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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Livro: O movimento da Independência: homens e mulheres na conquista da autonomia nacional - André Heráclio do Rego (coord). Lançamento

Recebido do meu amigo e colega André Heráclio do Rego, coordenador deste livro, no qual colaborei com um capítulo. (PRA)

Prezados amigos, tenho a satisfação de convidá-los para o lançamento do livro que organizei, "O movimento da Independência: homens e mulheres na conquista da autonomia nacional", no próximo dia 22 de fevereiro, no IHG-DF, 19hs.

Independência resgata heróis para a História
 
Organizada pelo diplomata André Heráclio do Rêgo, coleção de 11 ensaios reúne especialistas que mostram a amplitude do 7 de Setembro de 1822.
 
Diplomata, escritor e historiador André Heráclio do Rêgo lança "O Movimento da Independência - Homens e Mulheres na Conquista da Autonomia Nacional”. A obra reúne ensaios de especialistas com visão plural sobre os processos históricos como os da Revolução Pernambucana, da guerra de independência na Bahia e do decisivo empoderamento feminino de que foram protagonistas a arquiduquesa Leopoldina e a primeira militar brasileira, Maria Quitéria.
 A obra nasceu de um seminário realizado na Câmara dos Deputados em comemoração ao bicentenário da independência do Brasil , em 2022. “O movimento da Independência, expressão criada pelo historiador e diplomata Oliveira Lima, não se limitou ao episódio do grito do Ipiranga ou às negociações políticas na corte. Trata-se de um processo muito mais complexo e longo, que envolveu inclusive projetos diferentes de Independência, como foi o caso da Revolução de 1817”. Quem explica é André Heráclio, doutor em Estudos Portugueses, Brasileiros e da África Lusófona pela Universidade de Paris Nanterre e sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano.
 O livro, que reúne 11 textos, é uma contribuição às raras iniciativas para comemorar uma das mais importantes datas, assevera o organizador.   No primeiro, “A política joanina no Brasil, centralização e consolidação do estado”, de autoria de Arno Wehling, presidente de honra do IHGB e acadêmico da ABL, o foco é a centralização e a consolidação do Estado. O segundo, do diplomata Paulo Roberto de Almeida, é dedicado a “Hipólito da Costa: o primeiro estadista do Brasil”, que se destacou por suas ideias pioneiras sobre a construção do Estado.
 “Dom João VI entre a história e a memória nos 200 anos da nação”, terceiro ensaio, é da autoria de Jurandir Malerba, professor de História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e mostra como Dom João VI atuou decisivamente para a solução monárquica e centralizadora que se adotou com a Independência. 
Já a Revolução Pernambucana de 1817 é tratada no ensaio “José Bonifácio e outro projeto para o Brasil”, de autoria do organizador. O Patriarca da Independência foi uma figura central na construção do Brasil, mas seu projeto não é era o único. “Havia outro, anterior ao dele, o dos revolucionários pernambucanos de 1817, que propugnava uma outra Independência, caracterizada pela República e pelo federalismo”, destaca André Heráclio.
Os dois ensaios seguintes têm como personagem principal a imperatriz Leopoldina, e projetam a mulher não apenas na Independência do Brasil, mas na sociedade de seu tempo. O primeiro, de autoria de Maria Celi Chaves Vasconcelos é também uma busca pela participação feminina na política nacional. O ensaio seguinte, também sobre Leopoldina, é de autoria da historiadora Denise G Porto: “A imperatriz austríaca e a viajante inglesa: entre cartas e tristezas, a história de uma amizade nos tempos da Independência”.
Dom Pedro I, marido de dona Leopoldina, centraliza o que Theodoro Menck, doutor em História das Relações Exteriores pela Universidade de Brasília (UnB),  chama “diversas independências”, e que contraria a crença de que a independência raiou apenas no dia 7 de setembro de 1822 às margens do Ipiranga. Outro ensaio sobre Dom Pedro I é de Luiz Carlos Villalta, doutor e mestre em História Social e professor da UFMG.
O incipiente poder feminino também aparece nos ensaios subsequentes. O primeiro, do doutor em História Ibérica pela École des Hautes Etudes en Sciences Sociales (EHESS-Paris) Paulo de Assunção, “Amélia de Leuchtenberg, a nobre imperatriz do Brasil”, busca resgatar a trajetória dessa personagem feminina da elite, quase desconhecida no século 19 e nos dias atuais. O segundo, do pesquisador e dramaturgo Maurício Melo Júnior, traz a epopeia de Maria Quitéria, que fugiu de casa, disfarçou-se de homem e alistou-se no Exército para lutar. O livro se conclui com um ensaio do renomado jurista Ives Gandra Martins, professor de Direito da Universidade Mackenzie, que resume o percurso histórico do período da Independência até os dias de hoje.
 
