Nota 337, Ministério das Relações Exteriores
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quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Mercosul: Venezuela suspensa de fato, em dezembro de direito - Nota MRE
Nota 337, Ministério das Relações Exteriores
sábado, 3 de setembro de 2016
Venezuela: grandes tramoias tentando salvar o governo chavista - Luis Jose Semprun (Primero Justicia)
Por: Luis José Semprum
Primero Justicia, 3/09/2016
Queridos lectores, como ustedes recordarán, a finales de mayo se llevó a cabo en República Dominicana una reunión secreta entre el Gobierno y sectores colaboracionistas de la oposición, auspiciada por los expresidentes Rodríguez Zapatero, Leonel Fernández y Martín Torrijos. El objetivo de dicha reunión fue fomentar un presunto “diálogo” y frenar las sanciones de la OEA contra Maduro. Sin embargo, el pacto fracasó porque, afortunadamente, la reunión se hizo pública.
Pues bien, los mismos factores que promovieron el fiasco de Santo Domingo han seguido en contacto desde entonces, e incluso sostuvieron una reunión la noche antes de la marcha del 1 de septiembre. El encuentro fue auspiciado por Rodríguez Zapatero, quien vino a Venezuela por pocas horas, con el objetivo de asegurar la asistencia de las partes.
En dicha velada participaron el Ministro del Interior, Néstor Reverol, junto a los hermanos Jorge y Delcy Rodríguez, por el Gobierno; y por la oposición, un alcalde capitalino de Primero Justicia, un diputado de Un Nuevo Tiempo, un dirigente de AD e, increíblemente, un conocido diputado de Voluntad Popular.
El objetivo fue asegurar que la “Toma de Caracas” no se saliera de control. Es decir, que nadie fuera a Miraflores, que el discurso se mantuviese apegado a exigir una fecha para el RR (y no la salida de Maduro), y que todo el mundo se fuese a sus casas a las 2:00 de la tarde, como efectivamente ocurrió.
Hay quienes piensan que los sectores colaboracionistas de la MUD están comprados por el oficialismo, y que por eso llegan a este tipo de acuerdos con el Gobierno. Pero yo más bien creo que los une el temor sincero a que se produzca una intervención militar. Ya Capriles lo dijo: “Lo peor que puede ocurrir es un golpe de Estado”. Mientras que Ramos Allup le dijo a Maduro en plena cadena nacional: “Debemos trabajar juntos para evitar un golpe militar, porque no hay golpes buenos, todos los golpes son malos”.
El miedo a una acción militar es lo que explica que la MUD trate de evitar a toda costa un conflicto entre poderes. También explica que no quieran hablar de la nacionalidad de Maduro. Ni siquiera les pasa por la cabeza hacerle un “impeachment”, como ocurrió en Brasil con Dilma Rousseff, no sea que se genere una crisis de gobernabilidad, en cuyo caso las Fuerzas Armadas estarían obligadas a garantizar el orden.
Los acuerdos secretos entre oficialismo y oposición excluyen a Voluntad Popular, y por eso la feroz persecución gubernamental contra sus líderes. Pero algunos dirigentes de VP se prestan para esta movida, porque quieren quedarse con el partido, aprovechando que los luchadores más aguerridos están presos o perseguidos.
Espero que pronto se filtre más información sobre estos nuevos acuerdos y que, por eso mismo fracasen, al igual que ocurrió con los convenios de Dominicana.
terça-feira, 30 de agosto de 2016
Crise politica na Venezuela recrudesce na vespera de manifestacao oposicionista
Governo suspende prisão domiciliar do ex-prefeito Daniel Ceballos e proíbe voo de jatos particulares no país por uma semana
ALFREDO MEZA
Caracas 29 AGO 2016 - 18:34 BRT
A Venezuela viverá nesta quinta-feira um novo capítulo de sua infindável polarização. A oposição planeja ocupar as ruas de Caracas, a capital, com uma passeata que partirá de vários locais, confluindo para se concentrar em seu feudo, a região leste da cidade, para exigir que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) acelere a realização do plebiscito revogatório do presidente Nicolás Maduro. O Governo, por sua vez, também decidiu sair às ruas, em um esforço de mobilização para tentar se contrapor ao repúdio à sua gestão anunciado pelas pesquisas e agitando a bandeira da existência de um possível golpe de Estado em curso contra si, recurso clássico do chavismo quando a temperatura do conflito aumenta no país.
O Governo organizou um dispositivo para a venda de alimentos controlados, que se tornaram escassos devido às condições impostas pelo seu próprio modelo econômico, e anunciou “a ocupação da Venezuela”. A expectativa é de que, nesse dia, seus simpatizantes se concentrem nas praças públicas e avenidas em todas as cidades do país. Os funcionários mais leais a Maduro reiteraram as ameaças de demitir altos cargos de sua administração que respaldaram uma saída antecipada de Maduro.
No sábado, o Governo deu sinais de que parece estar levando muito a sério as manifestações de quinta-feira. Durante a madrugada, membros do Serviço Bolivariano de Inteligência invadiram a casa de Daniel Ceballos, ex-prefeito de San Cristóbal e considerado o número três do Partido Vontade Popular, organização dirigida pelo famoso oposicionista Leopoldo López, para executar a ordem de um tribunal de suspender a sua prisão domiciliar. Horas depois, o Ministério da Justiça emitiu uma nota em que afirmava ter descoberto que Ceballos, um dos líderes das violentas manifestações ocorridas no primeiro semestre de 2014, planejava fugir para coordenar “ações violentas” na clandestinidade a partir de 1 de setembro. Ceballos foi, então, recolhido a uma penitenciária na região central da Venezuela.
