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sábado, 29 de janeiro de 2022

A grande perda de tempo na internet: fomos capturados pelo buraco negro da atenção? - Fernando Schüler (Veja)

 Fernando Schuler: “Há uma epidemia: uma indústria inteira querendo capturar nosso tempo”


A era da dispersão

Há uma indústria inteira focada em capturar aquilo que cada um de nós tem de mais importante: nosso tempo e nossa atenção


Por Fernando Schüler  Veja, 27 jan 2022 - Publicado em 22 jan 2022

O perigo chegou de mansinho. Você precisa entregar aquele projeto, na empresa, e quando menos percebe está assistindo a vídeos sobre tsunamis no YouTube. Você decide fazer aquela pós-­graduação que planejava há muito tempo, mas na sexta-feira à noite, no meio da aula, está perdido checando mensagens, no Whats­App, ou bisbilhotando a vida de um monte de gente que você mal conhece, no Instagram.

Leio que nós, brasileiros, gastamos três horas e 42 minutos todos os dias nas redes sociais. Pouco mais de dez horas na internet, sendo metade disso em um telefone celular. Achei incrível isso. Gastamos mais de vinte horas por mês só no TikTok, e a coisa vem crescendo. Fui somando tudo com o que as pessoas presumivelmente fazem desconectadas (dormir, por exemplo, ou quem sabe ler alguma coisa) e a conta não fecha. Será que as pessoas transam checando o último bate-boca no Twitter? A última novidade parece ser o metaverso. Vejo um especialista animado dizendo “você poderá ser qualquer coisa por lá, um gato, um coelho, ou mesmo um Elvis Presley”, e garante que será a rede dominante no futuro próximo.

Há quem diga que não vê nenhum problema nisso. A sobrecarga de informação é um fato do nosso tempo e é natural que percamos um pouco do dia separando o joio do trigo. Há quem vá mais longe e diga que a dispersão no mundo digital pode ser mesmo um modo de vida. Conheço uma senhora que passa o dia no YouTube, e parece que está tudo bem. De vez em quando ela faz um comentário do tipo: “Viram a última gafe do Faustão?”. A psicanalista Élisabeth Roudinesco vai nessa direção. Ela diz que “estar o tempo todo conectado é melhor do que usar drogas”. Achei fraco o argumento. Sou dos que desconfiam que há um problema bastante grave aí, que em geral costumamos empurrar para debaixo do tapete.

Talvez eu ache isso porque sou professor. Percebo o efeito destruidor sobre a atenção dos alunos pela simples presença de um celular em sala de aula. Um estudo feito na Universidade Carnegie Mellon mostrou que o desempenho de alunos com seus aparelhos ligados, em testes padronizados, é 20% menor do que o de alunos inteiramente focados. Outra pesquisa mostra que levamos até 23 minutos para retomar a atenção quando somos interrompidos. Se fossem dez ou quinze minutos, isso não faria lá grande diferença. Esse não é o ponto central.

O ponto é que andamos em meio a uma guerra. Quem faz o alerta é um ex-estrategista do Google, James Williams, que lança agora no Brasil seu livro Liberdade e Resistência na Economia da Atenção (clique para comprar). Williams trabalhava no Google exatamente na área de “programação persuasiva”. Era pago para criar estratégias de “captura” da atenção das pessoas. Em um dado momento, percebeu que ele mesmo havia perdido o controle. Não era a primeira vez que tinha acontecido isso. No ensino médio se meteu com games digitais e quase dançou. Depois fez uma carreira de sucesso, na indústria da tecnologia, focado em “fidelizar” usuários, até perceber que ele mesmo havia sido fisgado. A partir daí, deu um tempo. Foi estudar em Oxford e tentar decifrar o problema.

Ele diz que vivemos uma epidemia. Que há uma indústria inteira focada em capturar aquilo que cada um de nós tem de mais importante: nosso tempo e nossa atenção. Captura voluntária, feita com técnicas sofisticadas de inteligência artificial, uso de cookies, de clickbaits, aqueles conteúdos “caça-­cliques” com títulos do tipo “Dez vídeos que vão fazer você chorar”, e coisas do tipo. O tempo de atenção de cada indivíduo passou a ser milimetricamente monitorado. Se tornou, ele mesmo, o produto. Há um velho conceito de “liberdade como autodomínio” em jogo aí, e é precisamente isso, a retomada do controle sobre nossa própria atenção, que Williams enxerga como o “grande desafio da nossa época”.

A informação foi, no passado, um bem escasso. Em Relatos do Mundo, Tom Hanks faz o papel de um veterano da Guerra Civil que ganha a vida lendo notícias de jornal em teatros e igrejas nas pequenas cidades do Velho Oeste. A atenção, à época, era abundante, diante da informação rarefeita. A coisa hoje se inverteu. A informação se tornou abundante e a atenção, um recurso escasso. Acessamos muito mais informação do que precisamos. Ela vem de maneira caótica, em boa parte mesquinha, feita de qualquer besteira capaz de capturar nossa atenção.

