitindo, inclusive, a livre nomeação e demissão de seus membros.
Na semana passada, o mito brasileiro se envolveu em uma série de declarações e, o que é mais grave, em atitudes, a respeito do Supremo Tribunal Federal brasileiro. Primeiro, no que tratei aqui como um “Pacto de Narciso”, isto é, um pacto consigo mesmo, com sua própria imagem projetada sobre seus homólogos no cume dos poderes republicanos. 
Não escapou a ninguém na mídia brasileira, após tomar conhecimento do conteúdo do pacto alinhavado por Tóffoli, que Bolsonaro estava envolvendo o Supremo em sua própria agenda política. Estava convidando o judiciário, com o assentimento explícito do presidente do Supremo, para submeter seu compromisso com a Constituição a um novo compromisso com a agenda governamental.
Devo admitir que salientei, no mencionado blog, apenas o aspecto narcisístico porque, sabedor dos pactos anteriores de Lula com o judiciário e dos pactos de Dilma com ele própria, julguei, precipitadamente que, a não ser o fato de fugir do assunto, esse novo pacto não daria em nada. Não foi o que aconteceu em menos de uma semana. 
Primeiro, o Presidente da República encaixou, em uma reunião com as bancadas femininas das duas casas, isto é, uma reunião de congraçamento político com parlamentares, o agora onipresente Toffoli que, não sendo mulher, nem parlamentar, nem membro do governo, só poderia estar ali por outras razões. Quem matou a xarada foi o próprio Bolsonaro, ao declarar que era bom ter a Justiça a seu lado, isto é, do lado certo. 
O próximo passo foi, desta vez, mais explicitamente nas pegadas de Hugo Chávez. Numa reunião com líderes religiosos de denominações evangélicas, após criticar o atual Supremo por decisões supostamente contrárias à sua agenda política e a suas convicções religiosas, e mostrando inconformidade com a hipotética composição da casa em termos de fé religiosa ou filiação eclesiástica de seus membros, o presidente defendeu a nomeação de um evangélico para a corte. E isso, porque o Estado pode ser laico “mas eu sou cristão”, disse ele.
Este conjunto de declarações e atitudes é muito preocupante, porque constitui uma série de passos no rumo do descompromisso com o Estado democrático de direito, e em prol de um estado de direito definido pelas convicções religiosas e políticas pessoais do presidente.
MANDANDO MORO PARA O CHUVEIRO
Quando um jogador de seu time está criando muito problema, a torcida grita para manda-lo mais cedo para o chuveiro. Quando é o “diretor” técnico quem cria problema, a direção do clube declara que ele está prestigiado. 
Quando o presidente da República prestigia um seu ministro, prometendo livrar-se dele na primeira oportunidade, tenho dificuldade em entender por que a grande maioria das análises que leio, ouço ou vejo na TV, afirma que Bolsonaro está fazendo um afago em Moro. A razão o alegada é de que, com isso, Bolsonaro o estaria compensando por tê-lo traído abertamente com a derrota que o próprio presidente ajudou a Câmara impor-lhe. 
De fato, a emenda que retira da autoridade de Sérgio Moro a COAF – um instrumento estratégico de investigação e combate de corrupção e crimes financeiros, particularmente envolvendo as classes dirigentes – é, para o ministro, uma derrota acachapante. Sobretudo se somada a uma série de outras atitudes de Bolsonaro, cuja consequência é desidratar as prerrogativas do superministério inicialmente alocado ao ex-juiz da Força Tarefa Lava Jato.
Em primeiro lugar, a quem se destinou o recado? Segundo a teoria do afago, seria exclusivamente destinado ao próprio Moro. O qual não reagiu como se tivesse sido contemplado com um afago, mas sido vítima de um embaraço. Além disso, não foi um recado discreto, mas para todos e qualquer um.
