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domingo, 23 de junho de 2013

Iran: o fim de um lamentavel presidente (que não seja o unico) - Luiz Felipe Lampreia

O Globo, 22/06/2013

A eleição presidencial iraniana produziu dois resultados importantes: a vitória do candidato menos radical, Hassan Rouhani, e o fim do lamentável Mahmoud Ahmadinejad, presidente desde 2005. O presidente eleito fez campanha com o slogan “prudência e esperança”, o que está longe de ser uma plataforma arrojada, mas acenou com um ambiente de maior liberdade pessoal. Muito relevante foi sua postura, como ex-negociador nuclear, favorável a uma redução das tensões nessa matéria entre o Irã e os principais países ocidentais para permitir o abrandamento das sanções do Conselho de Segurança da ONU que estão sufocando a economia iraniana.
Quanto a Ahmadinejad, ele teve um de seus poucos momentos de glória no dia 16 de maio de 2010, quando o presidente do Brasil ergueu seu braço e proclamou vitória no confronto com aqueles que queriam cercear o programa iraniano de “uso pacífico” da energia nuclear”.
Deu no que deu: uma derrota esmagadora no Conselho de Segurança da ONU. Ao fim de seu mandato, restam para o povo iraniano uma das maiores taxas de inflação do mundo, elevados índices de desemprego, violenta queda das receitas de petróleo em resultado das sanções internacionais da ONU. Mestre da bazófia inflamada e das posições radicais, Ahmadinejad entra para a História como um pária internacional.
As eleições presidenciais do dia 14 de junho podem vir a reduzir a intransigência do regime. É óbvio que Rouhani, como aiatolá que é, não representa um opositor ainda que velado da teocracia. Alguns de seus predecessores no cargo também eram clérigos xiitas e também buscaram uma abertura política, com êxito muito relativo. Quem detém o poder, acima de todos, é sempre o aiatolá Khamenei, “líder supremo”. Para usar a expressão de um estrategista político brasileiro do passado, o regime iraniano avança por sístoles e diástoles. Em todo caso, pelo que se pode ler na imprensa internacional, Hassan Rohani, que foi o negociador nuclear de seu país, é o mais moderado de todos os que disputaram a eleição.
É interessante sublinhar que, mesmo com ênfases teocráticas e militaristas, o regime de Teerã promove regularmente transições de poder, fenômeno raro no Próximo Oriente.
Contudo, como atesta a violenta supressão do Movimento Verde de protestos, com sua agenda reformista, em 2009, o Irã não é uma democracia nos moldes ocidentais.
Com a recentíssima eleição, o regime adquiriu indiscutivelmente mais legitimidade. A questão que se põe é se o Irã poderá desempenhar um papel internacional mais construtivo sob o próximo presidente. A busca de armas nucleares poderá abrandar, permitindo uma atenuação das sanções do Conselho de Segurança? Veremos.
Haverá modificação em outra coluna mestra da política regional de Teerã: o apoio ao regime sanguinário de Bashar Assad? Sabe-se que a ingerência direta do Irã nos assuntos da Síria e do próprio Líbano continua a atear mais fogo nos conflitos internos desses países. Em minha opinião, o propósito de aumentar e consolidar sua influência em toda a região é um cânone do política externa iraniana que será mantido, seja qual for o resultado das eleições, com os métodos que forem necessários.
Resta a conhecer quais métodos serão empregados doravante pelo Irã.
Se Rohani não tiver poder para alterar profundamente os rumos do Irã, enquanto durar o regime retrógrado dos aiatolás o país não poderá exercer na sua região uma influência positiva, no plano cultural e político, compatível com sua grande herança cultural, seu peso específico e a contribuição do segmento mais culto de sua população. O presidente eleito vai assumir suas funções com muitos desafios.
O primeiro deles será afirmar-se na política iraniana em meio às lutas entre ultraconservadores que sempre ameaçam o equilíbrio interno.
O segundo desafio estará em combater a crise econômica que deriva sobretudo do maior conjunto de sanções jamais impostas a um país e que cortaram mais de 50% das exportações de petróleo e gás do Irã. O terceiro teste de Rouhani será conseguir avanços nas negociações nucleares sem ser atacado internamente como um vende-pátria. Três enorme desafios.
A Pérsia foi a primeira superpotência da Antiguidade.
Na época em que atacou a Grécia, sob Dario, em 490 AC, e dez anos depois, sob seu filho Xerxes, o império chegava à Índia e poderia ter-se firmado na Europa, não fossem as vitórias gregas em Maratona e Salamina.

