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domingo, 27 de julho de 2014

Banco dos Brics: brincando com o dinheiro dos contribuintes - Gustavo Franco

Nunca antes no país irresponsáveis totalitários foram tão irresponsáveis com o meu, com o seu, com o nosso dinheiro...
Paulo Roberto de Almeida 




Dida Sampaio/Estadão
Gustavo H.B. Franco - O Estado de S.Paulo
Seguindo-se à Copa do Mundo, em Fortaleza, o governo brasileiro resolveu comprometer até US$ 38 bilhões em uma iniciativa diplomática cujos supostos benefícios se parecem, na sua subjetividade, com os da própria Copa. Os custos, porém, são muito concretos: o equivalente a 114 estádios (ao custo unitário de US$ 0,33 bilhão), ou dois trens-bala, em dinheiro inexistente, o que indica algo entre a indiferença e o desprezo pelo contribuinte brasileiro. 
Presidentes se reúnem no Palácio do Itamaraty durante VI Cúpula dos BRICS
Presidentes se reúnem no Palácio do Itamaraty durante VI Cúpula dos BRICS
DIDA SAMPAIO/Estadão
Trata-se do banco do Brics, um banco de fomento, que receberia duas chamadas de capital, ambas de US$ 50 bilhões, a primeira já, e cabendo a cada sócio 20% da subscrição. O banco seria também o administrador de um fundo de liquidez de até US$ 100 bilhões dos quais caberia ao Brasil contribuir com o equivalente a 18% do total, tal como Rússia e Índia. Os porcentuais para a China e para a África do Sul seriam de 41% e 5%, respectivamente.

Tudo somado, US$ 38 bilhões, a maior parte a desembolsar depois de terminado o mandato de Dilma Rousseff.

Como é possível comprometer tanto dinheiro no final de uma administração em um projeto que reflete opções muito particulares e partidárias de política fiscal e de diplomacia econômica?

De onde saem os US$ 38 bilhões e em detrimento de que outras prioridades? Como será usado esse dinheiro?

Como não existem respostas para as primeiras duas perguntas (sobre as quais os órgãos de controle do setor público deveriam se debruçar), o texto que se segue trata apenas da última.

O Brasil participa de diversos bancos de desenvolvimento multilaterais, e em todos eles prevalece uma espécie de regra de ouro segundo a qual o capital colocado pelo Brasil precisa ser alocado em projetos de interesse do Brasil, sendo esta uma contabilidade que os funcionários brasileiros nessas instituições zelam para que seja cumprida à risca, ou com sobra. Já passamos da fase onde o País recebia mais do que aportava, como é típico dos países pobres, mas ainda não estamos na categoria dos ricos que conscientemente aceitam receber em empréstimos menos do que contribuem, e que se esmeram na definição das condições associadas ao uso dos recursos abrangendo impactos sociais e ambientais, e mesmo precauções contra a corrupção.

No caso em tela, onde o banco de desenvolvimento é formado por cinco países de renda média, a tendência será a formação de cinco balcões segregados, cada qual falando o próprio idioma e cuidando dos próprios negócios. O assunto fica mais politizado, mas não muito diferente, se o banco for operar em outros países, pois cada sócio vai criar a própria clientela, sabe-se lá com que critérios.

A prevalecer esta compartimentalização, o leitor estará correto em pensar que, para tratar do nosso pedaço, já temos o BNDES. Em vez de uma nova sede, bastava mais uma sala na Avenida Chile e um contrato de terceirização, com isso evitando boa parte dos custos administrativos e do aprendizado do novo veículo.

Entretanto, essa solução engenhosa e econômica resulta em criar um pequeno monstro: um canal de transferências regulares entre o Tesouro e o BNDES, que transitariam pelo novo banco só num relance contábil. Seria uma espécie de aprofundamento do modelo de "conta movimento" desenvolvida nos últimos anos, agora apensado a uma obrigação internacional. É mais um prego no caixão do equilíbrio fiscal, uma marca desse governo.

É verdade que os bancos de desenvolvimento podem ir além dos limites do próprio capital captando recursos em mercado a custos inferiores do que alguns de seus sócios seriam capazes de obter em captações individuais. Mas são poucos os que conseguem: o Banco Mundial, assim como a Corporação Andina de Fomento emitem instrumentos de dívida com muito sucesso há muitos anos, pois mantêm uma estrutura de capital conservadora e um histórico honrado de financiamentos a projetos com bons retornos e boas parcerias, inclusive com outros bancos de desenvolvimento.