O sempre arguto José Nêumanne sugere um alvo específico, Sua Majestade o eleitor, junto ao qual o ex-juiz ainda goza de um prestígio de verdade. Não apenas o eleitor de Bolsonaro, mas todos aqueles que – sem serem admiradores seus, e nem mesmo concordam com o conjunto de sua agenda – esperam dele um desempenho profissional eficiente na área de segurança e justiça. Neste caso, o afago seria dirigido a essa parte do eleitorado que poderia ter ficado decepcionado com a facilidade com que Moro e sua agenda anticorrupção foram jogados às feras da sinistra bancada que julga ser beneficiada com a impunidade de sempre. Para esse eleitor, a agenda de Moro pode parecer ter sido pura e simplesmente traída por Bolsonaro e seu governo.
Em segundo lugar, cui bono? Quem foi particularmente beneficiado com o aviso de que o superministro seria chamado, “na primeira oportunidade”, para ir para o chuveiro e, com isso, proporcionar sua substituição no time? À parte a sinistra bancada dos alvos da lei, convenhamos que diversos segmentos, neste caso não das massas, mas sim das elites, suspiraram aliviados por diferentes razões. 
Em primeiro lugar, o seleto grupo dos já previamente ungidos como futuros presidenciáveis, seriam beneficiados com o baque sofrido por um dos pretendentes mais temíveis. Em segundo lugar, o ainda mais seleto grupo do serralho bolsonarense que, com o enfraquecimento de Moro e sua previsível queda, poderia concentrar suas baterias em um menor e menos prestigioso número de supostas sombras sobre o brilho celeste do presidente-mito, sob suspeita de querer tomar o seu lugar a qualquer momento e a qualquer custo.
Acrescente-se, também, os ressentidos com o fato de encontrarem fechada a primeira vaga a ser aberta para o STF, um grupo difuso mas não menos influente do sistema jurídico que agora, diante de um adversário enfraquecido, teria as mãos livres para enfraquecer ainda mais sua hipotética candidatura ao Olimpo do judiciário. 
Além disso, quais as consequências imediatas do compromisso, assumido publicamente pelo presidente, de afasta-lo na primeira oportunidade? Do ponto de vista pessoal, depois de tornar-se alvo da inconfidência presidencial, Moro se tornou alvo preferencial de todos os que, seja aleatoriamente, seja de maneira concertada, sonham em vingar-se dos sofrimentos que lhe foram impostos pela lei, mas são atribuídos, de uma forma ou de outra, à sua atuação. A proteção legal e corporativa de que dispunha como magistrado, para distribuir o que considerava justiça, não mais existe, e a proteção legal dada à sua posição governamental é, pelo menos, precária diante do ambiente de insegurança jurídica criado no sistema jurídico como um todo, particularmente pelo ativismo dos tribunais superiores.
Do ponto de vista político, uma vez tornado um simples ministro, dispensável na primeira oportunidade, já não produz temor. Minha hipótese é de que sua carreira, pelo menos enquanto durar o governo Bolsonaro, está condenada a um hiato. Pelo menos na condição de um ator político do sistema, comprometido com a mudança do sistema, mas atuando de dentro do sistema. Esse perfil teria muita dificuldade em acomodar-se no atual sistema partidário que, mal comparando, favorece os candidatos do sistema, comprometidos com a manutenção do sistema ou uns poucos candidatos anti-sistema, comprometidos com a mudança ou mesmo a destruição do sistema, com as armas de que dispuser.
Restariam, por hipótese, duas opções: preparar-se, desde já, para retomar a vida pública mais adiante, para contrapor-se ao previsível fracasso do perfil anti-sistema do atual presidente, ou lançar-se desde já como candidato anti-sistema, e bater Bolsonaro em seu próprio terreno. Isso demandaria outro tipo de perfil pessoal e outro tipo de experiência, para reunir apoio de uma coalizão entre mentes da elite e corações da massa.
Não seria tarefa fácil. A lição que Moro ainda não apreendeu é que a política realmente praticada não é para principiantes.