Sobre André Heráclio do Rêgo – diplomata, historiador e escritor, é graduado em Diplomacia pelo Instituto Rio Branco, tem mestrado em Estudos Ibéricos e Ibero-Americanos pela pela Universidade de Paris Nanterre, doutorado em Estudos Portugueses, brasileiros e da África Lusófona pela mesma universidade e pós-doutorado na Universidade Católica de Lisboa, em História Social, e no Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), da Universidade de São Paulo. Sócio de várias instituições acadêmicas, entre as quais o IHGB, o IAHGP, o IHGSP, o IHGDF, o IHGP e a Sociedade de Geografia de Lisboa.


quinta-feira, 29 de junho de 2023

Luiz Zottmann: O desenvolvimento econômico e seus segredos: a experiência brasileira - lançamento dia 13/07, Brasília

Este não é um livro convencional sobre economia; é o resultado de anos de estudo, de prática, tanto no domínio acadêmico, quanto na formulação e operação de políticas econômicas, no plano macro e no das políticas setoriais. Cabe conhecer:

Luiz Zottmanan: 
O desenvolvimento econômico e seus segredos: a experiência brasileira 
(Curitiba: CRV, 2023),
em lançamento na Travessa do Casa Park de Brasília, dia 13 de julho, 19hs (com direito a champagne).




segunda-feira, 5 de junho de 2023

Livro: Pela democratização da política externa brasileira, lançamento - Gustavo Westmann (Contexto)

Já lancei uma primeira edição desse livro quando diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais do Itamaraty. (PRA)



Como transformar a participação pública para que ela funcione mais efetivamente? O debate sobre a democracia está na pauta global de hoje, mas pouco (ou nada) se fala sobre democratização da política externa brasileira.

 

O Brasil tem condições de assumir um papel central no cenário internacional do século XXI. Também pode contribuir para que ocorram as mudanças necessárias na atual governança mundial, em prol de seus interesses nacionais, assim como aqueles da sociedade internacional.

 

O diplomata Gustavo Westmann mostra a urgência desse tema e fornece sugestões concretas para contribuir com a democratização − e renovação − da política externa brasileira.

Gustavo Westmann é diplomata e acadêmico. Atualmente, ocupa a posição de assessor diplomático da Secretaria-Geral da Presidência da República. Além de experiências no setor privado, em diferentes áreas do Ministério das Relações Exteriores do Brasil e na Agência Brasileira de Cooperação, já foi chefe dos Setores Econômico e Comercial das Embaixadas do Brasil na Itália, na Indonésia e na Índia.

quinta-feira, 30 de março de 2023

5ª edição da CEBRI-Revista: tema "A reconstrução da política externa brasileira" - lançamento

Correspondência recebida:

Temos a satisfação de compartilhar que a 5ª edição da CEBRI-Revista será lançada oficialmente hoje, 30 de março (quinta-feira) às 18h, em evento online via Zoom.
Inaugurando o segundo ano da revista, a 5ª edição traz o tema "A reconstrução da política externa brasileira", tendo Marianna Albuquerque (IRID/UFRJ) como editora convidada e contando com a valiosa contribuição de seu texto (“Perspectivas da diplomacia no terceiro governo Lula, 2023-2026”).
No evento, contaremos com a participação de Hussein Kalout, Editor-Chefe da CEBRI-Revista e Conselheiro Internacional do CEBRI; Feliciano de Sá Guimarães, Editor-Chefe da CEBRI-Revista e Diretor Acadêmico do CEBRI; Embaixador Rubens Ricupero, Conselheiro Emérito do CEBRI; Marta Fernández, Professora do IRI/PUC-Rio; e Guadalupe González, Professora do CEI/COLMEX.
Leia aqui a edição completa (aqui) ou acesse o site cebri.org/revista.
Boa leitura!

