O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador governo mafioso. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador governo mafioso. Mostrar todas as postagens

sábado, 29 de agosto de 2015

Republica Corruptiva do Pixuleco (minha síntese destes tempos companheiros) - Paulo Roberto de Almeida


República Corruptiva do Pixuleco
(minha síntese destes tempos companheiros)

Paulo Roberto de Almeida

A herança maldita dos governos do partido que se pretendia "da ética", mas que se revelou mafioso, e o mais fraudulento da história do Brasil, é essa que vocês estão contemplando: além dos imensos crimes econômicos (alguns planejados intencionalmente para produzir "resultados paralelos", digamos assim) praticados por governantes ineptos, mentirosos e de má-fé, (mal) assessorados por keynesianos de botequim e outros economistas aloprados, além dos incontáveis crimes comuns (e nenhum dos verdadeiros responsáveis foi ainda para a cadeia, descontando uns poucos paus-mandados do lulo-petismo mafioso), além do desmantelamento geral das instituições (com o aparelhamento completo de todas as agências públicas, além da elevação de serviçais obedientes inclusive nas mais altas cortes do Estado), além de todo o desastre fabricado por inépcia, desídia, incompetência e teimosia (sem contar a junção dos crimes econômicos com os crimes comuns, o que me parece evidente), o que temos, como resultado desses quase três lustros de desgoverno absoluto é uma degradação moral como nunca antes tínhamos conhecido no país, uma desfaçatez tão grande no roubar, no enganar, no mentir, no mistificar, que a população já está quase ficando acostumada em que isso que está aí, essa imensa podridão moral que nos assalta todos os dias em todos os meios de comunicação, em que isso que está aí se torne, definitivamente, o novo padrão aceitável num país que se pretendia em ascensão.
Os companheiros nos arrastaram para o fundo do poço.
Isso tem de ser registrado para a história.
Eu vou fazer a minha parte, no nicho de combate que é o meu, um quilombo solitário de resistência intelectual, que é a denúncia constante, o alerta regular, chamando a atenção para os crimes companheiros.
Vou começar compondo uma lista de todos os crimes econômicos cometidos desde 2003.

Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 29 de agosto de 2015

domingo, 28 de junho de 2015

Corrupcao companheira: os ratos comecam a temer, depois de treze anos de roubalheiras

Lula perde o eixo
Lula treme
O ex-presidente mostra desequilíbrio e desespero, vivendo o pior momento de sua história
Sérgio Pardellas
IstoÉ, domingo, 28 de junho de 2015

Temendo a prisão, Lula revela desespero ao criticar publicamente o PT. O ex-presidente, que tem dormido pouco, apresenta crises de choro, diz que o governo Dilma não tem mais jeito e avalia que a vitória de Aécio em 2014 poderia até ter sido melhor

O ex-presidente Lula anda insone. Segundo amigos próximos, o petista não consegue sossegar a cabeça no travesseiro desde a prisão, há duas semanas, de Marcelo Odebrecht, presidente da maior empreiteira do País, e do executivo Alexandrino Alencar, considerados os seus principais interlocutores na empresa. Tem dormido pouco. Nem quando recebeu o diagnóstico de câncer na laringe, em 2011, o petista demonstrou estar tão apreensivo como agora. Pela primeira vez, desde a eclosão da Operação Lava Jato para investigar os desvios bilionários da maior estatal brasileira, a Petrobras, Lula teme amargar o mesmo destino dos empreiteiros. Até um mês atrás, o ex-presidente não esperava que sua história poderia lhe reservar outra passagem pela cadeia. Em 1980, o então líder sindical foi detido em casa pelo DOPS, a polícia política do regime militar. Permaneceu preso por 31 dias, chegando a dividir cela com 18 pessoas. Agora, o risco de outra prisão – desta vez em tempos democráticos – é real. Na quinta-feira 25, o tema ganhou certo frisson com a divulgação de um pedido de habeas corpus preventivo em favor do ex-presidente impetrado na Justiça Federal do Paraná. Descobriu-se logo em seguida, no entanto, que a ação considerada improcedente pelo Tribunal Regional Federal não partiu de Lula nem de ninguém ligado a ele. Mas, de fato, o político já receia pelo pior. O surto público recheado de críticas ao governo Dilma Rousseff e petardos contra o partido idealizado, fundado e tutelado por ele nos últimos 35 anos expôs, na semana passada, como os recentes acontecimentos têm deixado Lula fora do eixo.

Em privado, o ex-presidente exibe mais do que nervos à flor da pele. Na presença de amigos íntimos, parlamentares e um ex-deputado com trânsito nos tribunais superiores, Lula desabou em choro, ao comentar o processo de deterioração do PT. Como se pouco ou nada tivesse a ver com a débâcle ética, moral e eleitoral da legenda, ele lamentou: "Abrimos demais o partido. Fomos muito permissivos", justificou. Talvez naquela atmosfera de emoção, Lula tenha recordado de suas palavras enunciadas em histórica entrevista à ISTOÉ no longínquo fevereiro de 78, quando na condição de principal líder sindical do ABC paulista começava a vislumbrar o que viria a ser o PT, criado em 1980. "Para fazer um partido dos trabalhadores é preciso reunir os trabalhadores, discutir com os trabalhadores, fazer um programa que atenda às necessidades dos trabalhadores. Aí pode nascer um partido de baixo para cima", disse na ocasião. Hoje, o PT, depois de 12 anos no poder, não reúne mais os trabalhadores, não discute com eles, muito menos implementa políticas que observem as suas necessidades. Pelo contrário, o governo Dilma virou as costas para os trabalhadores, segundo eles mesmos, ao vetar as alterações no fator previdenciário, mudar as regras do seguro para os demitidos com carteira assinada e adotar medidas que levam à inflação e à escalada do desemprego. Agora crítico mordaz da própria obra, Lula sabe em seu íntimo que não pode se eximir da culpa pela iminente derrocada do projeto pavimentado por ele mesmo.

Restaram os desabafos, sinceros ou não, e a preocupação com o futuro. Num dos momentos de lucidez, o ex-presidente fez vaticínios impensáveis para quem, até bem pouco tempo, imaginava regressar triunfante ao Planalto daqui a três anos. Em recentes conversas particulares no Instituto que leva o seu nome, em São Paulo, Lula desenganou o governo Dilma, sucessora que ele mesmo legou ao País. "Dilma já era. Agora temos que pensar em salvar 2018", afirmou referindo-se às eleições presidenciais. Para o petista, a julgar pelo quadro político atual, "teria sido melhor" para o projeto de poder petista e da esquerda "que (o senador tucano) Aécio Neves tivesse ganho as eleições" presidenciais do ano passado. Assim, no entender dele, o PSDB, e não o PT, ficaria com o ônus das medidas amargas tomadas na esfera econômica destinadas a tirar o País da crise, o que abriria estrada para o seu retorno em 2018. Como o seu regresso não é mais favas contadas, o petista tem confidenciado todo o seu descontentamento com a administração da presidente Dilma. Lula credita a ela e ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o avanço da Lava Jato sobre sua gestão. Embora essa hipótese ainda seja improvável, petistas ligados ao ex-presidente não descartam a possibilidade de ruptura, o que deixaria a presidente ainda mais vulnerável para enfrentar um possível processo de impeachment. A atitude, se levada adiante, não constituiria uma novidade. Em outros momentos de intensa pressão, como no auge do mensalão e do escândalo do caseiro Francenildo, Lula não se constrangeu em rifar aliados e até amigos do peito, como os ex-ministros José Dirceu, Antonio Palocci e Ricardo Berzoini.