sexta-feira, 23 de março de 2018

Hugo Chavez, um espectro - livro de Leonardo Coutinho


Acabo de receber, para ler e resenhar. Já verificando as fontes (o que faço em primeiro lugar), e o sumário, a organização, e percorrendo algumas páginas passo a recomendar, sem hesitação, este livro a todos os meus 18 leitores (acho que um pouquinho mais, agora, com o FB, mesmo deturpado).
Começo por reproduzir a primeira frase da introdução do autor, "A jornada" (p. 7)"

O jornalista tem por ofício a obrigação de duvidar.

Exatamente isto, e deveria ser a regra para os acadêmicos também, e esta deveria ser a atitude geral do pesquisador: pesquisar duvidando, sempre...
O livro é o resultado de anos de trabalho duro, de centenas de entrevistas, de milhares de páginas percorridas nos mais diversos meios de comunicação.
Volto a insistir: quem quiser entender o que está acontecendo hoje na Venezuela, tem de ler este livro.
Voltarei a ele.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 23 de março de 2018

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Crude Nation: a destruicao da Venezuela pelo petroleo - Raul Gallegos (Nebraska UPress)

Petróleo é uma maldição, para países mal organizados. O Brasil estaria muito melhor hoje, se não tivesse descoberto o pré-sal. Isso atiçou a sanha dos companheiros mafiosos, e quadruplicou sua vontade de roubar. Certo: eles teriam destruído a Petrobras de qualquer jeito, mas talvez muito antes de toda a tragédia, que continuou a ser alimentada pela exuberância do pré-sal, que elevou as ações da Petrobras, deu-lhe um grau de investimento que ela não teria na ausência do pré-sal, não a teria endividado exageradamente, o bandido do Lula não teria modificado a Lei do Petróleo de 1997, não teria criado a Sete Brasil, uma empresa feita inteiramente para roubar em grande escala, não teria criado um enorme problema constitucional na repartição desses royalties que derivaram da modificação da lei, enfim, a desgraça seria menor, e teria tido um desenlace bem antes da agonia que foram os anos da Madame Pasadena.
No caso da Venezuela, o desastre foi muito maior, e o roubo em escala ainda mais gigantesca. A Alba só existiu em função dos petrodólares chavistas, e deve deixar de existir dentro em breve. Enfim, o petróleo na Venezuela foi a maldição absoluta, e o livro de Raúl Gallegos deve trazer promenores a esse respeito.
Dá para ler um excerto, mas está ainda muito caro para comprar. Em seis meses dá para comprar na Abebooks por poucos dólares.
Paulo Roberto de Almeida



Crude Nation
How Oil Riches Ruined Venezuela
Raúl Gallegos

hardcover2016. 256 pp.
9 photographs, 1 map
978-1-61234-770-7
$34.95 t
 


Beneath Venezuelan soil lies an ocean of crude—the world’s largest reserves—an oil patch that shaped the nature of the global energy business. Unfortunately, a dysfunctional anti-American, leftist government controls this vast resource and has used its wealth to foster voter support, ultimately wreaking economic havoc.

Crude Nation reveals the ways in which this mismanagement has led to Venezuela’s economic ruin and turned the country into a cautionary tale for the world. Raúl Gallegos, a former Caracas-based oil correspondent, paints a picture both vivid and analytical of the country’s economic decline, the government’s foolhardy economic policies, and the wrecked lives of Venezuelans.

Without transparency, the Venezuelan government uses oil money to subsidize life for its citizens in myriad unsustainable ways, while regulating nearly every aspect of day-to-day existence in Venezuela. This has created a paradox in which citizens can fill up the tanks of their SUVs for less than one American dollar while simultaneously enduring nationwide shortages of staples such as milk, sugar, and toilet paper. Gallegos’s insightful analysis shows how mismanagement has ruined Venezuela again and again over the past century and lays out how Venezuelans can begin to fix their country, a nation that can play an important role in the global energy industry.
 
Raúl Gallegos, a senior analyst for the consulting firm Control Risks, has been a featured columnist for Bloomberg View, covering Latin American politics, business, and finance. He has been an oil correspondent with Dow Jones and the Wall Street Journal.
"A timely, important book."—Publishers Weekly

"Crude Nation brilliantly paints the reality, and comprehensively expounds the extent and implications of Venezuela’s mishandling of precious and finite oil riches, and its unpropitious economic mismanagement."—Impeccable Business

“Gallegos provides a compelling, enlightening view into the everyday—challenging readers to understand life in one of the world’s most volatile economies.”—Ian Bremmer, president of the Eurasia Group and author of Superpower: Three Choices for America's Role in the World
 
“An invitation to understand the tragedy of one of the richest economies in the hands of an irresponsible and tyrannical government.”—Álvaro Uribe, former president of Colombia
 
“Venezuela’s tragedy was not inevitable. Why did it happen? How could it have been avoided? Who pushed Venezuelan society into the abyss of misery, death and corruption where it now lies? These pages offer interesting clues to answer these questions.”—Moisés Naím, author of The End of Power 
 