Uma parte da mais alta direção do partido de López –o prefeito David Smolansky e os deputados Luis Florido e Freddy Guevara—também está sendo ameaçada de prisão, segundo denúncia veiculada no Twitter pelo presidente da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup. O regime está convencido de que a Vontade Popular tem conseguido convencer o restante da oposição a transformar uma manifestação como a de quinta-feira em um pretexto para derrotar Maduro. Florido, que é também presidente da Comissão de Política Externa do Parlamento, afirmou que o governo planeja criminalizar a chamada “ocupação de Caracas”.
Durante todo o dia de sábado, esperava-se que o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, preso em sua residência desde 2014 após os violentos incidentes do primeiro semestre daquele ano, também fosse transferido, como Ceballos, para uma penitenciária. Apesar das medidas especiais adotadas pelos responsáveis por sua segurança, o rumor não se concretizou.
O Governo dos Estados Unidos se disse “profundamente preocupado” com a decisão de se colocar Ceballos novamente na prisão. Em nota divulgada neste domingo, o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, condenou a manobra, vista por Washington como “uma tentativa de intimidar e impedir o direito dos venezuelanos de expressar a sua opinião livremente em 1 de setembro”; o documento exige a “imediata libertação” de Ceballos. “Em uma sociedade democrática, não há espaço para usar os instrumentos do Estado com o objetivo de intimidar e silenciar a oposição política”, diz a nota.
Suspensão de voos particulares
O Instituto Nacional da Aeronáutica Civil acrescentou mais lenha na fogueira daqueles que avaliam que o governo quer evitar que se façam registros visuais para mostrar a dimensão da manifestação marcada para esta quinta-feira. Desde sábado, estão proibidos os voos de jatos particulares e de drones em todo o território venezuelano. A medida é válida até o dia 5 de setembro.
Na ausência de explicações oficiais, o argumento referente ao temor do governo começa a ganhar corpo nas redes sociais e entre os analistas políticos. Foi uma medida surpreendente que visaria também, segundo essas interpretações, a evitar o deslocamento de dirigentes políticos estrangeiros para participar do protesto. A mulher de López, Lilian Tintori, havia anunciado na semana passada a presença, em Caracas, de representantes de várias organizações estrangeiras.
As expectativas criadas em torno da manifestação não repercutiram na disposição das autoridades eleitorais, que sempre aguardam pelo vencimento de todos os prazos estabelecidos pelo cronograma do plebiscito a fim de anunciar os passos seguintes. “A passeata da oposição não altera os nossos planos em nada”, afirmou a Socorro Hernández, integrante do CNE, alertando para o fato de que qualquer ocorrência violenta na manifestação poderá levar à suspensão do processo que pretende colocar um fim ao mandato de Maduro.
Segundo esse plano, o segundo passo do longo caminho da oposição será dado no fim de outubro. Durante três dias, em datas ainda não definidas, a oposição tentará recolher apoio de 20% do eleitorado para finalmente obrigar à convocação do plebiscito. Falta definir alguns detalhes para que essas datas sejam marcadas e anunciadas.
Duas integrantes governistas do CNE –a própria Hernández e Tania D’Amelio— defendem, porém, que cada uma das 23 províncias do país precisaria registrar pelo menos 20% de eleitores favoráveis à consulta para que esta seja convocada. Se essa condição prevalecer, será um novo marco na história da Venezuela para esse tipo de consulta popular. No processo anterior, convocado em 2004 contra o então presidente Hugo Chávez, o que se considerou foi o total de assinaturas recolhidas em todo o país, independentemente dos percentuais obtidos em cada região.
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
Venezuela: ate quando os paises vizinhos vao assistir inermes 'a deterioracao dramatica do pais?
O Globo online – Chefe da OEA manda carta a López: 'Venezuela não tem Estado de Direito'
Folha de S. Paulo – Maduro dá 48 horas para defensores de referendo deixarem o governo
O Estado de S. Paulo – Mulher denuncia ameaça a opositor venezuelano
Valor Econômico / Financial Times - Crise leva quase 300 mil venezuelanos à Colômbia
domingo, 21 de agosto de 2016
Venezuela: Maduro corta os salarios dos deputados; Parlamento brasileiro vai se manifestar?
Precisamos apenas saber o que o Parlamento brasileiro vai fazer.
Vai se solidarizar, vai protestar?
Vai obrigar a chancelaria a se manifestar, mesmo arriscando a imisção nos assuntos internos de outros países?
Aliás, a cláusula democrática do Mercosul está aí justamente para esse tipo de atitude.
Ainda que ela possa provocar mais sofrimento para a população venezuelana, pelo menos temporariamente, mas algo precisa ser feito para sinalizar que atitudes como essas são inaceitáveis.
Paulo Roberto de Almeida
sábado, 20 de agosto de 2016
Mercosul: a grande confusao (por um anti-"golpista") - Carlos Lungarzo (Congresso em Foco)
Não importa: descontando todas as diatribes ridículas contra o "golpe" e na linha da defesa das posições insustentáveis da esquerda latino-americana, o artigo, com todas as suas esquisitices, toca em todos os problemas atuais do Mercosul, no plano institucional, vale dizer, e convenientemente "esquecendo" as outras esquisitices venezuelanas, ou seja, o fato de que esse país NÃO CUMPRIU nenhum dos seus compromissos de união aduaneira e de política comercial do Mercosul, para nada dizer da lamentável situação política naquele país, com prisioneiros de opinião, numa situação de quebra completa dos princípios democráticos que o Mercosul diz defender.
A confusão está instalada, e parece que não será fácil escapar da paralisia atual...
Paulo Roberto de Almeida
POR CARLOS LUNGARZO | 19/08/2016 07:45
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