Com os hebreus, os persas são os únicos povos antigos cujos textos sobreviveram nos tempos modernos. “A ascensão dos aiatolás tem sido um rebaixamento do país no sentido da violência feita às grandes tradições do passado iraniano”, como disse Robert Kaplan. Esperemos que Hassan Rouhani consiga reverter este curso.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

"Israel deve ser eliminado": Ahmadinejad na ONU (WSJ)


Israel Must Be 'Eliminated'



Editorial The Wall Street Journal, September 26, 2012
'To see what is in front of one's nose needs a constant struggle."
—George Orwell
Iranian President Mahmoud Ahmadinejad speaks at the United Nations today, which also happens to be Yom Kippur, the holiest day on the Jewish calendar. The timing is apt because when it comes to Iran and Israel, the hardest thing for some people to see or hear is what Iranian leaders say in front of the world's nose.
"Iran has been around for the last seven, 10 thousand years. They [the Israelis] have been occupying those territories for the last 60 to 70 years, with the support and force of the Westerners. They have no roots there in history," Mr. Ahmadinejad told reporters and editors in New York on Monday.

Related Video

Heritage Foundation fellow Brett Schaefer on President Obama's speech to the United Nations General Assembly.
"We do believe that they have found themselves at a dead end and they are seeking new adventures in order to escape this dead end. Iran will not be damaged with foreign bombs. We don't even count them as any part of any equation for Iran. During a historical phase, they [the Israelis] represent minimal disturbances that come into the picture and are then eliminated."
Note that word—"eliminated." When Iranians talk about Israel, this intention of a final solution keeps coming up. In October 2005, Mr. Ahmadinejad, quoting the Ayatollah Khomeini, said Israel "must be wiped off the map." Lest anyone miss the point, the Iranian President said in June 2008 that Israel "has reached the end of its function and will soon disappear off the geographical domain."
He has company among Iranian leaders. In a televised speech in February, Supreme Leader Ali Khamenei called Israel a "cancerous tumor that should be cut and will be cut," adding that "from now on, in any place, if any nation or any group that confronts the Zionist regime, we will endorse and we will help. We have no fear of expressing this."
Major General Hassan Firouzabadi, chief of staff of the armed forces, added in May that "the Iranian nation is standing for its cause that is the full annihilation of Israel."
Reuters
Iran's President Mahmoud Ahmadinejad at the United Nations headquarters in New York on Monday.
This pledge of erasing an entire state goes back to the earliest days of the Iranian revolution. "One of our major points is that Israel must be destroyed," Ayatollah Khomeini said in the 1980s.
Former Iranian President Akbar Rafsanjani—often described as a moderate in Western media accounts—had this to say in 2001: "If one day, the Islamic world is also equipped with weapons like those that Israel possesses now, then the imperialists' strategy will reach a standstill because the use of even one nuclear bomb inside Israel will destroy everything. However, it will only harm the Islamic world. It is not irrational to contemplate such an eventuality."
So for Iran it is "not irrational" to contemplate the deaths of millions of Muslims in exchange for the end of Israel because millions of other Muslims will survive, but the Jewish state will not.
The world's civilized nations typically denounce such statements, as the U.S. State Department denounced Mr. Ahamadinejad's on Monday. But denouncing them is not the same as taking them seriously. Sometimes the greatest challenge for a civilized society is comprehending that not everyone behaves in civilized or rational fashion, that barbarians can still appear at the gate.
Thus we hear in U.S. and European policy circles that Israel is overreacting to such publicly stated intentions because Iran would never act on them and, in any case, Israel has its own nuclear deterrent. But no one believes Israel would launch a nuclear first-strike to wipe out Tehran, and an Israeli counterstrike would be too late to protect Israel from being "eliminated."
The tragic lesson of history is that sometimes barbarians mean what they say. Sometimes regimes do want to eliminate entire nations or races, and they will do so if they have the means and opportunity and face a timorous or disbelieving world.
No one knows that more acutely than Israeli leaders, whose state was founded in the wake of such a genocide. The question faced by Benjamin Netanyahu, Ehud Barak and other Israelis is whether they can afford to allow another regime pledged to Jewish "annihilation" to acquire the means to accomplish it. The answer, in our view, is as obvious as Mr. Ahmadinejad's stated intentions.
In his U.N. speech Tuesday, President Obama took a tougher-than-usual election-season line against Iran, stating that "the United States will do what we must to prevent Iran from obtaining a nuclear weapon." But the cold reality is that after nearly four years of failed diplomacy and half-hearted sanctions that he opposed until Congress forced his hand, neither Iran nor Israel believe him.
Someone should put Orwell on the President's reading list before it's too late.
A version of this article appeared September 26, 2012, on page A18 in the U.S. edition of The Wall Street Journal, with the headline: Israel Must Be 'Eliminated'.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Nao se fazem mais Honoris Causa como antigamente: Ahmadineyad nomeado “doctor honoris causa” na Universidade de Havana