“Raúl Gallegos is a sharp-eyed guide to the alternate universe that is contemporary Venezuela. His new book, Crude Nation, makes for a lively, surprising read.”—Paul M. Barrett, author of Law of the Jungle
 
Crude Nation ponders Hugo Chávez’s legacy: an economy run more on magical realism than on either Keynes or Marx. How does a country with the world’s largest oil reserves fail so miserably in virtually every critical sector? Gallegos has a compelling theory why and has more answers than most.”—Ann Louise Bardach, PEN award–winning journalist and author of Without Fidel: A Death Foretold in Miami, Havana, and Washington
Crude Nation is essential reading for those wanting to understand what is happening in Venezuela today and what it will take to turn that nation around.”—Shannon K. O’Neil, Nelson and David Rockefeller Senior Fellow for Latin American Studies at the Council on Foreign Relations and author of Two Nations Indivisible: Mexico, the United States, and the Road Ahead
 
“Raúl Gallegos does a superb job chronicling Venezuela’s myriad woes. No other account captures in such stark terms and vivid detail how calamitous the utter mismanagement of oil riches can be for an economy and society. Crude Nationtells a tragic, cautionary tale—one with untold costs for most Venezuelans.”—Michael Shifter, president of the Inter-American Dialogue think tank 

domingo, 31 de maio de 2015

Hugo Chavez: a fraude que levou a Venezuela ao colapso - livro em espanhol

Recebi, de um amigo, este livro em espanhol, que coloco à disposição de todos os interessados neste link: 
https://www.academia.edu/12700036/Bumeran_Chavez_fraudes_en_Venezuela_2015_

Trata-se de jornalismo investigativo, com fatos reais, testemunhos fiáveis, sobre os numerosos crimes cometidos pelo comandante Hugo Chávez, ao submeter a Venezuela a mais uma ditadura abjeta, ao negociar com as FARC a troca de cocaina por armas russas e muitos equipamentos.

Bumerán Chávez: Los fraudes que llevaron al colapso de Venezuela
Primera edición, abril de 2015
© Emili J. Blasco
Diseño de cubierta y contraportada:
Daniela Santamarina
Maquetación y producción:
Ángel Luis Fernández Conde
Retrato de contraportada:
David Salas
ISBN-13: 978-1511522830
ISBN-10: 1511522836
Washington D.C., Madrid
Con la colaboración de: Center for Investigative Journalism in the Americas (CIJA), Inter-American Trends

Once capítulos de un engaño
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Introducción
1. EL FAUSTO DEL CARIBE
2. UN DOLOR DE RODILLA
3. «ES VERDAD, AÑADIMOS VOTOS FALSOS»
4. EL MONEDERO DE LA REVOLUCIÓN
5. ENRIQUECERSE CON EL SOCIALISMO
6. EL DROGADUCTO BOLIVARIANO
7. NICOLÁS EN LA GUARIDA DE HEZBOLÁ
8. CHÁVEZ-IRÁN, AMOR A PRIMERA VISTA
9. ESQUIZOFRENIA CON EL IMPERIO
10. DEL PAÍS DEL ¿POR QUÉ NO TE CALLAS?
11. COMBO McCHÁVEZ, DIETA TRÓPICAL

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"Si de aquí sale alguna información, fuiste tú; aquí no hay nadie más". Mientras decía estas palabras, Hugo Chávez miró a los ojos a su ayudante personal. Leamsy Salazar le sostuvo la mirada. «Por supuesto, mi comandante», respondió sin que se le quebrara la voz. Chávez cerró el asunto con un «espero que así sea». Sabía que el joven había visto y oído demasiado, pero estaba seguro de que entendería la advertencia. Llamado al lado del presidente venezolano al poco de salir de la Academia Naval, para entonces Salazar comenzaba a tener evidencias de que la revolución chavista era un gran fraude; todavía tuvieron que pasar varios años –oiría y vería aún más cosas– para convencerse. Al final, cogido en medio de divisiones internas, decidió contar lo que sabía, y lo hizo desde donde más daño podía causar.
Era la Semana Santa de 2007 (quizás de un año antes; Salazar no lo puede precisar) cuando el joven oficial fue testigo de cómo Chávez en persona negociaba con los cabecillas de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC) la compra de cargamentos de droga y la entrega a los guerrilleros de armas y otro material militar del Ejército venezolano con los que combatir al legítimo Gobierno de Bogotá.
(...)

