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sexta-feira, 23 de maio de 2008

876) Forum do Instituto Nacional de Altos Estudos, Rio de Janeiro

Abaixo a programação do Fórum Nacional.O Fórum é organizado pelo ex-ministro João Paulo dos Reis Veloso, através do seu Instituto Nacional de Altos Estudos, e será realizado nas instalações do BNDES.

XX Fórum Nacional - 2008
BRASIL - "Um Novo Mundo nos Trópicos" *:
200 Anos de Independência Econômica e 20 Anos de Fórum Nacional
(sob o signo da incerteza)
26 a 30 de maio de 2008 (segunda a sexta-feira)
Local: BNDES (Rio de Janeiro)**

"Eu quase que nada não sei.
Mas desconfio de muita coisa;"
Riobaldo Tatarana, "Grande Sertão:
Veredas" (Guimarães Rosa)

"O Brasil não é para amadores"
Tom Jobim

"Todos os seres humanos nascem livres
e iguais em dignidade e direitos".
Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948
(baseada na Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão, 1789).

Programação

Dia 26.5 – Segunda-feira (manhã) - Início às 10h30

Sessão de Abertura
20 Anos de Fórum Nacional, 200 Anos de Independência Econômica (sob o signo da incerteza)

Idéia: A preocupação central é tomar a Odisséia brasileira, nesses 200 anos desde a Abertura dos Portos (com a chegada da Família Real Portuguesa), como ponto de partida para indagar: Para onde vai o Brasil?

Com esse objetivo, faz-se uma comparação entre as duas Aberturas, a de 1808 e a dos Anos 90 para cá, a fim de poder colocar a questão: que Visão de Desenvolvimento adotar? Ou: Para onde vai o País, Econômica, Social e Politicamente?

Abertura:
Convidado de Honra - Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva: Para onde vai o Brasil – Econômica, Social e Politicamente – sob o signo da incerteza (Sugestão: 30 minutos).

Convidado Especial - Apresentação do Professor Edmund Phelps - Universidade de Columbia, Nova York, Prêmio Nobel de Economia de 2006: Brasil – Visão de Desenvolvimento, sob o signo da incerteza (sugestão: 30 minutos).

I – Apresentação (position paper): Roger Cohen, Colunista do New York Times: O futuro do Brasil é agora (20 minutos).

II – Comentário Especial: Embaixador do Japão no Brasil, Ken Shimanouchi: 100 anos de parceria Brasil-Japão (Imigração Japonesa) (15 minutos)

III – Comentário Especial: Albert Fishlow, da Universidade de Columbia: Desenvolvimento brasileiro, Presente, Passado e Perspectivas – Visão de Síntese (15 minutos).

IV - Debate geral.

Dia 27.5 – Terça-feira (manhã) - De 10 horas às 13 horas

Painel I
"O Brasil Tem Jeito?"

Idéia: Discutir, principalmente:

Modernização das Instituições Políticas do Brasil, envolvendo: Modernização do Estado (Modernização do Modelo de Estado – principalmente Modelo de Gestão do Estado –, para evitar "apagões" e invasão da Administração Pública pelo vandalismo político); Modernização do Congresso e do Sistema de Partidos, para torná-los co-responsáveis pelo Desenvolvimento e pelas Reformas e capazes de dialogar com o Governo.
Como dar Oportunidade aos pobres? E a importante contribuição do Fórum – O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL (IDS), como instrumento para análise da Situação Social, no Brasil, nas Grandes Regiões e nos Estados.
Rumos do Desenvolvimento brasileiro (necessidade de uma nova Estratégia?).
Implicações da presente incerteza nos Mercados Globais.
A Sociedade Civil está cumprindo o seu papel de monitorar e dialogar com o Estado, para não continuar "tolerando o intolerável"? E fazer cobranças?
Abertura:
Lançamento do IDS (Índice de Desenvolvimento Social): Roberto Cavalcanti de Albuquerque, Diretor-Técnico do Fórum Nacional (15 minutos).

I – Apresentação (position paper): Arthur Ituassu e Rodrigo de Almeida - Organizadores de "O Brasil tem jeito - 1?" e "O Brasil tem jeito - 2?". O primeiro é Jornalista e Professor da PUC e o segundo, Jornalista e Pesquisador do IUPERJ: "O Brasil tem jeito – principais questões"? (20 minutos)

II – Comentário Especial: Roberto da Matta, Sociólogo e Escritor: O Brasileiro e o Brasil (15 minutos).

III – Mesa-redonda (O Brasil tem jeito?) (15 minutos cada um):

Mary Del Priore, Historiadora e Escritora.
Jaime Pinsky, Historiador, Professor e Escritor - Autor de "O Brasil tem futuro?", Editora Contexto, 2006.
Sérgio Quintella, Vice-presidente da FGV.
IV - Debate geral.

Encerramento:
Pronunciamento do Embaixador Alberto da Costa e Silva, Coordenador da "Comissão Dom João VI" (Membro da Academia Brasileira de Letras): O Brasil de Dom João VI e sua significação para o futuro do País (15 minutos).

De 13 horas às 14h30 - Almoço

De 14h30 às 17h30

Painel II
Construção das Bases – Mensagens da Sociedade:
Redução da Carga Tributária, com Contenção de
Despesas de Custeio e Reforma Tributária.
e Modernização da Infra-estrutura

Idéia: O Painel se volta, principalmente, para o que falta fazer para que o País tenha bases econômicas sólidas e caminhe no sentido de um novo ciclo de Alto Crescimento, após os avanços realizados quanto às Novas Famílias de Políticas Macroeconômicas e a elevar um pouco a taxa de Crescimento.

A situação Macroeconômica tem permitido ao Brasil reduzir a Vulnerabilidade Externa – fantasma de outros períodos de Crescimento –, ter mais credibilidade interna e externa e sair da fase dos "vôos de galinha". Mas ainda há uma espécie de camisa de força (baixa margem de manobra), no Setor Público e na Iniciativa Privada.

Daí o foco, no Painel, em levantar questões relativas ao que falta fazer na área das Políticas Macroeconômicas e da Infra-estrutura, principalmente. Fator favorável, que não deve ser subestimado, é a verdadeira Revolução que está ocorrendo no Mercado de Capitais. E sempre a dúvida: as condições políticas do País são favoráveis a essa criação de bons fundamentos?

Abertura:
Pronunciamento da Ministra Dilma Rousseff, Chefe da Casa Civil, Presidência da República: Modernização da Infra-estrutura (20 minutos).

Pronunciamento do Ministro Guido Mantega, da Fazenda: Perspectivas da Política Econômica do Governo (inclusive considerando a Turbulência Internacional) (20 minutos).

I – Apresentação (paper): Affonso Celso Pastore - Professor da USP e da EPGE (FGV), ex-Presidente do Banco Central: Bases para o Alto Crescimento – Onde estamos e o que falta fazer (inclusive considerando a Turbulência Internacional) (20 minutos).

II - Apresentação (paper): Raul Velloso - Consultor de Empresas. Ex-Secretário para Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento: Sustentabilidade de Longo Prazo das Contas de Governo (Redução da Carga com Contenção de Despesas) (20 minutos).

III – Mesa-redonda (Construção das Bases) (15 minutos cada um):

Senador Aloizio Mercadante, Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal.
Deputado Arnaldo Madeira.
Carlos Rocca, Diretor-técnico do IBMEC (Mercado de Capitais).
IV – Debate geral.

Dia 28.5 – Quarta-feira (manhã) - De 10 horas às 13 horas

Painel III
Estratégia da "Economia Criativa":
"Partindo dos Recursos Naturais para Chegar à Economia do Conhecimento"
(sob o signo da incerteza)

Idéia: Com esse painel, chega-se ao cerne da questão de para onde vai o Desenvolvimento brasileiro.

Se desejamos, realmente, o Alto Crescimento, não é mais possível continuar fazendo "mais do mesmo". Ou seja, deixar o Crescimento brasileiro limitado à expansão de cadeias produtivas voltadas para commodities primárias e industriais, e algumas poucas de linhas de produtos nas Áreas de Tecnologias Avançadas (além de um vasto manancial de Serviços, na maioria fora da área de Serviços de Alta Tecnologia).

A reorientação tem de ser no sentido de evoluir para uma Estratégia de "Economia Criativa", com as aptidões modernas proporcionados pela Economia do Conhecimento.

Ora, o Brasil é rico – talvez até rico demais, para seu próprio bem, em Recursos Naturais. Nesse caso, a Estratégia que se propõe – num mundo com a marca da China e sujeito a turbulências – é tomar o desenvolvimento dos Setores Intensivos em Recursos Naturais, com base naquelas aptidões modernas, procurando chegar à criação de Vantagens Comparativas, seletivamente, em áreas de Tecnologias Avançadas.

Entretanto, o signo de incerteza na Economia Internacional cria a necessidade de termos margens de manobra.

Abertura:
Pronunciamento do Ministro Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior: Estratégia de Competitividade para o Brasil, no mundo da Economia do Conhecimento (20 minutos).

I – Apresentação (paper): Antonio Barros de Castro, Assessor Especial da Presidência do BNDES: Estratégias para o Brasil, num mundo com a marca da China (20 minutos).

II – Apresentação (paper): José Roberto Mendonça de Barros, Luiz Carlos Mendonça de Barros e Paulo Pereira Miguel - Economistas e Consultores Empresariais: A marca da China – As três cabeças do dragão (20 minutos).

III – Apresentação (paper): João Paulo dos Reis Velloso: Modelo de Economia do Conhecimento para o Brasil – A "Economia Criativa": "Partindo dos Recursos Naturais para chegar à Economia do Conhecimento" (20 minutos).

Complemento: Antonio Carlos Rego Gil, Presidente da BRASSCOM - Associação Brasileira das Empresas de Software e Serviços para Exportação (5 minutos).

IV – Comentário Especial: Roberto Hukai, Prof. do Instituto de Energia Eletrotécnica da USP: O Brasil como Centro Mundial de Energia? (15 minutos).

V – Comentário Especial: Aziz Ab'Sáber, Prof. da USP: Aquecimento Global – Avaliação (15 minutos).

VI – Debate geral.

De 13 horas às 14h30 - Almoço

De 14h30 às 17h30

Painel IV
O Brasil e suas Empresas Globais

Idéia: Inegável que a atual Globalização, baseada em Paradigma Econômico Moderno (Economia do Conhecimento) e em mercados mundiais, freqüentemente, oligopolísticos, tem seu grande instrumento nas Empresas Globais.

O Brasil já dispõe de certo número de Empresas Globais. Mas precisa avançar em duas direções. De um lado, fortalecer as Empresas Globais existentes e apoiar a emergência de muitas outras, na mesma categoria.

De outro lado, avaliar se essas Empresas Globais estão realmente atuando no sentido de acelerar o Desenvolvimento brasileiro.

I – Apresentação (paper): Cláudio Frischtak - Consultor de Empresas. Ex-economista Sênior do Banco Mundial: O Brasil diante da nova Competição Global – Como desenvolver novas Empresas Globais, apoiando as existentes. E o papel que devem desempenhar (20 minutos).