Quem testemunhou as confidências de Lula na ampla sala de reuniões de seu Instituto, sediado na capital paulista, não chegou a ficar surpreso com o destempero verbal apresentado pelo petista na semana passada. Não se pode dizer o mesmo da maioria expressiva da classe política, impossibilitada de privar da intimidade do ex-presidente. De tão pesados e surpreendentes, os ataques de Lula a Dilma e ao PT foram recebidos com perplexidade. O primeiro tiro foi disparado na quinta-feira 18. Numa reunião com padres e dirigentes religiosos, Lula admitiu, em alusão ao nível baixo do sistema da Cantareira, que ele e Dilma estão no volume morto. "E o PT está abaixo do volume morto", avaliou. Na segunda-feira 22, Lula elevou ainda mais o tom. Só que contra o PT. Em debate com o ex-presidente do governo espanhol Felipe Gonzáles, disse que o partido "está velho, só pensa em cargos e em ganhar eleição". "Queremos salvar a nossa pele, nossos cargos, ou queremos salvar o nosso projeto?", questionou Lula, durante a conferência "Novos Desafios da Democracia". Nos dias subseqüentes às declarações, enquanto o meio político tentava interpretar o gesto do petista, o Planalto reagia a seu modo. Num primeiro momento, Dilma minimizou."Todos têm direito de fazer críticas, principalmente o presidente Lula". No dia seguinte, no entanto, Dilma orientou o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, a procurar Lula para tentar entender as razões de tamanha fúria. Paralelamente, o ex-presidente tratou de se proteger. Articulou junto à bancada do PT no Senado a divulgação de uma nota de desagravo a ele próprio. Criou, assim, mais uma jabuticaba política: fez com que o partido atacado emitisse um documento em apoio ao autor dos ataques. Na nota, o PT manifestou "total e irrestrita solidariedade ao grande presidente Lula, vítima de uma campanha pequena e sórdida de desconstrução de uma imagem que representa o que o Brasil tem de melhor". No fim da semana, ao perceber o ar rarefeito, Lula mandou emissários espalharem o suposto reconhecimento de que ele "se excedeu". Era tarde.

Para o cientista político da USP, José Álvaro Moisés, ao abrir confronto contra Dilma e o PT, Lula "jogou para a plateia". "Ele está vendo o navio fazer água, por isso age assim", avaliou. Para Oswaldo do Amaral, da Unicamp, ao dizer que o partido precisa de uma renovação, Lula tenta uma reaproximação com o eleitorado mais jovem, segmento hoje refratário a ele (leia mais em matéria na página 46). O jornalista José Nêumanne Pinto, autor do livro "O que sei de Lula", no qual conclui que o ex-presidente nunca foi efetivamente de esquerda, é mais contundente. Para ele, "Lula é sagaz e não tem escrúpulo nenhum para mudar seu discurso". "O ex-presidente tem circunstâncias e conveniências que ele manipula", afirmou. "Na verdade, ele não quer se descolar do PT e sim da Dilma. Com esse discurso da utopia, ele planeja atrair parte do PT que finge ser honesto", disse.

O mais espantoso na catilinária lulista é que o ex-presidente se comporta como se fosse um analista distante de uma trama da qual é personagem principal. Numa analogia com o futebol, recurso metafórico muito utilizado por Lula quando estava na Presidência, seria como se o zagueiro e então capitão da seleção brasileira David Luiz descrevesse os sete gols da Alemanha como se não tivesse assistido entre atordoado e impassível ao baile de Toni Kroos, Schweinsteiger e companhia em campo. No caso do ex-presidente há um agravante: Lula nunca foi apenas um mero integrante do time, mas o mentor, o grande líder e artífice da caminhada petista até aqui. Por isso mesmo, causou ainda mais espécie a repreensão de Lula ao PT por sua sede por cargos. Ora, o aparelhamento da máquina pública pelo PT e aliados começou e recrudesceu durante os dois mandatos do petista. Quando Lula chegou ao poder em 2003, havia 18 mil cargos de confiança na administração federal. Ao transmitir o cargo para Dilma, em 2011, já eram cerca de 23 mil.

Do mesmo modo, Lula não pode lamentar, como fez em privado, que o crescimento do partido levou aos desvios éticos e à corrupção – hoje marca indissociável ao PT. O escândalo do mensalão, que resultou na condenação de dirigentes petistas em julgamento no STF, remonta ao seu governo. E o processo de abertura da legenda, bem como à rendição à política tradicional de alianças, baseada no fisiologismo e no toma lá, da cá, beneficiou o próprio Lula. Sem isso, o ex-presidente dificilmente se elegeria em 2002. Ao chegar ao Planalto, Lula cansou de dar demonstrações de que não sabia separar o público do privado. A mais chocante delas foi a ousadia de ornar os jardins do Alvorada com a estrela rubra do PT. O limite entre o público e o privado foi ultrapassado também quando Lula nomeou a amiga Rosemary Noronha para a chefia de gabinete de um escritório da Presidência em São Paulo. Hoje, Rosemary responde a uma ação na Justiça por formação de quadrilha, tráfico de influência e corrupção passiva. Ela integraria um esquema de vendas de pareceres técnicos de órgãos públicos federais. Agora, a personagem muito próxima a Lula pode retornar ao noticiário numa outra vertente das investigações da Lava Jato. Trata-se da retomada das apurações do episódio envolvendo um suposto depósito milionário feito em Portugal por Rosemary. Para a PF, o caso converge com a investigação sobre a Odebrecht e a Andrade Gutierrez. É que Otávio Azevedo, preso na 14ª fase da Lava-Jato, foi representante da Portugal Telecom no Brasil. A empresa de telefonia era em grande medida controlada pelo Grupo Espírito Santo, parceiro da Odebrecht em vários empreendimentos em território português. "Tudo converge para os mesmos personagens.

Se já houver outra investigação em curso, também podemos colaborar", afirmou à ISTOÉ um delegado ligado a Lava Jato. Até hoje não se sabe o que houve com o ofício protocolado pelo então deputado Anthony Garotinho (PR/RJ) sobre o périplo de Rosemary em solo português. Em 2012, Garotinho denunciou o caso com base em relatos de um ex-delegado federal. Rosemary, segundo essa fonte, teria desembarcado em Lisboa com passaporte diplomático e autorização para transportar uma mala. Ao chegar à alfândega, questionada sobre o conteúdo da bagagem, teria revelado que transportava 25 milhões de euros para depositar na agência central do Banco Espírito Santo no Porto. Segundo a mesma versão, as autoridades alfandegárias sugeriram que ela contratasse uma empresa de transporte de valores. Para executar o serviço, a empresa Prosegur exigiu a contratação de um seguro, pelo que Rosemary teve de preencher uma declaração com a quantia e a titularidade dos recursos. Ela, então, teria identificado o próprio Lula como proprietário do dinheiro.