Ler o livro neste link:
https://www.academia.edu/12700036/Bumeran_Chavez_fraudes_en_Venezuela_2015_

sábado, 15 de novembro de 2014

Lobos Bolivarianos: Instituto de Altos Estudios Hugo Chavez (pensamiento universal...)

O Grupo de Estudos Lobos da Capital, do cerrado central brasileiro, já tem novos companheiros logo ali ao norte, bastante atravessar a Amazônia, alguns rios e montanhas e, voilà!, chegam rapidamente ao centro do estudo do pensamento universal do grande lider anticapitalista e anti-imperialista.
Pela notícia abaixo, recuperada do Correo del Orinoco, vibrante jornal bolivariano, o pensamento do comandante Hugo Chavez não está morto, ao contrário, está mais vivo do que nunca, atuante na batalha contra o capitalismo e o imperialismo.
Não acreditam? Leiam abaixo.
Paulo Roberto de Almeida

  









terça-feira, 5 de agosto de 2014

Mai$$$$ Medico$$$$ = Mais $$$$$ para Cuba, para a Opas, para os companheiros - Leonardo Coutinho (Veja)

Uma matéria de quase um ano atrás, de que tomo conhecimento apenas agora. Não que haja algo surpreendente para mim, praticamente nada, pois já sabia desse programa estarrecedor, mas que apenas confirma que os companheiros estão a serviço, e sob as ordens, dos companheiros cubanos, aos quais eles devolvem agora ajudas prestadas no passado.
Uma coisa, porém, me surpreendeu: os valores envolvidos, que são substanciais. Não imaginava que fosse tanto dinheiro assim. Os montantes são, sim, estarrecedores. Não estamos falando apenas de uns poucos milhões de dólares (o que é isso para os companheiros, não é mesmo?; desde 2003 eles nadam em dinheiro, sobretudo dinheiro da Petrobras, e esse dinheiro dos cubanos é como se fosse uma corrida de taxi, digamos assim), mas de dezenas de milhões de dólares.
Só encontro duas explicações para isso: (1) os ditadores cubanos estão realmente precisando de muito dinheiro, agora que os venezuelanos enfrentam sérias dificuldades para manter o nível do mensalão chavista e fizeram um apelo desesperado aos seus companheiros brasileiros, a quem eles ajudaram no passado, inclusive como investimento...; (2) estes últimos estão fazendo uma operação triangular, dessas clássicas, na qual o dinheiro sai para fins aparentemente legais, e termina alimentando dutos menos legais, ou muito mais legais, dependendo do ponto de vista, claro.
Tenho uma dúvida e ele é absolutamente pertinente, para saber se ainda vivemos em uma democracia normal, ou se já estamos numa ditadura companheira: saber se esse acordo foi formalmente aprovado pelo Senado brasileiro, como compete cada vez que existe uma operação financeira externa. Se não houve aprovação congressual, ou se o dinheiro foi remetido antes que houvesse a ratificação formal pelo Senado, as remessas são claramente ilegais e inconstitucionais, e pode haver neste caso crime de responsabilidade política da parte do ministro da Saúde -- o anterior e o atual -- e provavelmente até da presidente da República. Está na constituição: qualquer acordo gravoso para o país tem de ser submetido à aprovação do Congresso brasileiro.
E não me venham dizer que não se trata de um acordo com Cuba, e sim com a OPAS, que isso não cola e não vale igual. Mesmo que o dinheiro fosse para o Espírito Santo, no Vaticano, ele teria antes de ser aprovado pelo Congresso.
Assusta-me viver num país em que os dirigentes se arrogam o direito de afrontar a Constituição, como se vivêssemos em ditadura. Talvez já seja o caso e ainda não percebemos...
Paulo Roberto de Almeida 
5/08/2014