II – Apresentações: O Planejamento Estratégico das Empresas Globais brasileiras (15 minutos cada um):

Roger Agnelli, Diretor-Presidente da VALE.
Jorge Gerdau Johannpeter, Presidente do Conselho do Grupo GERDAU.
José Sérgio Gabrielli de Azevedo, Presidente da PETROBRAS.
Frederico Fleury Curado, Diretor-Presidente da EMBRAER.
Emílio Odebrecht, Presidente do Conselho de Administração da ODEBRECHT.
Alessandro Carlucci, Diretor-presidente da NATURA.
III – Debate geral.

Dia 29.5 – Quinta-feira (manhã) - De 10 horas às 13 horas

Painel V
Universalizando a Inovação nas Empresas Brasileiras

Idéia: Desde os anos 70, o Brasil construiu as bases de um Sistema Nacional de Inovação, e de lá para cá evoluiu bastante no sentido de criar um bom sistema de Incentivos à Inovação – financeiros e fiscais, principalmente.

No momento, duas tarefas básicas se impõem. Primeiro, avaliar se o Sistema de Inovação está funcionando bem – e sabemos que não, por não haver suficiente número de parcerias entre Universidade (e Institutos de Pesquisa) e o Setor Privado.

Em segundo lugar, promover a Universalização da Inovação, através de um Programa Nacional (proposto pelo IPEA) que atinja, inclusive, a Pequena Empresa, multiplicando a geração de Pequenas Empresas Tecnológicas (que devem, também, ser Pequenas Empresas Exportadoras).

Abertura:
Pronunciamento do Ministro Sérgio Rezende, da Ciência e Tecnologia: Universalizando a Inovação – como chegar lá (20 minutos).

Pronunciamento do Presidente Luciano Coutinho, do BNDES: O BNDES e a Universalização da Inovação nas empresas (20 minutos).

Pronunciamento do Presidente Luis Manuel Rebelo Fernandes, da FINEP: A FINEP e a Inovação nas Pequenas Empresas (20 minutos).

I – Apresentação (paper): Presidente Marcio Pochmann, do IPEA: Como implementar o Programa de Universalização da Inovação nas Empresas brasileiras (20 minutos).

II – Comentários Especiais (Inovação em Pequenas Empresas) (15 minutos cada um):

Paulo Tarciso Okamotto - Diretor-presidente do SEBRAE.
Marisa dos Reis Azevedo Botelho - Professora do Instituto de Economia da Universidade Federal de Uberlândia, Michelle de Castro Carrijo - Doutoranda do Instituto de Economia da Universidade Federal de Uberlândia, Gilsa Yumi Kamasaki - Economista da Eletronorte
Fernando Sandroni - Presidente do Conselho Empresarial de Tecnologia da FIRJAN.
José Ricardo Roriz Coelho - Diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da FIESP.
III – Debate geral (Abertura: Carlos Alberto dos Santos - Diretor de Administração e Finanças do SEBRAE).

De 13 horas às 14h30 - Almoço

De 14h30 às 17h30

Painel VI
Para onde vão aa Cidades Brasileiras? Planejamento Urbano (Desenvolvimento, Infra-estrutura, Segurança, Favelas) e Senso de Comunidade

Idéia: O Brasil tem passado por um processo de explosão da urbanização, que remonta a várias décadas atrás.

Só que, nas décadas recentes, a idéia de Planejamento Urbano, no País, praticamente deixou de constituir prioridade dos Governos – Federal, Estaduais e Municipais. A noção de Região Metropolitana deixou de ter sentido. Desapareceu o senso de comunidade e as favelas (e periferias) tenderam a transformar-se em guetos – território ocupado pelo narcotráfico, ante a ausência do Estado, seja sob a forma de Lei e Ordem (Polícia), seja sob a forma de Políticas Sociais e Políticas de Emprego.

Surgem, então, as previsões catastróficas – talvez até realisticamente.

O painel procura avaliar se as cidades brasileiras caminham para a inviabilidade. E definir estratégias para que haja a volta da Reforma Urbana e do Desenvolvimento Urbano. E do senso de comunidade, com a reintegração das favelas à cidade.

"Naquele dia, eu xinguei Deus"
(Garota de rua, 13 anos, depois que uma
"gringa" quis comprar-lhe a filha).

Abertura:
Pronunciamento do Ministro Márcio Fortes, das Cidades: Desenvolvimento Urbano no Brasil (20 minutos).

I – Apresentação (position paper): Luiz César de Queiroz Ribeiro - Coordenador do Observatório das Metrópoles (IPPURR-UFRJ): Para onde vão as cidades brasileiras? (Dinâmica da Geografia Urbana, Crise das Cidades, Desenvolvimento, Favelas) (20 minutos).

II – Mesa-redonda (Para onde vão as cidades brasileiras) (15 minutos cada um):

José Luiz Alquéres, Presidente da Light e Coordenador do "Projeto Megacidades" (ACRJ).
Cel. José Vicente da Silva Filho - Secretário Municipal de Valorização da Vida e Prevenção da Violência. Professor da UERJ. Ex-Secretário Nacional de Segurança Pública .
Luiz Eduardo Soares - Sociólogo, ex-Secretário Nacional de Segurança Pública.
Rossino de Castro, Presidente da FAFERJ (Federação das Associações de Favelas – RJ).
II – Síntese e Conclusões (position paper): Hamilton Tolosa, Professor da Universidade Cândido Mendes e Ex-Superintendente do IPEA (RJ). (20 minutos).

III – Debate geral.

Dia 30.5, sexta-feira (manhã) - De 10 horas às 13 horas

Sessão de Encerramento
O Amor em Tempos de Desamor

"Inferno, ausência de amor"
Georges Bernanos

Idéia: Vivemos em "tempos de cólera" (ou, de forma mais branda, "tempos de desamor"). A Ordem Mundial dos tempos da Guerra Fria (com seu latente Apocalipse) parece ter sido substituída pela Desordem Mundial: volta do Terrorismo, guerras intermináveis no Oriente Médio, guerras civis em diferentes regiões, ameaças de guerras nucleares. Por outro lado, a sociedade passa por profundas transformações, nos ways of life, nas relações entre pessoas e grupos, nas repercussões das drásticas e altamente velozes mudanças econômicas e tecnológicas.

O cenário da América do Sul (pressupondo existir essa entidade–abstração) é inquieto, para não dizer conturbado.

No País, ao lado dos "circos de horrores" (crises políticas, escândalos, "conexões"), o problema da Segurança Pública e a crescente falta de integração das favelas na cidade criam a sensação de ausência do senso de comunidade.

Nesse cenário de dúvidas e pesadelos, parece chegado o momento de uma reflexão sobre o Amor, em suas múltiplas formas, como elemento de comunhão e convivência, desde o plano individual ao universal.

Como não há tabus para o Fórum – que já realizou painéis sobre a condição da Mulher, o "defeito da cor", Política de Cinema –, e tem o universo como seu campo de discussão e propostas, deseja-se aproveitar a oportunidade especial proporcionada pelo nosso vigésimo aniversário para navegar por mares nunca dantes navegados. Daí, esta Sessão de Encerramento, que procura captar sinais de esperança nos "tempos de cólera".

I – Apresentação (paper): Maria Adelaide Amaral, Escritora: Grandes Amores Universais (20 minutos).

II – Apresentações: AMOR ROMÂNTICO (à la Século XXI) (15 minutos cada um):

Maria Clara Bingemer, Escritora, Decana do Centro de Teologia e Ciências Humanas (PUC-Rio): A Bossa Nova e o Amor (50 anos).
Renato Mezan, Filósofo, Psicanalista e Escritor: Amor Romântico e Filosofia.
II – Apresentação: AMOR-AMIZADE: Danilo Marcondes, Professor de Filosofia da PUC-Rio (15 minutos).

III – Apresentação: AMOR À PÁTRIA: Gilberto de Mello Kujawski, Filósofo e Escritor (15 minutos).

IV – Apresentação: AMOR EM ESCALA UNIVERSAL ("Homem algum é uma ilha, completo em si mesmo; todo homem é uma peça do continente, uma parte do todo": John Donne): Miriam Nunes, Professora de Letras da UFRJ (15 minutos).

V – Debate geral.

Encerramento

_________________
* Ver "New world in the tropics", Gilberto Freyre, Alfred P. Knopf, Nova York, 1959.
** Edifício do Banco – Av. Chile, 100

875) Brazil Rising, in a American Radio

Brazil Rising
(Coming Summer 2008)

Brazil. It conjures up images of carnival, the beaches of Rio, The Girl From Ipanema, and the samba.

But a new Brazil is emerging on the world stage. Brazil today is one of the fastest growing players in the global economy, a bio-fuels pioneer on the fast track to energy self-sufficiency, a booming haven for foreign investment, and a test case for a new approach to governance in Latin America.

Can Brazil successfully chart a new path that overcomes the country’s grinding poverty and its tide of violent crime, while still preserving the country’s unique environment?

Will the new Brazil continue as a strategic partner for the United States or could it become a formidable competitor? How will the rest of the world accommodate Brazil’s seemingly unstoppable growth?

In “Brazil Rising,” scheduled for release in Summer 2008, veteran public radio journalist David Brown takes listeners on a personal journey across the country, exploring Brazil’s view of itself, its neighbors, and the world.

“Brazil Rising” — produced by Simon Marks, Kristin McHugh, and Keith Porter—is a Stanley Foundation production in association with KQED Public Radio and KUT Austin.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

874) II Encontro Nacional de Estudos de Defesa, Niteroi, 15-19 de julho de 2008

A Associação Brasileira de Estudos da Defesa, ABED, estará realizando, entre os próximos dias 15 e 19 de julho deste ano, o seu Segundo Encontro Nacional no Instituto de Ciências Humanas e Filosofia da Universidade Federal Fluminense.
Os interessados podem ainda enviar suas propostas para a sessões temáticas até o dia 31 de maio deste ano para a Comissão de Recepção no endereço eletrônico: abed@vm.uff.br.
Maiores informações podem ser obtidas nos sites www.uff.br/pgcp/abed.html e www.arqanalagoa.ufscar.br/abed/default/asp.
Prof. Eurico de Lima Figueiredo
Presidente da Comissão Organizadora UFF - ABED II

domingo, 18 de maio de 2008

873) Ainda as Farc, e as relacoes Colombia com vizinhos

Este editorial do Washington Post recomenda uma linha de cautela para o governo americano (e não fala nada dos 12 ou 15 por cento do aprovisionamento americano em petróleo, que vem da Venezuela) e recomenda uma linha ofensiva para o governo da Colômbia, na OEA, ONU (e quem sabe até na Corte da Haia).
A responsabilidade do governo brasileiro é tambem enorme...
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Paulo Roberto de Almeida

Hard-Drive Diplomacy
Evidence of Venezuela's support for terrorism could carry Hugo Chávez to the pariah status he deserves.
The Washington Post, Sunday, May 18, 2008; B06

THE CONFIRMATION by an international forensics team that laptops and hard drives captured by Colombia originated in a camp of FARC terrorists ought to open a new era in relations between the democratic world and Hugo Chávez's Venezuelan government. Whether it does will depend to a large extent on how Colombia and the United States handle a rich but tricky diplomatic opportunity.