Não restam dúvidas de que a explosão do petista deriva principalmente dos rumos tomados pelas investigações da Lava Jato nas últimas semanas. Mas seus recentes arroubos guardam relação também com os resultados das últimas pesquisas de opinião. De janeiro para cá, os levantamentos mostram a vertiginosa queda de popularidade de Dilma e dele próprio, que já perderia para o senador Aécio Neves se as eleições presidenciais fossem hoje. De acordo com o último Datafolha, Aécio aparece com 10 pontos na frente de Lula. Segundo a mesma pesquisa, o governo Dilma foi reprovado por 65% dos eleitores. Este índice de reprovação só não é maior do que o do ex-presidente Fernando Collor no período pré-impeachment, em setembro de 1992. Na época, Collor era rejeitado por 68% dos brasileiros. No levantamento, o governo Dilma é classificado como bom ou ótimo por apenas 10% dos brasileiros. É a maior taxa de impopularidade da petista desde 2011. A taxa de aprovação da presidente no Sudeste é de apenas 7%. No Nordeste, histórico reduto eleitoral do PT, é de somente 14%.

Num cenário nada alvissareiro para Dilma como o atual, em que ela está às voltas com um processo no TCU que pode até levar ao seu afastamento, o pior dos mundos para ela seria um rompimento com o padrinho político. Nesse cenário, Lula levaria com ele para o outro lado da trincheira parte do PT que hoje critica severamente a política econômica do governo. Se uma ruptura oficial é improvável, o mesmo não se pode dizer de um racha na prática, mas não declarado. O embrião do que pode vir a ser um contraponto ao governo surgiu na quarta-feira 24, em reunião na casa do senador Randolfe Rodrigues, do PSOL. Nela estavam presentes parlamentares do PSB e petistas de proa, como o ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e o senador Lindbergh Farias (RJ). No encontro, articularam o que chamam de "Frente de Esquerda". Se o movimento florescer, o grande responsável pela ascensão e projeção política de Dilma – o ex-presidente Lula – poderá ser também o principal artífice do seu irremediável isolamento.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Seria o governo um bando de mafiosos e traficantes? - Guilherme Fiuza

Lava Jato toca a campainha do Palácio
 GUILHERME FIUZA
O Globo, 04/06/2015

Youssef afirmou que se sentia “mais seguro” por saber que tinha a proteção do Planalto

O doleiro do petrolão afirmou, em delação premiada, que o Palácio do Planalto sabia do esquema. Citou pelo menos três ex-ministros de Dilma cujos nomes ouviu várias vezes nos momentos decisivos das operações criminosas. Alberto Youssef disse também aceitar acareações com qualquer um. O esquema bilionário que funcionou mais de década exatamente sob os governos do PT, operado por diretores da Petrobras nomeados ou protegidos pelo grupo político governante, chegou à sua hora da verdade. Ou o Brasil acredita que o doleiro Youssef botou a República debaixo do braço e fez o governo inteiro refém, ou o comando da quadrilha terá de aparecer.

Youssef afirmou, em seu depoimento à CPI da Petrobras em Curitiba, que se sentia “mais seguro” em suas operações criminosas por saber que tinha a proteção do Palácio do Planalto. Marcos Valério não chegou a dizer literalmente a mesma coisa, mas o julgamento do mensalão mostrou que ele também era assegurado pelo Palácio – tanto que o então ministro-chefe da Casa Civil acabou condenado e preso. Nos dois megaescândalos, dois tesoureiros do PT presos, acusados de participar de desvios de dinheiro de estatais para o partido. E o Brasil, chupando o dedo, não liga lé com cré e se recusa a entender que esse é um padrão de governo.

Aliás, “a única forma de governar o Brasil” – como Lula teria afirmado a José Mujica, ex-presidente do Uruguai. Os dois ex-presidentes naturalmente negaram que se tratasse do reconhecimento do escândalo, mas o livro que traz essa passagem é absolutamente claro ao contextualizá-la como referência ao mensalão. Um dos autores do livro, Andrés Danza, declarou não ter dúvidas de que assim a fala de Lula fora entendida por Mujica – com quem, aliás, Danza tem excelente relação. Possivelmente o ex-presidente uruguaio, chapa de Lula, achou que expondo a confissão de “culpa” do colega brasileiro em relação ao escândalo iria humanizá-lo. É um tipo de humanismo que passarinho não bebe.

A tolerância do Brasil com os métodos escancarados do PT beira o masoquismo. A pessoa em quem Dilma Rousseff mais investiu para ser seu braço direito no governo chama-se Erenice Guerra, investigada em dois escândalos de tráfico de influência dentro do Palácio – este que Youssef diz que o fazia sentir-se seguro, o mesmo de onde foi engendrado o mensalão. É uma vertiginosa sucessão de coincidências. Ou então o Brasil gosta de apanhar.

Gosta porque não se mexe. Está esperando a Justiça capturar a quadrilha. E vai esperar sentado. A domesticação da corte máxima dessa Justiça apresenta neste exato momento mais um capítulo circense – talvez o de maior audiência, pelo que tem de bizarro. O país assiste à indicação de mais um soldadinho petista para o Supremo Tribunal Federal – um simpatizante do MST, para ter uma ideia do nível de aparelhamento a que está chegando a Justiça brasileira, esta que a plateia está esperando pegar os chefes do bando. O novo indicado por Dilma para o STF tem até site feito pela mesma pessoa que faz o do PT, provando que a independência não livra ninguém dos sortilégios da sincronicidade.

O Congresso Nacional teria a chance de devolver essa carta marcada ao Planalto, reprovando a indicação de Luiz Edson Fachin ao Supremo. Mas o Congresso é... o Congresso. E assim o país vai assistindo candidamente ao adestramento das suas instituições pelos companheiros progressistas, que conseguiram subjugar até as contas públicas – travestindo o balanço governamental através da contabilidade criativa e das já famosas pedaladas fiscais (tão famosas quanto impunes). Claro que a lavagem cerebral companheira já chegou forte a escolas de todo o país – sendo que até colégios militares andam sendo coagidos a ensinar o conto de fadas petista, coalhado de ideologias exaltando as pobres vítimas do capitalismo que mandam no Brasil (pelo visto, para sempre).

O Congresso Nacional está em cima do muro, o governo está atrás do muro e o Supremo está atrás do governo. Só o povo, com ou sem panelas, pode afrontar essa barricada no coração do Estado brasileiro e libertá-lo – exigindo que a Lava Jato siga o dinheiro até o fim. E levando a investigação até dentro desse Palácio que protege doleiros.     

Mais crimes economicos do lulo-petismo, no BNDES - Raquel Landim

A jornalista chama de mentiras. Eu prefiro classificar na categoria crimes econômicos, que é o que são. Crimes contra a economia brasileira, crimes contra os recursos do Tesouro (que são a riqueza que os contribuintes produzem e entregam compulsoriamente a esse governo de mafiosos), e crimes contra a racionalidade econômica estrito senso.
Paulo Roberto de Almeida

As mentiras que o BNDES conta
 Raquel Landim
Folha de S. Paulo, sexta-feira, 5 de junho de 2015

Sob forte pressão da opinião pública, do TCU (Tribunal de Contas da União) e do Congresso, o BNDES começou a abrir a caixa preta das suas operações e vão caindo por terra as mentiras que a administração do banco conta.