Blog de Ricardo Setti, 18/10/2013
às 15:00 \ Política & Cia

“MAIS MÉDICOS”: Estava tudo combinado — um jeitinho para enviar dinheiro a Cuba

RAPAPÉS -- Carissa Etienne, diretora da Opas, com o ditador Raúl Castro, em Havana, em julho: elogios à obsoleta medicina cubana (Foto: Granma)
RAPAPÉS — Carissa Etienne, diretora da Opas, com o ditador Raúl Castro, em Havana, em julho: elogios à obsoleta medicina cubana (Foto: Granma)
Reportagem de Leonardo Coutinho, publicada em edição impressa de VEJA
ESTAVA TUDO COMBINADO
Documentos oficiais mostram que o Mais Médicos foi concebido para enviar dinheiro à ditadura de Cuba — e que o governo brasileiro escondeu o acordo durante meses
Desde o colapso da União Soviética, no início dos anos 90, Cuba ficou à míngua, sem um padrinho para financiar sua ditadura comunista. Na década passada, esse papel passou a ser desempenhado pela Venezuela de Hugo Chávez e por outros países latino-americanos governados por simpatizantes.
Com o PT no poder, o Brasil tem contribuído sem alarde com empréstimos camaradas do BNDES e, descobre-se agora, com a importação de médicos.
Em maio passado, o então chanceler Antonio Patriota anunciou o plano de trazer 6.000 médicos da ilha para atuar nos rincões do Brasil. O que Patriota não disse é que o “plano” era, na verdade, um fato consumado. O acordo para a importação de médicos cubanos já havia sido assinado no mês anterior, valendo-se de um subterfúgio para não tornar pública a verdadeira natureza do negócio.
O contrato falava, em termos genéricos, de uma “contratação de profissionais temporários” e em nenhum trecho citava Cuba ou médicos cubanos. Isso era possível porque, formalmente, o acordo foi fechado entre o Ministério da Saúde e a Organização Panamericana de Saúde (Opas).
Na prática, a entidade vinculada à ONU era apenas a intermediária da transferência de recursos dos contribuintes brasileiros para a ditadura cubana (o que também não era dito no acordo original).
Tanto esforço para omitir Cuba do acordo intermediado pela Opas se explica pela reação negativa da opinião pública brasileira, especialmente das associações médicas, ao anúncio feito por Patriota. Afinal, a importação de médicos cubanos viola uma série de leis brasileiras, além de pôr em risco a saúde da população por causa da qualificação duvidosa dos profissionais.
Criticado pelo “plano”, o governo federal deu sinais de que recuaria. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, chegou a dizer que a prioridade não era trazer médicos cubanos, mas portugueses e espanhóis. Puro diversionismo, pois nos bastidores os trâmites burocráticos para a contratação dos cubanos seguiam em ritmo acelerado.
Em meio aos protestos de junho, a presidente Dilma Rousseff ressuscitou o tema, prometendo na TV “trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS”. Daí nasceu o programa Mais Médicos, sob medida para esquentar o acordo já firmado para importar profissionais cubanos.
A abertura de inscrições para médicos de outros países e de brasileiros que trabalham no exterior foi só uma maneira de legitimar a vinda dos cubanos, pois já se sabia que estes viriam em maior número. O documento assinado por Padilha em 22 de agosto foi apenas um termo de ajuste do acordo assinado em abril na surdina.
ENTROSADO -- O cubano Joaquín Molina, chefe da Opas no Brasil (Foto: ABr)
ENTROSADO — O cubano Joaquín Molina, chefe da Opas no Brasil (Foto: ABr)

Eis por que três dias depois os primeiros 400 médicos cubanos já desembarcavam no Brasil. Uma semana antes, o governo brasileiro havia pago 11,5 milhões de reais à Opas, valor que coincide com o custo das passagens.
Um dos arquitetos da triangulação Brasil-Opas-Cuba foi o dentista Joaquín Molina, ex-coordenador da Cooperação Técnica Internacional, o departamento do Ministério da Saúde de Cuba responsável pela exportação de mão de obra médica. Em 29 de março de 2012, Molina assumiu o posto de representante da Opas no Brasil – um dia antes de a entidade firmar com Cuba um convênio, que ele ajudou a negociar, para intermediar a venda de serviços de saúde da ilha.
A missão de Molina em Brasília era bem definida e servia com perfeição aos planos de Padilha. Em 17 de dezembro, Molina protocolou no Ministério da Saúde o projeto Fortalecimento da Atenção Básica no Brasil, em que a Opas pedia quase 512 milhões reais para ajudar o país a combater “as iniquidades sociais e limites de acesso aos serviços de saúde”.
Antes do Natal, o documento venceu cinco degraus da burocracia, mais rápido do que qualquer outra proposta feita ao ministério na mesma data. Em fevereiro, a diretora da Opas, a dominiquense Carissa Etienne, veio a Brasília para dar mais um empurrãozinho na “cooperação médica” com Cuba, pela qual a Opas viria a receber 24,3 milhões de reais de comissão.
Em meio às mentiras e dissimulações envolvendo a contratação de médicos cubanos, há um dado intrigante: o valor de mais de 500 milhões de reais (dos quais 100 milhões foram pagos no mês passado e os outros 400 milhões já foram reservados no Orçamento federal) pleiteado pela Opas em dezembro de 2012 é rigorosamente o mesmo do contrato-encenação feito por Padilha oito meses depois para a importação de 4 000 médicos.
Patriota, porém, havia anunciado em abril a vinda de 6.000 cubanos. Ou seja, o Brasil está pagando a mesma quantia por menos profissionais. Considerando a má qualidade do ensino médico em Cuba, talvez seja melhor não reclamar.