“Há uma epidemia: uma indústria inteira querendo capturar nosso tempo”

Sempre me surpreendo com o oceano de informação irrelevante que toma conta do debate público. O acidente de moto do general Pazuello, a “quentinha” do Wagner Moura com os sem-teto, a última treta do Zé de Abreu com não sei quem. A lista dos trend topics do Twitter é um bom mostruário do besteirol infinito, mas está longe de ser o único. O resultado está aí. A política transformada em um exercício permanente de incomunicabilidade, em que cada um tem a sensação de ganhar alguma coisa, no curtíssimo prazo, e todos perdem, coletivamente.

O primeiro resultado da dispersão crônica é a perda do sentido de potência e realização pessoal. Tenho um amigo escritor que a cada dois anos passa um tempo numa pousada, no interior, escrevendo seus livros. Ele guarda o celular em um cofre e desliga seu acesso à internet. Ele entra em flow. Um estado de completa imersão no que está fazendo. Isso lhe dá um sentido de autodomínio e a sensação de que realmente está fazendo o que havia decidido fazer. O modo dispersivo dos meios digitais poderia tirar tudo isso dele. Em troca, lhe daria uma sucessão de recompensas de curto prazo, em geral inúteis.

Outro resultado são as microafetações de humor. Há uma tonelada de estudos que mostram a conexão direta entre o uso intensivo de redes sociais e o aumento da ansiedade e do estresse. A permanente comparação de sua vida real com a vida “editada”, dos outros; a raiva que dá, todas as manhãs, ao checar as opiniões do político que você odeia e dos queridos amigos que gostam dele. Um grupo de pesquisadores da Universidade de Pittsburgh conduziu um amplo estudo identificando “uma significativa associação entre o uso das mídias sociais e o aumento da depressão”. Eu me lembrei da definição algo poética de Tim Wu sobre a liberdade: a possibilidade de “viver sem ansiedade”. No fundo é isso que está em jogo.

Sou vivido demais para acreditar que produziremos uma “solução coletiva” para esse problema todo. Que iremos disciplinar as redes sociais, que as big techs ajustarão seus algoritmos, ou que algum cometa cairá sobre a Terra e desligará a internet por duas ou três gerações. O mercado e o avanço tecnológico tratarão de despejar mais e mais informação sobre a nossa cabeça.

De modo que me permito deixar um conselho neste ainda quase início de ano: larguem um pouco a internet. Em especial, as mídias sociais. Há quem ganhe dinheiro com isso, mas não são muitos. A maioria só perde seu bem mais precioso: o tempo. Esse bem fugidio, que apenas vai escorregando, sem que a gente perceba, e cujo preço, no final, vem na conta de uma tristeza morna por tudo aquilo que deixamos de viver.

Fernando Schüler é cientista político e professor do Insper

Publicado em VEJA de 26 de janeiro de 2022, edição nº 2773

domingo, 10 de março de 2019

Cuidados na internet - Eduarda Talicy (O Povo)

| PENSE ANTES DE POSTAR | 

Internet Cuidados no ambiente virtual

| Pense Antes de Postar | A sensação de distância ao estar na frente de uma tela de computador é o que leva muitas pessoas a fazerem postagens inadequadas na rede. No entanto, ações no ambiente virtual também são passíveis de responsabilização legal

EDUARDA TALICY

O Povo, 8/03/2019
https://www.opovo.com.br/jornal/dom/2019/03/39867-internet-cuidados-no-ambiente-virtual.html


