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domingo, 8 de junho de 2014

O que fazer com os ingenuos e inocentes? Ou seriam apenas toscos e ignorantes?

Recebo, a propósito de uma  postagem já antiga (de Fevereiro de 2-14), sobre a Ucrânia e as atitudes respectivas dos países ocidentais (de condenação do antigo governo ucraniano e dos russos) e dos Brics (um dos quais, a Rússia, interessada em sustentar seu aliado em Kiev, contra os ucranianos pró-europeus, que queriam um país em processo de adesão à União Europeia), esta mensagem, que transcrevo abaixo, de um leitor visivelmente anti-americano e anti-capitalista.
Ele me acha pró-americano, ou seja, um aliado fiel do imperialismo, e um defensor desse capitalismo horrível que explora todos os povos e espalha miséria, desolação e dominação militar por todos os lados.
Como eu poderia responder ao DRF, que me acusa de ser conivente com todas essas barbaridades?
Acho que não tenho condições. Ele já sabe de tudo, tem todas as certezas e está convencido que o Brasil estaria muito melhor com democracias formidáveis como Rússia e China, em lugar de se alinhar com ditaduras detestáveis como as dos Estados Unidos e União Europeia.
Concordo, meu caro DRF, a vida deve ser muito melhor na China e na Rússia, ou em Cuba, talvez, do que nesses lugares capitalistas, exploradores não só de sua própria mão-de-obra como de todos os demais povos do planeta, que tem a infelicidade de cair sob a dominação das potências ocidentais.
Esses ucranianos devem ser uns malucos, ao preferirem padrões ocidentais de vida, certamente inferiores aos russos, do que aqueles oferecidos por seus tradicionais dominadores, pelos últimos 300 ou 400 anos.
E o que dizer de todos esses africanos e latino-americanos, que teimam em emigrar clandestinamente para a Europa e para os Estados Unidos: só podem ser loucos, em busca da sua própria exploração por todos esses ocidentais arrogantes, com seus horríveis McDonalds, seus iPhones desprezíveis, seus filmes amorais.
Tem muita gente louca no mundo.
Acho que você tem razão DRF, melhor mesmo é apoiar a Rússia e a China. Não é por outra razão que o Brasil adora o Brics, e pretende tecer uma aliança cada vez mais estreita com eles, para se proteger desses imperialistas bisbilhoteiros, que ficam nos espionando eletronicamente. Isso é inaceitável.
Estamos a caminho, meu caro. Mais um pouco estaremos em perfeita sintonia com essas pujantes democracias...
Paulo Roberto de Almeida

Dxxxx Rxxx Fxxx comentou a postagem de seu blog
Voce tem nome de Brasileiro, mas parecer um defensor do Imperialismo Anglo-Americano, que tem feito a grande maioria das nações de escravas e submissas as Ordens de Washington. Eles dominam o mundo e esfolam os países sub-desenvolvidos ricos em energia, porque por mais que se tem desenvolvido outras formas de energias alternativas, o mundo ainda é escravo dos motores a combustão onde os EUA, Alemanha, Japão e Coréia do sul mandam no negócio de automóveis movidos a esses motores. E as maiores empresas do mundo de extracão e refino de petroleo são dos EUA.
O assunto de quem manda no pedaço (mundo) é energia. E os BRICS são ricos em petroleo e gás.
Deixa de ser tolo e leia o que o George Soros fêz na Ucrânia, criando Ongs, para aliciar jovens neo-nazistas para invadirem a praça Maidam, tudo foi patrocinado pelos EUA, para desestabilizar o governo. Nunca esqueça que pela Ucrânia passa todos os gasodutos e oleodutos oiginários da Russia que é atualmente o maior produtir de petróleo e gás do mundo., e alimenta 40% de toda avdnergia consumida pela Europa. Os EUA querem cortar a fonte de recursos da Russia, para enfraquecê-la, dai a Russia vai a China e fecha um contrato de 400 bilhoes de dolares para suprir a China de gas po 30 anos.
Os EUA acabaram de juntar 2 potências contra o ocidente, e realmente acho que depois do nosso Brasil saber que  NSA esteve espionando a Petrobras, vai se juntar ao outros, assim como ja se manifestou o prim. Ministro da Índia, e da Africa do sul. 