Antigamente, não nos tempos da brilhantina, mas em tempos normais de excelência acadêmica, os agraciados com prêmios Honoris Causa por universidades nacionais tinham, de fato e de direito, uma extensa folha de contribuições à causa da ciência, da tecnologia, dos direitos humanos, da pesquisa comprometida com os grandes problemas da humanidade, voltada para o benefício do maior número e do progresso material e espiritual dos povos.
Aparentemente, a julgar por certos prêmios concedidos a políticos nos últimos tempos, qualquer populista e demagogo acaba recebendo a distinção de reitores (ou presidentes) de universidades por razões totalmente políticas, ideológicas até, desmerecendo o título e até a universidade. Isso diz muito sobre o crescente processo de mediocrização de certas universidades, sobre o caráter de certos dirigentes universitários, sobre o crescimento do sectarismo político nesses meios, ou até sobre a manipulação vergonhosa de uma instituição que já conheceu melhores dias.
Que a Universidade de Havana o faça em relação ao presidente do Irã, isso apenas testemunha de seu total servilismo em relação ao poder político do Partido Comunista Cubano, um dos últimos partidos stalinistas, junto com o da Coreia do Norte, do planeta, num dos dois únicos países que ainda pretende manter uma vergonhosa e inaceitável ditadura totalitária, quando até mesmo ex-totalitários reciclados na economia de mercado já caminham para algumas demonstrações formais de democracia de fachada.

“Durante su paso por Cuba, el presidente iraní Mahmoud Ahmadineyad fue nominado “doctor honoris causa” en ciencias políticas por la Universidad de La Habana. Probablemente éste haya sido uno de los mayores logros de su rápida gira por cuatro países latinoamericanos: Venezuela, Nicaragua, Cuba y Ecuador, marcada más por la contundencia de las declaraciones contra EEUU y el capitalismo que por los éxitos cosechados…”

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Visitantes exoticos na América Latina: Ahmadinejad


Latin American Weekly Report

Weekly Report - 12 January 2012 (WR-12-02)

Iran seeks to deepen ties with Latin America

Not since US President Barack Obama’s mini tour of Latin America in March last year has so much attention been given to one man’s visit to the region. When Iran’s President Mahmoud Ahmadineyad arrived in Caracas on 8 January at the head of a large retinue for the first leg of a four (possibly more) nation tour, more column inches had been devoted to his presence in the region in the US media, and what it signified at a time of heightened tensions between Washington and Teheran, than any single event in the region in 2011 other than Obama’s visit. This suited Venezuela’s President Hugo Chávez down to the ground and he clearly revelled in the attention; both men directed verbal missiles northwards. But beneath their rhetorical repartee what does the visit really mean?
It is the fifth time that Ahmadineyad has visited Latin America since 2005 - he visited three times between September 2006 and September 2007 alone - which is more than US heads of state have managed over the same time span. The main difference between this visit and his previous trips is the backdrop: tension between the US and Iran is always simmering but it is now coming to the boil. On 31 December the US imposed new sanctions on Iran, which responded by threatening to close the strategic Strait of Hormuz oil route in the Gulf. Soon afterwards the European Union (EU) reached a preliminary agreement to ban oil imports from Iran. On 9 January the International Atomic Energy Agency (IAEA) claimed Iran had begun to enrich uranium at a bunker in the north of the country. On the same day an Iranian court condemned to death a former US marine of Iranian descent, Amir Mirzaei Hekmati, for allegedly spying for the CIA. Two days later a top Iranian nuclear scientist, Mostafa Ahmadi Roshan, was killed in a car bomb in Teheran. Iran blamed Mossad and the US.

This brief summary of events leading up to Ahmadineyad’s visit to Latin America, and during it, explains why it carried added piquancy, and was greeted with howls of outrage by right-wing Republicans, such as Ileana Ros-Lehtinen, the chair of the House foreign affairs committee, who warned of the threat posed by Iran and Hezbollah to regional security and stability. The conviction that Hezbollah is expanding links in Latin America is firmly entrenched in Republican circles: the foreign policy document released last year by Mitt Romney, a strong bet for the Republican presidential candidacy, pointedly mentioned Hezbollah and terrorism eight times while omitting to mention Brazil, the region’s economic powerhouse once [WR-11-41].

The Democrat Obama administration has similar concerns. The US State Department publicly admonished countries preparing to receive Ahmadinejad. And then, on 6 January it declared the Venezuelan consul general in Miami, Livia Acosta Noguera, persona non grata, and gave her four days to leave the country. It did not explain the motives for her expulsion but the US Spanish-language channelUnivisión linked the decision to expel her to a documentary it aired last month alleging that Venezuela and Cuba were involved in discussing possible Iranian cyber-based plots against the US [WR-11-50]. Roger Noriega, a former assistant Secretary of State for Western Hemisphere affairs who is virulently anti-Chavista, tweeted that Acosta was a “Chavista terrorist spy”. Chávez said her expulsion was “unjustified and arbitrary”.

It is noteworthy that Brazil was not included on Ahmadinejad’s itinerary, as it was in 2009; relations having cooled since Dilma Rousseff came to power last year. Brazil, keen to secure a seat on the UN Security Council, felt stung by the US hostility to a nuclear fuel-swap deal it struck with Iran and Turkey in May 2010. Rousseff is much more cautious than her predecessor Lula da Silva about venturing into this kind of diplomatic minefield (see sidebar).

