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terça-feira, 3 de agosto de 2021

Barreiras a estudantes brasileiros em diversos países - Jamil Chade (UOL)

 Falta de vacina ameaça estudos de 950 brasileiros na França

Jamil Chade
Colunista do UOL
03/08/2021 04h12

950 pesquisadores e estudantes brasileiros que deveriam iniciar seus estudos de pós-graduação ou universitários na França a partir de setembro vivem um momento de incerteza. O governo de Paris apenas aceita a entrada de pessoas que tenham sido vacinadas com uma das doses reconhecidas pelo governo local. Mas com a campanha de vacinação ainda lenta em diferentes regiões do Brasil e com a presença de imunizantes não reconhecidos na França, muitos temem que não conseguirão começar o ano letivo, em setembro.

Na esperança de contornar a crise, o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), ex-ministro da Saúde, apresentou nesta semana um requerimento ao Ministério da Saúde e ao Itamaraty para que esse grupo de brasileiros seja atendido com prioridade na vacinação, uma vez que os grupos mais vulneráveis já tenham sido atendidos.

"O não controle da pandemia, a lentidão na vacinação e a imagem de pária internacional, afeta a vida de todos brasileiros no exterior", disse à coluna. "Bolsonaro priorizou atletas para a Copa America, Olimpíadas e não pode virar as costas para estudantes que irão ajudar a desenvolver nossa ciência e Universidades", declarou.

Os cursos para os quais os estudantes conseguiram vagas abrangem áreas de engenharias, arquitetura e urbanismo, comunicação, ciências políticas e filosofia, e se dão em instituições tais como École Centrale Lille e École Centrale de Marseille.

"Caso não haja a apresentação dos alunos na data do início do semestre, entre 27 de agosto a 2 de setembro haverá a perda da bolsa", alerta o deputado, em um requerimento direcionado ao Itamaraty e ao Ministério da Saúde.

Nas cartas, o parlamentar pede que esses pesquisadores e estudantes sejam priorizados na vacinação, "de preferência com a vacina de dose única para aqueles ainda não tomaram, uma vez que estar vacinado é a condição para que possam entrar na França e assim darem início aos seus estudos".

Numa carta ao deputado, o movimento "Étudier est Impérieux" explica a situação. O grupo é formado por 950 estudantes e pesquisadores admitidos em universidades francesas e que estão impedidos de adentrar ao território francês devido à estratégia de reabertura das fronteiras francesas que classificou o Brasil como um país da "zona vermelha" devido ao descontrole da pandemia no Brasil.

Pelas regras estabelecidas pela França, é permitida a entrada de quaisquer pessoas vacinadas provenientes da "zona vermelha". "A grande questão é que a maioria dos estudantes e pesquisadores possui entre 20 e 30 anos e sequer tomou a primeira dose", alertam os membros do grupo.

Segundo eles, "devido ao exíguo tempo até o início do ano letivo em setembro, apenas seria possível a dose única da Janssen ou as duas da Pfizer (com intervalo de 21 dias), considerando que o ciclo de vacinação apenas se considera completo para efeito de embarque após 28 dias da dose única da Janssen ou 7 dias após a segunda dose da Pfizer".

https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2021/08/03/falta-de-vacina-ameaca-estudos-de-950-brasileiros-na-franca.htm


Saiba quais são os 9 países que estão com fronteiras abertas para brasileiros

A lista de fronteiras abertas está ainda mais dinâmica durante a pandemia e os protocolos mudam diariamente

REDAÇÃO ND, FLORIANÓPOLIS
02/08/2021 ÀS 15H52 - Atualizado Há 16 horas

Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, alguns países estão reabrindo as fronteiras novamente para as pessoas que vivem no Brasil e  já estão imunizadas. No momento, há cerca de nove destinos possíveis para viajar.

A lista de fronteiras abertas está ainda mais dinâmica durante a pandemia e os protocolos mudam diariamente.

Para acompanhar a situação de cada país, o Itamaraty recomenda consultar a página eletrônica da Associação Internacional do Transporte Aéreo (International Air Transport Association, Iata), um mapa mundial atualizado com informações de cada nação.