Luciano Coutinho, que ocupa a presidência do BNDES há anos, repetiu inúmeras vezes que não era dinheiro público a grana que o BNDESPar, o braço de investimentos do banco, despejou em empresas ungidas para serem campeãs nacionais, como os frigoríficos JBS e Marfrig.

Pura enrolação. O Supremo Tribunal Federal referendou o entendimento do TCU. É dinheiro público, sim. O BNDES é um banco público que recebe recursos vultosos do Tesouro. Logo, qualquer ganho que o banco tenha em suas operações é dinheiro público.

Foi esse entendimento que permitiu nesta semana quebrar o sigilo inexplicável dos financiamentos do BNDES para que países em desenvolvimento contratem empreiteiras brasileiras na realização de suas obras de infraestrutura.

Esses empréstimos até fazem algum sentido, porque permitem as empresas nacionais exportar mais, gerando mais empregos e mais renda no país. Mas é necessário um cuidado extra porque são países de alto risco e a tentação é grande para favorecer os "amigos bolivarianos".

Já está evidente pelo patamar das taxas que houve subsídio para as empreiteiras –todas envolvidas no escândalo da Lava Jato. A análise técnica rigorosa, no entanto, é complicada, porque as bases de comparação são frágeis no caso de países como Cuba, que são párias no mercado internacional.

Para explicar os juros baixos, o banco vai criando outra falácia. O BNDES argumenta que o prêmio de risco desses países é estabelecido por um comitê interministerial, coordenado pelo ministério da Fazenda, e que não corre risco de inadimplência porque recebe garantias do Tesouro Nacional brasileiro.

E daí? Se países como Cuba e Venezuela não tiverem dinheiro para honrar esses empréstimos, o que importa se a conta vai estourar no BNDES ou no contribuinte? Não é tudo dinheiro público?

Crimes economicos do lulo-petismo: abusos e mais abusos - Luiz Carlos Azedo

A caixa preta dos campeões
Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense, sexta-feira, 5 de junho de 2015

O BNDES financiou US$ 11,9 bilhões em obras tocadas no exterior por empresas brasileiras, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)

O modelo de “capítalismo de estado” adotado no segundo mandato de Lula e no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff era a base de sustentação do projeto de longa permanência do PT no poder, seja pela aliança com grandes grupos empresariais, seja pela capacidade de financiamento eleitoral que o partido passou a ostentar. Desde a reeleição de Lula em 2006, mas principalmente eleições de 2010, foi com espanto que a oposição e mesmo os aliados do PT sentiram o peso das campanhas milionárias dos candidatos petistas.

Esse modelo começou a entrar em colapso com as investigações da Operação Lava-ato, que desnudaram o escândalo de superfaturamento e farta distribuição de propinas na Petrobras. Orgulho nacional, a empresa foi usada e abusada como fonte de financiamento eleitoral, por meio de uma triangulação que passava por 27 empresas fornecedoras de serviços e contratadas para execução de obras. Hoje, o Ministério Público acusa o PT de utilizar as doações eleitorais para supostamente lavar dinheiro sujo de obras superfatruradas ou provenientes de serviços não prestados à empresa.

O outro braço de sustentação do modelo petista, batizado pela presidente Dilma Rousseff de “nova matriz econômica”, começa a ter que prestar contas à opinião pública de sua atuação. É o BNDES, responsável pelo financiamento bilionário de grandes grupos econômicos, no Brasil e no exterior. São os chamados “campeões nacionais”. Ontem, acatando decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério da Indústria e Comércio retirou o caráter sigiloso das informações sobre operações de financiamento do BNDES no exterior e a diretoria de banco divulgou pela primeira vez um relatório com informações mais detalhadas sobre o assunto.

Foi o desfecho de uma queda de braço com o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Congresso Nacional, que por iniciativa da oposição chegou a aprovar uma lei de transparência para as operações do banco, mas a presidente Dilma Rousseff vetou a nova legislação. Por ironia, o BNDES havia recorrido ao Supremo para manter o sigilo, mas levou uma resposta negativa da Corte, que determinou a abertura da caixa preta.

Transparência
Soubemos, então, que o BNDES financiou US$ 11,9 bilhões em obras tocadas no exterior por empresas brasileiras, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). As operações fazem parte do segmento “exportações de serviços”, em que as empresas brasileiras que vencem licitações no exterior levam junto o crédito barato para o país que contrata a obra. Os juros são mamão com açúcar: de 4% a 6% ao ano.

No Brasil, atualmente, o financiamento mais barato do BNDES para a área de infraestrutura é o do Programa de Investimento em Logística (PIL), a 7% ao ano. Os prazos de pagamento começam em 120 meses — 10 anos —, mas podem chegar a 25 anos. E, de modo geral, as garantias são dadas pelo próprio Tesouro brasileiro, por meio de um seguro de crédito do Fundo de Garantia às Exportações (FGE).

Entre os negócios, Andrade Gutierrez faz um corredor rodoviário em Gana. O financiamento é de 2,8% ao ano, com 234 meses de prazo de pagamento. Na América Central, Honduras obteve um financiamento de US$ 145 milhões com taxa de 2,83% ao ano, a cargo da OAS. O porto de Mariel, em Cuba, recebeu US$ 642,97 milhões, pelos quais Cuba paga entre 4,4% e 7% de juros. Já a Venezuela obteve 20% dos empréstimos, entre 2007 e 2015, para quatro obras, com juros menores, entre 3,45% e 4,45%.

Algumas empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato lideram o ranking dos projetos beneficiados pelos financiamentos. A Odebrecht recebeu apoio de US$ 8,2 bilhões, 69% de todos os recursos, para financiar 69 obras. A Andrade Gutierrez ficou com US$ 2,81 bilhões para quatro obras, enquanto a Queiroz Galvão recebeu US$ 388,85 milhões para 19 projetos; a OAS, US$ 354,3 milhões para três obras; e a Camargo Corrêa, US$ 255,6 milhões para nove empreendimentos. Além dos contratos internacionais, foram postos no site do BNDES 1.753 operações domésticas no valor de R$ 320 milhões.

Camargo Correa, Andrade Gutierrez, JBS, Queiroz Galvão, OAS, Banco BMG e Galvão Engenharia doaram aproximadamente R$ 496 milhões para candidatos e partidos em 2010. Nas eleições passadas, somente a JBS, detentora das marcas de alimentos Friboi e Seara, doou ao todo R$ 352 milhões, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos quais R$ 69,2 milhões foram destinados à campanha de Dilma à reeleição. Também desembolsou R$ 61,2 milhões aos postulantes a uma vaga na Câmara dos Deputados e R$ 10,7 milhões aos candidatos ao Senado.