Seção Especial
Seção Especial • Nº 5 / JAN-MAR 2023
O lugar do Brasil
Novo cenário exige da tradição diplomática brasileira correção e atualização
Marcos Azambuja
Seção Especial • Nº 5 / JAN-MAR 2023
“Mudaria o Natal ou mudei eu?”
A volta de Lula em cenário de policrise global
Rubens Ricupero
Seção Especial • Nº 5 / JAN-MAR 2023
Perspectivas da diplomacia no terceiro governo Lula, 2023-2026
Os grandes temas para a política externa do país
Paulo Roberto de Almeida
Seção Especial • Nº 5 / JAN-MAR 2023
A dialética da política externa de Lula 3.0
Governo Lula 3.0 representa uma resposta à antítese bolsonarista
Maria Regina Soares de Lima
Seção Especial • Nº 5 / JAN-MAR 2023
Potencialidades e desafios do novo governo Lula à democratização da política externa brasileira
Questões raciais e racismo na PEB como política pública e sua contínua democratização
Marta Fernández
Jéser Abílio
Seção Especial • Nº 5 / JAN-MAR 2023
A política externa brasileira a partir de 2023
A necessidade de uma frente ampla nacional, regional e internacional
Carlos R. S. Milani
Diogo Ives
Seção Especial • Nº 5 / JAN-MAR 2023
A tradição de se renovar: propostas de reforma do Itamaraty sob Bolsonaro
A tradição do Itamaraty e sua relação com a sociedade
Martin Egon Maitino
Kaiutan Venerando Ruiz da Silveira
Artigos Acadêmicos
Artigos Acadêmicos • Nº 5 / JAN-MAR 2023
O Brasil e o México diante da guerra na Ucrânia: um caso de indiferença recíproca
As posições do Brasil e do México no Conselho de Segurança da ONU
Guadalupe González González
Monica Hirst
Eduardo Morrot
Artigos Acadêmicos • Nº 5 / JAN-MAR 2023
A Argentina e a independência do Brasil: o reconhecimento tardio de um reconhecimento pioneiro
Uma imagem mais completa e nuançada das relações bilaterais entre Brasil e Argentina
Felipe Antunes de Oliveira
Lucas Pavan Lopes
Resenhas de Livros
Resenhas de Livros • Nº 5 / JAN-MAR 2023
A perenidade de "Navegantes, bandeirantes, diplomatas"
Resenha do livro de Synesio Sampaio Goes Filho "Navegantes, bandeirantes, diplomatas: um ensaio sobre a formação das fronteiras do Brasil" (Ingá, 2018)
Fernando de Mello Barreto
Entrevistas
Entrevistas • Nº 5 / JAN-MAR 2023
"O sectarismo que testemunhamos nos últimos anos representa a negação da diplomacia"
Mauro Vieira conversou com os editores da CEBRI-Revista
Lançamento no site da USP: https://us02web.zoom.us/postattendee...

segunda-feira, 25 de abril de 2022

Livro sobre Assédio Institucional no Brasil: lançamento do livro, 2-5 maio 2022, Câmara dos Deputados

Participei com um capítulo deste livro: 

4051. “Assédio institucional no Itamaraty: breve abordagem e depoimento pessoal”, Brasília, 21 dezembro 2021, 25 p. Ensaio preparado como colaboração a livro a ser editado pela Afipea, sob coordenação de José Celso Cardoso. Publicado in: José Celso Cardoso Jr., Frederico A. Barbosa da Silva, Monique Florencio de Aguiar, Tatiana Lemos Sandim (orgs.), Assédio Institucional do Brasil: Avanço do Autoritarismo e Desconstrução do Estado. Brasília: Afipea-Sindical; João Pessoa: Editora da Universidade Estadual da Paraíba, 2022, capítulo 9, p. 389-427. Relação de Publicados n. 1448.










quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

A imprensa no processo de Independência do Brasil: Hipólito da Costa, o Correio Braziliense e as Cortes de Lisboa de 1821 - Livro



José Theodoro Mascarenhas Menck: 

A imprensa no processo de Independência do Brasil: Hipólito da Costa, o Correio Braziliense e as Cortes de Lisboa de 1821 

(Brasília: Câmara dos Deputados, 2022, 228 p.; p. 19-41; ISBNs: Papel: 978-65-87317-75-5; E-book: 978-65-87317-76-2; Prefácio: Helena Chagas; Posfácio: Enrico Misasi).

Lançamento hoje, 16hs. Pode ser acessado digitalmente, livro e lançamento. 

Fiz a Introdução: 

“Hipólito da Costa, a censura e a independência do Brasil”

já disponível no seguinte link: https://www.academia.edu/70952484/Hipólito_da_Costa_a_censura_e_a_independência_do_Brasil_2022_

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Oliveira Lima: lançamento do livro O Descobrimento do Brasil e outros Ensaios, organizado por André Heráclio do Rêgo

 No dia 13 de setembro de 2021, às 15h, a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM-USP) apresentará em seu canal no Youtube o evento de lançamento do livro:

O Descobrimento do Brasil e outros Ensaios

organizado por André Heráclio do Rêgo.

O livro é composto por sete textos quase inéditos do historiador e diplomata Manuel de Oliveira Lima. Os seus ensaios são valiosas fontes para aqueles que pretendem conhecer mais sobre a historiografia da formação do Brasil.

André Heráclito do Rêgo adiciona ao final de cada texto selecionado notas explicativas que fornecem ao leitor informações que contextualizam acontecimentos, datas e personagens abordados pelo historiador em seus textos originais.

