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segunda-feira, 8 de julho de 2019

Thomas Sowell's most recent book: Discrimination and Disparities (Hoover)


Thomas Sowell on the Origins of Economic Disparities


Recorded on April 1, 2019 Is discrimination the reason behind economic inequality in the United States? Thomas Sowell dismisses that question with a newly revised edition of his book Discrimination and Disparities. He sits down with Peter Robinson to discuss the long history of disparities among humans around the world and throughout time. He argues that discrimination has significantly less of a role to play in inequality than contemporary politicians give it credit for, and that something as incontrovertible as birth order of children has a more significant and statistically higher impact on success than discrimination. He discusses why parental attention is the most important aspect of a child’s intellectual development. Sowell goes on to break down different minority groups around the world who went on to have more economic and political success than their majority counterparts, such as the Indians in East Africa, Jewish people in Eastern Europe, Cubans in the United States, and the Chinese in Malaysia. He argues that there is an underlying assumption that if discrimination was absent equality would prevail, which historically has been proven wrong. Sowell goes on to discuss changes in crime rates and poverty since the expansion of US welfare programs in the 1960s and how this has had a huge impact on the success of African Americans. He talks about his own experience growing up in New York, how housing projects used to be considered a positive place to live, and his experience as the first member of his family to enter the seventh grade. Robinson asks Sowell his thoughts on the case for reparations currently being made in Congress, and Sowell presents an argument about why a plan for reparations is not only illogical but also impossible to implement, with so many US citizens’ ancestors arriving long after the Civil War. He also explains that slavery was common throughout the known world for thousands of years and that abolition movements didn’t begin anywhere in the world until the late 18th century. He reminds us that the United States was not the only country guilty of participating in slavery and yet is the only country debating reparations. For further information: https://www.hoover.org/profiles/thoma... https://www.hoover.org/publications/u... Interested in exclusive Uncommon Knowledge content? Check out Uncommon Knowledge on social media! Facebook: https://www.facebook.com/UncKnowledge/ Twitter: https://www.twitter.com/UncKnowledge/ Instagram: https://instagram.com/uncommon_knowle...


Thomas Sowell

Rose and Milton Friedman Senior Fellow on Public Policy

sábado, 9 de setembro de 2017

O mito da reducao da desigualdade de renda na era lulopetista - FSP

Um dos mais propalados mitos -- ou seria mentira? -- da era lulopetista acaba de ruir: a de que suas políticas teriam conduzido a uma redução da alta concentração de renda no Brasil.
Nem poderia.
A despeito das alegações -- fabricadas, mentirosas -- todas as políticas operaram sempre em favor dos mais ricos, junto aos quais a organização criminosa ia buscar o dinheiro para o seu próprio enriquecimento e para montar um gigantesco esquema de corrução para garantir o seu monopólio de poder.
Paulo Roberto de Almeida


Desigualdade de renda no Brasil não caiu entre 2001 e 2015, aponta estudo
Folha de S.Paulo, 9 de setembro de 2017