A state visit to Brazil would have eased Iran’s sense of international isolation. The fact that it did not secure such a visit undermines the Republican claims that Iran’s influence in Latin America is deepening and that it is challenging the US in its own backyard. Instead, its influence is probably on the wane, like that of Chávez, who did most to try and advance it in the first place. Brazil is still keen to expand trade (according to IMF statistics, it was Iran’s main trading partner and exporter in Latin America at a total of US$1.26bn in 2008, up 88% on the previous year) but no longer to extend diplomatic solidarity.

Instead, Ahmadinejad visited just radical Alba member countries, moving on to Nicaragua (for the investiture of President Daniel Ortega), Cuba and Ecuador after Venezuela. Intriguingly, Bolivia’s President Evo Morales, who had met Ahmadinejad on previous visits, did not receive him. This omission was much stranger than Brazil’s reticence: during a September 2007 visit Ahmadinejad promised US$1.1bn in “industrial cooperation” with Bolivia, an Alba member.
It might just be that Morales is unconvinced about such promises of largesse. When Ecuador’s President Rafael Correa was asked just before Ahmadinejad’s arrival in Quito on 12 January about the tangible economic benefits of relations with Iran, he said that Iran had made great strides with constructing hydroelectric dams and refineries, and would share that knowledge, adding that some of the investment Iran had made in Ecuador had not been registered as it had come through Turkey. Ecuador’s business community remonstrated about deepening opaque relations at the cost of transparent relations with the country’s largest trading partner - the US. Venezuela’s foreign minister, Nicolás Maduro, also argued that Iran had provided technology transfer to develop “a new industrial apparatus”, allowing the construction of food processing plants and tractor factories, but the extent of economic cooperation through the many promised accords is difficult to discern.
The bottom line is that Iran craves allies and beneath the idealistic rhetoric of social justice and solidarity propounded by Alba lies a visceral anti-Americanism that makes the act of defying US foreign policy objectives of ostracising Iran more important than trade or indeed any ideological consistency to relations with Iran: members of the Iranian Communist party Tudeh, for instance, are imprisoned or in exile. Correa insisted he would not be dictated to by the State Department over Ecuador’s foreign ties. His foreign ministry issued a statement claiming that the recent IAEA report was “based on data provided by the intelligence agencies of the very countries trying to isolate (Iran)”, and criticised the US “imposition of sanctions”. Chávez was more direct: “the Latin American people will never again be on their knees before the Yankee empire.” The ties between Nicaragua and Iran are based on the common start date of their respective “revolutions” in 1979 and a shared past of resisting US interference (such as the infamous Iran-Contra scandal); shared future objectives are limited to preserving power after staging similarly dubious “democratic” elections.
  • Another tour
While President Ahmadinejad missed out on a trip to Brazil, the speaker of the US House of Representatives, John Boehner, a Republican, began a six-member bipartisan congressional delegation to Latin America this week in Brazil, with legs in Colombia and Mexico to follow. During the Brazil leg of the trip, Boehner, conscious of Ahmadinejad’s presence in the region, was keen to focus on shared democratic values underpinning bilateral ties: “Our two nations have a tremendous opportunity to continue to develop a strategic partnership, particularly in areas such as trade and energy… Brazil’s strong commitment to democracy is playing a critical role in defending and promoting the cause of freedom throughout the world.”

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Uma outra piada da semana: Ahmadinejad concorre contra Kadafi...

Pensei que um era bastante, mas parece que era pouco, como no velho dito, e que dois é que é bom, para nosso deleite, quero dizer.
Esses piadistas concorrem entre si, para ver quem solta a melhor piada da semana.
Acho que Kadafi ainda ganha de Ahmadinejad, mas pode ser que tenhamos um terceiro; aí já seria demais.
Vamos aguardar a próxima piada, sangrenta, talvez...
Paulo Roberto de Almeida

'Revolta chegará à Europa e à América' diz Ahmadinejad
O Globo, 24/02/2011

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse [ontem] que a onda de revoltas contra governos no Oriente Médio vai se espalhar pela Europa e pela América do Norte, levando ao fim os governos que, segundo ele, oprimem e humilham as pessoas.

O presidente iraniano também condenou os ataques da Líbia contra manifestantes. Ahmadinejad, cujo país usou de violência para dispersar a oposição no início do mês, chamou a ação de "grotesca".

- O mundo está a beira de uma grande evolução. Mudanças estão vindo e vão envolver o mundo inteiro da Ásia até a África, passando pela Europa e pela América do Norte - afirmou Ahmadinejad.