sábado, 18 de maio de 2013

As ideias andantes dos que ja nao andam mais: natural que seja assim...

Não sei se outros partilham da minha opinião, mas nunca vi, em nenhum lugar do mundo, em qualquer época, um líder político, receber doutorados honoris causa por atacado, às bateladas, de arrastão, se poderia dizer.
Só na América Latina...
E ainda se orgulham... eles e as universidades.
Eu teria uma outra atitude.
Quanto às ideias, bem, seria o caso de conhecê-las, se é que andam por aí, de fato...
Paulo Roberto de Almeida


Lula: Ideas de Chávez y Kirchner siguen circulando en Latinoamérica

RPP notícias, Jueves, 16 de Mayo 2013  |  9:00 pm
Lula: Ideas de Chávez y Kirchner siguen circulando en Latinoamérica
Fuente: EFE
Exmandatario de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, recordó que junto a Kirchner y Chávez dieron nuevo impulso al proceso de integración regional.
El expresidente brasileño Luiz Inácio Lula da Silva afirmó que las ideas de los fallecidos mandatarios Néstor Kirchner, de Argentina, y Hugo Chávez, de Venezuela, circulan "creando inteligencia y conciencia" en Latinoamérica.
Al asistir este jueves en Buenos Aires, junto a la presidenta argentina, Cristina Fernández, a la inauguración de la Universidad Metropolitana para la Educación y el Trabajo (UMET), creada por el sindicato de encargados de edificios de apartamentos, Lula recordó que fue él, junto a Kirchner y Chávez, quienes dieron nuevo impulso al proceso de integración regional.
"Su carne está enterrada pero sus ideas están por ahí, circulando por toda América Latina, creando inteligencia y conciencia en la mente de cada latinoamericano", afirmó el exmandatario brasileño.
Lula recordó cómo junto a Néstor Kirchner compartió "ideas y proyectos para acercar a ambas naciones, para consolidar la integración regional de Latinoamérica, que hoy vive uno de los momentos más extraordinarios de su historia".
Fernández: Argentina ha crecido junto con sus hermanos suramericanos
Da Silva resaltó por otra parte que la inauguración de esta universidad tiene un "enorme simbolismo" ya que es impulsada por trabajadores.
"Nosotros no hicimos milagros porque no existe milagros en la política. Solamente hicimos aquello a lo que fuimos llamados, contribuimos en nuestros gobiernos a democratizar la sociedad brasileña. La educación desempeña una función clave en esta misión", afirmó el exgobernante brasileño.
Por su parte, Fernández afirmó que "Argentina ha crecido junto con el resto de sus hermanos suramericanos", "con gobiernos que creen en la igualdad de oportunidades".
Fernández sostuvo que Kirchner junto a Lula derribaron "ese mito de la rivalidad brasileño-argentina, que impedía que ambos países crecieran juntos y servía a intereses que eran totalmente contrarios al desarrollo de los dos países".
"Ustedes quebraron esa valla, ese mito, esa leyenda, esa pretendida desunión entre Argentina y Brasil", dijo la mandataria argentina.
Según informaron fuentes oficiales, esta noche Cristina Fernández recibirá a Lula da Silva en audiencia en la Casa Rosada, sede del Ejecutivo argentino.
Este viernes, Fernández y Da Silva asistirán al Senado argentino, donde el expresidente brasileño recibirá varios títulos honoríficos concedidos por diferentes universidades argentinas.
EFE

domingo, 17 de março de 2013

Um pais teleguiado desde Havana: testamento nao testamentado...