A desigualdade de renda no Brasil não caiu entre 2001 e 2015 e permanece em níveis "chocantes", de acordo com um estudo feito pelo World Wealth and Income Database, instituto de pesquisa codirigido pelo economista Thomas Piketty, conhecido por seus estudos sobre desigualdade com a obra "O Capital no Século 21". 
Segundo a pesquisa, os 10% mais ricos da população aumentaram sua fatia na renda nacional de 54% para 55%, enquanto os 50% mais pobres ampliaram sua participação de 11% para 12% no período. Esse crescimento foi feito às custas de uma queda da participação de dois pontos percentuais dos 40% que estão entre os dois extremos (de 34% para 32%). O crescimento econômico observado no Brasil no período teve pouco impacto na redução da desigualdade porque foi capturado principalmente pelos 10% mais ricos, que ficaram com 61% da expansão observada no período. Já a metade mais pobre da população foi beneficiada com apenas 18% desses ganhos. "Em resumo, a desigualdade total de renda no Brasil parece ser muito resiliente à mudança, ao menos no médio prazo, principalmente em razão da extrema concentração de capital e seus fluxos de renda", conclui o estudo. 
O estudo do World Wealth and Income Database, assinado pelo economista Marc Morgan, vai na contramão de indicadores como o índice de Gini, que mostra a desigualdade, o qual indicou que houve uma melhora do cenário no Brasil, atribuída às políticas de redistribuição de renda dos governos do PT, como o Bolsa Família, e à política de valorização do salário mínimo, cujo valor real aumentou cerca de 50% no período. Com base nesses indicadores, os governos Lula e Dilma defenderam que houve redução na desigualdade durante suas gestões – o que o estudo questiona. 
Os resultados mais recentes estão em linha com os observados pelos pesquisadores Marcelo Medeiros, Pedro Souza e Fábio de Castro, da Universidade de Brasília, que identificaram uma estabilidade no nível de desigualdade entre 2006 e 2012. "A redistribuição que houve nos anos 2000 foi sobretudo na base da pirâmide, pelo aumento do salário dos trabalhadores menos qualificado por meio da valorização do salário mínimo e demanda maior por esses trabalhadores nos setores de serviços e construção naqueles anos", diz a economista da USP e colunista da Folha Laura Carvalho.
 "Os mais ricos continuaram se apropriando de uma parcela muitíssimo elevada da renda, que pode ser explicada pela alta concentração de riqueza financeira e não financeira no Brasil, além dos juros altos", completa. 
Segundo o estudo, a participação do Bolsa Família e do Benefício da Prestação Continuada (BPC) na renda total nacional foi de 1%, em média, nesses 15 anos. Apesar da contribuição total pequena, esses programas elevaram a taxa de crescimento da fatia dos 50% mais pobres de 9% para 21%.
Uma das explicações para a discrepância é a metodologia adotada. O estudo do World Wealth and Income Database leva em conta dados da Receita Federal e das contas nacionais no cálculo, o que minimiza o problema de pesquisas com base em declarações de entrevistados, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad, do IBGE), nas quais os mais ricos tendem a omitir sua renda. Esther Dweck, assessora econômica do Ministério do Planejamento entre 2011 e 2016, afirma que não é possível medir se a situação de quem estava abaixo da linha da pobreza melhorou pelo estudo. "A renda dos mais miseráveis não é medida pelo Imposto de Renda, porque eles não declaram. Esse é um estudo que capta bem a situação do 1%, que não ganha com trabalho." "De fato, pela Pnad, os números pareciam melhores. 
O estudo mostra que, no Brasil, não conseguimos fazer uma política de redistribuição na riqueza de forma mais estruturante", diz Dweck. Assim, o levantamento chegou a uma média de renda anual de US$ 541 mil (R$ 1,6 milhão) entre o 1% mais rico da população (cerca de 1,4 milhão de pessoas) em 2015 —superior à renda média do top 1% francês (US$ 450 mil a US$ 500 mil). 
Ao mesmo tempo, a renda média dos 90% mais pobres no Brasil equivale à média dos 20% mais pobres da França. Os mais ricos no Brasil têm, então, uma renda superior aos mais ricos da França, enquanto a maioria dos brasileiros têm renda equivalente aos franceses mais pobres. Para Carvalho, são os dados comparativos com outros países os resultados mais chocantes da pesquisa.



quarta-feira, 12 de julho de 2017

A desigualdade de renda no Brasil tem causas provadas, pouco sabidas - Ricardo Bergamini

Eonomistas de universidades federais vivem se escandalizando com a desigualdade de renda no Brasil, como se isso fosse algo alheio à sua própria condição.
Ricardo Bermini restabelece os dados precisos dessa equação inaceitável para qualquer trabalhador, ou empresário, do setor privado, que são os que produzem riquezas, e sustentam toda essa patota de privilegiados (entre os quais estou incluído, mas no antepenúltimo lugar, com apenas 41% dos ganhos dos mandarins do Banco Central).
Paulo Roberto de Almeida

Despesa Média/Mês com Servidores Federais da União (Ativos, Aposentados e Pensionistas)- Fonte MP

Base: Ano de 2016 (Média de 12 meses)

Poderes da União

R$ 1,00
Índice

Banco Central do Brasil

20.534,00
100,00

Legislativo

19.465,00
94,79
Judiciário
18.086,00
88,08
Ministério Público da União
16.532,00
8051
Empresas Públicas
12.008,00
58,48

Sociedade de Economia Mista

9.934,00
48,38

Executivo Civil

8.535,00
41,56
Executivo Militar
6.470,00
31,51

*FCDF

5.693,00
27,72
*FCDF – Fundo Constitucional do Distrito Federal.
Comentários:
1 – Dentro do serviço público federal há uma variação na média salarial entre o maior e o menor salário de 72,28%.
2 – Em 2016 o salário médio/mês dos trabalhadores formais das empresas privadas foi de R$ 2.052,00 (IBGE), ou seja: 90,01% menor do que o maior salário médio dos servidores da União e 63,95% menor do que o menor salário médio dos servidores da União. 
3 – Em 2016 o salário médio/mês dos aposentados e pensionistas do Regime Geral de Previdência Social (INSS) foi de R$ 1.285,80 (STN), ou seja: 93,74% menor do que o maior salário médio dos servidores da União e 77,41% menor do que o menor salário médio dos servidores da União. 
*FCDF – Gastos de pessoal com saúde, educação e segurança do Distrito Federal são de responsabilidade da União.