Estar à frente de uma tela de computador interagindo com milhares de pessoas e com acesso a um número maior ainda de informações tende a alterar o comportamento das pessoas no meio virtual. Especialistas alertam que, apesar de o ambiente virtual trazer a sensação de "terra-sem-lei", as publicações e comentários seguem também os preceitos legais da constituição, sob o risco, inclusive, de responsabilização legal.
André Peixoto, advogado especialista em direito da tecnologia da informação, alerta que o movimento, na verdade, é contrário. "As condutas praticadas na internet são puníveis, sim, e as pessoas são localizáveis, sim", explica. Conforme ele, as possibilidades de rastreamento são cada vez maiores. Previstos na Constituição Federal, crimes como injúria, racismo, difamação podem ser identificados e punidos. André alerta que o ambiente da internet chega a ser mais delicado pela capacidade de alcance de postagens e pela facilidade de gerar provas.
Mas nem sempre entre a liberdade de expressão e determinada má conduta há um caminho claro. Muitas vezes, levada pela raiva ou frustração, as pessoas fazem postagens ou comentários inadequados sem avaliar os impactos que podem trazer.
A plataforma SaferNet, uma associação de civil com foco na promoção e defesa dos Direitos Humanos na Internet no Brasil, orienta que o direito de manifestar livremente opiniões, ideias, e pensamentos faz parte do tratado de uma sociedade democrática e simboliza a liberdade de expressão. Exercê-la, conforme o instituto, requer responsabilidade e informação para que o seja legítimo.
"Vale lembrar que a liberdade de expressão esbarra no respeito à opinião do outro e respeito à sua integridade moral. Esses também são princípios democráticos de uma sociedade que contempla o bem-estar e integridade de todos. A defesa da liberdade de expressão na web tem que considerar esses princípios para que não haja distorção do seu exercício", alertam.
W Gabriel, professor e consultor de marketing em mídias digitais, alerta que falta educação de cultura digital. Conforme ele, quando há baixa cultura digital, as pessoas não conseguem entender de fato o funcionamento do ambiente virtual. "Assim, não há como avaliar os prós e os contras. Quem conhece uma das regras do Marco Civil da Internet?", questiona. A lei 12.965, sancionada em 2014, versa sobre uma série de questões relacionadas ao uso, segurança e disponibilidade de internet.
No último dia 5 de janeiro, durante os primeiros dias da onda de ataques a equipamentos públicos e privados do Ceará, uma das seguidoras do perfil do O POVO Online, Silvia Soares, fez comentários em publicação afirmando que a sede da instituição jornalística deveria ser alvo dos ataques. A publicação mostrava a rota e as blitze que a polícia havia divulgado e o jornal fez cobertura.
"No comentário, essa senhora disse que o jornal fazia um desserviço ao comunicar uma blitz que foi informada pelo próprio comando da Polícia Militar, e, em razão disso, essa senhora afirmou que O POVO deveria sofrer as consequências, que deveria ser alvo dos ataques", explicou Robson Sobreira, advogado do Grupo de Comunicação O POVO. Conforme ele, na ocasião, foi enviada uma notificação extrajudicial para Silvia para que ela se justificasse do ocorrido.
Em carta de retratação, Silvia explicou que a interpretação foi errônea sobre a publicação. "Acabei me deixando levar pela raiva, escrevendo um comentário que não deveria ser escrito e que não deve ser levado a sério, pois não era e nem é o meu real desejo. Que fique claro que não tenho participação no enredo que se passou nesses 30 dias de janeiro em Fortaleza", afirmou.
Sobre os ataques, ela explica que ter sido impactada pela insegurança a deixou sensibilizada. "Tive a experiência de ser privada de andar no Vila Velha por conta de toques de recolher onde mora minha mãe, a mesma (minha mãe) relatava atos como apedrejamento nas lâmpadas da rua para que a mesma ficasse escura e o fechamento das mercearias. Essa experiência é revoltante e me deixou sensibilizada", disse.
Para André Peixoto, a conduta da seguidora ao fazer o comentário foi inadequada com consequências que poderiam ser graves. "O comentário incita o dano à propriedade privada", diz. O professor W Gabriel relembra campanha europeia Think before you post. Em livre tradução, Pense Antes de Postar.
"Eu costumo dizer que se vai postar algo e quer saber se é apropriado, pode pensar: Se você pregasse essa mensagem ou comentário num poste público em frente à sua casa você sentiria vergonha? Se não, tudo bem. Agora, se há problema, é melhor não postar porque isso pode causar um dano", conclui. (Eduarda Talicy)

O QUE DIZ A LEI

A lei 12.965, que regulamenta o uso e provimento da internet no Brasil, garante a liberdade no ambiente virtual mas sempre pautada nos termos da Constituição Federal
Art. 3º A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios:
I - garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento, nos termos da Constituição Federal;
II - proteção da privacidade;
III - proteção dos dados pessoais, na forma da lei;
IV - preservação e garantia da neutralidade de rede;
V - preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, por meio de medidas técnicas compatíveis com os padrões internacionais e pelo estímulo ao uso de boas práticas;
VI - responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da lei;
VII - preservação da natureza participativa da rede;
VIII - liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet, desde que não conflitem com os demais princípios estabelecidos na Lei.
EDUARDA TALICY

domingo, 25 de janeiro de 2015

Internet: o Estado orwelliano (e fascista) pretende regular o ambiente

Um alerta, mais do que necessário, sobre o contínuo avanço dos "reguladores sociais", que pretendem nos dizer que com o Estado estamos melhores do que num ambiente não regulamentado, servido por provedores privados, em competição entre si, com plena liberdade de mercado...
Paulo Roberto de Almeida

O GOVERNO VAI AVANÇAR NA REGULAÇÃO DA INTERNET NO BRASIL
Daniel Marchi
24 de janeiro de 2015,   6:23pm

Peço alguns minutos de atenção para uma postagem um pouco mais longa. Em alguns dias teremos novamente discussões em torno do famigerado Marco Civil da Internet (MCI), a lei que inaugura a era da regulação estatal na Internet. O MCI determinou que a neutralidade de rede deveria passar por uma regulamentação, um detalhamento, e que o texto final dessa regulamentação sairia de um Decreto da Presidência da República.