The computers and drives contain a staggering 610 gigabytes of data, according to Interpol, including 983 encrypted files opened by its team. What is already known is enough to demonstrate that Mr. Chávez and senior members of his government, army and intelligence service had a far-reaching clandestine relationship with the FARC and that Venezuela offered the group weapons, money and harbor on its own territory. Ecuador, which under President Rafael Correa has become a Venezuelan satellite, had lesser but also incriminating ties to the group, which specializes in drug trafficking, kidnapping and massacres of civilians.

On its face the evidence is enough to convict Mr. Chávez and his collaborators of backing terrorism against a democratic government. If Venezuela were a European or Asian country, it would surely become an international pariah virtually overnight. But Venezuela is in Latin America -- where governments are reluctant to criticize their neighbors, terrorist groups professing a left-wing ideology have often won sympathy in Europe and the United States, and demagogues such as Mr. Chávez are able to turn hostility from Washington to their advantage. That of course is the Venezuelan strategy: Rather than even attempt to respond to the contents of the laptops, Mr. Chávez is describing them as a CIA plot and a pretext for a U.S. invasion.

Therein lies the best approach for Colombia and the United States. Since neither Mr. Chávez nor Mr. Correa has offered any credible or even serious response to the laptop material, they should be firmly, repeatedly and relentlessly confronted with the evidence and asked for answers. Colombia can do this by petitioning the Organization of American States to determine whether Venezuela and Ecuador have breached its charter; it could also ask the U.N. Security Council to judge whether the two governments violated Resolution 1373, passed in September 2001, which prohibits all states from providing financing or havens to terrorist organizations. President Álvaro Uribe should order that all of the captured material be posted on the Internet. This should at least expose Mr. Chávez's behavior to global scrutiny and make it more difficult for countries and political leaders who have tried to ignore or excuse it, ranging from neighbors such as Brazil to some U.S. Democrats.

Some in Congress are already calling for Venezuela to be placed on the State Department's list of state sponsors of terrorism. While the designation may be justified and even mandated by U.S. law, it could simply bolster Mr. Chávez's anti-American narrative. A better course would be to single out and sanction Venezuelan companies and individuals compromised by the laptop evidence, such as the generals who have been secretly meeting and doing business with FARC leaders. Punishment of Venezuelans as a whole would serve little purpose. After all, the country recently voted down Mr. Chávez's attempt to prolong and institutionalize his rule. If managed correctly, the laptop scandal will surely deepen the domestic political hole into which the would-be "Bolivarian" revolutionary is sinking.

872) Dois comentarios sobre as Farc e diplomacia brasileira

Da imprensa, domingo, 18 de maio de 2008. ambos Folha de São Paulo:

O Foro e as Farc
LIMA - Um trecho dos documentos que o governo da Colômbia deixou vazar para a mídia contendo informações armazenadas num computador das Farc avaliza argumento do PT, ou mais exatamente de Marco Aurélio Garcia, assessor diplomático do presidente Lula. Garcia afirma que o partido deixou de ter contatos com o grupo colombiano há muito tempo. De fato, o material diz que o líder histórico das Farc, Manuel Marulanda, o "Tirofijo", queixa-se dos governos que chama de "social-democratas", entre eles o de Lula. Bom deixar claro que, no vocabulário da extrema esquerda, "social-democrata" é palavrão.
Marulanda reclama de que esses governos agora querem expulsar as Farc do Foro de São Paulo, o conglomerado de grupos e partidos de esquerda e extrema esquerda criado nos anos 90 por iniciativa principalmente do PT. A participação das Farc nessa coalizão sempre foi utilizada pelos críticos do PT pela direita para tentar demonstrar que o partido não passa de um bando de comunistas que se vestem de cordeiros, mas são lobos.
Na semana que vem, o Foro volta a se reunir. Será em Montevidéu, capital de um país governado por outro partido que o integra, a Frente Ampla, do arqui-moderado Tabaré Vázquez. Com um reforço: o bispo, agora suspenso pelo Vaticano, Fernando Lugo, presidente eleito do Paraguai, tem na multifacetada coalizão que o elegeu um partido ("Pátria Livre"), igualmente do Foro.
Será, portanto, uma oportunidade de ouro para que esses presidentes, mais o PT, acertem as contas, para o bem ou para o mal, com as Farc. Se as consideram forças beligerantes, como o venezuelano Hugo Chávez acha que elas são, fica tudo como está. Se, ao contrário, as vêem como terroristas, como diz o colombiano Álvaro Uribe, que as expulsem. Só não vale assobiar e olhar para o lado.
CLÓVIS ROSSI (crossi@uol.com.br)


E agora, Josés?
BRASÍLIA - A perícia técnica da Interpol, concluindo que os arquivos do computador do líder das Farc Raúl Reyes são autênticos, deixam o nosso Hugo Chávez em maus lençóis. A principal revelação dos arquivos é que o Equador tem mesmo relações com as Farc e que a Venezuela estaria disposta até a enviar armas e US$ 250 milhões para o grupo guerrilheiro.
Até agora, a diplomacia do governo Lula tem sido até agressiva, nuns casos, e compassiva, em outros, quando se trata de países pobres que vêm adernando à esquerda, como Bolívia, Equador e Paraguai. Foi, também, determinante para a recriminação da Colômbia pela invasão do território equatoriano para aniquilar o acampamento das Farc liderado por Reyes.
A mesma forma incisiva, porém, não se repete quando o tema em questão é a guerrilha colombiana nem quando o personagem envolvido é Chávez. Nesses casos, a braveza descamba para a complacência, sob o argumento da "não ingerência". Em suma, a diplomacia parece recuar diante das velhas alianças do partido do poder com movimentos considerados de esquerda no continente -como as Farc, que, para o Brasil, são "um problema interno da Colômbia".
O documento da Interpol, porém, força o Brasil a refletir e provavelmente rever duas posições. Quanto às Farc: até quando é possível lavar as mãos? Quanto a Chávez: ele é inofensivo ou está financiando uma guerrilha para derrubar um governo legal e constitucional?
A reação imediata de Chávez foi, como sempre, retórica. Para ele, o trabalho da Interpol (polícia internacional) foi "um show vergonhoso" e "ridículo". E, para o Equador, o documento "não tem valor jurídico". Mas eles estão contra a parede.
Uribe, da Colômbia, deve estar morrendo de rir. Já o Brasil vai ter de, enfim, enfrentar o touro, as Farc e a Venezuela a unha, e não deve estar achando graça nenhuma.
ELIANE CANTANHÊDE (elianec@uol.com.br)

sábado, 17 de maio de 2008

871) Cadê o passarinho que estava aqui? (As Farc sumiram)

A lista abaixo constitui a relação atualizada dos membros do Foro de São Paulo. Eu tinha quase certeza de que as Farc integravam esse simpático grupo de organizações progressistas, dedicadas à elevação moral e espiritual dos países da América Latina, ao seu desenvolvimento econômico e social, sem mencionar sua luta sem tréguas contra os perversos imperialistas e as forças do mal do capital financeiro internacional, o neoliberalismo e outras ameaças à paz e à integridade política e social da região.
Pois não é que as Farc simplesmente desaparecem do circuito? Talvez estejam em quarentena de dengue, febre alta ou algo do gênero...
Curioso que também o Partido Socialista Unificado da Venezuela, novo rebento progressista na região, também não consta mais da lista.
Algo precisa ser feito para encontrá-los...
Outra curiosidade é que o menor país do continente, o Uruguai, é o mais prolífico em matéria de organizações: deve ser uma lei da proporcionalidade inversa...

Lista de organizações integrantes do Foro de São Paulo
Atualizada em maio de 2008

Argentina
1. Frente Grande
2. Frente Transversal Nacional y Popular
3. Movimiento Libres del Sur
4. Partido Comunista
5. Partido Comunista Revolucionario
6. Partido Humanista
7. Partido Intransigente
8. Partido Obrero Revolucionario-Posadista
9. Partido Socialista
10. Unión de Militantes por el Socialismo

Bolivia
1. Movimiento al Socialismo
2. Movimiento Bolivia Libre
3. Partido Comunista de Bolivia
4. Partido Patria Socialista-Movimiento Guevarista

Brasil
1. Partido de los Trabajadores
2. Partido Comunista de Brasil

Chile
1. Izquierda Cristiana
2. Partido Comunista
3. Partido Humanista
4. Partido Socialista

Colombia:
1. Partido Comunista Colombiano
2. Partido Democrático Alternativo
3. Presentes por el Socialismo

Cuba
1. Partido Comunista de Cuba

Ecuador
1. Movimiento de Unidad Plurinacional Pachakutik - Nuevo País
2. Movimiento Popular Democrático
3. Partido Comunista de Ecuador
4. Partido Comunista Marxista-Leninista del Ecuador
5. Partido Socialista-Frente Amplio

El Salvador
1. Frente Farabundo Martí para la Liberación Nacional

Guatemala:
1. Alianza Nueva Nación
2. Unidad Revolucionaria Nacional Guatemalteca

Honduras:
1. Unificación Democrática

Martinica:
1. Partido Comunista por la Independencia y el Socialismo

México:
1. Partido Comunista de los Mexicanos
2. Partido Comunista de México
3. Partido de la Revolución Democrática
4. Partido del Trabajo

Nicaragua:
1. Frente Sandinista de Liberación Nacional

Panamá:
1. Partido del Pueblo de Panamá

Paraguay:
1. Partido Comunista Paraguayo
2. Partido Democrático Popular
3. Partido Patria Libre (ex Movimiento Patria Libre)
4. Convergencia Popular Socialista
5. Partido Humanista de Paraguay

Perú:
1. Partido Comunista del Perú-Patria Roja
2. Partido Comunista Peruano
3. Partido Nacionalista del Perú
4. Partido Socialista

Puerto Rico:
1. Frente Socialista
2. Movimiento Independentista Nacional Hostosiano
3. Partido Nacionalista de Puerto Rico

República Dominicana:
1. Alianza por la Democracia
2. Fuerza de la Revolución
3. Movimiento Izquierda Unida
4. Partido Comunista del Trabajo
5. Partido de la Liberación Dominicana
6. Partido de los Trabajadores Dominicanos
7. Partido Revolucionario Dominicano

Uruguay:
1. Asamblea Uruguay - FA
2. Corriente de Unidad Frenteamplista - FA
3. Frente Amplio
4. Movimiento 26 de marzo - FA
5. Movimiento de Liberación Nacional Tupamaros - FA
6. Movimiento de Participación Popular
7. Partido Comunista de Uruguay
8. Partido Obrero Revolucionario Troskista-Posadista - FA
9. Partido por la Victoria del Pueblo - FA
10. Partido Socialista de los Trabajadores
11. Partido Socialista de Uruguay - FA
12. Vertiente Artiguista - FA

Venezuela:
1. Liga Socialista
2. Movimiento Electoral del Pueblo
3. Partido Comunista de Venezuela

terça-feira, 13 de maio de 2008

870) Rappers de Chicago homenageiam a The Economist

Teen rappers drop some verse about The Economist
The Economist, Tue, June 6/2008

Maybe we don't have to worry that Americans are too dumb to read the Economist after all.
A teenage rap duo in Chicago has recorded a track, aptly called "The Economist," that extols the British publication's breadth and brevity and samples podcast commentary by correspondents Edward Lucas and Anthony Gottlieb.
"The style in which they write is simple and concise, how do they get their sentences so precise?" the rappers wonder.
[UPDATE: Matt Yglesias quips, "The answer, of course, is 'heavy-handed editing' facilitated by lack of bylines."]
And the chorus is a gem, too: "He reads the Economist so he can get the gist, its solid competence gives him confidence that his intelligence is correct."
The rappers also weigh in on accusations that the Economist pushes a particular line: "Yes, they have a bias; it's pro-democratic. And pro-free trade; they are very emphatic."
Jay-Z it is not. But it is funny stuff.

http://www.guardian.co.uk/media/audio/2008/may/06/economist.rap

Of the Economist he is now an avid reader
Hopes to grow up to be a world leader
The magazine that tells the world how it should be
Cream of the crop since 1843

He reads the Economist so he can get the gist
Its solid competence gives him confidence that his intelligence is correct.