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O que não foi piada, em contrapartida, foi ver Ahmadinejad condenar a repressão de seu concorrente Kadafi contra o povo líbio e mandar baixar o porrete contra seu própio povo.
Piada sem graça, essa...
Paulo Roberto de Almeida

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Sem filigranas diplomaticas - continuidade de um caso confuso (Brasil-Iran)

Cada vez que o assunto é abordado, nos meios oficiais ou pela imprensa, tem-se a impressão que se trata de um diálogo de surdos, ou melhor, de pessoas que não querem ouvir.
De vez em quando alguém que não sabe falar também mete a sua colher no assunto.
E assim vai se aprofundando a confusão, até o desenlace fatal...
Paulo R. de Almeida

Ministro de Lula chama líder do Irã de ditador e diz que Brasil segue negociando asilo a Sakineh
De São Paulo
Folha.com, 16.08.2010

O governo brasileiro continua "pressionando diplomaticamente" o "ditador" do Irã para que enviar ao Brasil a iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, 43, condenada por adultério e sentenciada à morte por apedrejamento, afirmou o ministro brasileiro dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, nesta segunda-feira em São Bernardo do Campo (SP).

"O governo Lula está pressionando diplomaticamente o governo iraniano para que permita que ela venha para o Brasil. E se esse ditador [o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad] tiver um mínimo de bom senso, deveria permitir que ela venha morar no Brasil e seja salva", disse Vannuchi.

Para Vannuchi, o Brasil é o único país que pode negociar com o Irã, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, junto com o governo turco, ter mediado as negociações entre o Irã e a Agência Internacional de Energia Atômica pelo programa nuclear iraniano.

Brasil e Irã trocaram várias mensagens nas últimas semanas pelo caso de Sakineh Mohamadi Ashtiani, 43 anos, mãe de dois filhos, condenada à morte por apedrejamento no Irã por adultério e também acusada de homicídio.

A sentença de apedrejamento contra Sakineh levou à condenação internacional e a grande pressão contra Teerã. O país adiou a execução da condenação, mas acrescentou ao processo uma acusação de participação no assassinato de seu marido, em 2005. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que mantém um diálogo aberto com o Irã, ofereceu asilo a Sakineh no Brasil.

OFERTA DE ASILO
No dia 31 de julho, o presidente Lula disse que iria usar sua "amizade" com Ahmadinejad para propor que a iraniana tivesse asilo do Brasil. Três dias depois, Ramin Mehmanparast, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, disse que Lula fizera a oferta, provavelmente, com base em informações erradas.

No último dia 9, o embaixador brasileiro no Irã, Antônio Salgado, se reuniu com o governo local para apresentar aos canais oficiais, formalmente, a oferta de asilo à iraniana. A visita é um recurso conhecido diplomaticamente como gestão, quando o ministro das Relações Exteriores ou mesmo o presidente de um país manda o embaixador procurar a chancelaria da capital onde atua para estabelecer relações formais.

Dias depois, diplomatas disseram que não faz sentido Teerã aceitar a oferta brasileira, já que Sakineh é uma iraniana criminosa condenada.

ABRIGO A CRIMINOSOS
O governo do Irã questionou nesta segunda-feira as "consequências" da oferta brasileira de asilar uma iraniana condenada à morte por apedrejamento, e perguntou se o "Brasil precisará ter um local para criminosos de outros países", em uma nota emitida por sua embaixada em Brasília.

"Em relação à presença ou ao exílio [da condenada] Sakineh Mohamadi no Brasil, é necessário considerar alguns pontos e questões significativas. Quais são as consequências desse tipo de tratamento aos criminosos e assassinos?", questiona o governo do Irã em seu comunicado.

"Esse ato não promoverá e não incitará criminosos a praticar crimes?", completou.

"Será que a sociedade brasileira e o Brasil precisarão ter, no futuro, um lugar para os criminosos de outros países em seu território?", questionou.

Segundo a nota divulgada nesta segunda-feira, o Irã "considera as declarações e o chamado" de Lula "um pedido de um país amigo", que atribuiu a "sentimentos puramente humanitários" do presidente brasileiro.

OFERTA RECUSADA
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou nesta segunda-feira que não vai enviar Sakineh ao Brasil. "Eu acho que não há necessidade de criar problema para o presidente [Luiz Inácio] Lula [da Silva] e levá-la ao Brasil", disse Ahmadinejad.

Em entrevista divulgada na televisão iraniana de língua inglesa Press TV, Ahmadinejad disse acreditar que não há necessidade de enviar Sakineh ao Brasil e afirmou esperar que o assunto "seja resolvido". Ele não deu mais detalhes.

"Há um juiz no fim do dia e os juízes são independentes. Mas eu falei com o chefe do judiciário e o judiciário também não concorda com a proposta do Brasil", disse Ahmadinejad.

sábado, 31 de julho de 2010

Diplomacia da avacalhacao; ops, perdao, da nao-intervencao...

Para não virar avacalhação, atitude se converte em participação conivente...