Antes de viajar, outra orientação é baixar o aplicativo Conecte SUS, e obter a certificação digital de vacinação, disponível em três idiomas: português, inglês e espanhol.

Confira quais são os nove países que aceitam brasileiros:
Canadá – Todos os brasileiros imunizados com a vacina Janssen ou com as duas doses de Astrazeneca, Pfizer e Moderna poderão viajar para o país norte-americano. A medida vale a partir do dia 7 de setembro.
Caribe – No Caribe existem várias situações, em Belize e nas Bahamas por exemplo, passageiros vacinados com a Janssen ou com as duas doses de Astrazeneca, Moderna, Pfizer, Sinopharm e Sinovac há pelo menos 14 dias estão isentos de apresentar o PCR.
Egito – Os viajantes deverão apresentar certificados de vacinação com QR-Code que comprovem terem tomado as doses necessárias pelo menos duas semanas antes da chegada ao país. São aceitos os seis imunizantes aprovados pela OMS (Pfizer, Moderna, Astrazeneca, Janssen, Sinofarm e Coronavac).
Eslováquia – O país anunciou a abertura de suas fronteiras para turistas de todo o mundo que já estão vacinados. É necessário apresentar somente o comprovante da vacinação na entrada.
Finlândia – Na segunda-feira (26) a nação foi reaberta para turistas do Brasil que estejam devidamente imunizados com a Pfizer, Astrazeneca, Janssen e Coronavac há pelo menos 14 dias. Não é preciso a realização de quarentena.
França – Agora é possível ir para a França se o turista tiver recebido as duas doses de vacina da Pfizer, Moderna e Astrazeneca ou a dose única de Janssen. A Coronavac e Sinovac ainda estão sendo analisadas pela Agência Europeia de Medicamentos (European Medicines Agency – EMA).
Marrocos – Os brasileiros que já foram completamente vacinados têm entrada liberada no país desde o início do mês de julho. Para não terem que cumprir a quarentena, os turistas devem apresentar comprovante de imunização e exame PCR realizado nas últimas 48h. Todas as vacinas que estão sendo utilizadas no Brasil são aceitas.
Qatar – A sede da Copa do Mundo de 2020 reabriu a entrada de brasileiros imunizados contra a Covid-19. O país, por enquanto, aceita as vacinas Pfizer, Astrazeneca, Janssen e Moderna.
Suíça – Desde o mês de junho está sendo permitido que brasileiros visitem o país. Para entrar na terra dos chocolates é necessário apresentar um comprovante de vacinação da Pfizer, Moderna, Janssen, Astrazeneca ou Coronacvac.

https://ndmais.com.br/turismo/saiba-quais-sao-os-9-paises-que-estao-com-fronteiras-abertas-para-brasileiros/


quinta-feira, 27 de julho de 2017

PISA: estudantes brasileiros continuam a exceder, para baixo...

(Da coluna diária do ex-prefeito Cesar Maia, 27/07/2017)

PISA: ESTUDANTES BRASILEIROS TIVERAM BAIXÍSSIMO DESEMPENHO EM FINANÇAS!

(Folha de SP, 24) 1. Mesmo os estudantes brasileiros mais ricos tiveram baixíssimo desempenho na prova de conhecimento de finanças, em avaliação feita pelo Pisa, teste internacional do aprendizagem de jovens conduzido a cada três anos. Na prova de 2015, os estudantes brasileiros atingiram nota média de 393 pontos, a pior entre os 15 países avaliados nesse quesito específico, atrás do Peru (403 pontos) e do Chile (432 pontos).
        
2. Entre os três países com melhores notas no teste de finanças, dois são emergentes. No topo do ranking, os chineses somaram 566 pontos, seguidos pelos estudantes canadenses e pelos russos. A prova específica de conhecimentos financeiros é aplicada desde 2012, mas o Brasil fez o teste pela primeira vez em 2015.
        
3. No Pisa, as três habilidades tradicionais -leitura, matemática e ciências- são testadas há bem mais tempo, desde 2000. Na versão mais recente, reuniram 70 países.  Ana Maria Bonomi Barufi, economista do Bradesco, mostra que a variável renda tem efeito relevante não só sobre as habilidades tradicionais mas também sobre o conhecimento financeiro dos jovens em todo o mundo.
        