É isso mesmo, não bastasse o erro em si em se querer regular a Internet, ela ainda será feita por Decreto presidencial. Uma exposição mais extensa sobre o equívoco que é a imposição da neutralidade de rede encontra-se em http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1815

No entanto, algo novo – e ainda pior que a neutralidade de rede – está no ar. É uma proposta de lei para “Proteção de Dados Pessoais”. Sabemos bem o que isso significa, não é mesmo? Com o argumento de que os dados pessoais estão sujeitos a violações e de que somos incapazes de escolher empresas (sites, provedores etc) que nos forneça serviços seguros, o governo criará normas e mecanismos que facilitem o controle governamental das bases de dados pessoais. Um ambiente descentralizado e competitivo será substituído por leis centralizadoras e que vão interferir diretamente na gestão interna das empresas de Internet.

Estão abertos alguns canais para coleta de contribuições e opiniões sobre os temas. Claro, no final das contas já se sabe quais contribuições serão levas em consideração: aquelas que endossam e aplaudem a intervenção do estado na rede. Mesmo assim penso que é importante, em cada um dos canais, deixar registrado a opinião de quem não quer o governo interferindo no livre funcionamento da Internet, de quem prefere que as empresas ofereçam segurança e criptografia dos dados pessoais, de quem quer ser protegido DO governo, e não PELO governo.

Até o dia 31 de janeiro o Comitê Gestor da Internet (CGI.br) receberá contribuições:

- A divulgação da abertura para contribuições está em:
http://www.cgi.br/noticia/cgi-br-abre-chamada-de-contribuicoes-sobre-temas-da-regulamentacao-do-marco-civil/

- A página para postagem das contribuições é:
http://marcocivil.cgi.br/

Dia 28 de janeiro o Ministério da Justiça começa a coleta de contribuições para a regulamentação do Marco Civil da Internet e para o Projeto de Lei de Proteção dos Dados Pessoais.

- A divulgação do Ministério da Justiça está em:
http://www.justica.gov.br/noticias/marco-civil-da-internet-e-protecao-de-dados-pessoais-vao-a-debate-publico

- A página oficial do MJ no Facebook sobre o tema é:
https://www.facebook.com/pages/Debate-Público-Proteção-de-Dados-Pessoais/170882592934972?sk=timeline

REPETINDO: É muito importante que os amantes da liberdade e dos direitos individuais se informem sobre o Marco Civil da Internet, sobre este Projeto de Lei de Proteção dos Dados Pessoais e manifestem sua opinião nessas páginas. A internet tem que permanecer livre e competitiva, para isso temos que combater toda e qualquer interferência do governo na rede.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Selfie na internet: do Google ao eBay, passando pelo Baidu - Paulo Roberto de Almeida

Ao acionar distraidamente a janela de busca do Firefox -- no Chrome não tem, pois se busca direto na janela de navegação -- descobri que o mundo tem algo mais além do Google, se desdobrando em vários outros instrumentos de busca.
Claro, isso eu já sabia, desde os velhos tempos do Alta Vista e do Lycos, mas agora tem vários outras ferramentas, com o surgimento do Bing da Microsoft, e antes mesmo, do Google Scholar, que simplificou um bocado minhas buscas acadêmicas por artigos específicos.
Quando eu estava na China, ficava irritado pois cada vez que eu procurava algo no Google, era invariavelmente direcionado para o Baidu, em chinês, claro, mas com muita publicidade em inglues de coisas chinesas, algo frustrante, mas compreensível naquele universo orwelliano.
Agora resolvi verificar os mais ativos, e fui obviamente à Wikipedia. Descobri que o irritante Baidu é o segundo mais usado no mundo, mas isso não tem nenhuma importância para nós. A despeito disso, coloquei o meu nome em vários instrumentos de busca, inclusive no Baidu, com algumas variantes, como especificado abaixo: apenas o meu nome, o nome seguido de "diplomata", ou "diplomat", para buscas exclusivamente em inglês, e outras variantes que podem ser verificadas abaixo.
Obviamente deve ter muita repetição, e outros PRAs indevidos, juntos ou separados, a despeito que eu sempre usei aspas, para isolar o nome devidamente (mas esses instrumentos de busca nem sempre obedecem aos requerimentos de busca. E nem sempre estou associado a essa antiga profissão, podendo, ao contrário, estar associado a uma menos antiga, a de professor.
Acabei encontrando inclusive um famoso criminoso homônimno, que abre o Ask.com, mas depois as remissões pareceram corretas. Muitas delas não especificamente o número total de "achamentos", embora isso não seja muito representativo, em virtude, justamente, das repetições ou das falsas atribuições e homonimias.
Termino pelo eBay, onde estou sendo vendido por 33 dólares, ou mais exatamente um livro meu em Francês.
Oh, esqueci de buscar em Francês, ou em espanhol, ou em lusitano (tem o Sapo.pt), mas ficamos só com estas, que já são o bastante.
O melhor instrumento, para mim ao menos, é o Google Scholar, que leva a artigos meus e a artigos onde sou citado, mas não aprofundei as buscas...
Se eu tivesse um instrumento para verificar plágio de meus textos por alunos preguiçosos, certamente teria uma farta colheita, mas tampouco faz alguma diferença...
Selfie, donc...
Paulo Roberto de Almeida