O discurso do PT contra o financiamento privado de campanha tornou-se, por isso mesmo, uma espécie de vacina contra as acusações feitas contra o partido, que é o que mais tem se beneficiado das doações de empresas.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Postagens mais populares: Não, o Brasil NAO quebrou tres vezes, MENTIRA da candidata

Novamente cai por acaso nas estatísticas do meu blog, e fiquei satisfeito ao constatar que a postagem desmentindo a candidata -- uma tarefa sempre recomeçada, já que ela não se corrige, e continua a mentir desbragadamente -- sobre os programas do Brasil com o FMI, entre 1998 e 2005 (e que beneficiaram enormemente o governo Lula, foi a mais acessada do período recente.

Vejam vocês mesmos:
EntryPageviews
388
151
124
113
105

Em homenagem à presidente-candidata, ou candidata-presidente (whatever), que continua mentindo como nunca, e que vai continuar mentindo, porque mais desesperada (também, já pensaram, o medo de ir para a cadeia deixa esse pessoal apavorado), vou postar novamente o meu texto, por que é necessário que as pessoas saibam que ela está mentindo e conheçam a história real.
No post imediatamente subsequente a este.
Paulo Roberto de Almeida

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Escandalos da Petrobras: um engenheiro aposentado comenta o que sabe

A propósito desta minha postagem:

sábado, 19 de abril de 2014

Petrobras: o fosso da corrupcao cada vez mais fundo...

... já deve ter ultrapassado a profundidade do pré-sal...
Paulo Roberto de Almeida 
 Novas provas de corrupção na Petrobras
- See more at: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/04/petrobras-o-fosso-da-corrupcao-cada-vez.html?google_comment_id=z12vyjirwnvvzz0q204cd12wewmtixjjv3c&google_view_type#gpluscomments

sábado, 19 de abril de 2014

Petrobras: o fosso da corrupcao cada vez mais fundo...

... já deve ter ultrapassado a profundidade do pré-sal...
Paulo Roberto de Almeida 
 Novas provas de corrupção na Petrobras
- See more at: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/04/petrobras-o-fosso-da-corrupcao-cada-vez.html?google_comment_id=z12vyjirwnvvzz0q204cd12wewmtixjjv3c&google_view_type#gpluscomments

sábado, 19 de abril de 2014

Petrobras: o fosso da corrupcao cada vez mais fundo...

... já deve ter ultrapassado a profundidade do pré-sal...
Paulo Roberto de Almeida 

 Novas provas de corrupção na Petrobras
- See more at: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/04/petrobras-o-fosso-da-corrupcao-cada-vez.html#sthash.7VEi97TD.dpuf

sábado, 19 de abril de 2014

Petrobras: o fosso da corrupcao cada vez mais fundo...

... já deve ter ultrapassado a profundidade do pré-sal...
Paulo Roberto de Almeida 
 Novas provas de corrupção na Petrobras
- See more at: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/04/petrobras-o-fosso-da-corrupcao-cada-vez.html#sthash.QKW1wAok.dpuf

sábado, 19 de abril de 2014

Petrobras: o fosso da corrupcao cada vez mais fundo...

... já deve ter ultrapassado a profundidade do pré-sal...
Paulo Roberto de Almeida 
 Novas provas de corrupção na Petrobras
- See more at: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/04/petrobras-o-fosso-da-corrupcao-cada-vez.html#sthash.QKW1wAok.dpuf
Petrobras: o fosso da corrupcao cada vez mais fundo... - See more at: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/04/petrobras-o-fosso-da-corrupcao-cada-vez.html?google_comment_id=z12vyjirwnvvzz0q204cd12wewmtixjjv3c&google_view_type#gpluscomments

sábado, 19 de abril de 2014

Petrobras: o fosso da corrupcao cada vez mais fundo...

... já deve ter ultrapassado a profundidade do pré-sal...
Paulo Roberto de Almeida 
 Novas provas de corrupção na Petrobras
- See more at: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/04/petrobras-o-fosso-da-corrupcao-cada-vez.html?google_comment_id=z12vyjirwnvvzz0q204cd12wewmtixjjv3c&google_view_type#gpluscomments

sábado, 19 de abril de 2014

Petrobras: o fosso da corrupcao cada vez mais fundo...

... já deve ter ultrapassado a profundidade do pré-sal...
Paulo Roberto de Almeida 
 Novas provas de corrupção na Petrobras
- See more at: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/04/petrobras-o-fosso-da-corrupcao-cada-vez.html?google_comment_id=z12vyjirwnvvzz0q204cd12wewmtixjjv3c&google_view_type#gpluscomments

recebi, do engenheiro aposentado da Petrobras Assis Pereira, um longo comentário que, a despeito de não consubstanciar suas acusações com provas documentais ou evidências suficientes, me parece bastante consistente, coerente, e, sobretudo, animado do propósito de esclarecer alguns pontos ainda não adequadamente cobertos pelas matérias de imprensa.
Em princípio, não tem valor testemunhal, mas é um cidadão a mais escandalizado com o oceano (sete mares?) de lama e de podridão que se instalou no governo mafioso dos companheiros.
Paulo Roberto de Almeida


