Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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terça-feira, 21 de janeiro de 2020
A China no WEF de Davos: do socialismo de Deng ao capitalismo de Estado (NYT)
sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
Global risks: World Economic Forum - Davos
Top risks are environmental, but ignore economics and they'll be harder to fix
- Climate-related risks overshadow all other risks – in particular economic risks – undermining cohesive action and creating blind spots
- Society needs a new “growth paradigm” that addresses the interconnectedness of socio-economic factors with climate change
- Businesses need to adapt their metrics to assess the value of nature
sexta-feira, 27 de setembro de 2019
Everything we thought we knew about poverty [is] wrong - Martin Burt (World Economic Forum)
What if nearly everything we thought we knew about poverty was wrong?
What is the World Economic Forum's Book Club?
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
Meus caros capitalistas de Davos: sugestões para um discurso...
Mas, estando na abertura do WEF de 2019, eu fui verificar o que eu já tinha escrito a este respeito. Escrevi muito, pois conheço o WEF desde 1981, numa de suas primeiras edições, acompanhando aqui o então ministro da Fazenda Ernane Galveas e o assessor de assuntos internacionais da pasta, um então jovem economista chamado Mailson da Nóbrega.
Mas, o texto que vai abaixo não é para este ano de 2019, e sim foi escrito em 2014, para a presidente de plantão, pois ela ia, como foi, a Davos. Não tenho a menor ideia do que disse lá, mas isso não tem a menor importância, pois todos os presidentes falam a mesma coisa: venham, capitalistas, venham investir no Brasil, pois o ambiente de negócios é ótimo, estamos fazendo mais reformas para torná-lo excepcionalmente bom, excelente, e vocês vão encontrar amplas oportunidades de investimento direto, com lucro garantido, e o governo será um sócio dessa prosperidade.
É isso mais ou menos o que todos dizem.
No caso da Dona Dilma, ela tinha aquele passado guerrilheiro, anti-capitalista, e vivia cercada dos economistas da UniCamp (os mais perigosos), e ainda tinha os chatos dos companheiros com suas receitas alopradas de economia.
Pois bem, eu apresentei uma sugestão de discurso diferente, como vocês podem perceber, se tiverem a paciência de ler o texto abaixo.
Desculpando-me mais uma vez pelo título enganoso, vamos ao que interessa.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 21 de janeiro de 2019
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Paulo Roberto de Almeida
Doutor em Ciências Sociais, com vocação acadêmica voltada para os temas de relações internacionais, de história diplomática do Brasil e para questões do desenvolvimento econômico. Profissionalmente, sou membro da carreira diplomática desde 1977. Minhas preocupações cidadãs voltam-se para os objetivos do desenvolvimento nacional, do progresso social e da inserção internacional do Brasil. Entendo que cinco das condições básicas para que tais objetivos sejam atingidos podem ser resumidas como segue: macroeconomia estável, microeconomia competitiva, boa governança, alta qualidade dos recursos humanos e abertura ao comércio internacional e aos investimentos estrangeiros. Este blog serve apenas de divertissement. Para meus trabalhos mais sérios, ou pelo menos de caráter acadêmico, ver o site http://www.pralmeida.org/.
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Uma reflexão...
Extratos (adaptados) de Ciência: problemas, objetivos e responsabilidades (Popper falando a biólogos, em 1963, em plena Guerra Fria):
"A tarefa mais importante de um cientista é certamente contribuir para o avanço de sua área de conhecimento. A segunda tarefa mais importante é escapar da visão estreita de uma especialização excessiva, interessando-se ativamente por outros campos em busca do aperfeiçoamento pelo saber que é a missão cultural da ciência. A terceira tarefa é estender aos demais a compreensão de seus conhecimentos, reduzindo ao mínimo o jargão científico, do qual muitos de nós temos orgulho. Um orgulho desse tipo é compreensível. Mas ele é um erro. Deveria ser nosso orgulho ensinar a nós mesmos, da melhor forma possível, a sempre falar tão simplesmente, claramente e despretensiosamente quanto possível, evitando como uma praga a sugestão de que estamos de posse de um conhecimento que é muito profundo para ser expresso de maneira clara e simples.
Esta, é, eu acredito, uma das maiores e mais urgentes responsabilidades sociais dos cientistas. Talvez a maior. Porque esta tarefa está intimamente ligada à sobrevivência da sociedade aberta e da democracia.
Uma sociedade aberta (isto é, uma sociedade baseada na idéia de não apenas tolerar opiniões dissidentes mas de respeitá-las) e uma democracia (isto é, uma forma de governo devotado à proteção de uma sociedade aberta) não podem florescer se a ciência torna-se a propriedade exclusiva de um conjunto fechado de cientistas.
Eu acredito que o hábito de sempre declarar tão claramente quanto possível nosso problema, assim como o estado atual de discussão desse problema, faria muito em favor da tarefa importante de fazer a ciência -- isto é, as idéias científicas -- ser melhor e mais amplamente compreendida."
Karl R. Popper: The Myth of the Framework (in defence of science and rationality). Edited by M. A. Notturno. (London: Routledge, 1994), p. 109.
Uma recomendação...
“Por favor, não se tornem hayekianos, pois cheguei à conclusão que os keynesianos são muito piores que Keynes e os marxistas bem piores que Marx”.
(Recomendação feita a jovens estudantes de economia, admiradores de sua obra, num jantar em Londres, em 1985)
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