A obra compõe a Coleção 3x22, um projeto da BBM que pretende difundir parte da produção acadêmica contemporânea, ao explorar novas temáticas e narrativas que trazem outros olhares a versões canônicas da História do país.

A mediação do lançamento será feita por Alexandre Moreli, vice-diretor da BBM e professor do Instituto de Relações Internacionais da USP. O evento pode ser acompanhado a partir do seguinte link: https://youtu.be/96tkN9hPGeY



 

domingo, 20 de junho de 2021

Oliveira Lima e a longa história da Independência: livro de que participei, lançamento 24/06.21, 18h30

 Prezados amigos,

Tenho a satisfação de convidá-los para o lançamento virtual do livro "Oliveira Lima e a longa história da Independência", que organizei com as acadêmicas Lucia Maria Bastos P. Neves e Lucia Maria Paschoal Guimarães, do IHGB, conforme convite abaixo. Participará do lançamento, além dos organizadores, o Professor Arno Wehling, Membro da Academia Brasileira de Letras e Presidente de Honra do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. O volume inclui os textos das contribuições ao seminário que organizei em setembro de 2019 na Biblioteca Mindlin, da USP, e pretende ser uma contribuição ao debate sobre o Bicentenário da Independência. Espero que possam participar, e peço sua ajuda na divulgação do evento. Link para o Facebook:  https://fb.me/e/1vfpDgKaz

Com o abraço amigo de

André Heráclio do Rêgo

Diplomata e historiador

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Rubens Ricupero: A Diplomacia na Construcao do Brasil: IRel-UnB, 20/11, 14h30


Aproveito para divulgar a minha resenha deste livro:

“Construindo a nação pelos seus diplomatas: resenha do livro de Rubens Ricupero”, Brasília, 27 setembro 2017, 3 p. Resenha de A diplomacia na construção do Brasil, 1750-2016 (Rio de Janeiro: Versal Editores, 2017). Encaminhada ao Estado de S. Paulo. Publicado, sob o título “O Brasil segundo a diplomacia”, na versão impressa, no jornal O Estado de S. Paulo (domingo, 8 de outubro de 2017, p. , Caderno Aliás-Política; sob o título, na versão digital, de História da diplomacia no Brasil tem novo livro definitivo”, em 7/10/2017; link: http://alias.estadao.com.br/noticias/geral,historia-da-diplomacia-no-brasil-tem-novo-livro-definitivo,70002030739). Divulgado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/09/cesse-tudo-o-que-musa-antiga-canta.html); novamente, depois de publicada, no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/10/resenha-do-livro-do-ricupero-publicada.html).