ASSIS PEREIRA JBAP

30 minutos atrás  -  Compartilhada publicamente
 
REFINARIA DE PASADENA – MALFEITOS DE DILMA e GRAÇA FOSTER
Relembro daquele negócio que a Petrobras América – PAI efetuou em 2006 na aquisição da Refinaria de Pasadena quando a Diretoria da Área internacional era exercida por Nestor Ceveró, sucedida pelo Dr. Zelada, o mesmo que após defenestrado por Graça Foster, encontra-se atualmente à frente da EMPRESA DE CONSULTORIA Z3.
Zelada deixou a estatal após 32 anos de carreira e em pouco menos de um ano, após deixar a Diretoria Internacional da Petrobras, ficamos sabendo de seus planos para a área de energia no Brasil, e como NOVO empreendedor, planeja instalar uma fábrica de painéis solares no Rio de Janeiro, com investimentos de R$ 50 milhões.
Quando da aquisição da Refinaria de Pasadena, referendada pelo Conselho de Administração da Petrobras, sob a Presidência da Dra. Dilma Rousseff, atual Presidenta da República Federativa do Brasil, pelo que recordo, não ficou bem claro pela Estatal, que a cifra US$ 360 milhões utilizados para obtenção de 50% daquele parque de Refino obsoleto, teria sido ou não um bom negócio para a Petrobras.
Considerado o que foi reportado pela Mídia, dando conta que a Petrobras teria pagado à Astra 17 vezes o valor dispendido por esta na aquisição da Refinaria de Pasadena, um amontoado de ferro e potencial sucata, demonstra claramente que não.
Mais aterrorizante, foi saber através da mídia que, já na Gestão de Maria da Graças Foster, esposa de Colin Foster, a PETROBRAS pagou, sob o comando de Zelada (Diretor da área Internacional da Petrobras), pasmem, mais que dez vezes o valor pago em 2006 pelos 50% restantes da Refinaria, mediante acordo com a Trading Belga Astra, decorrente de Arbitramento Internacional, ficando com 100% do Mico.
Colin Foster, vem a ser o dirigente máximo da Maçonaria inglesa no Brasil, cujo irmão – Grão-Mestre Distrital da Divisão Norte da Grande Loja Unida da Inglaterra, “Grand Master” é o Príncipe Edward George Nicholas Paul Patrick – primo da Rainha Elisabeth e quem comanda a Grande Loja Unida da Inglaterra, junto com o príncipe, é Peter Lowndes membro do Royal Institution of Chartered Surveyors (RICS). O prestigiado maçom Colin, husband of “Graça Foster”, também é dono de uma empresa de componentes eletrônicos, a AC Foster Serviços e Equipamentos, fornecedor exclusivo das Plataformas e sondas da Petrobras, no pre e pos sal, caracterizando uma relação improba de conflito de interesse de Graça Foster, outrora como empregada da Petrobras na condição de Diretora de Gás e energia e atualmente na Presidência da Estatal.
Recentemente, a mídia havia noticiado que a Petrobras adquiriu a Refinaria de Pasadena por 1,2 bi de dólares e pretende vende-la por menos de um décimo desse valor, assumindo um prejuízo que ultrapassa a estratosférica soma de um bilhão de dólares, mas o povo vai pagar esta conta com sequenciais aumentos do Diesel S-50 e gasolina batizada com álcool anidro.
A aquisição da Refinaria de Pasadena no EUA e a condição conflitante de interesses da Graça Foster com a Petrobras, esta em linha com um entendimento jurídico dos advogados da FIFA ocorridos no Tribunal da cidade suíça de Zug. Naquele Tribunal, dos advogados da FIFA, tornaram público que o processo contra os cartolas brasileiros, seria difíceis de serem implementados. Os advogados da FIFA tentavam convencer os juízes, em uma audiência, de que não viam problemas com a atitude de Teixeira e Havelange e alegavam que a proposta da Justiça de que os cartolas devolvessem US$ 2,5 milhões para os cofres da organização seria impossível de ser implementada. Entre os vários motivos para não pedir o dinheiro de volta, os advogados da FIFA apresentaram um argumento surpreendente: o de que a “maioria da população” de países da América do Sul e África tem nos subornos e propinas parte de sua renda “normal”. Ou seja, Teixeira não devolveria o dinheiro porque, em nossa suposta “cultura”, todos temos parte da renda completada por subornos. Este raciocínio é de lascar, como engenheiro aposentado pela Petrobras, há mais de dez anos, trabalho como consultor para sobreviver e nunca tive o complemento de renda supramencionado.

domingo, 3 de agosto de 2014

Economia: a insuportavel desfacatez companheira na politica economica

Trecho de matéria do jornal O Globo sobre eventuais sucessores de Mantega no comando da economia num hipotético segundo mandato da competente economista que nos governa:

No caso de Tombini, há duas desvantagens: a dificuldade de arrumar um substituto e o fato de ele não ser ligado ao PT.
— O Tombini não é petista de carteirinha. Não vão dar a chave do cofre para alguém de fora do partido — justificou uma fonte da equipe econômica.

Read more: http://oglobo.globo.com/brasil/sucessao-de-mantega-detona-guerra-surda-no-entorno-de-dilma-13474309#ixzz39LbUb6aq

Pronto: companheiros podem ficar calmos. Vão manter a chave do cofre com algum dos seus.
Não é tranquilizador?
Parece uma dessas sociedades a responsabilidade limitada, com objetivos muito precisos.
Ou estou enganado?
Paulo Roberto de Almeida 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O minimo que voce precisa saber sobre o Mensalao - Olavo de Carvalho

OLAVO DE CARVALHO 
Comentário completo de Olavo de Carvalho em 10 de outubro de 2012, transcrito por Felipe Moura Brasil.
Posted:  19 SETEMBRO 2013

"Antes de tudo mais, tem uma coisa que eu quero dizer pra vocês: eu não estou compartilhando desse entusiasmo nacional pela punição dos mensaleiros. Eu não acho que isso foi uma grande vitória da democracia, eu não acho que isso foi um marco histórico, eu acho que isto é mais uma ilusão de uma classe média IDIOTA, que acha que pode combater esse esquema petista simplesmente aplicando a lei, ou seja: sem nenhuma tomada de posição ideológica, sem nenhuma análise estratégica, nem nada. Que acha que pode mover um combate contra uma força política tremenda usando apenas acusações criminais de corrupção contra os indivíduos. E por que é que eu acho isso?

Em primeiro lugar: nada do que foi feito no Mensalão, absolutamente nada, foi feito apenas para proveito individual do sr. Fulano ou do sr. Beltrano. Tudo isso está perfeitamente integrado dentro da estratégia do partido e eles entraram nisso com muito 'boa' consciência porque afinal de contas estão jogando para o partido e não para 'nós' [eles] mesmos. Isso é tradicional nesses movimentos esquerdistas.
Vocês devem ter assistido àquele filme sobre o Jimmy Hoffa [nos EUA, 'Hoffa'; no Brasil, 'Hoffa - Um homem, uma lenda'], com o Jack Nicholson, em que o sujeito roubou, roubou, roubou, mas ele estava sempre com a consciência tranquila, porque 'Não, eu não roubei pra mim, roubei para os sindicatos... Claro que eu levei lá a minha comissão, mas o objetivo fundamental era fortalecer o movimento revolucionário'. Então, sem investigar direitinho qual é a função estratégica do mensalão dentro do projeto petista total, você não vai entender é coisa nenhuma.

E, ademais, o que vai acontecer com esses mensaleiros condenados? No máximo vão pegar uma prisão domiciliar por um tempinho, vão continuar com as suas atividades normais e nada de pior vai lhes acontecer. Quanto ao sr. Lula, parece que não vai ser tocado. Nem o Lula, quanto mais o partido, meu Deus do Céu! Quer dizer: o que está acontecendo no Brasil, há anos, é uma guerra assimétrica, onde um lado pode roubar, trapacear, mentir, difamar, fazer o que quiser, e o outro não pode sequer tomar uma posição ideológica: 'Nós vamos aqui apenas nos ater ao aspecto jurídico criminal...' Ou seja: é claro que isso é guerra assimétrica. Um lado tem que lutar com uma mão amarrada.

E, ademais, celebrar a condenação de corruptos - vocês já viram quantas vezes vocês já fizeram isso?

Quando o Maluf foi condenado, foi uma festa nacional: 'Acabou a corrupção no Brasil! Agora é um novo Brasil!'... Tudo no Brasil é um marco histórico. O sujeito dá um peido: é um acontecimento histórico! [Risos] Depois, na queda do Collor, que roubou infinitamente menos que essa gente, foi uma festa maior ainda: 'É a festa democracia! É o novo Brasil!' etc. Vocês vão cair nessa de novo, gente? Puta merda...

Quer dizer que o problema do Brasil não é a corrupção. O problema é que a corrupção foi tanta que o padrão de julgamento moral já baixou. Então é aquele negócio que fala o Reinaldo Azevedo: 'Não, eu podia estar roubando, eu podia estar matando, mas estou aqui trabalhando, portanto sou um santo.' Já estão pensando até em lançar o Joaquim Barbosa presidente da República.