Estatísticas de acesso ao nome "PRA" em instrumentos de busca na Internet
 efetuada em 20/11/2014

“Paulo Roberto de Almeida”, em vários tipos de busca:

Google.com, “PRA”: Aproximadamente 101.000 resultados


Google Scholar em Português, “PRA, diplomata”: About 6,340 results

Google Scholar, English results only, “PRA”: About 240 results

Yahoo, “PRA”: 191,000 results

Yahoo, “PRA, diplomata”: 30,500 results

Bing, “PRA”: 191,000 results

Bing, “PRA, diplomata”: 30,500 results

Baidu.com: 百度为您找到相关结果约212,000
            去掉""获得更多 Paulo Roberto de Almeida 的搜索结果(关于双引号)

Excite, “PRA”: sem resultados consolidados, mas com várias páginas

AOL, “PRA”: About 101,000 results, but: Enhanced by Google.

AOL, “PRA”, diplomat: About 17,900 results

Ask.com: sem resultados consolidados, mas com várias páginas.
            Curiosamente, omeça com: Paulo David (criminoso) – Wikipédia, a enciclopédia livre
Paulo Roberto de Almeida David, conhecido como o Padre, foi um criminoso brasileiro famoso na década de 1970 no Rio de Janeiro, que atualmente atua como advogado.
            Mas depois segue com referências a este que aqui escreve…

eBay: 1 item found from eBay international sellers

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Se a internet tivesse sido inventada pelo governo brasileiro (nao ria, pois seria tragico) - Diogo Costa

Pausa para... rir um pouco, mas apenas sorrisos amarelos, pois muito do que jocosamente Diogo Costa imagina estaria espantosamente em vigor, graças à imaginação infinita dos nossos burocratas atentos, e de nossos reguladores fascistas.
Paulo Roberto de Almeida

Se a Internet tivesse sido criada pelo governo brasileiro
por 
Instituto Ludwig Von Mises Brasil, quinta-feira, 27 de março de 2014



arpanet-directory.jpg
— Ainda haveria o catálogo da foto ao lado listando todos os emails do mundo;

— Cada website teria que observar as normas da ABNT;
— Conta no Facebook só poderia ser registrada com CPF e RG;
— Haveria cotas para conteúdo nacional no YouTube;
— Sua Senha de Acesso Universal (SAU) estaria seguramente protegida no cartório de sua cidade;
— A cada seis meses, a Folha Dirigida listaria novo concurso para vagas de Moderador de Redes Sociais;
— Comentários em blogs seriam aprovados pelo Ministério da Comunicação Informática;
— Spams implicariam multa de até 20 (vinte) salários mínimos;
— Os preços na Amazon já incluiriam imposto sobre lucro presumido;
— Cada email enviado teria que pagar uma pequena taxa aos Correios por "substituição eletrônica de correspondência";
— O Twitter teria que aumentar o número de caracteres para não "impor limites à expressividade do povo brasileiro";
— Os pobres receberiam um Vale-Wikipédia que daria acesso a até 10 artigos por mês;
— A Argentina não teria internet.

Diogo Costa é presidente do Instituto Ordem Livre e professor do curso de Relações Internacionais do Ibmec-MG. Trabalhou com pesquisa em políticas públicas para o Cato Institute e para a Atlas Economic Research Foundation em Washington DC. Seus artigos já apareceram em publicações diversas, como O Globo, Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo. Diogo é Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Petrópolis e Mestre em Ciência Política pela Columbia University de Nova York.  Seu blog:http://www.capitalismoparaospobres.com

postado por Diogo Costa | 27/03/2014

domingo, 1 de junho de 2014

Na internet, ninguem sabe que vc e' um cachorro...


“You know, they say that on the Internet no one knows you are a dog,” referring to a famous New Yorker cartoon in which canine computer users are musing on the benefits of their anonymity. 
“But there are still a lot of stupid people when it comes to clicking on links.”

sábado, 15 de março de 2014

Internet: qual dos dois riscos vc prefere?: o dos interesses privadosou o dos governos?