Deixa de falar bobagem seu tolo, acorda para a vida. O mundo é uma guerra pela sobrevivência, quando os EUA estiverem sob pressão economica dos BRICS, fazendo suas trocas comerciais na suas próprias moedas, o dolar vai ficar totalmente enfraquecido, até porque, não sei se o nobre amigo sabe que a dívida dos EUA em dolar esta no patamar total de 102% de todo o seu PIB.
Simplificando,a América deve para o mundo outra América, está falida, e não resta a ela outra alternativa, a não ser mostrar suas garras( poder militar, poder nuclear), e é ai que a cobra cai fumar, porque a Russia esteve 20 anos quietinha, desde a época do Gorvachov, modernizando sua máquina de guerra, é por isso que a China se associou a Russia, porque agora os EUA estáo intimidando também a China por causa de seus poços de petróleo perto do Vietnã, e também as ilhas reividicadas pela China e pelo Japão.

A coisa tá ficando muito feia, ve se lê mais um pouco antes de tecer uma porcaria de matéria dessa.

domingo, 6 de abril de 2014

Alo pais: acabou o MacLanche Feliz: os companheiros acham que isso perverte as criancinhas...

Do blog de Klauber Pires, Libertatum:


Por Klauber Cristofen Pires
Libertatum: 05 Apr 2014 02:59 PM PDT

Sob as barbas de todos, a governo acaba de baixar uma medida duríssima contra a propaganda comercial e pois, contra a liberdade de expressão. 

Enquanto os empresários vivem correndo atrás de cada ossinho que o governo lhes joga...

Enquanto os pais e mães vivem atrás da tela da tv assistindo a Rede Globo fazer proselitismo gaysista e  "denunciar" o machismo da fraudulenta pesquisa do IPEA...

Enquanto todos os cidadãos vão pensando que a Venezuela fica muito longe daqui...

O governo do PT, por meio da Secretaria dos Direitos Humanos - Conselho Nacional dos direitos da criança e do Adolescente- Conanda, acaba de instalar a censura à propaganda dirigida ao público infantil. 

Conforme a RESOLUÇÃO No - 163, DE 13 DE MARÇO DE 2014, publicada no DOU de sexta-feira, 04 de abril de 2014, daqui por diante fica proibida qualquer propaganda que tenha o público infantil por alvo. 

Com a supracitada resolução, não somente a propaganda é proibida, mas inclusive programas infantis, como aqueles em que crianças ganham brinquedos como prêmios por gincanas. Isto significa o fim de programas como o da Xuxa e do Gugu.

A medida do governo vem bem a calhar para tornar as empresas de comunicação mais dependentes da propaganda estatal, esta sim enganosa e danosa ao público. 

Eu mesmo já tentei alertar a Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade), que representa as agências brasileiras associadas à indústria de comunicação, especialmente as agências de propaganda. É da Abap a iniciativa pela realização da campanha SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS, uma campanha que ao meu ver foi boa em enaltecer o papel da responsabilidade de toda a sociedade sob a égide da liberdade liberdade de expressão e auto-regulamentação publicitária, mas miseravelmente omissa em denunciar a fonte autoritarista por trás do FNDC - Forum Nacional pela Democratização da Comunicação. Deu no que deu.

Abaixo, segue um comunicado do Instituto Alana, do Banco Itaú, uma ONG anti-capitalista e assentada sobre os métodos de ensino marxistas de Paulo Freire, que tem agido intensamente a favor da censura dos meios de comunicação, para os leitores terem uma compreensão da extensão dos seus efeitos:



O texto completo, disponível aqui, diz que “a prática do direcionamento de publicidade e comunicação mercadológica à criança com a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço” é abusiva e, portanto, ilegal segundo o Código de Defesa do Consumidor.
A resolução lista os seguintes aspectos que caracterizam a abusividade:
-       linguagem infantil, efeitos especiais e excessos de cores;
-       trilhas sonoras de músicas infantis ou cantadas por vozes de criança;
-       representação de criança;
-       pessoas ou celebridades com apelo ao público infantil;
-       personagens ou apresentadores infantis;
-       desenho animado ou de animação;
-       bonecos ou similares;
-       promoção com distribuição de prêmios ou de brindes colecionáveis ou com apelos ao público infantil;
-       promoção com competições ou jogos com apelo ao público infantil.
Com a resolução, a partir de hoje fica proibido o direcionamento à criança de anúncios impressos, comerciais televisivos, spots de rádio, banners e sites, embalagens, promoções, merchadisings, ações em shows e apresentações e nos pontos de venda.
O texto versa também sobre a abusividade de qualquer publicidade e comunicação mercadológica no interior de creches e escolas de educação infantil e fundamental, inclusive nos uniformes escolares e materiais didáticos.
Para o Conanda, composto por entidades da sociedade civil e ministérios do governo federal, a publicidade infantil fere o que está previsto na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente e no Código de Defesa do Consumidor.
O Instituto Alana integra o Conanda, na condição de suplente, e contribuiu junto aos demais conselheiros na elaboração e aprovação desse texto.
“A partir de agora, temos que fiscalizar as empresas para que redirecionem ao público adulto toda a comunicação mercadológica que hoje tem a criança como público-alvo, cumprindo assim o que determina a resolução do Conanda e o Código de Defesa do Consumidor”, afirma Pedro Affonso Hartung, conselheiro do Conanda e advogado do Instituto Alana. “É um momento histórico. Um novo paradigma para a promoção e proteção dos direitos da criança e do adolescente no Brasil”, comemora Pedro.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Ah, esse capitalismo monopolista internacional, tao perverso, tao concentrador, tao contrario a inovacao...

Eu já imagino os companheiros que dão aulas de sociologia, de geografia, de filosofia, de qualquer coisa parecida com ideologia, em cursos médios e superiores. Eles vão ficar tão contentes ao saber dessa notícia!
Confirma tudo o que eles esperam do capitalismo concentrador, perverso, monopólico, logo eles que adoram um partido exclusivo, dominante hegemônico.
Parece que o capitalismo vai ficar agora parado nessas 147 supercorporações que dominam o mundo, e que se reunem de noite, secretamente, para complotar contra o nosso bem estar, para preservar o seu monopólio justamente nesse número mágico de 147.
E elas ainda estão concentradas no hemisfério Norte...
Não é o que se espera de qualquer boa teoria conspiratória?
Paulo Roberto de Almeida