He reads Economist so he can understand
It does a brain scan tryin' to do Iran
So he knows what to expect.

The style in which they write is simple and concise
How do they get their sentences so precise?

It's reasonable like sensible shoes
Not in a bad way, take long-range views
In a land of wackos, they're detached and amused
Those who deserve it, verbally abused
Look, hey, whoa, they even quote The Onion
Smash status quo like old Paul Bunyan
Better than a crystal ball and psychic
When they predict, you go that's more like it

Yes, they have a bias; it's pro-democratic.
And pro-free trade; they are very emphatic.

I guess reading it makes me kind of boring
Well if that's the price I pay for being well informed - too fucking bad.

sábado, 10 de maio de 2008

869) Roubo institucionalizado: a representacao politica brasileira

O tema não tem absolutamente nada a ver com o objeto deste blog, tratando-se apenas de uma reação de um cidadão que, como a maior parte dos brasileiros, trabalha honestamente, cumpre seus deveres cívicos, paga impostos, não sonega (inclusive porque o sistema é extremamente eficiente e reduz ao mínimo essa possibilidade), acompanha a atualidade política e não cessa de se alarmar com o roubo institucionalizado que representa, hoje, nosso sistema político, com politicos profissionais ocupados em transferir renda do conjunto da populacao para seus bolsos (com honrosas e pouquíssimas exceções).
Por isso mesmo, julgo ser do meu dever, alem de ficar inutilmente indignado com o festival de bandalheiras e patifarias a que assistimos TODOS os dias, sem exceção, no cenário político, divulgar ao máximo o custo absurdo desses "representantes" de si mesmos, na esperança de que, outros cidadãos, conscientes, se mobilizem para tentar acabar com esse escândalo.
Nao tenho nenhuma ilusão de que isso ocorra any time soon, mas seria preciso dizer a esses bandidos oficiais que nos governam que ao menos eles não podem nos tomar por idiotas...
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Paulo Roberto de Almeida

Perdulário, submisso e impune
Claudio Weber Abramo
Folha de S. Paulo, 08.05.2008

Dado o peso financeiro das nossas representações parlamentares, é inevitável especular sobre a respectiva relação custo/beneficio

A Mesa Diretora da Câmara dos Depútados aumentou a verba mensal que cada deputado tem à disposição para pagamento de "as­sessores" de gabinete (cabos eleitorais, na verdade). O estipêndio passou de R$ 50 mil paraR$ 60 mil por mês. Cálculo da ONG Contas Abertas es tima que, com o aumento, o custo direto de cada deputado federal se ele vou a R$114 mil mensais. Isso inclui o seu salário, a tal remuneração a cabos eleitorais, uma mesada chamada "in denizatória", despesas com viagens e outros auxílios. Ao todo, R$ 1,368 milhão por ano para cada deputado.

A título de comparação, um membro da Casa dos Comuns britânica custa, por ano, 160 mil libras. Ao câmbio médio de abril de 2008, isso equivale a R$ 536 mil. Ou seja, o custo no minal de um deputado federal brasileiro é mais de 150% superior ao de um parlamentar britânico.
Na verdade, tal comparação é inadequada, pois não leva em conta as diferenças de renda e de custo de vida entre os dois países. Fatorando os números pelo PIB per capita (o da Grã Bretanha é quase quatro vezes superior ao do Brasil), resulta que o custo direto real de cada deputado federal brasileiro é dez vezes maior do que o que se observa na Grã-Bretanha.

Todas as Casas legislativas do país distribuem dinheiro a seus integrantes por conta da "indenização" de despesas alegadamente incorridas no exercício do mandato. Poucas exibem os números. Naquelas que o fazem, observam-se fenômenos curiosos. Por exemplo, cada deputado esta dual gaúcho tem o direito de gastar até R$ 6.100 por mês com combustíveis e manutenção de veículos. Quase todos usam o dinheiro integralmente, sem que a Casa dê a conhecer os respectivos comprovantes. Na Câmara dos Deputados, no Senado e em diversas. outras Casas, é igual: "indenizam-se os parlamentares, mas os comprovantes são mantidos em segredo.

Essa verdadeira festa da uva se repete na virtual totalidade das Casas legislativas do país. Estudos divulgados no ano passado pela Transparência Brasil sobre os orçamentos (ou se ja, custos globais; não apenas os custos diretos incorridos por cada parlamentar) do Congresso, de todas as Assembléias Legislativas estaduais e de todas as Câmaras Municipais de capitais revelam um quadro escandaloso. Para cada brasileiro, e em termos do salário mínimo anual, o peso de manter o Congresso Nacional (Câmara e Senado) é dez vezes superior ao peso correspondente para um cidadão britânico ou alemão, 8,8 vezes para um espanhol; cinco vezes para um norte-americano e assim por diante.

A maioria das Assembléias Legisla tivas estaduais custa mais para o cidadão do que custam todas as Assembléias nacionais européias. Duas Câmaras Muncipais (São Paulo e Rio de Janeiro) estão entre as campeãs mundiais de gastos. Tendo em vista o peso financeiro das representações parlamentares do país, é inevitável especular sobre a respectiva relação custo/benefício. E óbvio que a generosidade financeira, aliada à falta de controle, atrai caçadores de renda. .

Dados acumulados no projeto Excelências da Transparência Brasil mostram que a Câmara dos Deputados inclui entre seus integrantes nada menos que 178 indivíduos (ou seja, 35% do total de 513 deputados) que respondem em segunda ou terceira instância a processos judiciais por delitos graves ou já foram punidos por Tribunais de Contas. No Senado, essa razão é de 38%. Na Assembléia Legislativa de Goiás, eles são 73%, na de Rondônia, 58% etc.

Ao lado disso, os parlamentos brasileiros se entregam vorazmente ao jogo de cooptação orquestrado pelo Executivo. Como no Brasil o presidente da República pode nomear cerca de 24 mil pessoas para ocupar cargos de confiança, como o governador de São Paulo (por exemplo) nomeia 20 mil indivíduos, e isso se repete em todos os lugares, os Executivos usam a prerrogativa para comprar o apoio dos partidos, populando a administração com exércitos de agentes políticos cuja preocupação com o interesse público pode ser aquilatada pela estatística de casos de corrupção noticiados pela imprensa - nada menos de 1.240 novos escândalos por ano.

Disso só pode resultar o descrédito com a política que se observa no Bra sil, com desgaste da legitimidade da representação eleitoral. Isso só poderá ser revertido por alterações institucionais. Três sobressaem: reduzir de forma drástica a prerrogativa de o Poder Executivo nomear pessoas para ocupar cargos na administração; impedir que pes soas já condenadas em segunda instância em processos criminais participem da vida política; cortar a pelo menos um quinto os orçamentos dos Legislativos.

CLAUDIO WEBER ABRAMO, matemático pela USP e mestre em lógica e filosofia da ciência pela Unicamp, é di retor-executivo da Transparência Brasil, organização de dicada ao combate à corrupção.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

868) Ainda a reforma ortografica: dicas

O que muda com a reforma da língua portuguesa
Brasil se prepara para reforma ortográfica
DANIELA TÓFOLI
da Folha de S.Paulo

O fim do trema está decretado desde dezembro do ano passado. Os dois pontos que ficam em cima da letra u sobrevivem no corredor da morte à espera de seus algozes. Enquanto isso, continuam fazendo dos desatentos suas vítimas, que se esquecem de colocá-los em palavras como freqüente e lingüiça e, assim, perdem pontos em provas e concursos.

O Brasil começa a se preparar para a mudança ortográfica que, além do trema, acaba com os acentos de vôo, lêem, heróico e muitos outros. A nova ortografia também altera as regras do hífen e incorpora ao alfabeto as letras k, w e y. As alterações foram discutidas entre os oito países que usam a língua portuguesa --uma população estimada hoje em 230 milhões-- e têm como objetivo aproximar essas culturas.

Não há um dia marcado para que as mudanças ocorram --especialistas estimam que seja necessário um período de dois anos para a sociedade se acostumar. Mas a previsão é que a modificação comece em 2008.

O Ministério da Educação prepara a próxima licitação dos livros didáticos, que deve ocorrer em dezembro, pedindo a nova ortografia. "Esse edital, para os livros que serão usados em 2009, deve ser fechado com as novas regras", afirma o assessor especial do MEC, Carlos Alberto Xavier.

É pela sala de aula que a mudança deve mesmo começar, afirma o embaixador Lauro Moreira, representante brasileiro na CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa). "Não tenho dúvida de que, quando a nova ortografia chegar às escolas, toda a sociedade se adequará. Levará um tempo para que as pessoas se acostumem com a nova grafia, como ocorreu com a reforma ortográfica de 1971, mas ela entrará em vigor aos poucos."

Tecnicamente, diz Moreira, a nova ortografia já poderia estar em vigor desde o início do ano. Isso porque a CPLP definiu que, quando três países ratificassem o acordo, ele já poderia vigorar. O Brasil ratificou em 2004. Cabo Verde, em fevereiro de 2006, e São Tomé e Príncipe, em dezembro.

António Ilharco, assessor da CPLP, lembra que é preciso um processo de convergência para que a grafia atual se unifique com a nova. "Não se podem esperar resultados imediatos."

A nova ortografia deveria começar, também, nos outros cinco países que falam português (Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste). Mas eles ainda não ratificaram o acordo.

"O problema é Portugal, que está hesitante. Do jeito que está, o Brasil fica um pouco sozinho nessa história. A ortografia se torna mais simples, mas não cumpre o objetivo inicial de padronizar a língua", diz Moreira.

"Hoje, é preciso redigir dois documentos nas entidades internacionais: com a grafia de Portugal e do Brasil. Não faz sentido", afirma o presidente da Academia Brasileira de Letras, Marcos Vilaça.

Para ele, Portugal não tem motivos para a resistência. "Fala-se de uma pressão das editoras, que não querem mudar seus arquivos, e de um conservadorismo lingüístico. Isso não é desculpa", afirma.

As novas regras da língua portuguesa devem começar a ser
implementadas em 2008. Mudanças incluem fim do
trema e devem mudar entre 0,5% e 2% do
vocabulário brasileiro. Veja abaixo quais são as mudanças.