Entre os riscos de interesses espúrios (ou corporativos) e aqueles colocados por governos ditatoriais decidindo quem pode ou não pode estar na internet, eu prefiro infinitamente ficar com os primeiros. Pelo menos as empresas competem entre si para ganhar dinheiro e para isso precisam oferecer coisas que nos atraiam.
Governos ditatoriais só pretendem controlar e restringir nossos direitos de acessar o mais amplo leque de informações. Seria um desastre incomensurável. 
A internet NUNCA deve se submeter aos interesses dos governos, democráticos ou não (e sabemos o uso que dela farão estes últimos). Entre Estados, de um lado e cidadãos e empresas, do outro, eu fico com estes, que pelo menos são fragmentados, como deve ser a internet: total liberdade.
Governos são inerentemente castradores, além de poderem passar, eventualmente, sob o comando de máfias e gangsters, como ocorre frequentemente (inclusive muito perto de nós, mais perto do que vcs pensam).
A ICANN não pode passar ao controle dos governos. 
Paulo Roberto de Almeida 

U.S. to relinquish remaining control over the Internet


Pressure to let go of the final vestiges of U.S. authority over the system of Web addresses and domain names that organize the Internet has been building for more than a decade. (Joe Raedle/Getty Images)
 The Washington Post, MARCH 14, 2014
U.S. officials announced plans Friday to relinquish federal government control over the administration of the Internet, a move that pleased international critics but alarmed some business leaders and others who rely on the smooth functioning of the Web.
Pressure to let go of the final vestiges of U.S. authority over the system of Web addresses and domain names that organize the Internet has been building for more than a decade and was supercharged by the backlash last year to revelations about National Security Agency surveillance.
The change would end the long-running contract between the Commerce Department and the Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN), a California-based nonprofit group. That contract is set to expire next year but could be extended if the transition plan is not complete.
“We look forward to ICANN convening stakeholders across the global Internet community to craft an appropriate transition plan,” Lawrence E. Strickling, assistant secretary of commerce for communications and information, said in a statement.
The announcement received a passionate response, with some groups quickly embracing the change and others blasting it.
In a statement, Senate Commerce Committee Chairman John D. Rockefeller IV (D-W.Va.) called the move “consistent with other efforts the U.S. and our allies are making to promote a free and open Internet, and to preserve and advance the current multi-stakeholder model of global Internet governance.”
But former House speaker Newt Gingrich (R-Ga.) tweeted: “What is the global internet community that Obama wants to turn the internet over to? This risks foreign dictatorships defining the internet.”
The practical consequences of the decision were harder to immediately discern, especially with the details of the transition not yet clear. Politically, the move could alleviate rising global concerns that the United States essentially controls the Web and takes advantage of its oversight position to help spy on the rest of the world.
U.S. officials set several conditions and an indeterminate timeline for the transition from federal government authority, saying a new oversight system must be developed and win the trust of crucial stakeholders around the world. An international meeting to discuss the future of Internet is scheduled to start on March 23 in Singapore.
The move’s critics called the decision hasty and politically tinged, and voiced significant doubts about the fitness of ICANN to operate without U.S. oversight and beyond the bounds of U.S. law.
“This is a purely political bone that the U.S. is throwing,” said Garth Bruen, a security fellow at the Digital Citizens Alliance, a Washington-based advocacy group that combats online crime. “ICANN has made a lot of mistakes, and ICANN has not really been a good steward.”
Business groups and some others have long complained that ICANN’s decision-making was dominated by the interests of the industry that sells domain names and whose fees provide the vast majority of ICANN’s revenue. The U.S. government contract was a modest check against such abuses, critics said.
“It’s inconceivable that ICANN can be accountable to the whole world. That’s the equivalent of being accountable to no one,” said Steve DelBianco, executive director of NetChoice, a trade group representing major Internet commerce businesses.
U.S. officials said their decision had nothing to do with the NSA spying revelations and the worldwide controversy they sparked, saying there had been plans since ICANN’s creation in 1998 to eventually migrate it to international control.
“The timing is now right to start this transition both because ICANN as an organization has matured, and international support continues to grow for the multistakeholder model of Internet governance,” Strickling said in a statement.
Although ICANN is based in Southern California, governments worldwide have a say in the group’s decisions through an oversight body. ICANN in 2009 made an “Affirmation of Commitments” to the Commerce Department that covers several key issues.
Fadi Chehade, president of ICANN, disputed many of the complaints about the transition plan and promised an open, inclusive process to find a new international oversight structure for the group.
“Nothing will be done in any way to jeopardize the security and stability of the Internet,” he said.
The United States has long maintained authority over elements of the Internet, which grew from a Defense Department program that started in the 1960s. The relationship between the United States and ICANN has drawn wider international criticism in recent years, in part because big American companies such as Google, Facebook and Microsoft play such a central role in the Internet’s worldwide functioning. The NSA revelations exacerbated those concerns.
“This is a step in the right direction to resolve important international disputes about how the Internet is governed,” said Gene Kimmelman, president of Public Knowledge, a group that promotes open access to the Internet.
Verizon, one of the world’s biggest Internet providers, issued a statement saying, “A successful transition in the stewardship of these important functions to the global multi-stakeholder community would be a timely and positive step in the evolution of Internet governance.”
ICANN’s most important function is to oversee the assigning of Internet domains — such as dot-com, dot-edu and dot-gov — and ensure that the various companies and universities involved in directing digital traffic do so safely.
Concern about ICANN’s stewardship has spiked in recent years amid a massive and controversial expansion that is adding hundreds of new domains, such as dot-book, dot-gay and dot-sucks, to the Internet’s infrastructure. More than 1,000 new domains are slated to be made available, pumping far more fee revenue into ICANN.
Major corporations have complained, however, that con artists already swarm the Internet with phony Web sites designed to look like the authentic offerings of respected brands.
“To set ICANN so-called free is a very major step that should done with careful oversight,” said Dan Jaffe, executive vice president of the Association of National Advertisers. “We would be very concerned about that step.”