Ernesto Carmona - de Santiago do Chile, 30/10/2012



Um estudo da Universidade de Zurich revelou que um pequeno grupo de 147 grandes corporaçõestrasnacionais, principalmente financeiras e mineiro-extrativas, na prática controlam a economia global. O estudo foi o primeiro a analisar 43.060 corporaçõestransnacionais e desentranhar a teia de aranha da propriedade entre elas, conseguindo identificar 147 companhias que formam uma “super entidade” que controla 40% da riqueza da economia global.
O pequeno grupo está estreitamente interligado através das diretorias corporativas e constitui uma rede de poder que poderia ser vulnerável ao colapso e propensa ao “risco sistemico”, segundo diversas opiniões. OProject Censored (Projeto Censurado, em tradução livre) da Universidade Estadual de Sonoma, na Califórnia, EUA, desclassificou esta notícia e sua repercussão foi sepultada pelos meios de comunicação norte-americanos. Mas Peter Phillips, professor de sociologia naquela universidade, ex-diretor do Projeto Censurado e atual presidente da Fundação Media Freedom/Project Censored, fez referência a ela em seu trabalho The Global 1%: Exposing the Transnational Ruling Class (O Um Por Cento Global: Exposição da Classe Dominante Transnacional), assinado com Kimberly Soeiro e publicado em projectcensored.org.
Os autores do estudo são Stefania Vitali, James B. Glattfelder e Stefano Battiston, pesquisadores da Universidade de Zurich (Suíça), os quais publicaram seu trabalho a 26 de outubro 2011, sob o título A Rede de Controle Corporativo Global (The Network of Global Corporate Control) na revista científica plosone.org.
Na apresentação do estudo publicado na PlosOne, os autores escreveram: “A estrutura da rede de controle das empresas transnacionais afeta a concorrência do mercado mundial e a estabilidade financeira. Até agora, foram estudadas somente pequenas mostras nacionais e não existia uma metodologia adequada para avaliar o controle a nível mundial. Apresenta-se a primeira pesquisa da arquitetura da rede de propriedade internacional, junto ao cálculo da função mantida por cada contendor global”.
“Verificamos que as corporações transnacionais formam uma gigantesca estrutura como gravata de laço e que uma grande parte dos fluxos de controle conduzem para um pequeno núcleo muito unido de instituições financeiras. Este núcleo pode ser visto como um bem econômico, uma “super-entidade” que propõe novas questões importantes, tanto para os pesquisadores como para os responsáveis políticos”.
O diário conservador britânico Daily Mail foi talvez o único do mundo a publicar esta notícia, em 20 de outubro 2011, assinada por Rob Waugh com o chamativo titulo: Existe uma ‘super-corporação’ que dirige a economia global. O Estudo ressalta que esta célula empresarial gigante poderia ser terrivelmente instável. A pesquisa concluiu que 147 empresas criaram uma “super entidade” dentro do grupo, controlando 40% da riqueza mundial”.
Waugh explica que o estudo da Universidade de Zurich “prova” que um pequeno grupo de companhias – principalmente bancos – exerce um poder enorme sobre a economia global. O trabalho foi o primeiro a examinar um total de 43.060 corporações transnacionais, a teia de aranha da propriedade entre elas e estabeleceu um “mapa” de 1.318 empresas como coração da economia global.
“O estudo encontrou que 147 empresas desenvolveram em seu interior uma “super entidade”, controladora de 40% de sua riqueza. Todos possuem parte ou a totalidade de um e outro. A maioria são bancos – os 20 top, incluídos Barclays e Goldman Sachs. Mas o estreito relacionamento significa que a rede poderia ser vulnerável ao colapso”, escreveu Waugh.
O 1% do mundo
“Efetivamente, menos de 1% das empresas foi capaz de controlar 40% de toda a rede”, disse ao Daily Mail James Glattfelder, teórico de sistemas complexos do Instituto Federal Suíço de Zurich, um dos três autores da investigação.
Alguns dos supostos que subjazem no estudo foram criticados, como a ideia de que propriedade equivale a controle. “No entanto, os pesquisadores suíços não têm nenhum interesse pessoal: limitaram-se a aplicar à economia mundial modelos matemáticos utilizados habitualmente para modelar sistemas naturais, usando o Orbis 2007, um banco de dados que contém 37 milhões as companhias e investidores”, informou Waugh.
O economista John Driffil, da Universidade de Londres, especialista em macroeconomia, disse à revista New Scientist que o valor do estudo não radicava em ver quem controla a economia global, mas em mostrar as estreitas conexões entre as corporações maiores do mundo. O colapso financeiro de 2008 mostrou que este tipo de redes estreitamente unidas pode ser instável.
– Se uma empresa sofre uma angústia, esta se propaga – disse Glattfelder.
Para Rob Waugh e o Daily Mail há um “senão”: “Parece pouco provável que as 147 corporações no coração da economia mundial pudessem exercer um poder político real, pois representam demasiados interesses”, assegurou o diário conservador britânico.
A riqueza global do mundo estima-se que se aproxima dos US$ 200 bilhões, ou seja, duas centenas de milhões de milhões. Segundo Peter Phillips e Kimberly Soeiro, 1% mais rico da população do planeta agrupa, aproximadamente, 40 milhões de adultos. Estas pessoas constituem o segmento mais rico da população dos países mais desenvolvidos e, intermitentemente, em outras regiões.
Segundo o livro de David Rothkopf Super-classe: a Elite de Poder Mundial e o Mundo que está Criando, a super elite abarcaria aproximadamente 0,0001% (1 milionésima parte) da população do mundo e compreenderia umas 6 a 7 mil pessoas, embora outros assinalem 6,6 mil. Entre esse grupo, teria que se procurar os donos das 147 corporações a que se refere o estudo dos pesquisadores de Zurich.
Ernesto Carmona é jornalista e escritor chileno.
• Artigo publicado originariamente em Diário da Liberdade.