HÍFEN
Não se usará mais:
1. quando o segundo elemento começa com s ou r,
devendo estas consoantes ser duplicadas, como em
"antirreligioso", "antissemita", "contrarregra",
"infrassom". Exceção: será mantido o hífen quando
os prefixos terminam com r -ou seja, "hiper-",
"inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado",
"inter-resistente" e "super-revista"
2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo
elemento começa com uma vogal diferente.
Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada"

TREMA
Deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados

ACENTO DIFERENCIAL
Não se usará mais para diferenciar:
1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição)
2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela"
(combinação da preposição com o artigo)
3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo")
4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo"
(substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo)
5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra"
(substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica)

ALFABETO
Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y"

ACENTO CIRCUNFLEXO
Não se usará mais:
1. nas terceiras pessoas do plural do presente do
indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer",
"dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia
correta será "creem", "deem", "leem" e "veem"
2. em palavras terminados em hiato "oo", como
"enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo"

ACENTO AGUDO
Não se usará mais:
1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras
paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia"
2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u"
tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos:
"feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca"
3. nas formas verbais que têm o acento tônico na
raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e
seguido de "e" ou "i". Com isso, algumas poucas
formas de verbos, como averigúe (averiguar),
apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir),
passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem

GRAFIA
No português lusitano:
1. desaparecerão o "c" e o "p" de palavras em que
essas letras não são pronunciadas, como "acção",
"acto", "adopção", "óptimo" -que se tornam "ação", "ato", "adoção" e "ótimo"
2. será eliminado o "h" de palavras como "herva"
e "húmido", que serão grafadas como no Brasil -"erva" e "úmido"

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Livros didáticos de 2010 já terão nova ortografia

MEC também autoriza editoras a fazerem adaptações nas obras a partir do ano que vem; para associação do setor, decisão é precipitada

O Ministério da Educação (MEC) publicou ontem uma resolução no Diário Oficial da União exigindo que os livros didáticos que serão comprados para as escolas públicas a partir de 2010 estejam de acordo com as novas normas ortográficas da Língua Portuguesa.

O mesmo documento também autoriza as editoras a já fazerem essa adaptação no ano que vem. O governo brasileiro é um dos maiores compradores de livros didáticos do mundo; em 2007 foram cerca de 120 milhões de exemplares.

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi assinado em Lisboa, em dezembro de 1990, e ratificado pelo Brasil e por outros três países de língua portuguesa. O parlamento de Portugal deve votar o acordo no dia 15, mas sua aprovação é contestada por intelectuais que já reuniram mais de 17 mil assinaturas contra o projeto. Entre as principais mudanças no Brasil, estão a eliminação do trema e dos acentos diferenciais.

O acordo deve entrar em vigor em 1º de janeiro de 2009 no País. “Já preparamos uma minuta sobre isso que ainda precisa ser assinada pelo presidente da República”, diz a integrante da Comissão de Definição da Política de Ensino, Aprendizagem, Pesquisa e Promoção da Língua Portuguesa (Colip), ligada ao MEC, a lingüista Estella Maris Bortoni. O grupo é responsável pelas discussões das novas normas no Brasil.

“Foi uma decisão precipitada, já que não existe nem um vocabulário oficial da nova norma”, diz o presidente da Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros), Jorge Arinos. Segundo ele, as editoras estão tendo de contratar profissionais para corrigir página por página dos protótipos dos livros que serão vendidos em 2010, mas que já devem ser enviados ao MEC até julho. “Não há sequer um corretor em computador que faça isso.”

Segundo o diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do MEC responsável pelos livros didáticos, Rafael Torino, a parte da resolução que fala sobre os livros de 2009 atendeu a um pedido de editoras. Ele explica que o edital do programa do livro pede que as empresas entreguem ao MEC exatamente o mesmo livro que foi apresentado para avaliação. “Como muitas já estavam fazendo as mudanças agora, resolvemos autorizar que elas entregassem esses livros diferentes em 2009.”

É o caso dos produtos da Editora Nova Geração, que, segundo seu diretor, Arnaldo Saraiva, já foram todos adaptados à nova norma. “Essa resolução está até atrasada, o País todo já deveria estar se adaptando”, diz. Já a Editora FTD, que vende cerca de dez coleções para o MEC, ainda não tem livros com a ortografia modificada para oferecer em 2009. “Vamos correr, mas é impossível mudar todos”, diz a coordenadora editorial da FTD, Silmara Vespasiano.

No ano que vem, o MEC enviará às escolas cerca de 50 milhões de exemplares para o ensino médio e outros livros para um programa que equipa bibliotecas. Em 2010, haverá compras para alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. “Serão livros completamente novos, que ainda serão produzidos, por isso devem vir obrigatoriamente com a nova ortografia”, diz Torino.

Mudanças
Trema: Deixará de existir, a não ser em nomes próprios
Hífen 1: Não será mais usado quando o segundo elemento começar com “r” ou “s”. Essas letras deverão ser duplicadas. Exemplos: antissemita e contrarregra
Hífen 2: Não será mais usado quando o primeiro elemento termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: extraescolar e autoestrada
Acento circunflexo 1: Não será mais usado nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos crer, dar, ler e ver. Exemplos: creem, leem, deem
Acento circunflexo 2: Não será mais usado em palavras terminadas com hiato “oo”, como em enjoo e em vôo
Acento agudo: Não será mais usado em palavra terminada em “eia” e “oia”. Exemplos: ideia, jiboia
(O Estado de SP, 9/5)

sexta-feira, 2 de maio de 2008

867) Trabalhos PRA sobre integração regional (Mercosul and the like)

Regionalismo comercial, integração sul-americana, Mercosul
Trabalhos de Paulo Roberto de Almeida
(maiores informações no site www.pralmeida.org)

Livros e capítulos de livros:

“Acordos minilaterais de integração e de liberalização do comércio: Uma ameaça potencial ao sistema multilateral de comércio” in Sidney Guerra (org.), Globalização: Desafios e Implicações para o Direito Internacional Contemporâneo (Ijuí: Ed. Unijuí, 2006, 458 p.; ISBN: 85-7429-522-1; p. 187-203)
“O Brasil e o processo de formação de blocos econômicos: conceito e história, com aplicação aos casos do Mercosul e da Alca” in Eduardo Biacchi Gomes e Tarcísio Hardman Reis (orgs.), Globalização e o Comércio Internacional no Direito da Integração (São Paulo: Aduaneiras, 2005; ISBN: 85-7129-449-6, p. 17-38).
“Mercosul e Alca na perspectiva do Brasil: uma avaliação política sobre estratégias de atuação diplomática”, in Wagner Menezes (org.), O Direito Internacional no Cenário Contemporâneo (Curitiba: Editora Juruá, 2003, ISBN 85-362-0281-5, 326 p., p. 199-215).
“A Alca e o interesse nacional brasileiro: doze questões em busca de um debate racional”, in Wagner Rocha D’Angelis (org.), Direito Internacional do Século XXI: integração, justiça e paz (Curitiba: Ed. Juruá, 2003, 388 p.; p. 127-154).
“Trajetória do Mercosul em sua primeira década (1991-2001): uma avaliação política a partir do Brasil”, in Luiz Otávio Pimentel (org.), Direito da Integração: Estudos em Homenagem a Werter R. Faria (Curitiba: Juruá, 2001, 2 v., ISBN 85-7394-855-8; II, p. 305-362).
“Dez Anos de Mercosul: uma visão brasileira” in GEDIM (Globalização Econômica e Direitos no Mercosul) (org.), Anuário GEDIM 2001 (Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2001, v. 1, p. 127-174).
“O futuro do Mercosul: Os desafios da agenda interna e da liberalização hemisférica” in Marcos Costa Lima; Marcelo de Almeida Medeiros (orgs.), O Mercosul no limiar do século XXI (São Paulo-Buenos Aires: Cortez-Clacso, 2000, v. 1, p. 17-26).
Mercosud: un marché commun pour l’Amérique du Sud (Paris: L’Harmattan, 2000)
“O Brasil e o futuro do Mercosul: dilemas e opções” in Paulo Borba Casella (coord.), MERCOSUL: integração regional e globalização (Rio de Janeiro: Renovar, 2000, p. 13-38)
Mercosul, Nafta e Alca: a dimensão social (São Paulo: LTr, 1999, 272 p.; ISBN: 85-7322-635-8; co-organizado com Yves Chaloult).
“Problemas da Integração no Mercosul: Obstáculos Estruturais e Conflitos Negociais” in Araminta de Azevedo Mercadante; José Carlos de Magalhães (orgs.), Solução e Prevenção de Litígios Internacionais (Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1999, v. 2, p. 469-492).
Mercosul: Fundamentos e Perspectivas (São Paulo: Editora LTr, 1998, 160 p.; ISBN: 85-7322-548-3)
“O Mercosul no contexto global” in Celso Ribeiro Bastos; Cláudio Finkelstein (orgs.), Mercosul. Lições do Período de Transitoriedade (São Paulo: Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, p. 109-135).
“Mercosur y Unión Europea: de la cooperación a la asociación” in Georges Couffignal e Germán A. de la Reza. (org.). Los Procesos de Integración en América Latina: enfoques y perspectivas (Estocolmo: Institute of Latin American Studies, University of Stockholm, 1996, v. 1, p. 113-130).
L’Intégration latino-américaine et le Mercosud (Paris: Ambassade du Brésil, avril 1995, 68 pp.).
O Mercosul no contexto regional e internacional (São Paulo: Edições Aduaneiras, 1993, 204 p.; ISBN: 85-7129-098-9)

Artigos:

1844. “Integração regional e inserção internacional dos países da América do Sul: evolução histórica, dilemas atuais e perspectivas futuras”, Brasília, 12 dezembro 2007, 55 p. Em publicação.
1836. “Regionalismo Sul-Americano: uma visão a partir do Brasil”, Pontes entre o comércio e o desenvolvimento sustentável (ICTSD; Direto FGV; vol. 3, nr. 6, dezembro 2007; ISSN: 1813-4378; p. 10-11; link: http://www.ictsd.org/monthly/pontes/PONTES3-6.pdf).
1820. “Mercosul e América do Sul na visão estratégica brasileira: revisão histórica e perspectivas para o futuro”, Brasília, 7 outubro 2007, 32 p.
1786. “Tendências do regionalismo comercial: evolução histórica e perspectivas atuais”, Brasília, 22 agosto 2007, 30 p. Capítulo de livro sobre integração econômica regional, sob coordenação de Eduardo Lobo e Frederico Marchiori, a ser editado pela Saraiva.
1612. “América do Sul: rumo à desintegração política e à fragmentação econômica?”, Carta Internacional (São Paulo: Nupri-USP; vol. 1, n. 2, julho 2006, ISSN: 1413-0904; p. 6-10; link: http://www.usp.br/cartainternacional/modx/index.php?id=59; formato pdf: http://www.usp.br/cartainternacional/modx/assets/CartaInter_2006-02.pdf).
1596. “Benefícios econômicos da integração européia”, seminário sobre “Integração Regional: Experiências da União Européia e América Latina” (Brasília, Finatec, 10 maio; postado no site da Delegação da Comissão Européia no Brasil, link: http://www.delbra.ec.europa.eu/pt/downloads/PauloRobertoAlmeida_UE-AL.ppt).
1564. “O Mercosul aos quinze anos”, O Povo (Fortaleza: domingo, 26 março 2006, link: www.opovo.com.br; editoria de Economia).
1549. “Problemas conjunturais e estruturais da integração na América do Sul: a trajetória do Mercosul desde suas origens até 2006”, Meridiano 47 - Boletim de Análise da Conjuntura em Relações Internacionais (Brasília: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, ISSN 1518-1219, nº 68, março 2006, p. 4-9; link: links: http://www.relnet.com.br/cgi-bin/WebObjects/RelNet.woa/1/wo/q8MpTi97BtDaoz6uzO0by0/4.28.1.1.1.0.0).
1458. “O Mercosul não é para principiantes: sete teses na linha do bom senso”, Espaço Acadêmico (a. V, n. 53, out. 2005; http://www.espacoacademico.com.br/053/53almeida.htm).
1553. “La dimension sociale de l’intégration en Amérique du Sud: politiques stratégiques et options sociales”, Symposium de Haut Niveau sur les Dimensions Sociales des processus d’intégration régionale (Paris: Unesco, série Multilatéralisme régional, nº 6, 15 p.; SHS-2006/WS/MR/6; disponível no link: http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001462/146221F.pdf).
1424. “Políticas de Integração Regional no Governo Lula”, revista Política Internacional (Lisboa, Portugal: nº 29, II série, dezembro 2005, p. 33-60; número especial “O Brasil de Lula: retrospectiva 2003-2005, perspectiva 2006”; orgs.: Clóvis Brigagão e Silvério Zebral).
1404. “O Plebiscito Impossível: Treze más razões para opor-se à Alca e uma boa para dizer não”, Brasília, 7 mar. 2005, 13 p. Comentários a texto circulando na Internet, intitulado “Plebiscito: Treze razões para dizer não à Alca”. Publicado na revista Espaço Acadêmico (a. IV, n. 48, mai. 2005; http://www.espacoacademico.com.br/048/48pra.htm).
1342. “Do afastamento à integração: as relações do Brasil com a América Latina, do século XIX ao século XXI” (“Laços Latinos”), Revista de História da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro: ano 1, nº 8, fevereiro-março 2006, p. 76-81; ISSN: 1808-4001).
1094. “Democracia e desenvolvimento: uma perspectiva hemisférica”, revista eletrônica Achegas (Rio de Janeiro, n. 13, 9 nov. 2003; ISSN: 1677-8855; www.achegas.net/numero/treze/pralmeida_13.htm).
1087. “A Alca e o interesse nacional brasileiro: doze questões em busca de um debate racional”, Espaço Acadêmico (Maringá, n. 27, ago. 2003; ISSN: 1519.6186; http://www.espacoacademico.com.br/027/27pra.htm).
1081. “A Alca Possível: Comentários a artigo do Ministro de Estado”, Washington, 17 jul. 2003, 9 p. Comentários ao artigo do Ministro de Estado, Celso Amorim, “A Alca Possível” (Folha de São Paulo, 8.07.03).
1079. “A Alca do gigante e a Alca dos anões: incompatibilidade de gênios?”, Resenha de Tullo Vigevani e Marcelo Passini Mariano, Alca: o gigante e os anões (São Paulo: Editora Senac-São Paulo, 2003; ISBN: 85-7359-305-9; 174 p.). Publicado em versão completa no site Parlata (http://www.parlata.com.br/parlata_indica_interna.asp?seq=15); e na revista Plenarium (Brasília: Câmara dos Deputados, a I, n. 1, nov. 2004, p. 255-264; http://www2.camara.gov.br/publicacoes/edicoes/plenarium1), disponível no site pessoal: http://www.pralmeida.org/06LinksColabor/04Plenarium.html).
1074. “A quem interessa a ALCA?: uma tentativa de resposta”, Washington, 5 jul. 2003, 15 p. Texto de comentários ao artigo “A quem interessa a ALCA?”, de Henrique Rattner (rattner@abdl.org.br; www.abdl.org.br/rattner/inicio.htm), publicado na revista Espaço Acadêmico, n. 26, jul. 2003; ISSN: 1519.6186; http://www.espacoacademico.com.br/026/26rattner.htm). Encaminhado em caráter particular ao autor, em 5/07/2003.
1009. “O Mercosul em crise: que fazer?”, Boletim de Comércio Internacional (Rio de Janeiro: Castro, Barros, Sobral e Gomes Advogados, a. I, n. 2, mai/jun. 2004, p. 3-14; http://www.cbsg.com.br/pdf_publicacoes/boletim_de_comercio_internacional_MAIO_JUNHO_04%20.pdf); “O Mercosur e a crise: ¿que facer?” na revista galega Tempo Exterior, revista de análise e estudios internacionales (Baiona: IGADI - Instituto Galego de Análise e Documentación Internacional (http://www.igadi.org); Segunda etapa; v. IV, n. 6, Xan/Xuño 2003, p. 111-122; http://www.igadi.org/arquivo/pdf/te_se06/te18_6_111paulo_roberto_almeida.pdf).
943. “Sinais Trocados na Alca: Teria a esquerda deixado de ser progressista e passado a trabalhar contra os interesses daqueles com quem supostamente se identifica?”, Revista Autor (a. II, n. 17, especial, nov. 2002); sob o título de “Sinais trocados na Alca” no website Gramsci e o Brasil, (11.11.02; http://www.artnet.com.br/gramsci/arquiv233.htm); incorporado ao livro (Relação de Trabalhos n. 976) A Grande Mudança: conseqüências econômicas da transição política no Brasil (São Paulo: Códex Editora, 2003).
940. “A Alca e os interesses do Brasil”, Washington, 3 set. 2002, 7 p. Comentários a propósito da síntese elaborada por D. Demétrio Valentini (CNBB) em torno do “Pronunciamento dos Bispos do Canadá sobre a Alca”, demonstrando equívocos e inconsistências na posição dos opositores da Alca, por ocasião do plebiscito nacional organizado pela CNBB (e outras organizações) para “rejeitar” a participação do Brasil nas negociações.
855. “Mercosul: da união alfandegária à união monetária”, revista Estratégia (Lisboa; Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais).
850. Mercosul em sua primeira década (1991-2001): uma avaliação política a partir do Brasil, INTAL-BID, (Buenos Aires: Documento de Divulgação n. 14, Série INTAL/ITD/STA, Divisão de Integração, Comércio e Assuntos Hemisféricos, Unidade de Estatística e Análise Quantitativa, abr. 2002, 64 p.; http://www.iadb.org/INTAL/aplicaciones/uploads/publicaciones/p_INTALITDSTA_DD_14_2002_deAlmeida.pdf); revista Impulso (Piracicaba, SP: Editora Unimep, ISSN: 0103-7676; v. 13, n. 31, mai/ago. 2002, p. 9-45).
811. “Uma Constituição para o Mercosul?: uma proposta modesta: recuar, para melhor saltar”, Washington, 12 set. 2001, 5 p. Comentários sobre a crise e proposta de nova arquitetura institucional para o Mercosul. Inédito.
791. “O Brasil e os blocos regionais: soberania e interdependência”, São Paulo em Perspectiva (São Paulo: Fundação SEADE, trimestral, v. 16, n. 1, jan/mar. 2002, número especial sobre o “Brasil e os blocos internacionais”; p. 3-16; http://www.scielo.br/pdf/spp/v16n1/12119.pdf (link: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88392002000100002&lng=en&nrm=iso).
701. “A Experiência de Integração Européia e a Evolução do Mercosul”, Civitas, Revista de Ciências Sociais (Porto Alegre: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUC-RS, ano I, nº 1, junho de 2001, pp. 37-53).
700. “Mercosul: problemas da coordenação de políticas macroeconômicas e de uma futura união monetária”, Brasília, 28 julho 1999, 19 pp. Palestra em seminário da Fundação Konrad Adenauer no Rio de Janeiro, em painel sobre integração monetária na UE e no Mercosul.
693. “A integração Brasil-Argentina e o Mercosul”, Brasília, 25 junho 1999, 27 pp. Apostila para curso de pós-graduação em Comércio Exterior e Câmbio, ministrado na Fundação Getúlio Vargas (Brasília), em 29-30.06.99 e 1º.07.99, em três módulos sucessivos: 1. O PICE e o Mercosul; 2. Tratado de Assunção e Protocolo de Ouro Preto e 3. Tarifa Externa Comum, listas de exceção, listas de adequação.
671. “Relações Brasil-Estados Unidos da União Americana à ALCA”, Brasília 16 março 1999, 9 pp. Comentários preliminares ao texto de Clodoaldo Bueno: “Relações Brasil-Estados Unidos na Primeira República: uma referência para a atual tensão Mercosul-Nafta”, em discussão em seminário no IEA-USP, em 17.03.99.
559. “O Mercosul e os processos de integração nas Américas no contexto do sistema econômico internacional: uma cronologia comentada”, Boletim de Diplomacia Econômica (Brasília: Ministério das Relações Exteriores, SGIE/GETEC: nº 20/21, 1996/97, pp. 70-76).
566. “A marcha da integração no MERCOSUL: vivace ma non troppo”, Brasília, 11 junho 1997, 12 p. Artigo-resenha cobrindo os seguintes livros: Felipe A. M. de la Balze (comp.): Argentina y Brasil: enfrentando el Siglo XXI (s.l. [Buenos Aires:] Consejo Argentino para las Relaciones Internacionales-Asociación de Bancos de la República Argentina, 1995, 487 p.); Hélio Zylberstain, Iram Jácome Rodrigues, Maria Silvia Portella de Castro, Tullo Vigevani (orgs): Processos de Integração Regional e Sociedade: o sindicalismo na Argentina, Brasil, México e Venezuela (Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996, 381 p.); Haroldo Pabst: MERCOSUL: direito da integração (Rio de Janeiro: Forense, 1997, 278 p.); Ana Cristina Paulo Pereira: MERCOSUL: o novo quadro jurídico das relações comerciais na América Latina (Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 1997, 208 p.); Luizella Giardino B. Branco: Sistema de Solução de Controvérsia no MERCOSUL: perspectivas para a construção de um modelo institucional permanente (São Paulo: Editora LTr, 1997, 180 p.); Deisy de Freitas Lima Ventura: A ordem jurídica do MERCOSUL (Porto Alegre: Livraria do Advogado editora, 1996, 168 p.); MERCOSUL: acordos e protocolos na área jurídica (Porto Alegre: Livraria do Advogado editora, 1996, 153 p.). Publicado, com cortes, na Revista Brasileira de Política Internacional (ano 40, nº 1, 1997, pp. 222-231).
535. “O Mercado Comum do Sul: histórico e estrutura institucional”, Brasília, 11 Setembro 1996, 47 p. Texto preparado, com base no livro sobre o Mercosul e trabalhos esparsos, para servir de suporte a duas palestras inaugurais no curso “Mercosul: estrutura e viabilização de negócios”, ministrado a convite da Gerência do Programa de Comércio Exterior da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda na Escola de Administração Fazendária, Brasília, nos dias 23 e 24 de setembro de 1996. Feita apostila (anexos: Tratado de Assunção e Protocolo de Ouro Preto) e transparências do curso.
518. “O Mercosul por quem o fez”, Brasília, 17 março 1996, 3 p. Resenha de Sérgio Abreu e Lima Florêncio e Ernesto Henrique Fraga Araújo: Mercosul Hoje (São Paulo: Editora Alfa-Omega, 1996). Inédito na versão completa. Publicado em versão resumida na Revista Brasileira de Política Internacional (vol. 39, n° 1, janeiro-julho 1996, p. 175-177).
477. “Cronologia da Integração Latino-Americana no Contexto do Sistema Econômico Internacional”, Boletim de Integração Latino-Americana (Brasília: n° 16, janeiro-abril de 1995, pp. 143-150).
441. “Mercosul e União Européia: Vidas Paralelas ?”, Boletim de Integração Latino-Americana (Brasília: n° 14, julho-agosto-setembro de 1994, pp. 16-25).
nº 1, junho-julho-agosto 1994, pp. 84-96).