Quanto tempo e quantos bilhões serão necessários até o banco do Brics chegar a esse amadurecimento? Com cinco sócios que pouco se conhecem, e com agendas tão diferentes, não seria mais plausível imaginar que a construção seja longa e dispendiosa, e talvez não chegue a lugar algum? E o risco de captura pelas agendas imperialistas de Rússia e China?

Outro assunto é o fundo para oferecer liquidez em bases temporárias a membros do grupo, ou a seus amigos. É fácil especular sobre esses assuntos quando todos estão com reservas sobrando, mas não vamos nos iludir que haja alguma ideia nova no arranjo. Desde a Conferência de Bretton Woods em 1944, quando o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) foram criados, algumas das melhores cabeças desse planeta estão matutando sobre a organização de mecanismos estabilizadores para a economia global, e já há muita experiência acumulada, em várias direções, a partir da atuação do FMI.

O conceito básico aqui é simples: os empréstimos do FMI têm a natureza de um "redesconto bancário", ao passo que o fomento cabe ao Banco Mundial. A missão do FMI é ofertar reservas internacionais emprestadas por prazos curtos para países com dificuldades temporárias de balanço de pagamentos, a custos que não precisam ser especialmente punitivos, mas cujo uso deve ser caro a ponto de estimular o mutuário a não praticar as condutas que levam à necessidade de utilizar esses recursos. A missão do FMI é ajudar a restaurar o equilíbrio externo dos participantes da economia global, mas sem incentivar o desequilíbrio. A rede de proteção permite que o trapezista faça manobras mais ousadas, ou seja, cria um problema conceitual nada simples e para o qual não existe ainda uma bala de prata.

A ideia de um novo fundo para complementar a atuação e os recursos do FMI é bem vinda, mas ociosa, pois nada impede que cada um dos países do Brics participe dos pacotes de financiamento que o FMI organiza. Não há muita clareza sobre esse tópico, mas volta e meia aparece a ideia que o novo fundo poderia "competir" com o FMI e montar programas alternativos de apoio em "outras bases", o que apenas pode ser tomado como um bom roteiro para um romance de ficção científica, onde o contribuinte morre no fim.

Afastados esses delírios, fica a impressão de que, independentemente do que vai acontecer com o novo banco, a cooperação Sul-Sul teve aqui uma epifania, e quem pensava que a política externa era apenas uma diversão barata há de ter se surpreendido.

Nada é definitivo, felizmente, e se a hesitação em assinar cheques mostrar-se, uma vez mais, proporcional aos desentendimentos esperados entre os países do Brics, o desfecho provável desse minueto será alguma solução barata e que preserve os "ganhos conceituais", esta é a linguagem diplomática para as ideias que não voam.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Governo federal desperdica UM MILHAO numa fantasia esquizofrenica...


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Obra está abandonada há cerca de três anos (Fonte: Reprodução/Folhapress)

RECURSOS FEDERAIS

‘Museu do ET’ custa mais de R$ 1 milhão e é abandonado

Obra em homenagem ao suposto ET de Varginha, que recebeu investimento do governo federal, está parada desde 2010


fonte | A A A
Uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo denuncia o abandono da obra do “Museu do ET”, em Varginha (MG), que teve investimento de mais de R$ 1 milhão em recursos federais.
A obra foi interrompida em 2010. O local é atualmente apenas o esqueleto de uma nave espacial enferrujada, cercada por mato. Uma placa no local afirma: “Aqui tem investimento do governo federal”.
O Ministério do Turismo repassou, em 2007, ao município de Varginha R$ 828,7 mil (R$ 1,1 milhão, em valores atualizados) para a construção do memorial, que deveria contar toda a saga do suposto ET que visita a cidade.
O projeto original previa que a obra deveria estar concluída até dezembro deste ano, mas somente 40% da construção está pronta.
Embora defendam o culto à lenda do ET, moradores de Varginha ouvidos pelo jornal dizem que “já tem coisas demais do ET na cidade” e condenaram o desperdício de dinheiro público.
De acordo com o Ministério do Turismo, a obra consumiu até agora R$ 304 mil. A liberação do restante do dinheiro depende da apresentação de um novo cronograma pela prefeitura de Varginha.
Políticos locais estariam avaliando a construção de um teleférico para ligar o “Museu do ET” à parte baixa da cidade. Nenhuma autoridade foi encontrada pela reportagem para comentar a interrupção da obra do memorial.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Europa: depois da "vaca louca", o cavalo contaminado...