O presidente que exige uma mulher no Planalto nega socorro à mulher condenada à morte por apedrejamento
Augusto Nunes, Direto ao Ponto
30/07/2010 - às 19:20

Até na morte por apedrejamento o Irã dos aiatolás consegue ser mais brutal com as mulheres. Os homens, enterrados até a cintura, ficam com os braços livres para proteger o rosto. Nem isso será permitido a Sakineh Mohammadi Ashtiani, viúva de 43 anos, já punida com 99 chibatadas e agora à espera do ritual instituído em 1983. O Código Penal determina que as mulheres sejam enterradas até a altura do busto, com as mãos amarradas por cordas e o corpo envolvido por um tecido. Não podem sequer defender-se das pedras atiradas a curta distância sob o olhar da multidão reunida na praça.

O grupo de executores, liderado pelo juiz que assinou a sentença, inclui os jurados que ordenaram a condenação, parentes da vítima, figurões da comunidade e voluntários anônimos. Todos são homens: no Irã, mulheres não apedrejam; só podem ser apedrejadas. Para que a plateia não se sinta frustrada pela morte rápida, as pedras que circundam o alvo são pequenas. O juiz atira a primeira. A agonia que se encerra com o traumatismo craniano não dura menos que uma hora.

Tanto pelo espetáculo da perversidade primitiva quanto pela ausência de motivos para a condenação, o caso de Sakineh provocou uma intensa mobilização na internet. Como em quase todos os países, multidões de brasileiros decidiram lutar pelo cancelamento do espetáculo da barbárie. E alguém teve a ideia de lançar a campanha “Liga, Lula”, inspirada na convicção de que Mahmoud Ahmadinejad não se negaria a atender a um pedido de clemência formulado pelo amigo brasileiro.

Lula também acha que ouviria um sim. Mas não vai ligar. Caso ligasse, não iria além de observações sobre o método escolhido para o assassinato. “Eu, sinceramente, não acho que nenhuma mulher deveria ser apedrejada por conta de… ter, sabe, traição”, gaguejou nesta quarta-feira. Adultério – ou “traição”, prefere Lula – não chega a ser um crime hediondo, certo? Se é assim, estariam am de bom tamanho a cadeira elétrica, uma injeção letal, a câmara de gás, até mesmo a forca. Matar a pedradas pode parecer um exagero aos olhos dos ocidentais, talvez ponderasse na conversa telefônica.

Mas a conversa não haverá, sublinhou a continuação da discurseira. “Um presidente da República não pode ficar na internet atendendo tudo que alguém pede de outro país”, justificou-se. “Veja, eu pedi pela francesa e pelos americanos que estão lá, pedi para a Indonésia por um brasileiro, pedi para a Síria por quatro. É preciso cuidado, porque as pessoas têm leis, as pessoas têm regras, as pessoas, sabe… Se começam a desobedecer as leis deles para atender o pedido de presidentes, vira uma avacalhação”.

Avacalhar quer dizer desmoralizar, ridicularizar, tratar desleixadamente, não levar a sério. Não combina com a história de Sakineh. Mas a expressão usada pelo campeão da vulgaridade se ajusta admiravelmente ao próprio governo: a Era Lula é uma avacalhação. Há sete anos e meio, em seus vários significados, o verbo é conjugado o tempo todo pelo governo em geral e pelos condutores da política externa em particular.

Lula se desmoraliza ao tratar como problema político uma causa humanitária. Para defender o parceiro, virou ajudante de carrasco. Não pode ser levado a sério alguém incapaz de compreender que os direitos humanos prevalecem sobre todas as leis ou regras. Lula encara dramas com desleixo e participa de chanchadas com muita aplicação. É ridícula, enfim, a argumentação invocada para mascarar a verdade escancarada. Para recusar ou endossar pedidos, para estuprar ou tratar respeitosamente normas legais, Lula não se orienta por princípios. Segue a partitura do hino à avacalhação.

O que importa é a conveniência eleitoreira, o parentesco ideológico, a cumplicidade mafiosa. Fidel Castro, por exemplo, emplacou três pedidos em três anos. Foi para atender ao ditador-de-adidas que o presidente autorizou a deportação dos pugilistas Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, fez que não leu a carta da blogueira Yoani Sanchez e acusou o preso político Orlando Zapata de se se deixar morrer no 85° dia da greve de fome. Hugo Chávez emplaca todos, até os que declamados ao som da lira do delírio. Foi para agradar ao bolívar-de-hospício que Lula violentou as leis de Honduras e transformou em pensão a embaixada brasileira. É para ajudar o comparsa venezuelano que hostiliza o governo colombiano e afaga as FARC.