Lista efetuada em 3 de maio de 2008

(trata-se de uma seleção de publicados, entre outros mais que permaneceram inéditos)

domingo, 20 de abril de 2008

866) Trabalhos PRA sobre relacoes internacionais e politica externa do Brasil

Sou frequentemente solicitado, por estudantes, pesquisadores, jornalistas ou curiosos em geral a responder uma ou outra questão sobre a diplomacia brasileira, geralmente tocando em assuntos que eu já abordei em um ou outro de meus inúmeros trabalhos nessa área. Ainda hoje (20.04.2008) fui solicitado a dar minha opinião sobre o papel do Brasil enquanto "potência média" e "economia emergente", para um pesquisador italiano.
Para não ter de elaborar novamente uma longa resposta em torno de questões de que já tratei extensivamente em alguns desses trabalhos, resolvi elaborar uma lista consolidada de alguns dos meus trabalhos nessas duas vertentes, à exclusão, porém, das muitas resenhas de livros que também fiz nesses mesmos campos.
Apresento abaixo, portanto, essa lista seletiva de trabalhos, em princípio disponíveis online em meu próprio site ou nas páginas dos veículos que os publicaram, com exceção dos livros e capítulos de livros que têm de atender a critérios mercadológicos de direitos autorais cedidos a editoras.
Se houver interesse em algum, posso tentar atender.

Relações Internacionais e Política Externa do Brasil
Trabalhos de Paulo Roberto de Almeida (Artigos; Livros e capítulos de livros)

Artigos:

1868. “Brazil’s Integration into Global Governance: The rise of the Outreach-5 countries to a G-8 status”, Brasília, 9 março 2008, 29 p. Versão em inglês, ampliada, em colaboração com Denise Gregory, Diretora Executiva do Cebri, do trabalho 1866. Draft paper prepared for the project Dialogue on Global Governance with the “Outreach” countries - Konrad Adenauer Stiftung, para apresentação em seminário no Cebri, Rio de Janeiro, em 4 de abril.

1866. “O Brasil e o processo de ampliação do G-8: análise de uma arquitetura evolutiva”, Brasilia, 3 março 2008, 24 p. Paper elaborado para o projeto “Dialogue on Global Governance with the ‘Outreach’ countries” da Fundação Konrad Adenauer, para seminário no Rio de Janeiro. Revisto no Rio de Janeiro, em 4 de abril, sob o título de “O Brasil no cenário global: aspectos da política externa atual”, para submissão a número especial monográfico da Revista Española de Desarrollo y Cooperación, da Universidade Complutense de Madri, http://www.ucm.es/info/IUDC/REDC.htm , dedicado ao Brasil, na perspectiva da análise de questões de política externa, luta contra a pobreza e, principalmente, cooperação, sob a coordenação de Bruno Ayllon.

1858. “O Brasil nas relações internacionais do século 21: fatores externos e internos de sua atuação diplomática”, Brasília, 11 fevereiro 2008, 50 p. Ensaio de caráter analítico, baseado na apresentação efetuada em julho de 2007 no III curso de inverno de Direito Internacional, feito em contribuição ao III Anuário Brasileiro de Direito Internacional, editor: Leonardo Nemer Caldeira Brant, Presidente do Centro de Direito Internacional – CEDIN (www.cedin.com.br). Publicado .

1856. “Brazil and Global Governance”, Brasília, 30 janeiro 2008, 17 p. Colaboração a trabalho a ser apresentado pelo CEBRI para centro de estudos do Canadá.

1748. “O Brasil como ator regional e como emergente global: Estratégias de política externa e impacto na nova ordem internacional”, Brasília, 3 maio 2007, 23 p. Contribuição ao seminário Re-Ordering the World? Emerging Powers and Prospects for Global Governance, organizado pela Friedrich Ebert Stiftung - Stiftung Wissenschaft und Politik (Berlim, 15-16 de maio de 2007). Feita versão em inglês, sob o título “Brazil as a regional player and as an emerging global power: Foreign policy strategies and the impact on the new international order”. Versão reduzida em inglês para publicação pela FES-SWP, dia 7.07.07; publicado sob a forma de Briefing Paper, series Dialogue on Globalization (Berlin: Friedrich Ebert Stiftung, July 2007; link: http://library.fes.de/pdf-files/iez/global/04709.pdf). Revisão substantiva em 14.09.2007 (com comentários de João Victor Scherrer: jvscherrer@gmail.com), em 25 p., publicado, sob o título de “O Brasil como ator regional e global: estratégias de política externa na nova ordem internacional”, na revista Cena Internacional (Brasília: Instituto de Relações Internacionais da UnB (IREL), vol. 9, nr 1, 2007, p. 7-36; ISSN: 1982-3347; link: http://mundorama.net/2007/09/30/revista-cena-internacional-vol-9-no-1-2007/); em pdf: http://www.mundorama.info/Mundorama/Cena_Internacional_files/Cena_2007_1.pdf). Aproveitado para compor ensaio (sob nr. 1811) destinado a livro a ser editado por Joseph Love e Werner Baer, sobre a primeira administração Lula. Republicado em duas partes no periódico eletrônico Cenário Internacional (Brasília: 14.12.2007; ISSN: 1981-9102; link da parte 1: http://www.cenariointernacional.com.br/default3.asp?s=artigos2.asp&id=58; link da parte 2: http://www.cenariointernacional.com.br/default3.asp?s=artigos2.asp&id=57). Revisto em janeiro de 2008 (Marilia) a pedido da revista Digesto Economico e publicado sob o titulo de “O Brasil como ator regional e como emergente global: estratégias de política externa e impacto na nova ordem internacional”, Digesto Economico (São Paulo: Associação Comercial; ano 6x, nr. 446, jan-fev 2008, p. 46-61; ISSN: 0101-4218).

1733. “A diplomacia do governo Lula em seu primeiro mandato (2003-2006): um balanço e algumas perspectivas”, Brasília, 6 março 2007, 15 p. Ensaio preparado a partir dos trabalhos 1637 e 1696, para número especial da Carta Internacional, do NUPRI/USP, programado para março de 2007 e dedicado ao tema “A Política Externa Brasileira no primeiro mandato Lula”; Contato: Flávio Antonio Gomes de Azevedo, Editor Carta Internacional (fagaps@yahoo.com; nupri@usp.br). Publicado na Carta Internacional (São Paulo: Nupri-USP, vol. 2, nr. 1, jan-mar 2007, p. 3-10; ISSN: 1413-0904; link: http://www.usp.br/cartainternacional/modx/assets/docs/CartaInter_2007-01.pdf). Reproduzido na seção de artigos do boletim eletrônico Cenário Internacional (28.05.2007; link: http://www.cenariointernacional.com.br/ri/default2.asp?s=artigos2.asp&id=32).

1639. “A diplomacia do governo Lula: balanço e perspectivas”, Brasília, 15 julho 2006, 9 p. Avaliação qualitativa da política externa do governo, para fins de publicação em boletim da Fundação Konrad Adenauer. Enviado a Ivan Tiago Machado de Oliveira, com vistas a publicação dos anais do Ciclo de Conferências San Tiago Dantas do Instituto Rômulo Almeida de Altos Estudos (IRAE), realizada na UFBA, Salvador, em 20 de outubro de 2006.

1603. “Uma nova ‘arquitetura’ diplomática?: Interpretações divergentes sobre a política externa do Governo Lula (2003-2006)”, Brasília, 19 maio 2006, 24 p. Artigo de revisão bibliográfica sobre a diplomacia do governo Lula. Enviada para a revista História Actual (Espanha: Asociación de Historia Actual: aha@uca.es). Encaminhado para Wagner Menezes, para eventual publicação em volume do 4º Congresso Brasileiro de Direito Internacional, a realizar-se em Curitiba, de 23 a 26 de agosto de 2006 (www.congressobrasileirodip.com.br), com organização de Wagner Luiz Menezes Lino (wagner.lino@utp.br); publicado no VIII volume da obra: Estudos de Direito Internacional (Curitiba: Juruá, 2006, p. 196-213; ISBN: 85-3621-362-0). Traducido al español y publicado bajo el título: “¿Una nueva ‘arquitectura’ diplomática? Interpretaciones divergentes sobre la política exterior del Gobierno Lula (2003-2006)”, Entelequia: revista interdisciplinar (2, Otoño 2006. Págs. 21-36; ISSN: 1885-6985; link: http://www.eumed.net/entelequia/es.art.php?a=02a02; arquivo em pdf neste link: http://www.eumed.net/entelequia/pdf/e02a02.pdf); indexado en bases de datos internacionales: IDEAS (University of Connecticut), EconPapers (Örebro University) y Socionet (Ford Foundation-Rusia); link: http://econpapers.repec.org/article/ervancoec/y_3A2006_3Ai_3A2_3Ap_3A21-36.htm. Preparada versão resumida, sob o título de “Fim de consenso na diplomacia?” (Brasília, 22 outubro 2006, 2 p.), para fins de publicação na imprensa. Publicado no jornal O Estado do Paraná (Curitiba, sexta-feira, 27.10.2006, Opinião, p. 4; link: http://www.parana-online.com.br/noticias/colunista.php?op=ver&id=240153&caderno=13). Republicado no boletim eletrônico Via Política (Porto Alegre: nº 21, 30/10/2006; link: http://www.viapolitica.com.br/diplomatizando_view.php?id_diplomatizando=14). Disponível no site pessoal, ink: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/1603arquitetdiplom.pdf). Relação de Publicados n. 705 e 713.

1424. “Políticas de Integração Regional no Governo Lula”, Brasília, 6 mai. 2005, 32 p. Colaboração a número especial da revista Política Internacional (Lisboa, Portugal: n. 29, II série, dez. 2005, p. 33-60), “O Brasil de Lula: retrospectiva 2003-2005, perspectiva 2006”, organizada por Clóvis Brigagão e Silvério Zebral. Serviu de base para palestra no seminário “Colombia y sus regiones: retos a la internacionalización”, organizado pela Friedrich Ebert Stiftung em Colômbia e realizado na Universidad de Antioquia (Medellin, 13/05/2005). Publicada na Revista do Programa de Mestrado em Direito do UniCEUB (Brasília, v. 2, n. 1, p. 20-54, jan/jun. 2005; http://www.mestrado.uniceub.br/revistamestrado/pdf/Artigo%20Prof%20Paulo%20Roberto%20Almeida.pdf); pelo Centro Argentino de Estudios Internacionales sob a forma de work paper (Buenos Aires: CAEI; Working Papers Integración Regional n. 11; 11 dez. 2005. Ver tb: www.caei.com.ar; info@caei.com.ar). Relação de Publicados n. 567 e 608.

