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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Bandido politico condenado a 45 anos de prisao: primeira vez na historia do Brasil


Para o devido registro histórico: pela primeira vez na história do Brasil um bandido político é condenado a penas de prisão: Sergio Cabral condenado a 45 anos de reclusão.
Paulo Roberto de Almeida

“Bretas’ Condena Sérgio Cabral A 45 Anos De Prisão…E Faltam Mais 12 Processos Para Serem Julgados. Que Haja Justiça.
NBO, 21/09/2017

Na sentença do Juiz Marcelo Bretas, Cabral é descrito como “idealizador do gigante esquema criminoso institucionalizado no âmbito do Governo do Estado do Rio de Janeiro, era o chefe da organização, cabendo-lhe essencialmente solicitar propina às empreiteiras que desejavam contratar com o Estado do Rio de Janeiro, em especial a Andrade Gutierrez, e dirigir os demais membros da organização no sentido de promover a lavagem do dinheiro ilícito”.
   É acusado de desviar mais de R$ 200 milhões de contratos entre empresas e o governo do RJ na Operação Calicute. Segundo o MPF, 5% do valor de cada contrato ia para Cabral e 1% para a Secretaria Estadual de Obras – percentual conhecido como ‘taxa de oxigênio’. O ex-governador recebia das empreiteiras ‘mesadas’ entre R$ 200 mil e R$ 500 mil
   É acusado, na Operação Lava Jato, de receber propina das empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão. Segundo a Procuradoria, a verba foi desviada do contrato de terraplanagem nas obras do Comperj. O MPF diz que Cabral e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa organizaram pessoalmente o acerto dos pagamentos indevidos
   É acusado de receber propina para favorecer empreendimentos de Eike Batista na Operação Eficiência, desdobramento da Lava Jato. Segundo a denúncia, ele recebeu R$ 16,5 milhões referentes a um contrato falso de intermediação da compra de uma mina de ouro
   É acusado de 184 crimes de lavagem de dinheiro, totalizando R$ 39 milhões movimentados por meio dos irmãos Marcelo e Renato Chebar. As denúncias são resultantes das operações Calicute e Eficiência. Os doleiros recebiam o dinheiro da corrupção em espécie e pagavam despesas pessoais de Cabral e de familiares e associados de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador
   É acusado de cometer 148 crimes de lavagem de dinheiro, totalizando mais de R$ 10 milhões. Segundo o MPF, o dinheiro foi lavado com a compra de sete imóveis em bairros nobres do Rio, carros de luxo, como um um Camaro 2SS conversível, avaliado em R$ 222,5 mil, e serviços de consultoria forjados. A denúncia foi elaborada a partir da Operação Calicute
   É acusado de chefiar um esquema de propina e lavagem de dinheiro que ocultou cerca de R$ 318 milhões no exterior de diferentes contratos do governo do Estado. Segundo o MPF, doleiros associados a Cabral enviaram US$ 85 milhões para fora do país e trouxeram US$ 3 milhões de propina por meio de offshores da Odebrecht. A denúncia é um desdobramento da Operação Eficiência
   É acusado de fraudar licitações e formar cartel para desviar recursos em obras do PAC das Favelas e da reforma do Maracanã, num total de mais de R$ 700 milhões desviados. A denúncia está baseada nas descobertas de duas grandes operações: a Saqueador e a Calicute
   É acusado de chefiar uma organização criminosa que fraudava contratos firmados pelo estado na área de saúde, nos quais cobrava 5% de propina. Segundo o MPF, foram desviados R$ 300 milhões do Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (Into). A denúncia é baseada na Operação Fatura Exposta
   É acusado de ter recebido quase R$ 47 milhões da Carioca Engenharia em troca de fraudes em licitações e superfaturamento de obras públicas, como a reurbanização da Rocinha, a construção do Arco Metropolitano e a Linha 4 do Metrô. A denúncia é resultado das investigações das Operações Calicute, Eficiência e Tolypeutes
   É acusado de lavar R$ 1,7 milhão em propina da empreiteira FW Engenharia por meio de empresas de fachada. Um dos contratos firmados com a empresa, de R$ 35 milhões, teve por objeto a elaboração de projeto executivo e a execução de obras complementares de urbanização no Complexo de Manguinhos, no PAC das Favelas. A denúncia foi elaborada a partir de fatos apurados nas operações Calicute e Eficiência
   É acusado de lavar dinheiro de propina comprando joias em dinheiro e sem nota fiscal, num total de R$ 11 milhões. Segundo o MPF, Cabral comprou 41 joias na H.Stern e outras 55 na Antonio Bernardo, entre cordões e brincos. Apenas um par de brincos de ouro branco custou R$ 1,2 milhão
   É acusado de ter recebido pelo menos R$ 16,7 milhões em propina para favorecer as empresas Masan Serviços Especializados Ltda e Comercial Milano Brasil, que fornecem merenda escolar e alimentação para detentos no estado. As investigações são decorrentes da Operação Ratatouille

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Al Capone, para prefeito de Chicago, ou governador do Illinois. Faz sentido?