Construindo a nação pelos seus diplomatas: o paradigma Ricupero

Paulo Roberto de Almeida


Em meados do século XX, os candidatos à carreira diplomática tinham uma única obra para estudar a política externa brasileira: a de Pandiá Calógeras, publicada em torno de 1930, equivocadamente intitulada A Política Exterior do Império, quando partia, na verdade, da Idade Média portuguesa e chegava apenas até a queda de Rosas, em 1852. Trinta anos depois, os candidatos passaram a se preparar pelo livro de Carlos Delgado de Carvalho, História Diplomática do Brasil, publicado uma única vez em 1959 e durante muitos anos desaparecido das livrarias e bibliotecas. No início dos anos 1990, passou a ocupar o seu lugar o livro História da Política Exterior do Brasil, da dupla Amado Cervo e Clodoaldo Bueno. Finalmente, a partir de agora uma nova obra já nasce clássica: A Diplomacia na Construção do Brasil, 1750-2016 (Rio de Janeiro: Versal, 2017, 780 p.), do embaixador Rubens Ricupero, ministro da Fazenda quando da introdução do Real, secretário-geral da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento nos anos 1990, atualmente aposentado.
O imenso trabalho não é uma simples história diplomática, mas sim uma história do Brasil e uma reflexão sobre seu processo de desenvolvimento tal como influenciado, e em vários episódios determinado, por diplomatas que se confundem com estadistas, aliás desde antes da independência, uma vez que a obra parte da Restauração (1680), ainda antes primeira configuração da futura nação por um diplomata brasileiro a serviço do rei português: Alexandre de Gusmão, principal negociador do Tratado de Madri (1750). Desde então, diplomatas nunca deixaram de figurar entre os pais fundadores do país independente, entre os construtores do Estado, entre os defensores dos interesses no entorno regional, como o Visconde do Rio Branco, e entre os definidores de suas fronteiras atuais, como o seu filho, o Barão, já objeto de obras anteriores de Ricupero.
O Barão do Rio Branco, aliás, é um dos poucos brasileiros a ter figurado em cédulas de quase todos os regimes monetários do Brasil, e um dos raros diplomatas do mundo a se tornar herói nacional ainda em vida. Ricupero conhece como poucos outros diplomatas, historiadores ou pesquisadores acadêmicos a história diplomática do Brasil, as relações regionais e o contexto internacional do mundo ocidental desde o início da era moderna, professor que foi, durante anos, no Instituto Rio Branco e no curso de Relações Internacionais da Universidade de Brasília. Formou gerações de diplomatas e de candidatos à carreira, assim como assessorou ministros e presidentes desde o início dos anos 1960, quando foi o orador de sua turma, na presidência Jânio Quadros.
Uma simples mirada pelo sumário da obra confirma a amplitude da análise: são dezenas de capítulos, vários com múltiplas seções, em onze grandes partes ordenadas cronologicamente, de 1680 a 2016, mais uma introdução e uma décima-segunda parte sobre a diplomacia brasileira em perspectiva histórica. Um posfácio, atualíssimo, vem datado de 26 de julho de 2017, no qual ele confessa que escrever o livro foi “quase um exame de consciência... que recolhe experiências e reflexões de uma existência” (p. 744). Ricupero concluiu o texto principal pouco depois do impeachment da presidente que produziu a maior recessão da história do Brasil, e o fecho definitivo quando uma nova crise “ameaça engolir” o seu sucessor. O núcleo central da obra é composto por uma análise, profundamente embasada no conhecimento da história, dos grandes episódios que marcaram a construção da nação pela ação do seu corpo de diplomatas e dos estadistas que serviram ao Estado nessa vertente da mais importante política pública cujo itinerário – à diferença das políticas econômicas ou das educacionais – pode ser considerado como plenamente exitoso.
A diplomacia brasileira começou por ser portuguesa, mas se metamorfoseou em brasileira pouco depois, e a ruptura entre uma e outra deu-se na superação da aliança inglesa, que era a base da política defensiva de Portugal no grande concerto europeu. Já na Regência existe uma “busca da afirmação da autonomia” (p. 703), conceito que veio a ser retomado numa fase recente da política externa, mas que Ricupero demonstra existir embebido na boa política exterior do Império. A construção dos valores da diplomacia do Brasil se dá nessa época, seguido pela confiança no Direito como construtor da paz, o princípio maior seguido pelo Barão do Rio Branco em sua diplomacia de equilíbrio entre as grandes potências da sua época. Vem também do Barão a noção de que uma chancelaria de qualidade superior devia estar focada na “produção de conhecimento, a ser extraído dos arquivos, das bibliotecas, do estudo dos mapas” (p. 710). Esse contato persistente, constante, apaixonante pela história, constitui, aliás, um traço que Ricupero partilha com o Barão, o seu modelo de diplomata exemplar, objeto de uma fotobiografia que ele compôs com seu antigo chefe, o embaixador João Hermes Pereira de Araujo, com quem ele construiu o Pacto Amazônico, completando assim o arco da cooperação regional sul-americana iniciada por Rio Branco setenta anos antes.
O livro não é, como já se disse, uma simples história diplomática, mas sim um grande panorama de mais de três séculos da história brasileira, uma vez que nele, como diz Ricupero, “tentou-se jamais separar a narrativa da evolução da política externa da História com maiúscula, envolvente e global, política, social, econômica. A diplomacia em geral fez sua parte e até não se saiu mal em comparação a alguns outros setores. Chegou-se, porém, ao ponto extremo em que não mais é possível que um setor possa continuar a construir, se outros elementos mais poderosos, como o sistema político, comprazem-se em demolir. A partir de agora, mais ainda que no passado, a construção do Brasil terá de ser integral, e a contribuição da diplomacia na edificação dependerá da regeneração do todo” (p. 738-9). O paradigma diplomático já foi oferecido nesta obra; falta construir o da nação.

[Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 27 de setembro de 2017]

sexta-feira, 5 de maio de 2017

O Homem que Pensou o Brasil: agradecimentos aos que foram ao lançamento dia 17 de abril

Sem poder fazê-lo pessoalmente, gostaria de agradecer por esta via a todos os velhos e novos amigos, aos curiosos intelectuais, interessados no personagem, tutti quanti compareceram à Livraria Argumento na noite do dia 17 de abril, no exato centenário do nascimento de Roberto Campos, para receber (aliás contra pagamento, mas neste caso vale a máxima de Milton Friedman) o livro O Homem que Pensou o Brasil (convite reproduzido abaixo).