4. Nos 15 países analisados, uma comparação entre 25% dos estudantes mais pobres e os 25% mais ricos mostra uma diferença de ao menos 40 pontos na nota média dos alunos dos dois grupos. A disparidade maior foi verificada na China, com um fosso de 132 pontos entre a nota média dos mais pobres e a nota média dos mais ricos.  Ainda assim, surpreende que a nota dos estudantes chineses menos favorecidos supera a dos mais ricos de países como Peru, Chile, Eslováquia, Lituânia e Brasil.
        
5. A Rússia registrou a menor diferença entre as notas de conhecimento em finanças de estudantes mais pobres e mais ricos, de 46 pontos.  No caso do Brasil, chama a atenção que mesmo os estudantes mais ricos não conseguem sobressair quando comparados a seus pares de outros países. A nota média do grupo brasileiro com renda familiar mais alta foi de 441 pontos, a lanterna entre todos os estudantes mais ricos.
        
6. Já os estudantes brasileiros mais pobres alcançaram nota média de 364 pontos. Comparados apenas com estudantes de renda mais baixa de outros países, conseguem ficar à frente do Peru. Barufi identifica ainda uma correlação positiva entre o PIB per capita -um indicador de riqueza de um país- e a nota obtida no Pisa em conhecimentos financeiros.
        
7. A comparação também mostra atraso do Brasil em relação a outros países. Pelo nível de PIB per capita exibido pelo Brasil, a nota dos alunos brasileiros deveria ser cerca de 40 pontos maior, diz a economista. Barufi reconhece que o nível de conhecimento financeiro do brasileiro preocupa. Mas diz que os números devem ser vistos com cuidado porque o Brasil está, no geral, sendo comparado com países mais avançados. De qualquer modo, diz ela, é certo que os estudantes brasileiros precisam desenvolver a habilidade, relevante para que consigam planejar melhor suas vidas e seu futuro.
        
8. Nesse jogo, a escola tem contribuição importante a dar. Eslováquia, Peru, Holanda, Lituânia e Bélgica estão entre os países que já adotaram política nacional para o ensino de finanças pessoais. "Mas o papel tem que ser da sociedade", diz Barufi. Enquanto tal movimento não toma corpo, alternativas para avançar na formação de jovens mais preparados para lidar com finanças podem ser formuladas, diz Barufi, como campanhas virtuais de conscientização sobre o tema.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Retratos fugazes de estudantes brasileiros: vandalos e incendiarios...

O caso da escola incendiada por oito alunos demonstra que chegou a hora de endurecer e perder a ternura

Coluna diária do jornalista Políbio Braga, segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O site www.zerohora.com.br desta tarde, informou que a Polícia Civil de Eldorado do Sul, na Região Metropolitana, entregou ao Ministério Público (MP) a conclusão da investigação do incêndio que atingiu dois prédios da Escola Municipal La Hire Guerra há uma semana. Dos nove adolescentes apontados como envolvidos no ato infracional, apenas um não tem ligação com o colégio — como aluno ou ex-aluno. Leia mais:

. Conforme o delegado Alencar Carraro, alguns adolescentes confessaram a ação em depoimentos, acompanhados de advogados e pais. Um deles se apresentou na manhã desta segunda-feira. Eles teriam ingerido bebida alcoólica antes de colocarem fogo em dois prédios do colégio, pouco depois da meia-noite da segunda-feira passada. A polícia estima um prejuízo de aproximadamente R$ 1 milhão. 

— Ainda não posso revelar detalhes das medidas que sugerimos ao MP, mas fomos bastante duros e enérgicos. Concluímos que não houve motivação para o ato, foi vandalismo puro — diz o delegado.

Os adolescentes com idades entre 15, 16 e 17 anos, são repetentes e estão entre o 6º e 7º ano. Eles já teriam participado de outros atos violentos, como agressão de colegas e arrombamento da lancheria da escola.