Para o partido dos companheiros totalitários e mafiosos faz todo o sentido.
Até mesmo é condição para conseguir recursos.
O candidato ao governo tem o apoio de um bandido.
O prefeito também, aliás, de vários.
O candidato a governador apoiou o doleiro-traficante que tinha no deputado corrupto o seu maior amigo e financiador.
Tudo em troca do roubo de recursos publicos, pclaro.
Nunca antes no Brasil, os mafiosos foram tão explícitos, evidentes e abundantes.
Paulo Roberto de Almeida 
Luiz Moura
Luiz Moura, do PT, deputado estadual em São Paulo (cima), deve discursar hoje na Assembleia Legislativa. Ele vai tentar explicar o que fazia numa reunião com membros do PCC, o partido do crime.
Refresco a memória de vocês. Em março, no auge dos incêndios a ônibus na capital, a Polícia Civil estourou uma reunião que acontecia na sede da Transcooper, uma cooperativa de vans e micro-ônibus, em que se planejavam justamente os ataques. Lá estavam, acreditem!, 13 membros do PCC. E quem mais participava do encontro? Ninguém menos do que  Luiz Moura, que é presidente de honra da Transcooper. Atenção, queridos leitores! Em três anos, essa cooperativa faturou, em contratos com a Prefeitura, R$ 1,8 bilhão. Sim, vocês leram direito: um bilhão e oitocentos milhões de reais! Há muito tempo a polícia investiga a infiltração do PCC no sistema de transportes da cidade. Só para registro: as dezenas de ônibus incendiados pertenciam, invariavelmente, às empresas privadas; nunca às cooperativas.
Luiz Moura é irmão do vereador Senival Moura, também do PT e igualmente ligado a associação de perueiros. Ambos são considerados subordinados políticos do secretário dos Transportes da cidade, o deputado federal petista licenciado Jilmar Tatto — aquele senhor que, durante greve recente de motoristas de ônibus, preferiu criticar a Polícia Militar. Tatto, ora vejam!, no papel ao menos, doou, sozinho, R$ 201 mil para a campanha de Moura, o homem que estava na reunião com o PCC. Entendo. Tatto prefere atacar outra sigla: a PM!
Jilmar Tatto, secretário de Fernando Haddad e chefe político de Moura
Jilmar Tatto, secretário de Fernando Haddad e chefe político de Moura
E o que vai dizer o deputado? Petista não é exatamente criativo em situações assim: vai jurar de pés juntos que não sabia que aqueles com quem se reunia eram membros da facção criminosa. Eles nunca sabem de nada. Os termos do discurso foram combinados numa reunião com a bancada petista nesta terça. O partido criou uma comissão interna para analisar o seu caso. Depois que a reunião veio a público, Tatto, o chefe político de Moura, preferiu silenciar.
Moura tem um biografia controversa. Foi condenado a 12 anos de cadeia por vários assaltos a mão armada. Não cumpriu pena porque fugiu e foragido permaneceu por mais de dez anos. Ao sair dessa forma particular de clandestinidade, solicitou e obteve o perdão judicial. Em 2005, assinou, imaginem, uma declaração de pobreza.
atestado de pobreza moura
Cinco anos depois, na disputa eleitoral de 2010, já declarava bens superiores a R$ 5 milhões. Em 2012, disputou a Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos. Nesse caso, seus bens eram de pouco mais de R$ 1 milhão. Qual vale? Não sei.
Bens Luiz Moura
As duas declarações de bens: a de 2010, acima, e a de 2012, no alto
As duas declarações de bens: a de 2010, acima, e a de 2012, no alto
Bens Luiz Moura
As  declarações de bens de Moura: acima, a de 2010; no alto, a de 2012
As declarações de bens de Moura: acima, a de 2010; no alto, a de 2012
Na Assembleia, Moura é dado a praticas heterodoxas. Apresentou, por exemplo, o recibo de compra de combustível a que tem direito. O fornecedor, ora vejam!, é um posto de gasolina de que ele próprio é sócio.
Prestação de contas na Assembléia: enche o tanque no seu próprio posto de gasolina
Prestação de contas na Assembléia: enche o tanque no seu próprio posto de gasolina
Não é uma figura pequena no partido, não! Tanto é assim que, na festança de seu aniversário, a etrela foi ninguém menos do que Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo. O vereador Jair Tatto, irmão do Jilmar, também estava lá. Compreensível! Não é todo diz que se tem a chance de prestigiar o presidente de honra de uma cooperativa que fatura R$ 1,8 bilhão em três anos em contratos com a Prefeitura. Padilha deve ser saber o que faz e por quê.
Padilha discursa animadaço na festa de  aniversário do deputado que participou de reunião com membros do PCC
Padilha discursa animadaço na festa de aniversário do deputado que participou de reunião com membros do PCC
O PT, como sempre, está dando a maior força a um de seus pilares morais. Quem pode negar que isso faz sentido?
Texto publicado originalmente às 3h55