Para eleger Dilma Rousseff, tornou-se um colecionador de delinquências eleitorais. Para fechar negócio com José Sarney, promoveu-o a homem incomum. Para chegar à presidência, exigiu que os corruptos fossem justiçados. Para consolidar-se no poder, tratou de nomeá-los amigos de infância. No momento em que se recusou a estender a mão a Sakineh em respeito às leis do Irã, estava ajudando Hugo Chávez a desrespeitar as leis da Colômbia. Enquanto o chefe adulava os narcoterroristas das FARC, o ministro Celso Amorim tentava estuprar a legislação israelense que proíbe a entrada na Faixa de Gaza de autoridades estrangeiras que podem ser utilizadas pelo Hamas como peças de propaganda.

Lula acha que uma brasileira merece a Presidência sobretudo por ser mulher. Mas acha que não merece misericórdia uma iraniana que só foi condenada à morte por apedrejamento porque é mulher. Anda chorando quando lembra que a longa temporada no poder está acabando. Não se comove com a prisioneira angustiada com a aproximação do fim macabro. Pune brasileiros que dão palmadas nos filhos. Absolve iranianos que matam a pedradas.

O candidato sem chances ao Nobel da Paz nem imagina o que é um humanista. Desde sempre fez a opção preferencial pelos pastores da violência. Dilma Rousseff acha que todas as mulheres devem apoiá-la porque é mulher. Não deu um pio sobre a saga da iraniana que vai morrer por ser mulher. Lula só pensa em Lula. Dilma não consegue pensar.

Como Sakineh, o Brasil merece e precisa ser salvo. Ela depende da solidariedade internacional para livrar-se do horror. O país só depende da sensatez dos brasileiros.

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O que é avacalhação
Coluna Carlos Brickmann
Coluna de domingo, 1º de agosto de 2010

Avacalhação, conforme nos ensina aquele a quem o chanceler Celso Amorim chama de "Nosso Guia", o presidente Lula, é apelar para que seu aliado, o presidente do Irã, suspenda a pena de morte por apedrejamento contra uma mulher iraniana, Sakineh Ashtiani. Qual foi o horrível crime cometido por ela? Depois de levar 99 chibatadas, ela confessou ter cometido adultério (depois de 99 chibatadas, quem não confessaria?). "As pessoas têm leis, as pessoas têm regras, as pessoas, sabe, se começarem a desobedecer as leis deles para atender o pedido de presidentes, daqui a pouco vira uma avacalhação", ensina nosso presidente.

Já considerar que um amplo movimento popular contra a fraude eleitoral no Irã é chororô de torcedor que perdeu o jogo, isso não é avacalhação.

Também não era avacalhação apelar pelo líder sindical Lula e por tantos de seus companheiros (hoje no Governo), que foram presos de acordo com as leis vigentes na época da ditadura militar brasileira.

Também não é avacalhação, de acordo com o presidente Lula (e assessores como Top Top Garcia), considerar que as denúncias da Colômbia sobre a presença de narcoguerrilheiros colombianos na Venezuela, sob a proteção e com apoio do presidente Hugo Chávez, são apenas um problema pessoal entre dois presidentes. As denúncias colombianas podem ser falsas, podem ser verdadeiras, é preciso analisá-las, verificá-las. Mas não podem ser tratadas com leviandade.

A avacalhação, como a define Lula, pode também chamar-se seriedade.

domingo, 2 de maio de 2010

Grandes contribuicoes a cultura universal: frases de impacto (e como...)

Não tenho nenhum mérito pela seleção, apenas recolhi no Blog do jornalista Augusto Nunes, na revista Veja.
Independentemente de quem seja, ou de quem fez a seleção, as frases EXISTEM, elas foram pronunciadas e, como tal, servem para enriquecer ainda mais (ou não, você julga, caro leitor) a nossa cultura, o nosso conhecimento da língua e seus infinitos meandros, a nossa compreensão deste mundo complicado que nos cerca...
Certas frases dos personagens políticos (e um futebolista) aqui selecionados se parecem muito com argumentos de filósofos franceses, os tais de desconstrucionistas.
Ou, como diria o Chacrinha: "Eu não vim para explicar, eu vim para confundir".
Divirtam-se...
Paulo Roberto de Almeida

Augusto Nunes
SEÇÃO » Direto ao Ponto
O Sanatório Geral entra na festa
1 de maio de 2010

Em homenagem ao 1° aniversário da coluna, os médicos e enfermeiros do Sanatório Geral decidiram republicar, em ordem cronológica, uma coletânea de palavrórios internados neste ano.

A desgraça de lá está sendo uma boa pra gente aqui, fica conhecido. Acho que de tanto mexer com macumba, não sei o que é aquilo. O africano em si tem uma maldição. Todo o lugar que tem africano tá foda”.
Gerge Samuel Antoine, cônsul do Haiti em São Paulo, antes do começo da entrevista ao SBT, sem saber que o que dizia estava sendo gravado.

Eu estava no Guarujá, caiu uma chuva na quinta-feira que eu pensei que ia encher o mar. Eu falei: tudo bem, quando o rio transborda, a água vai para o mar. Primeiro, passa na casa das pessoas que moram na periferia, depois ela vai para o mar. Eu falei: se o mar encher, vai para onde?
Lula, revelando, como atesta a profunda reflexão reproduzida pelo Blog do Noblat, o que se passa na cabeça de quem vai à praia com um isopor daquele tamanho.