Internet: ditaduras vao ter de trabalhar mais um pouco para censurar oGoogle

Censura e controle das comuniçações são as primeiras ferramentas das ditaduras. A China mantém a melhor (enfim, para a ditadura do partido) estrutura de censura, de controle, de bloqueios de todas as ditaduras conhecidas.
Mas, eles vão ter um pouco mais de trabalho agora.
Quando eu estava na China, e queria achar algo no Google, era sempre a mesma coisa: escolhia o Google, e lá vinha alguma resposta em chinês, do Baidu, o Google do regime comunista.
Da mesma forma, era impossível usar qualquer ferramenta de comunicação social, pois elas estavam totalmente bloqueadas, a menos de se usar um provedor virtual, "capitalista", cuja assinatura anual fica em torno de 50 dólares, difícil para a maioria dos chineses, que sequer desconfiam da existência de outras coisas além da Grande Muralha da Internet.
Ditaduras sempre tentam isolar as pessoas e cercear a liberdade da informação, como está tentando fazer a ditadura chavista.
A tecnologia deve tornar um pouco mais difícil essas tentativas, mas também dá às ditaduras outras ferramentas para controlar pessoas.
Uma luta interminável, mas a liberdade sempre acaba vencendo...
Paulo Roberto de Almeida

Google está criptografando a pesquisa mundialmente

A atitude da gigante da tecnologia é um incômodo para a NSA e os censores chineses
O Google começou a criptografar rotineiramente buscas realizadas na China, o que representa um novo desafio para o poderoso governo da nação, que censura a Internet e rastreia o que os indivíduos estão vendo online.
A empresa afirma que a medida faz parte de uma expansão global de tecnologia de privacidade projetada para frustrar a vigilância por agências governamentais de inteligência, a polícia e os hackers que, com ferramentas amplamente disponíveis, podem ver emails, consultas de pesquisa e chats de vídeo que deveriam ter conteúdo protegido.
O sistema de vigilância da China, conhecido como “O Grande Firewall da China”, vem interceptando há tempos usuários à procura de informações consideradas politicamente sensíveis. A pesquisa criptografada significa que os monitores do governo não conseguem detectar quando os usuários pesquisam termos sensíveis, tais como “Dalai Lama” ou “Praça Tiananmen”, porque a criptografia faz com que surjam sequências sem sentido aparente de números e letras. China e outros países como a Arábia Saudita e o Vietnã, que censuram a Internet a nível nacional, ainda terão a opção de bloquear os serviços de busca do Google por completo.
Mas os governos terão mais dificuldade em filtrar termos de busca específicos. Também se torna mais difícil identificar quais pessoas estão buscando informações sobre assuntos sensíveis, dizem especialistas. A iniciativa é a mais recente – e talvez a mais inesperada – consequência do vazamento de documentos confidenciais pelo ex-funcionário terceirizado da CIA Edward Snowden, detalhando a extensão da vigilância do governo americano na internet. O Google e outras empresas de tecnologia responderam com novos investimentos em criptografia.
Google na mira da China
As autoridades chinesas não responderam a perguntas sobre a decisão do Google para criptografar rotineiramente as pesquisas, mas o movimento ameaça elevar as tensões de longa data entre a gigante da tecnologia americana e a nação mais populosa do mundo. “Não importa qual é a causa, isso vai ajudar internautas chineses a acessar as informações que eles nunca viram antes”, disse Percy Alpha, o co-fundador da GreatFire.org, um grupo ativista que monitora a censura na China. “Vai ser uma enorme dor de cabeça para as autoridades chinesas. Esperamos que outras empresas sigam o Google para tornar a criptografia um padrão”.
O Google começou a oferecer busca criptografada como uma opção para alguns usuários em 2010 e tornou a proteção automática para muitos usuários nos Estados Unidos em 2012. A empresa começou a criptografar o tráfego entre seus centros de dados depois que o Washington Post e o Guardian publicaram matérias sobre a extensão massiva da espionagem feita pela Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA). Microsoft e Yahoo, logo em seguida, também tomaram iniciativas semelhantes. A busca criptografada veio mais lentamente em outras partes do mundo e, especialmente, para aqueles que utilizam navegadores mais antigos.
O Firefox, o Safari e o Chrome têm suporte para a criptografia do Google, mas as gerações mais antigas do Internet Explorer, da Microsoft, — ainda populares na China e em grande parte do mundo em desenvolvimento — não. O Internet Explorer 6, que foi lançado pela primeira vez em 2001, não suporta pesquisas criptografadas do Google e representa 16% do tráfego da internet chinesa, de acordo com NetMarketShare.com, que controla o uso de navegadores na Rede.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Maravilhas companheiras: internet tartaruga