Vocês não lembram da campanha do Betinho? O Betinho foi um estrategista de esquerda, marxista, que descobriu que a caridade pode dar lucros políticos. Tradicionalmente a esquerda era contra as obras de caridade, porque dizia que isso amortecia a consciência social do proletariado, aplacava a revolta dos pobres e tal. E um dia chegou um cara, que tinha um QI 12,6 - contrastando com a média de 12,4 -, que era o Betinho, e disse: 'Não... Oh, raios, nós estamos perdendo oportunidade! Porque ficam essas senhoras do movimento de arregimentação feminina, federação das indústrias, esse pessoal todo fazendo caridade e se promovendo com a caridade, e nós ficamos parecendo os malvados da história. Então vamos nós monopolizar a caridade.' E foi isso que fez. E isto foi a origem do Bolsa Família, gente! Já esqueceram tudo?

E ele dizia claramente em entrevista: 'Não, isso aí não adianta nada. Só o que vai resolver é a socialização dos meios de produção.' Quer dizer: o cara era comunista, ortodoxo mesmo. E sabia que a caridade não ia resolver nada na perspectiva dele e que, portanto, aquilo era só para melhorar a imagem das esquerdas e criar eleitorado. Ele praticamente confessava isso.

Não obstante, o Betinho constou durante anos como o protótipo da bondade. Chegaram a propor a beatificação do Betinho! A revista Veja soltou a capa 'Um santo brasileiro'. Quer dizer que, para ser santo, é só você inventar um truque para melhorar a imagem do seu partido - pronto: você já virou santo. Agora, o Joaquim Barbosa mostrou alguma competência - mínima, hein - como juiz, quer dizer, cumpriu a sua obrigação, fez o que qualquer juiz deveria ter feito no lugar dele, pronto: ele já 'virou' presidente da República, porra.

Vocês já ouviram falar do Princípio de Peter? Laurence J. Peter, que escreveu o livro 'Todo Mundo é Incompetente, Inclusive Você'. Leiam esse livro. Ele diz o seguinte: numa empresa ou num órgão estatal, o sujeito faz o serviço dele direitinho e daí ele é promovido. Faz de novo o serviço direitinho, é promovido. Aí, promovido pela terceira vez, ele começa a fazer burrada, daí para e não sobe mais. Isso quer dizer que todos os caras que estão no primeiro escalão de qualquer coisa são todos incompetentes por definição.

[Nota do Felipe: O Princípio de Peter foi assim enunciado por Lawrence J. Peter: "Num sistema hierárquico, todo funcionário tende a ser promovido até ao seu nível de incompetência."]

Então essa mania de que 'O cara deu certo aqui. Promove!', isso nem sempre funciona. Não teve gente, uns idiotas que vieram [e propuseram]: 'Olavo de Carvalho para presidente!'? Eu digo: eu seria um primor de incompetência! Puta que pariu! Não é porque eu sou capaz de fazer isto aqui que eu estou fazendo que eu sou capaz de fazer uma outra coisa. Joaquim Barbosa, a mesma coisa: não é porque ele é um bom juiz que vai ser um bom presidente da República. O presidente da República precisa de algo mais do que conhecer e respeitar as leis. O homem não administrou nem um clube de futebol, já querem botá-lo na presidência da República.

Então isso aí mostra o barateamento das virtudes morais. E isso já é a corrupção da alma, a corrupção profunda da psique brasileira. Quer dizer: a sociedade está tão corrompida que o simples fato de o sujeito fazer o mínimo já é, para eles, o máximo. Então quer dizer: as grandes virtudes humanas, as virtudes superiores, [os brasileiros] não são mais capazes de imaginar!

Então o que são os heróis de um país que mede as coisas nessa escala? Quer dizer: se aparecer um santo de verdade, vocês não são capazes de reconhecer. Um herói de verdade, não são capazes de reconhecer. Um sábio de verdade, não são capazes de reconhecer. O pessoal mede [por esses padrões muito baixos]... O que é um gênio no Brasil? Gênio [no Brasil] é Chico Buarque de Hollanda, porra! Se você mostra uma coisa que é superior, como por exemplo eu mostrei o Mário Ferreira dos Santos, as pessoas não sabem o que é que é, então não falam. Mas o Chico Buarque, eles são capazes de perceber alguma coisa. Então o sujeito fez uns sambinhas, pronto: é gênio! E [as pessoas no Brasil] não entendem que esta descida do padrão de julgamento moral é o que facilita toda a operação dessa gente, tipo mensalão. Então não se incomodem, meus filhos: vocês prendem esses, vai vir coisa pior.

Sobretudo aguardem... O pessoal que é da esquerda mesmo e que está fazendo discursos inflamados contra os mensaleiros, eles fazem discursos inflamados por quê? 'Essa geração da esquerda acabou, eles se ferraram, agora é nossa vez.' Exatamente como o PT fez nas décadas de 1980 e 1990, porque o PT fez carreira na base da acusação de corrupção. Foi o PT que acabou com a carreira do Maluf, que acabou com a carreira do Antônio Carlos Magalhães, que acabou com a carreira do Collor de Mello, que acabou com a carreira de todos os seus inimigos posando como 'o partido ético'! Chamava-se na época, o pessoal dizia: 'o partido ético', meu Deus do Céu!

Por quê? Porque isso também foi algum espertalhão lá dentro que falou: 'Não, peraí, nós vamos refrear um pouco o discurso ideológico e vamos agora usar o discurso do inimigo.' Porque a direita antigamente fazia carreira na luta contra a corrupção. Se vocês estudarem, vocês vão ver que lutar contra a corrupção era a bandeira da antiga UDN, que o Jânio Quadros(!) subiu nesta base de acusar os outros de corruptos, e o adversário principal dele era corrupto mesmo, era o Adhemar de Barros, então ele subiu nesta base, para depois chegar lá em cima e fazer o que fez. Do mesmo modo, o Fernando Collor de Mello: vocês não se lembram que ele era o caçador de marajás?

Então quem quer no Brasil que faça carreira na base do combate à corrupção é picareta. E vai enganar vocês de novo, porra.

Quer dizer: não que seja ruim que os caras sejam condenados, e não que os juízes não tenham feito o serviço deles direito. Fizeram, mas fizeram o mínimo. Agora, levantar o verdadeiro problema e dizer 'Peraí. Isto não é um crime praticado por tais ou quais indivíduos. Isto é um crime praticado por uma entidade chamada Partido dos Trabalhadores, que, dentro da sua estratégia geral, usou deste recurso do mensalão, como utiliza a aliança com as Farc, que é hoje, segundo documentos oficiais do governo americano, a maior distribuidora de drogas do universo!' Isto ninguém quer investigar. Perto disso, o que é que é o mensalão? O mensalão não é nada, minha gente. E ainda vem mais. Quando sair esse negócio do Carlinhos Cachoeira, esse é que vai ser legal. Porque isso aí vai sobrar pra Dona Dilma também. Então você vai ver que ainda vai [piorar]...

Olha: as latrinas no Brasil são que nem aquelas bonecas russas, matryoshka: você abre uma latrina, tem outra latrina dentro, outra latrina dentro, outra latrina... [Risos.] Só que é o contrário da matryoshka, porque na matryoshka as bonecas vão ficando pequenininhas, no Brasil acontece esse negócio: você abre uma latrina, aparece outra maior dentro! E outra, e outra, e outra, e outra! É a merda sem fim. Por quê? Não é pegando casos isolados de corrupção que vocês vão acabar com isso, gente.