Transcrevo, in fine, os nomes, tal como registrados nas papeletas de compra, de cada um que acolhi pessoalmente na mesa do lançamento, e desde já me desculpo por alguma omissão ou deslize de notação, involuntários, assim como me desculpo pelas palavras rápidas, necessariamente repetivas, nas várias dezenas de dedicaces que tive de fazer naquela noite. Ainda tive de fazer várias outras (embora não registradas), no dia seguinte, no seminário do Palácio do Itamaraty, um evento descontraído (ok, um ou outro entrevero conceitual), que serviu sobretudo de ambiente para um divertissement intelectual, com a presença de tão distinguidos palestrantes e participantes na ocasião. Desculpo-me por qualquer defeito na organização dos trabalhos, apenas a mim atribuível, mas agradeço, uma vez mais o carinho do reconhecimento e a gentileza do comparecimento, a um ou outro evento, ambos podendo ser considerados um sucesso total, pelo personagem, pela presença de muitos amigos, pelos que trabalharam na montagem do seminário.

AUTORES: don't panikiert! Eu tenho livros para encaminhar a cada um de vocês, mas estava esperando a redação de uma carta bem cuidada, explicando todo o processo de elaboração, confecção editorial, revisão e as escolhas que tive de fazer ao longo de um processo trabalhoso (mas plenamente satisfatório no plano intelectual) e, sobretudo, expedito, dada a pressa para a impressão a tempo do centenário. Vai chegar, prometo, antes do Papai Noel...
Muito grato pela compreensão, e pelo dispêndio adicional de um exemplar antecipado.
O abraço a todos, do
Paulo Roberto de Almeida

PS.: A lista dos "ratos de livraria", mesmo num dia chuvoso, como foi o 17 de abril: 


Arminio Fraga
Nelson Paes Leme
Guilherme Parreiras Aorta
Gustavo Farias
Pedro Correa do Lago
Renato Fragelli
Lauro Cotta
Ernane Galveas (representado)
Vinicius Figueiredo
João Dionísio Amoedo
Adriano Pires
Roberto Abdenur
Marcílio Marques Moreira
Hugo Pacheco
Rodrigo Maia
Bernardo Bruno Marque, Samuel, Helena, Nicolas
Claudia Campos
Araken Hipolito da Costa
Thomas and Cintia
Sandra Rios
Carlos Arthur Ortenblad Jr.
Mac Margolis
Guilherme Fiuza
Mônica e Theo
Paulo Herivan
Victor Hugo Ribeiro dos Santos
Ricardo Cançado
Adriana de Queiroz
Israel Beloch
Embaixador Eduardo dos Santos
Virginia e Pedro
Milton Cabral
Rubem de Freitas Novaes
Regina
Daniel Sá-Earp
Gustavo Franco
Valderez Fraga
Ricardo Velez Rodriguez
Roberto Macedo
Paulo Rabello de Castro
Luís Chaves
Ricardo Pereira
Rodrigo Sias
Haroldo Bezerra
Ilan Cuperstein
Alexandre Moreli
Roberto Castello Blanco
Francisco Villela
Tulio Arvelo Duran
Bernardo Cabral
Stelio Amarante
Marcos Travassos
Ricardo Cabral
Luis Alberto Machado

Até a próxima...
Paulo Roberto de Almeida

quarta-feira, 29 de março de 2017

Convite para lancamento livro Roberto Campos: 17/04, RJ

Tal como recebido da Editora. Alguns dos autores-colaboradores estarão presentes, inclusive este organizador.
Eis os dados editoriais do livro:

 Paulo Roberto de Almeida (org.)
O Homem que Pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos
(Curitiba: Editora Appris, 2017, 373 p.; ISBN: 978-85-473-0485-0).

Assim que ele for impresso, estará simultaneamente disponível no formato e-book a um preço bastante acessível.
Paulo Roberto de Almeida 


segunda-feira, 14 de março de 2016

E por falar em diplomacia presidencial: palestra e livro na UnB, 15/03/2016, 14hs

Já postado aqui, mas renovado às vésperas do evento:
Transmito convite do Diretor do IRel-UnB:

O Diretor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (IREL/UnB), Prof. Dr. José Flávio Sombra Saraiva, tem a honra de convidar a comunidade acadêmica para o seminário de abertura do ano letivo de 2016 em torno do Seminário 
A DIPLOMACIA PRESIDENCIAL NO BRASIL: Perspectivas históricas e atuais das relações internacionais no presidencialismo brasileiro
Local: Auditório do Edifício IREL/UnB
Dia: 15 de março de 2016, terça-feira
Horário: 14 horas
Participantes da Mesa: Prof. João Paulo M. Peixoto (UnB)
                                            Prof. Paulo Roberto de Almeida (UNICEUB)
                                            Prof. Dr. Eiiti Sato (UnB)
                                             Prof. Dr. Walber Muniz (UNIFOR/UnB)
Lançamento do livro ao final do Seminário: João Paulo M. Peixoto (organizador), Presidencialismo no Brasil: história, organização e funcionamento. Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2015. 
Os autores João Paulo Peixoto, Paulo Roberto de Almeida e  Eiiti Sato estarão presentes para autógrafos.