Enfim, tudo isso não merece nenhum comentário de minha parte, pois não sou especialista em nada do que se refere à cadeia alimentar de quadrúpedes e bípedes, em qualquer continente. Minhas preocupações são outras, de políticas econômicas e de recursos públicos.
Então pergunto: o BNDES precisaria ser sócio dessa megaempresa brasileira de carnes, que tem filiais e que efetuou compras de outras empresas em várias partes do mundo?
Claro que não, mas ela só´o fez, justamente, para ajudar a coitadinha da empresa a se tornar uma gigante do setor?
Isso é boa utilização dos recursos públicos?
Um Congresso atuante poderia indagar e responder, mas creio que não o fará...
Paulo Roberto de Almeida


Ana Clara Costa
VEJA.com, 18/02/2013

A empresa suíça Nestlé anunciou nesta segunda-feira que decidiu recolher das prateleiras dois produtos refrigerados cujos testes deram positivo para a presença de carne de cavalo. As duas massas em questão, o Buitoni Beef Ravioli e o Beef Tortellini, são vendidas na Espanha e na Itália, informou a companhia por meio de comunicado. “Quando informações sobre a fraude na embalagem de alimentos emergiu no Reino Unido, reforçamos os testes em produtos e matérias primas que usamos na Europa. E estamos, agora, suspendendo as entregas de produtos fornecidos pela empresa alemã H.J. Schypke, que é subcontratada de um de nossos fornecedores, a JBS Toledo N.V”, informou a Nestlé.
Segundo a Nestlé, testes apontaram a presença de mais de 1% de DNA de cavalo nos dois produtos que são fornecidos pela JBS Toledo, subsidiária belga do grupo brasileiro JBS. A empresa suíça confirmou que a carne vendida pela JBS é proveniente do fornecedor alemão H.J. Schypke. O nível de 1% foi estabelecido pela Food Safety Agency (FSA), a agência estatal britânica que lidera as investigações sobre a adulteração dos produtos, como porcentual de referência que indica se um produto sofreu fraude ou não. 
A empresa suíça também avisou que vetou a comercializadação de uma de suas lasanhas congeladas (Lasagnes à la Bolognaise Gourmandes), que é vendida especificamente ao mercado corporativo na França. “Estamos melhorando nosso programa de controle de qualidade por meio da execução de novos testes de DNA em carnes antes do processo de produção na Europa”, disse a Nestlé.
Na última semana, o presidente da Nestlé, Paul Bulcke, afirmou ao jornal britânico Financial Times que o escândalo da carne de cavalo não havia afetado a empresa diretamente. “Nós controlamos nossos fornecedores cuidadosamente, e é lógico que quando algo como isso (o escândalo da carne de cavalo) acontece, intensificamos nossos processos. Mas o que tem a nossa marca não foi afetado”, afirmou o executivo.
A JBS Toledo é a subsidiária belga do grupo brasileiro JBS, presidido por Wesley Batista, com atuação focada no oeste europeu. A aquisição ocorreu em agosto de 2010, por 11 milhões de euros. A JBS Toledo tem forte presença no fornecimento de carne processada e cozida para mais de 100 clientes na Europa, sobretudo restaurantes, cozinhas industriais e grandes marcas de alimentos, como a Nestlé. Procurada pela reportagem do site de VEJA, a empresa brasileira não havia retornado o pedido de entrevista até a publicação desta reportagem.
O grupo JBS é o maior fabricante de carne processada do mundo, com receita líquida da ordem de 75 bilhões de reais em 2012, segundo estimou o próprio Batista ao jornal Valor Econômico, em dezembro do ano passado. O BNDESPar, braço de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), é dono de 23% do grupo JBS.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Vamos acabar com o financiamento estatal aos esportes?

Não, não é aqui, infelizmente, é nos EUA. Mas o mesmo caso poderia ser aplicado aqui.
Esportes atraem multidões. Se atraem multidões, não têm porque o Estado financiar, já que anunciantes e fabricantes de produtos e serviços podem fazer isso.
Infelizmente, o governo brasileiro vai continuar exibindo esse triste espetáculo de um ridículo Ministério dos Esportes, que na verdade só serve para dar dinheiro ao PCdoB... (se é que vocês me entendem...).


Time to end government sponsorship of sporting events

By Adam Bitely

If you've watched a NASCAR race you have probably noticed the National Guard sponsoring Jeff Gordon and Dale Earnhardt Jr.'s racecars. But did you know that the National Guard has spent over $136 million sponsoring Earnhardt alone since 2008?