Tudo isso só aconteceu porque o Zelaya esteve na nossa embaixada”.
Celso Amorim, chanceler de bolso de Hugo Chávez, revelando que, se o Brasil não tivesse instalado Manuel Zelaya na Pensão do Lula, o governo hondurenho não precisaria tirar Manuel Zelaya da Pensão do Lula.

“O PAC 1 não tinha capacidade estrutural, essa coisa estruturante que tem o PAC 2 por não termos dinheiro
”.
Dilma Rousseff, numa reunião com prefeitos do Paraná, ao explicar a diferença entre o PAC 1 e o PAC 2 a 170 convidados que continuam reunidos até agora tentando descobrir o que é que ela quis dizer.

Todos os partidos têm desvios éticos porque são formados por seres humanos”.
José Eduardo Dutra, explicando que as bandalheiras do PT só deixarão de acontecer quando o partido, em vez de um ajuntamento de seres humanos, transformar-se, por exemplo, numa floresta.

Sou vítima de uma campanha difamatória que atinge níveis jamais vistos na vida pública brasileira”.
José Roberto Arruda, em carta divulgada quando estava a caminho da cadeia, suspeito de roubo de fraldas quando ainda estagiava no berçário, ladrão irrecuperável, disposto a atingir níveis de cinismo jamais vistos na vida pública brasileira.

Uma pessoa chique ganhando cachaça é algo chique. Um metalúrgico ganhando cachaça é cachaceiro”.
Lula, em Goiás, explicando que um cachaceiro é identificado pela primeira anotação na carteira de trabalho, não pela quantidade de garrafas que derruba.

Há problemas de direitos humanos no mundo inteiro”.
Marco Aurélio Garcia, sobre a morte do preso político Orlando Zapata Tamayo, informando que quem vê o mundo com as lentes da canalhice não há diferenças entre Cuba e Dinamarca, Irã e Holanda, Venezuela e Suécia, Brasil e Suiça.

Que horas vamos votar isso? Estou de saco cheio de ficar aqui”.
Ideli Salvatti, musa da bancada companheira no Senado, ansiosa por aprovar a desconvocação de Dilma Rousseff pela Comissão de Constituição e Justiça, mostrando que também merece o título de Miss Elegância.

Eu digo sempre o seguinte: eu acordo todo dia pedindo a Deus que cada dia mais apareça chinês comendo, indiano comendo, africano comendo, latino-americano comendo, porque quanto mais o povo comê, mais o Brasil vai ter que produzir, porque não tem nenhum país no mundo que tenha a quantidade de terras agricultáveis que tem o Brasil, nem tão pouca quantidade de sol e chuva na combinação perfeita para formar a fotossíntese que a agricultura mundial precisa”.
Lula, em entrevista a TV Tem, de São Paulo, depois de um almoço da pesada.

Não fico arrependido, mas, quando a gente põe a cabeça no lugar, percebe que não é uma coisa legal”.
Vágner Love, atacante do Flamengo, explicando que só é escoltado por traficantes armados de fuzis na favela da Rocinha, na zona sul do Rio, quando está com a cabeça fora do lugar.

Acredito que com os presos cubanos a situação seja diferente porque o acesso que eles têm à mídia é muito grande”.
Dilma Rousseff, ao comparar os presos políticos cubanos aos brasileiros punidos pela ditadura militar, explicando que quem está na cadeia e no noticiário dos jornais é muito mais feliz do que quem está só na cadeia.

Mesmo quando é para um artefato nuclear, é também para fins pacíficos porque é para dissuasão”.
José Alencar, ao justificar o projeto atômico do companheiro iraniano Mahmoud Ahmadinejad, ensinando que a corrida nuclear ocorrida durante a Guerra Fria foi, no fundo, uma bonita demonstração de amor à paz protagonizada em parceria pelos Estados Unidos e pela União Soviética.

Nós, brasileiros, acostumados com nosso calor suarento, sempre louvamos termos sido preservados por Deus dos violentos fenômenos da natureza: vulcões, furacões, terremotos ─ mas não nos livramos das secas nem das enchentes. E a miscigenação nos deu a mulata!
José Sarney, ao discorrer na Folha desta sexta sobre as cinzas do vulcão Eyjafjallajokull, explicando que um par de mulatas vale meia dúzia de enchentes no Rio e uma centena de secas no Nordeste.

É com satisfação que nos reunimos aqui na quadra da Mangueira”.
Luiz Sérgio, presidente do PT do Rio, ao saudar a comitiva de Dilma Rousseff na quadra da Portela.

(Deve ter mais frases dessas por aí. Quem souber, por favor, pode mandar que eu publico, tudo em nome da cultura universal...; PRA)