Não se trata apenas da Venezuela, e não se trata tão somente do caudilho: outras situações e outros personagens também se colocam no mesmo padrão...
Paulo Roberto de Almeida

ABC: Kirchner llevó a Caracas el testamento de Chávez que nombraba a Maduro
RUNRUN, Venezuela, 10 Mar 2013

¿Otra bomba noticiosa sin pruebas?
¿Necesitaba Maduro esa carta si ya él tenía una copia que le entregó Chávez y la conserva su pareja, la Procuradora General Cilia Flores?
¿Por qué iba a demostrar eso la presidenta Cristina Kirchner si todo apuntaba en ese destino?
Así continúa la nota escrita por Emili J. Blasco publicada en el diario ABC de España:
La presidenta argentina mostró el documento manuscrito el miércoles pasado y acabó con todas las aspiraciones a la presidencia de Cabello
El testamento político de Hugo Chávez, escrito de puño y letra antes de su operación y llevado a Caracas por la presidenta argentina,Cristina Fernández de Kirchner, desencalló en el seno del chavismo el ascenso del vicepresidente Nicolás Maduro –y no Diosdado Cabello, presidente de la Asamblea Nacional, a quien constitucionalmente le correspondía– a la jefatura del país.
Con las espadas en alto entre Maduro y Cabello en el día de la muerte de Chávez, sin que los partidarios de este en el Tribunal Supremo de Justicia (TSJ) quisieran facilitar una coronación del vicepresidente, la rápida llegada de Kirchner con el testamento acabó por desactivar cualquier oposición. Culminaba una orquestación en la que pocos dudan que Cuba ha llevado la batuta, acaparando el control sobre el moribundo Chávez.
La presidenta llegó a Caracas el miércoles a primera hora y mantuvo varias reuniones, en un día en que toda la atención se centraba en el cortejo fúnebre por las calles de la capital venezolana. Fuentes informadas de los pormenores de esa visita han confirmado a ABC la existencia del testamento escrito, si bien no trasladaron detalles de su contenido, más allá de que el texto señalaba a Maduro como sucesor. Aunque Chávez había hecho esa designación también de palabra y públicamente el 8 de diciembre, antes de marchar a Cuba para su operación, el carácter testamentario del documento acabó por derrotar las aspiraciones de Cabello.
El papel de Raúl Castro
Al presidente de la Asamblea Nacional, que internamente ha jugado la carta anticubana en su pulso contra el candidato refrendado por los hermanos Castro, el momento de la muerte de Chávez le pilló parcialmente fuera de juego. Si bien la defunción del presidente en La Habana se produjo sobre las 7 de la mañana del martes, como ya informó este diario, supuestamente Cabello no fue informado hasta que la noticia de un desenlace comenzó a ser trasladada a un círculo más amplio de dirigentes, a los que a media mañana se convocó a una reunión especial de la dirección política y militar del movimiento chavista (el anuncio oficial del fallecimiento no se haría hasta la tarde, dando una hora falsa). La coincidencia de la muerte y sepelio de la madre de Cabello acabó por desactivar su capacidad de reacción.
La referencia a un testamento de Chávez y su posesión por parte de Kirchner fue algo avanzado en enero por el periodista venezolano Nelson Bocaranda, cuando al parecer la propia presidenta argentina comunicó a los Castro, durante su visita al centro médico en el que estaba internado Chávez, que tenía copia de dos cartas escritas por este en diciembre, antes de la operación.
Kirchner mantiene una estrecha relación con la familia Chávez, especialmente con la hija mayor, Rosa Virginia. De hecho en su reciente viaje a Caracas durmió en La Casona, la residencia presidencial en la capital venezolana.
Una vez cumplió su misión, Kirchner ya no se esperó al funeral del viernes. Quien entonces habría terminado por empujar la coronación Maduro fue Raúl Castro. Al menos su llegada a Caracas el jueves por la tarde coincidió con el despliegue de decisiones finales del TSJ y el aviso a los diputados de que al día siguiente, tras el funeral, la Asamblea Nacional tomaría juramento a Maduro.