Addendum:
Transcrevo mensagem recebida de leitor: 

"Prezado prof. Paulo,
Gostaria de saber se o evento "A diplomacia presidencial no Brasil: perspectivas históricas e atuais das relações internacionais no presidencialismo brasileiro" será gravado e compartilhado em algum veículo de mídia eletrônica, a exemplo do YouTube ou Vimeo. Pergunto porque, além do interesse que o tema desperta e das escassas oportunidades que temos de discuti-lo com especialistas, acredito que haja pessoas que, assim como eu, por diferentes razões, não conseguirão comparecer ao evento, apesar de serem interessadas pelo assunto.
Mais uma vez, parabéns pela sua produção acadêmica de alto nível.
Cordialmente,
[Nome]"

Transmiti o pedido aos organizadores do evento.

Transcrevo aqui mini-resenha que fiz sobre os dois capítulos pertinentes para a Revista da ADB, Associação dos Diplomatas, relativa ao primeiro quadrimestre de 2016, ainda não publicada:
 
João Paulo M. Peixoto (org.): Presidencialismo no Brasil: história, organização e funcionamento (Brasília: Senado Federal, 2015, 304 p.; ISBN: 978-85-7018-674-4);

Dois capítulos sobre diplomacia presidencial neste livro coletivo, um pelo professor da UnB Eiiti Sato, cobrindo as transformações do sistema internacional, o outro pelo diplomata Paulo Roberto de Almeida abordando o mesmo tema em perspectiva histórica, com ênfase nos mandatos mais recentes de FHC e de Lula. Desde o Império chefes de Estado se envolvem na política externa, mas essa interação foi bem mais errática na República, podendo ser datado um papel mais ativo a partir de Getúlio Vargas. A consolidação do conceito se deu com FHC, e sua exacerbação ocorreu com seu sucessor, que conduziu uma política externa personalista, talhada ao gosto terceiro-mundista e anti-hegemônico do seu partido, e claramente identificada com uma visão do mundo peculiar a essas formações de esquerda.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Seminario e livro sobre diplomacia presidencial - UnB, 15/03/2016, 14:00hs

O Diretor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (IREL/UnB), Prof. Dr. José Flávio Sombra Saraiva, tem a honra de convidar a comunidade acadêmica para o seminário de abertura do ano letivo de 2016 em torno do Seminário

A DIPLOMACIA PRESIDENCIAL NO BRASIL: Perspectivas históricas e atuais das relações internacionais do presidencialismo brasileiro

Local: Auditório do Edifício IREL/UnB
Dia: 15 de março de 2016, terça-feira
Horário: 14 horas

Participantes da Mesa:
Prof. João Paulo M. Peixoto (UnB) (autor de capítulo)
Prof. Paulo Roberto de Almeida (Uniceub) (autor de capítulo)
Prof. Dr. Eiiti Sato (UnB) (autor de capítulo)
Prof. Dr. Paulo Calmon (UnB) (comentarista)
Prof. Dr. Walber Muniz (UNIFOR/UnB) (comentarista)

Lançamento do livro ao final do Seminário: João Paulo M. Peixoto (organizador), Presidencialismo no Brasil: história, organização e funcionamento. Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2015.       

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Meu proximo iPhone ainda nao esta' pronto (tem de vir com uma biblioteca completa)