At a time when government spending is a divisive issue in Washington D.C., two members of Congress from opposing parties have found something they can agree on—government should not sponsor sporting events.

Rep. Jack Kingston (R-GA) and Rep. Betty McCollum (D-MN) have co-sponsored an amendment that would ban the military from sponsoring sporting events. Rep. Kingston's office estimates that it would save roughly $80 million a year.

The amendment offered by Kingston and McCollum is attached to the Defense Appropriations bill that is expected to be considered in the House later this week. Any member of Congress that is serious about cutting government spending should have no problem supporting this measure. Just consider the following.

In 2012, the National Guard credits the NASCAR sponsorship resulting in 24,800 individuals expressing interest in joining. Of those 24,800, only 20 were qualified to join. And of those 20, no one joined. Not a single person.

Just last week the Army announced that it was ending its sponsorship of NASCAR due to poor results. The advertising was not resulting in new recruits.

As Rep. McCollum put it, "The Pentagon's NASCAR sponsorship program is an outrageous waste of taxpayer money and Defense Secretary Leon Panetta should terminate these sponsorship programs immediately.  Spending $26 million on a NASCAR racing team – in the name of national security – for zero recruits tells me the Pentagon can painlessly absorb some serious budget cuts."

Dale Earnhardt Jr. isn't happy that his racing team might be cut off from this government largesse. He suggested that Rep.'s Kingston and McCollum do more research into the matter.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Transportadores, burocratas e desperdicio de dinheiro...

Uma obra perfeitamente inútil, dispensável, cara (e ainda vai custar o dobro do que se pensa), que tem a cara das pessoas que ocupam o poder: gastar o máximo possível, com coisas totalmente inúteis...
O governo, as construtoras, os financistas, os sanguessugas de sempre, se empenham no lançamento do edital do trem-bala: querem tornar o projeto irremediável.
Políticos pequenos gostam de grandes obras: é onde se pode superfaturar à vontade, com spill-overs para todos os lados...
Construtoras também gostam desses mega-projetos, pois a despeito de terem de pagar propina aqui e ali, podem superfaturar à vontade, como os primeiros...
São Paulo e Rio não necessitam de um trem-bala, nem Brasília e Goiania, aliás.
Essas cidades necessitam de sistemas urbanos coletivos de transporte, eficientes e abundantes, algo que não será resolvido com a concentração de dinheiro numa obra totalmente megalomaníaca e desnecessária.
Isso também faz parte do desperdício de dinheiro do contribuinte...
Paulo Roberto de Almeida

Consórcios já estão em campo para definir traçado do trem
Samantha Maia, de Brasília
Valor Econômico, 14/07/2010

Infraestrutura: Pelo edital, viagens podem começar apenas em 2017

Com o edital do trem-bala Rio-São Paulo em mãos a partir de hoje, as empresas interessadas no empreendimento partem para a fase de definição da engenharia financeira do seu plano. Apesar de não haver um traçado exato definido, representantes de companhias ouvidos pelo Valor explicam que estão realizando trabalho de campo desde o início das audiências públicas, no ano passado, o que torna o prazo de quatro meses e meio possível para a entrega das propostas. O governo federal divulgou ontem que os consórcios terão até 1º de novembro para pedir esclarecimento, e até dia 29 do mesmo mês para a entrega dos projetos. O edital foi publicado hoje no Diário Oficial da União.

"Claro que, se pudéssemos, preferíamos mais. Mas o período definido pelo governo é adequado, pois já fizemos estudos prévios", diz José Batlles, diretor da Ineco, empresa de engenharia envolvida no consórcio espanhol. Segundo Paulo Benites, coordenador local do grupo coreano, o consórcio começou o trabalho de campo para estudo do traçado do trem em janeiro deste ano. "Precisávamos fazer isso para avaliar o investimento, e não somos só nós. O que mais nos faltava eram as definições sobre as condições de financiamento e o número de estações obrigatórias, para que pudéssemos discutir com os investidores", diz Benites.

Os envelopes serão abertos no dia 16 de dezembro na BM&F Bovespa e a expectativa do governo é que as obras sejam iniciadas no fim de 2011. O edital define também um período máximo de seis anos para a execução das obras, o que significa iniciar a operação até o fim de 2017. "A indicação que tivemos dos investidores é de que é possível construir em 4 a 5 anos. As Olimpíadas em 2016, inclusive, é um incentivo a mais, por ter uma expectativa de movimento", diz Bernardo Figueiredo, diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
(...)