- Os atos foram de vandalismo puro e replicam eventos recentes de enorme impacto criminoso. O editor registra sobre o que ocorreu: 1) A perda de valores move os delinquentes, sejam eles juvenis, como esses bandidos, ou seja adultos celerados, um problema que a curto prazo apenas legislação muito mais dura e cumprimento na base da tolerância zero poderá minimizar. 2) A impunidade generalizada, começando de cima, aciona os piores instintos pessoais de renegados sociais reconhecidos, o que a curto prazo apenas o Judiciário terá condições de atacar, punido exemplarmente os bandidos de colarinho branco alojados nos governos, no setor público em geral e nas camadas superiores da sociedade.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Universidades dos EUA: numero de estudantes brasileiros ainda pequeno (Fapesp)

Brasileiros buscam mais pós-gradução nos EUA

Agência FAPESP, 11/04/2013
A procura por cursos de pós-graduação nos Estados Unidos por estudantes de outros países aumentou apenas 1% em 2013. Nos anos anteriores, o crescimento foi muito superior: 9% em 2012 e 11% em 2011.
De acordo com o Council of Graduate Schools (CGS), o principal motivo da queda foi o menor número de submissões de propostas por parte de estudantes chineses. Apesar disso, o relatório destaca o aumento na procura por parte de estudantes de dois países: Brasil e Índia.
Os dados estão no relatório Findings from the 2013 CGS International Graduate Admissions Survey – Phase I: Applications, que acaba de ser divulgado.
O CGS é uma organização de mais de 500 instituições de ensino superior nos Estados Unidos e no Canadá que oferecem cursos de pós-graduação, pesquisa e preparação de candidatos para níveis mais avançados de estudo. As instituições que compõem o levantamento são responsáveis por 92% dos doutorados e 81% dos mestrados oferecidos nos Estados Unidos.
O aumento de apenas 1% em 2013 na procura pela pós-graduação em instituições norte-americanas – o mais baixo desde que o CGS começou a fazer o levantamento, em 2004 – só não foi menor por causa da maior procura especialmente por estudantes da Índia, demanda que aumentou 20% em relação a 2012.
De acordo com o CGS, estudantes chineses constituem cerca de um terço de todos os alunos de graduação estrangeiros nos Estados Unidos e seu elevado número “ajudou a mitigar declínios recentes nas matrículas de estudantes de pós-graduação em instituições” baseadas no país. Mas o relatório apontou uma queda de 5% nas submissões por parte de chineses.
O levantamento inclui dados de todas as submissões de propostas de pós-graduação nas instituições participantes e informações detalhadas de sete países – China, Índia, Coreia do Sul, Taiwan, Canadá, México e Brasil – e de três regiões: Europa, Oriente Médio e África. Os sete países e as três regiões representam 86% de todos os estudantes estrangeiros que buscam cursos de pós-graduação nos Estados Unidos.
O relatório destaca o aumento na procura dos cursos de pós-graduação por brasileiros. Em 2012, já havia sido registrada uma elevação de 9% nas submissões de propostas por parte de estudantes do Brasil em relação ao ano anterior. Em 2013, o aumento foi de 24%, de longe o maior entre os sete países analisados. Canadá, México, Coreia do Sul, Taiwan e Europa apresentaram queda.
“A diminuição geral no aumento das submissões internacionais exige atenção especial dos responsáveis pelas políticas em educação, bem como das universidades. Enquanto os crescimentos da Índia e do Brasil são encorajadores, a queda nas submissões da China precisa ser observada com cuidado. Não podemos manter obstáculos na pós-graduação para estudantes estrangeiros, especialmente quando outros países estão derrubando suas barreiras e atraindo estudantes altamente qualificados”, disse Debra W. Stewart, presidente do CGS.
Apesar de mais estudantes brasileiros tentarem fazer a pós-graduação em instituições nos Estados Unidos, o total ainda é pequeno. Segundo o relatório, no ano acadêmico 2011-2012, 29% dos estudantes estrangeiros matriculados na pós-graduação em instituções no país eram chineses e 20%, indianos. O Brasil respondeu por 1% do total.
O relatório está disponível em: www.cgsnet.org/ckfinder/userfiles/files/Intl_I_2013_report_final.pdf.