Apple Is Set to Announce Two iPhones



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SAN FRANCISCO — The handset market is so brutally competitive that Apple, the most successful smartphone maker, is preparing to step up its game this week by offering two new iPhones instead of one.
Toshifumi Kitamura/Agence France-Presse — Getty Images
Pedestrians in Tokyo last week passing posters for the iPhone. A new model with a faster processor is to be unveiled Tuesday.
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At an event on Tuesday at its Cupertino, Calif., headquarters, the company is set to unveil for customers worldwide a new iPhone with a faster processor, along with another model that will be sold at a lower cost.
The company’s profit growth has slowed in response to a saturated handset market in America and parts of Europe. Many people already own a smartphone and are not upgrading to new devices as often as before.
A lower-cost smartphone could allow Apple to expand into overseas markets — especially China, where the iPhone has been highly desired among many consumers but is just out of reach because of its price.
“A cheaper model will open up the market significantly for Apple,” said Chetan Sharma, an independent telecom analyst who consults for phone carriers.
Apple declined to comment on the new products. Butanalysts expect the higher-priced model to be an improvement over the current iPhone, including a faster processor and better camera flash, as well as a fingerprint sensor for security.
The second iPhone is expected to be a cheaper version of the soon-to-be-outdated iPhone 5, coming in a variety of colors, with a plastic case instead of aluminum. Analysts expect the full price of the lower-cost iPhone to be $300 to $400, positioning it as a midtier product.
Apple has been enormously successful, with the iPhone driving most of its revenue. In the second quarter, the company took 53 percent of the profit in the global smartphone market, with Samsung Electronics, which uses Google Android software to run its smartphones, taking the rest, according to a survey by Canaccord Genuity, an investment bank.
But both Apple and Samsung face a common enemy: the tide of manufacturers that produce dirt-cheap Android phones. While they make all the profits, Apple and Samsung have seen their combined share of the worldwide smartphone market drop to 43 percent in the second quarter from 49 percent a year earlier. The makers of cheaper phones — including Huawei, Yulong and ZTE of China, and Micromax and Karbonn of India — are raking in sales in emerging markets where high-end smartphones are not popular.
“We’ve had several indications from the handset market that vendors are in real trouble,” said Tero Kuittinen, an analyst for Alekstra, a mobile diagnostics firm. “The biggest threat to all the companies seems to be the low-end Androids.”
In terms of sales, smartphones surpassed traditional flip phones this year. There are a few markets remaining where traditional cellphones are still outselling the smartphone, including India, Brazil and Russia. Data from Qualcomm suggests that Latin America, China and India are adding substantially higher numbers of smartphone subscriptions than North America, Japan, Korea and Europe.
China, with its huge population, is an attractive target for Apple. But Timothy D. Cook, Apple’s chief executive, said recently in a call with investors that the company was puzzled about why sales of its products were struggling in China. Sales there fell 4 percent in the second quarter compared with the same quarter last year. And Apple’s sales in Hong Kong were down about 20 percent.
A cheaper iPhone could help it gain traction in China, depending on its cost.
Analysts said the introduction of the cheaper iPhone would probably coincide with an expected partnership deal with China Mobile, which has about 700 million subscribers — about seven times as many as Verizon Wireless. Capturing even a small percentage of China Mobile customers would translate to tens of millions more iPhone sales.
Apple already sells its phones in China through China Telecom, a major network operator, but it slipped into sixth place among smartphone makers there in the second quarter, with a share of only 4.8 percent, according to Canalys, a research firm. Over all, China is the largest smartphone market in the world, accounting for one-third of worldwide shipments of smartphones in the second quarter; the United States is in second place, accounting for about 14 percent of shipments in the same period, according to Canalys.
Despite Apple’s efforts to keep its plans secret, clues about the new iPhones leaked out. China Telecom briefly posted a message last week on a blog platform soliciting early orders for the new devices. It identified the high-end model as the iPhone 5S, and the lower-cost one as the iPhone 5C. The post was later removed. A spokesman for China Telecom declined to comment, citing nondisclosure agreements.
In Japan, where Apple is much stronger but faces a renewed challenge from domestic smartphone makers like Sony, the company has struck a deal to sell the iPhone with the country’s biggest mobile phone carrier, NTT Docomo, two people briefed on the situation said Friday. Docomo has 60 million customers, but it has been losing market share to Japan’s other two main mobile operators, SoftBank and KDDI, which operates under the brand name au. Both have been marketing Apple’s phones aggressively, giving Apple a 40 percent share of smartphone sales in the first quarter, according to IDC, a research firm.
Historically, so that it can protect the quality of its products as well as profit margins, Apple has refused to make cheaper products just to get more customers. Therefore, a lower-cost iPhone would most likely be positioned as a midtier product, similar to the approach Apple took with the iPad Mini. At $330, the iPad Mini is cheaper than the bigger, $500 iPad, but not as affordable as the smaller Android tablets offered by Google and Amazon, which cost from $160 to $230.
Realistically, a lower-cost iPhone will be $300 to $400 at full price, Mr. Kuittinen, the Alekstra analyst, said, significantly less than the current iPhone, which costs $650. Overseas, many phone carriers charge full price because they do not subsidize the upfront cost of a smartphone the way carriers do in the United States. And while a lower-cost iPhone would drive up Apple’s revenue, it would probably not be a blockbuster hit in economically disadvantaged markets, Mr. Kuittinen said.
“Nobody is saying Apple should have a $130 iPhone,” he said, “but if they price this iPhone 5C at $400 or above, it’s just not going to be effective in countries like India, China or even Brazil.”
Still, even if the price is fairly high, a cheaper iPhone should appeal to a subset of people in developing countries who flaunt gadgets as status symbols, like jewelry. People who were on the fence about buying an iPhone might pay a little extra just to be able to show off, Mr. Sharma, the telecom analyst, said. “Consumers are willing to shell out money to own a brand,” he said. “I think a $300 price gives them a chance to own it.”