Vocês têm que entender: há um problema estrutural permanente, que é o seguinte: vocês já notaram que, quanto mais cresce a hegemonia cultural esquerdista, mais cresce a corrupção, mais cresce a violência, mais cresce a imoralidade geral? Isso está acontecendo faz 30 anos e vocês não chegaram ainda à conclusão, porra!? Estudem um pouco, e vocês vão ver o seguinte: que é uma tradição dos partidos revolucionários de esquerda utilizar-se do direito burguês como instrumento para chegar ao poder, para em seguida não só destruir esse direito burguês, mas destruir todo e qualquer direito. Porque a ideia mesma de direito é incompatível com o marxismo. O direito, no entender do marxismo, é a vontade da elite revolucionária, que encarna o espírito da história. Então é a abolição de todo e qualquer direito e sua substituição pelo 'poder onipresente e invisível' do partido, como dizia Antonio Gramsci. É isso que eles estão fazendo, minha gente. Mas vocês não conseguem ver relação nenhuma?

Então aqui tem uma professora que escandalizou um aluno de dez anos com um dicionário sobre posições sexuais. Então todo mundo diz: 'Oh! Que coisa!' Mas você não vê nenhuma relação entre isso e o mensalão não? Você não percebe que é a mesma coisa? Que é corromper a sociedade como um todo, em todos os seus níveis? E que este tem sido o projeto da esquerda há 30 anos? Que trinta! Quarenta! Leiam Herbert Marcuse. Leia o material da Escola de Frankfurt e vocês vão entender tudo aquilo que está acontecendo.

Agora, o fato é o seguinte: é que vocês estão sofrendo os efeitos de uma macroestratégia de alcance continental e querem tratar disso como se fosse um problema assim: 'Ah, ele cometeu um crimezinho aqui, o outro cometeu um crimezinho ali' e, quando pega uns criminozinhos e condena, todo mundo canta vitória e diz 'É a vitória da democracia!' e bate no peito... Vocês não bateram no peito quando caiu o Collor, porra!? Hein? Vocês não lembram os caras-pintadas na rua, 'tudo' cantando o hino nacional? Vocês vão cair nisso de novo!?

Olha aqui: luta ideológica é luta ideológica. Esse pessoal da esquerda, o objetivo deles é chegar a implantar o socialismo no continente. E uma vez que implantou o socialismo, ele não cai mais, meu filho. Porque mesmo que ele caia, continua no poder a mesma elite, como aconteceu na Rússia e na China. Então isso aí é o poder eterno, é o que esses caras querem, porra. E eles estão fazendo tudo para isto.

Cada vez que eles usam o discurso moralista burguês, o pessoal burguês todo se comove. Diz: 'Oh! Ele é de esquerda, mas é honesto! Ele é de esquerda, mas não rouba!' Meu Deus do Céu! Esquerdista honesto é quadrado redondo, porra. O processo revolucionário esquerdista, ele é desonesto na base. A noção mesma de honestidade é objeto de chacota entre os marxistas. É que vocês não estudam.

Se vocês querem saber se um sujeito é comunista, vocês querem saber assim: "Ah, mas pra ele ser comunista, ele tem que ser sincero.' Ah, então ele é sincero ou aproveitador? Eu falo: essa distinção só existe na sua cabeça, ô burguês. Para o marxista, isto não faz diferença. A própria noção de sinceridade... Imagina se a sinceridade da crença de um militante tem a mais mínima importância dentro de uma organização revolucionária comunista? Os seus sentimentos subjetivos não importam, meu filho! Importam as suas conexões reais, os seus compromissos materiais efetivos já assumidos, importam o quanto de poder 'nós' temos sobre você. Se você, por dentro da sua cabeça, está complemente contra, não importa, porra. 

Então quer dizer: é uma noção religiosa de sinceridade, da fé - eu sempre pego a categoria cristã da fé - que [vocês] aplicam no comunismo. No cristianismo, é importante ter a fé sincera. Mas, se quer saber, esse conceito de fé não existe nem nas outras religiões! No Islam, não importa se o cara é hipócrita. Você não precisa ter fé nenhuma. É só fazer a declaração pública. Isso é oficial, porra. Eu conheço a teologia islâmica, porra. Escrevi um livro, ganhei um prêmio do governo da Arábia Saudita, eu entendo alguma coisa desse negócio, porra. Então a sinceridade não tem importância no Islam. Porque o Islam não é um objeto de fé como o cristinianismo, fé individual. Não. O islam é uma comunidade. Então, qual é o equivalente da fé no budismo e no hinduísmo? Acontece que essa noção de fé, ela, além de ser religiosa, só se aplica a UMA religião, que é o cristianismo. E você, trouxa, pega tudo que existe, não só as outras religiões como até ideologias políticas, e quer aplicar esse conceito lá. Então você pergunta: 'Mas esse cara é comunista mesmo ou ele é aproveitador?' Eu digo: quanto mais comunista, mais aproveitador. E quanto mais sincero, mais mentiroso. Essa categoria não se aplica nesses casos. Mas não adianta explicar.

Eu não sei quem foi que disse: 'Nós não acreditamos na mentira, porque fomos enganados. Nós acreditamos porque queremos.'

Então não vem para cima de mim com esta nova festa cívica. Eu já estou com 65 anos de idade, eu já vi tanta festa cívica, eu já vi tantos momentos históricos que no dia seguinte ninguém lembra mais... Por exemplo, se você falar: campanha do Betinho, quem é que se lembra hoje? Quem de 20, 25 anos sabe o que é campanha do Betinho? Nem sabe. Passou! Foi mais um peido histórico.

Peido uma hora faz barulho, mas passa com o vento. [Risos] Então isso daí foi mais um peido histórico. Pode se transformar em alguma coisa se aprofundarem as investigações e procurarem o aspecto estrutural. Mais ainda. Tem outra coisa: como esses deputados todos foram comprados para votar determinadas leis e medidas oficiais, essas medidas oficiais não valem. Tem que ser tudo revogado. Isto quer dizer que, no mínimo, no mínimo, do crime de responsabilidade o presidente [Lula] não pode escapar. E a atual [Dilma], também não! A respeito da atual, esperem as investigações sobre o PAC, sobre o Carlinhos Cachoeira, que vocês vão ver que vai sobrar para ela também. Mas vai sobrar só nominalmente. Outra coisa: o Zé Dirceu pode dizer 'Não, eu sou réu primário, então não vou para a cadeia'. Réu primário, porque todos os crimes anteriores dele foram anistiados. Quer dizer: o sujeito faz o crime, todo mundo da esquerda faz o crime, e a direita apaga. Faz o crime, e a direita apaga. Estão fazendo a mesma coisa na Colômbia."

* * *

Nota de rodapé: Isto foi apenas um programa de rádio, ok? Para uma análise completa do assunto em textos escritos, veja o capítulo 'Petismo', especialmente a seção 'Tradição & estratégia', do best seller de Olavo de Carvalho, organizado por Felipe Moura Brasil, 'O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota':https://www.facebook.com/ominimoquevoceprecisasaberparanaoserumidiota.