28/01/2014 - 07:25

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Estudo

Conexão de internet no Brasil é mais lenta que no Iraque e Cazaquistão

Crescimento do número de acessos com baixa velocidade faz país cair quase dez posições em ranking global da Akamai em menos de um ano

Claudia Tozetto
Apenas 0,9% das conexões de internet no Brasil têm velocidade superior a 10 Mbps
Apenas 0,9% das conexões de internet no Brasil têm velocidade superior a 10 Mbps (Thinkstock)
O Brasil caiu, pela terceira vez consecutiva, no ranking de velocidade média de conexões de internet divulgado pela empresa de internet americana Akamai. Segundo o estudo publicado nesta terça-feira, os brasileiros acessaram a internet com uma velocidade de 2,7 megabits por segundo (Mbps) no 3º trimestre de 2013. O resultado coloca o país na 84ª posição do ranking, que considerou 140 países. No 1º trimestre do ano passado, o Brasil estava no 73º lugar.
Com esta velocidade média, o Brasil fica atrás de países como a Turquia (4 Mbps), Cazaquistão (3,5 Mbps) e Iraque (3,1 Mbps). A posição do Brasil também é pior que a da maioria dos vizinhos da América do Sul analisados no estudo. O Equador, país latino-americano com melhor posição no ranking global, registrou velocidade média de 3,6 Mbps no período. Chile, Colômbia e Argentina também têm conexões de internet mais velozes que o Brasil.

“O Brasil ainda está na fase de inclusão digital, com o número de conexões aumentando a cada trimestre. A maioria delas tem velocidade baixa, o que faz o país cair no ranking global”, explica Jonas Silva, diretor de canais e programas para América Latina da Akamai. A empresa analisou as conexões de 34,2 milhões de endereços IP únicos usados para acessar a internet no Brasil no 3º trimestre de 2013 – 30% a mais que no 1º trimestre do ano passado.
Outros países emergentes também enfrentam fenômeno semelhante, já que o número de conexões nesses países cresce continuamente, mas a velocidade é, em geral, baixa. No estudo da Akamai, a China ficou em 75º lugar, com velocidade média de 2,9 Mbps no terceiro trimestre. A Índia ficou bem atrás do Brasil, no 123º lugar, com conexão de internet de apenas 1,1 Mbps.
Para elaborar o estudo, a equipe da Akamai analisa os acessos a sua plataforma de entrega de conteúdo, que a empresa afirma representar entre 20% e 30% do tráfego de internet global. Para o ranking de 2013, a empresa considerou 140 dos 239 países onde atua. Somente os países que possuem mais de 25.000 endereços IP únicos acessando a internet por meio da plataforma da Akamai são considerados pelo estudo.
Internet mais veloz cresce – De acordo com o estudo da Akamai, apenas 20% das conexões de internet no Brasil possuem velocidade entre 4 Mbps e 10 Mbps. Quando se trata das conexões mais rápidas, com velocidade acima de 10 Mbps, a fatia é ainda menor: apenas 0,9% da amostra considerada pela empresa. Os outros 79% da amostra são formados por conexões de baixa velocidade, abaixo de 4 Mbps.
O número de conexões de internet mais velozes tem aumentado rapidamente no país, o que pode contribuir para melhorar a posição do Brasil nos próximos anos. Segundo a Akamai, a quantidade de conexões de internet acima de 10 Mbps cresceu 61% e as conexões com velocidade entre 4 Mbps e 10 Mbps aumentaram 65%, no período de um ano.
“As operadoras querem que os usuários contratem conexões mais rápidas para que elas possam oferecer outros serviços, como pacotes de TV pela internet. Os preços estão caindo e a tendência é que, no futuro, mais pessoas utilizem conexões de internet mais rápidas”, diz Silva, da Akamai. “O Brasil vai parar de cair no ranking em algum momento no futuro.”
Internet no celular – Além das conexões de banda larga fixa, a Akamai também estuda a velocidade da internet móvel no Brasil. Segundo o relatório, que considera os acessos por meio de redes 3G e 4G, os brasileiros acessaram a web no celular com velocidade média de apenas 1,7 Mbps no terceiro trimestre de 2013. Embora seja baixa, a velocidade média coloca o Brasil na liderança entre os países da América Latina, junto com Chile e Uruguai.
De acordo com a empresa, a baixa velocidade da banda larga móvel faz o brasileiro esperar em média 12 segundos para que uma página de web seja carregada por completo no celular. No caso do computador, o brasileiro precisa esperar, em média, seis segundos para ver uma página de web.