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O Stalin Sem Gulag e seu laranja panamenho: cobertura para lavagem de dinheiro do narcotrafico?

Esse tipo de investimento, descrito na matéria do Jornal Nacional transcrita na postagem do jornalista, costuma ser usado por criminosos, para lavar dinheiro. Seja que o dinheiro é oriundo do narcotráfico -- o que é bem provável -- seja que ele venha de algum capitalista brasileiro que não quer revelar sua fortuna, em qualquer hipótese a atividade e o próprio funcionamento do hotel parecem fazer parte de um empreendimento criminoso.
Acho que combina com o chefe da quadrilha, o Stalin Sem Gulag -- e agora talvez sem emprego no hotel-lavanderia -- já que ele sempre foi chegado a essas montagens misteriosas, que costumam ter as quatro patas afundadas no pântano da ilegalidade, quando não da criminalidade.
Aprendeu com os cubanos, certamente, que devem ter dado um curso completo daquilo que os americanos da NSA e da CIA chamam de deception.
Não que seja uma decepção para nós que conhecemos a história do Stalin mineiro: ele vem se revelando uma decepção como quadrilheiro que era; agora é só um bandido preso, sem emprego aparente...
Paulo Roberto de Almeida

Reinaldo Azevedo, 3/12/2013

Reportagem do Jornal Nacional que acaba de ir ao ar, de autoria de Vladimir Netto, indica que há algo de profundamente errado com o tal hotel St. Peter, que resolveu “empregar” José Dirceu, com salário de R$ 20 mil. A dona da empresa seria uma “empresa” do Panamá chamada “Truston International Inc.”. Seu presidente é José Eugenio Silva Ritter, um panamenho pobre, que não tem um gato para puxar pelo rabo. Ele admite ser sócio de centenas de empresas porque é funcionário de uma empresa chamada “Morgan y Morgan”. Leiam o que vai Portal G1. Volto mais tarde.
*
O Jornal Nacional localizou em uma área pobre do Panamá o homem que seria o presidente da empresa que administra o hotel Saint Peter, em Brasília, onde o ex-ministro José Dirceu, condenado no julgamento do mensalão, pretende trabalhar.
Dirceu está preso na Penitenciária da Papuda, onde cumpre pena em regime semiaberto, que permite a ele trabalhar durante o dia e voltar à noite para a prisão, para dormir. Ele recebeu uma oferta de trabalho do Saint Peter, hotel no centro de Brasília, que fica em um prédio de 15 andares e 424 apartamentos. O Saint Peter pretende pagar ao ex-ministro R$ 20 mil por mês para que ele exerça o cargo de gerente administrativo.
O homem que preside a empresa administradora do hotel mora numa área pobre da Cidade do Panamá, capital do Panamá, país da América Central, e trabalha como auxiliar de escritório numa empresa de advocacia. Um dos sócios do hotel, Paulo Masci de Abreu, é irmão de José Masci de Abreu, presidente do PTN (Partido Trabalhista Nacional), que em 2010 apoiou a eleição da presidente Dilma Rousseff. Mas ele é sócio minoritário. Tem uma cota, no valor de R$ 1, como mostra o contrato social da empresa.
Todas as outras cotas, que somam R$ 499.999,00, pertencem a uma empresa estrangeira, a Truston International Inc, com sede na Cidade do Panamá. A Truston está inscrita no registro público do Panamá e tem como presidente um cidadão panamenho, José Eugenio Silva Ritter. O nome dele, abreviado, aparece , junto a outros dois nomes: Marta de Saavedra, tesoureira, e Dianeth Ospino, secretária. José Eugênio Silva Ritter também aparece ligado a mais de mil empresas em um site criado por um ativista anticorrupção. O procurador da Truston no Brasil, como mostra o contrato do hotel Saint Peter, é Raul de Abreu, filho de Paulo Masci de Abreu.
Por telefone, Paulo de Abreu e o advogado de Raul de Abreu disseram que José Eugenio Silva Ritter é um empresário estrangeiro apresentado por meio de um advogado. Também afirmaram que a empresa presta contas a José Eugenio regularmente. O repórter Vladimir Netto, da TV Globo, travou o seguinte diálogo por telefone com Paulo de Abreu:
- Vladimir Netto: Quem é o seu sócio majoritário?
- Paulo de Abreu: É a Truston. É uma empresa que investe em hotéis.
- Vladimir Netto: Quem é o dono da Ttruston?
- Paulo de Abreu: Ah, tem vários acionistas, né? Precisa ver, até porque as ações, como são vendidas constantemente, né?
- Vladimir Netto: Quem é José Eugenio Silva Ritter?
- Paulo de Abreu: É o presidente.
- Advogado: É o presidente da empresa.
- Vladimir Netto: mas vocês o conhecem?
- Paulo de Abreu: Uma vez nós já tivemos… em reunião.
- Vladimir Netto: Ele veio ao Brasil, dr. Paulo?
- Paulo de Abreu: não, eu estive lá em Miami.
- Vladimir Netto: Isso foi quando? Foi quando os senhores resolveram fazer uma sociedade pra administrar o Saint Peter?
- Paulo de Abreu: É, quando formalizamos a parceria. De lá pra cá, a gente manda as informações pra lá e ele se dá por satisfeito, enfim, ou pergunta alguma coisa, mas houve essa reunião em miami quando da formalização do entendimento.
O Jornal Nacional foi ao Panamá para tentar entrevistar o presidente da empresa que administra o hotel Saint Peter. Jose Eugenio Silva Ritter mora em uma rua em um bairro pobre na periferia da cidade do panamá. Quando o repórter chegou, ele estava lavando o carro na porta de casa. Ritter disse que trabalha num escritório de advocacia, o Morgan y Morgan, há mais de 30 anos. E reconheceu que aparece mesmo como sócio de muitas empresas mundo afora. “Trabalho na Morgan y Morgan e eles se dedicam a isso”, afirmou.
Ele disse que não lembra da Truston International Inc, que administra o hotel Saint Peter, empresa da qual ele é o presidente. “Eu sequer sei se é o nome de uma sociedade de várias pessoas. Você, por favor, vá lá na Morgan y Morgan, lá com um advogado e tudo, aí eu posso te dar a informação que você precisa. Se me autorizam, se posso falar, te dar as respostas, porque pode botar em perigo meu emprego”, afirmou.
No órgão que regulamenta e fiscaliza o mercado de capitais dos Estados Unidos consta que José Eugenio Silva Ritter é auxiliar de escritório do Morgan y Morgan. A Morgan y Morgan fica em um prédio no centro financeiro da Cidade do Panamá. É uma firma que ajuda na fundação e administração de empresas internacionais com sede no Panamá. A legislação do país permite que ações de companhias sejam transferidas de um empresário para outro sem que seja necessário informar as autoridades. Isso faz com que seja muito difícil saber quem é o verdadeiro dono de empresas como a Truston International Inc, proprietária do hotel Saint Peter.
“Esses países percebem como uma estratégia econômica de trazer recursos para aquele país, justamente flexibilizar as regras sobre tributação, sobre identificação. Então, esses países acabam diminuindo essas exigências de identificação de documentação pra atrair capitais, pra atrair ativos pra fomentar a propria riqueza do país”, afirmou Pierpaolo Bottini, professor de direito penal da Universidade de São Paulo (USP).

O Jornal Nacional procurou Morgan y Morgan para perguntar sobre a propriedade da administradora do hotel Saint Peter, mas ninguém quis atender. A advogada de Paulo Masci de Abreu, Rosane Ribeiro, revelou que a sócia majoritária da Truston International é a nora dele, a empresária lara Severino Vargas. E que a nora vendeu a Paulo de Abreu o controle acionário do hotel Saint Peter. A advogada lembrou também que o cliente é dono de 60% do prédio onde funciona o hotel Saint Peter. Os outros 40%, segundo a advogada, pertencem ao empresário Paulo Naya.