1382. “A política da política externa: os partidos políticos nas relações internacionais do Brasil, 1930-2004”, Brasília, 31 jan. 2005, 85 p. Revisão e complementação do trabalho publicado in José Augusto Guilhon de Albuquerque (org.), Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990), v. IV : Prioridades, Atores e Políticas (São Paulo: Annablume/Nupri/USP, 2000, pp. 381-447; nova edição em 2006). Encaminhado ao editor José Augusto Guilhon de Albuquerque através de Flávio Antonio Azevedo (fagaps@yahoo.com). Programado para ser publicado in Guilhon de Albuquerque, José Augusto; Seitenfus, Ricardo; Nabuco de Castro, Sergio Henrique (orgs.), Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990) (2. ed. v. IV: Prioridades, Atores e Políticas).

1337. “Duas diplomacias: FHC e Lula em visão comparada”, Brasília, 8 out. 2004, 16 p. Palestra efetuada no curso de relações internacionais da Unesp-Franca (22/10, das 11h às 12h), com base no trabalho comparativo sobre diplomacia de FHC e de Lula (Trabalho n. 1227).

1260. “Uma política externa engajada: a diplomacia do governo Lula”, Brasília, 19 mai. 2004, 24 p. Comparação ampliada e análise crítica das diplomacias do governo FHC e do governo Lula, com cronologia de viagens e visitas. Revisto em 27/05. Transcrito no boletim eletrônico do PT, Linha Aberta, n. 1.855, 8 jun. 2004, e colocado no site do PT, seção Artigos (http://www.pt.org.br/). Publicado na Revista Brasileira de Política Internacional (Brasília: IBRI, a. 47, n. 1, 2004, ISSN: 0034-7329; p. 162-184); em forma de resumo, em espanhol, sob o título “La política exterior de Lula”, no site Centro para la Apertura y el Desarrollo de América Latina, CADAL, (Buenos Aires: 16/10/2004; http://www.cadal.org/articulos/nota.asp?id_nota=764). Transcrito a partir da publicação na RBPI, em espanhol (tradução de Carlos Tirado Zavala, ministro mexicano), sob o título de “Una política exterior comprometida: la diplomacia del gobierno de Lula”, no Boletim eletrônico ForoSEM, do Servicio Exterior Mexicano, (México: link: http://www.forosem.net/index.php?option=com_content&task=view&id=95&Itemid=123 ). Relação de Publicados n. 501 e 521.

1010. “A política internacional do Partido dos Trabalhadores: da fundação do partido à diplomacia do governo Lula”, Washington 19 fev. 2003, 27 p. Análise das posições de política externa do Partido dos Trabalhadores e do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, desde a fundação do partido e as eleições de 1989, até o pleito vitorioso de 2002, com destaque para os temas básicos e a evolução em direção de uma postura mais próxima da forma tradicional de atuação da diplomacia. Publicado na revista Sociologia e Política (Curitiba: UFPR; ISSN: 0104-4478; n. 20 jun. 2003, p. 87-102; Dossiê Relações Internacionais, Rafael A. D. Villa (org); http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-44782003000100008&lng=en&nrm=iso). Citado em matéria de Carlos Malamud, “El impacto de la elección de Lula en la Argentina”, publicada no site do Real Instituto Elcano (http://www.r-i-elcano.org/publicaciones/68.asp). Relação de Publicados n. 435.

Livros e capítulos de livros:

O estudo das relações internacionais do Brasil: um diálogo entre a diplomacia e a academia (2a. Edição; Brasília: LGE, 2006)

“A diplomacia do liberalismo brasileiro” in José Augusto Guilhon de Albuquerque, Ricardo Seitenfus e Sérgio Henrique Nabuco de Castro (orgs.), Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990), I volume: Crescimento, Modernização e Política Externa; 2a. ed.; Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006, ISBN: 85-7387-909-2, p. 211-262.

“A política internacional do PT e a diplomacia do governo Lula”, in Guilhon de Albuquerque, José Augusto; Seitenfus, Ricardo; Nabuco de Castro, Sergio Henrique (orgs.), Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990) I volume: Crescimento, Modernização e Política Externa; 2a. ed.; Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006, ISBN: 85-7387-909-2, p. 537-559.

Formação da diplomacia econômica no Brasil (2ª ed.; São Paulo: Senac, 2005)

“Finanças internacionais do Brasil: uma perspectiva de meio século (1954-2004)” in José Flávio Sombra Saraiva e Amado Luís Cervo (orgs.), O crescimento das relações internacionais no Brasil (Brasília: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, 2005, 308 p.; ISBN: 85-88270-15-3, pp. 231-270).

Relações Brasil-Estados Unidos: assimetrias e convergências (São Paulo: Saraiva, 2005)

Relações internacionais e política externa do Brasil (2ª ed.; Porto Alegre, 2004)

“A Alca e o interesse nacional brasileiro: doze questões em busca de um debate racional”, in Wagner Rocha D’Angelis (org.), Direito Internacional do Século XXI: integração, justiça e paz (Curitiba: Ed. Juruá, 2003, 388 p.; p. 127-154).

Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas (São Paulo: Editora Paz e Terra, 2002)

“O Mercosul e a Alca na perspectiva do Brasil: uma avaliação política sobre possíveis estratégias de atuação” in Marcos Cintra; Carlos Henrique Cardim (orgs.), O Brasil e a Alca: seminário (Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações: Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, 2002, v. 1, p. 97-110).

“Relações Internacionais e política externa do Brasil: uma perspectiva histórica” in Atas do Simposio Brasil 500 anos depois (A Coruña: Imprenta da Deputación Provincial da Coruña, 2002, v. 1, p. 255-269).

Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (São Paulo: Editora Senac, 2001)

“A Política da Política Externa: os partidos políticos nas relações internacionais do Brasil, 1930-1990”, in José Augusto Guilhon de Albuquerque (org.), Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990), IV volume: Prioridades, Atores e Políticas (São Paulo: Annablume/Nupri/USP, 2000, p. 381-447).

O Brasil e o multilateralismo econômico (Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 1999)

O estudo das relações internacionais do Brasil (São Paulo: Editora da Universidade São Marcos, 1999).

Relações internacionais e política externa do Brasil: dos descobrimentos à globalização (Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1998)

segunda-feira, 7 de abril de 2008

865) Curso sobre Negociacoes Economicas Internacionais

Curso de Especialização em Negociações Econômicas Internacionais
Unesp, 2008


[Como todos sabem, não sou de fazer propaganda de nada, sequer do que eu mesmo faço ou publico, mas de vez em quando abro uma ou outra exceção. Como por exemplo esse curso que vai ter início no próximo dia 9 de abril, em SP, que justamente contará com minha participação, nas três primeiras aulas de abertura. Depois da apresentação geral logo em seguida, coloco o esquema de minha apresentação, in fine. PRA]

Apresentação
O Curso de Especialização em Negociações Econômicas Internacionais, atualmente no seu quinto oferecimento, visa o atendimento da crescente demanda no Brasil por profissionais qualificados para interagir de maneira competente e criativa com os desafios de um contexto global marcado pela acelerada ampliação e sofisticação da agenda de decisões, proporcionando uma formação adequada ao atendimento das novas realidades:
- elaborar, avaliar e combinar informações sobre a conjuntura internacional;
- preparar recursos humanos para atuarem nas negociações bilaterais e multilaterais;
- ter a capacidade técnica, comunicativa e de liderança para estabelecer contatos entre Empresas, Câmaras de Comércio, Embaixadas, Associações, Organismos Internacionais e órgãos governamentais;
- avaliar os processos políticos, econômicos, sociais, culturais e jurídicos em países e/ou regiões;
- elaborar estratégias de ação visando à cooperação, integração, e interações dos mais variados tipos, no contexto internacional;
- identificar os objetivos, métodos de operação, padrões e regras de procedimento das Organizações Internacionais (governamentais e não-governamentais);
- analisar os principais tratados e acordos internacionais;
- compreender, propor e intervir em negociações que envolvam Estados, instituições, organizações e associações transnacionais.

Dirigido a:
Profissionais portadores de diploma superior oriundos do setor público, privado e de organizações não-governamentais que desenvolvam atividades vinculadas à negociação e tomada de decisões, análise de conjuntura, elaboração de cenários, formulação e avaliação de projetos, gestão e planejamento estratégico, jornalismo internacional.

Temáticas abordadas:
- Relações Internacionais Contemporâneas
- A Dinâmica da Economia Internacional a partir do pós-guerra: Processos de Globalização, Empresas
- Transnacionais e Cadeias Produtivas
- Análise de política externa
- Diplomacia Econômica
- Multilateralismo, Regionalismo e Comércio Internacional
- Economia Política Internacional
- Aspectos ambientais e cláusulas trabalhistas nas negociações multilaterais
- As organizações da sociedade civil nos processos de negociação
- O Mercosul, a ALCA e a União Européia
- Processos de Integração na Ásia
- Negociações Econômicas Internacionais
- Relações interamericanas: perspectiva histórica e problemática atual
- Mídia, Comércio e Negociações Internacionais
- Lógica aplicada à Negociação
- O fator emocional nos processos de Negociação
- Metodologia de pesquisa
- Exercícios de simulação de negociações


Abertura do curso: 9, 10 e 11 de abril, Paulo Roberto de Almeida
Tema:
A ordem política e econômica mundial no início do século XXI:
Questões da agenda internacional e suas implicações para o Brasil

Aulas: dias 9, 10 e 11 de abril de 2008
Paulo Roberto de Almeida

Sumário:
1) A ordem política mundial: novos problemas, velhas soluções? (9 de abril)
1.1. Segurança estratégica
1.2. Relações entre as grandes potências
1.3. Conflitos regionais
1.4. Cooperação política e militar nos hot-spots;
2) A ordem econômica mundial: velhos problemas, novas soluções? (10 de abril)
2.1. Regulação cooperativa das relações econômicas internacionais
2.2. Assimetrias de desenvolvimento
2.3. Cooperação multilateral e Objetivos do Milênio
3) A ordem política e econômica mundial e o Brasil (11 de abril)
3.1. Crescimento econômico
3.2. Investimentos
3.3. Acesso a mercados
3.4. Integração regional
3.5. Recursos energéticos
3.6. Segurança e estabilidade

sábado, 5 de abril de 2008

864) O mercado de elaboracao de monografias, dissertacoes, teses (en douceur...)

Sempre achei que o mercado de "fabricação" de trabalhos acadêmicos é pujante e crescente, só perdendo, aqui em Brasilia, para o mercado de cursinhos preparatórios para concursos públicos. Deve ser pelo menos 15% do "PIB" educacional do DF, uma verdadeira indústria, com taxas de crescimento de dois dígitos ao ano.
Pois bem, a promoção abaixo se refere a um mercado mais restrito, mas não menos importante: os textos de besteirol e em bullshitês na área de ciências sociais.
Aproveitem (e depois me informem para que eu possa fazer algum trabalho, de mão própria, sobre esse vibrante mercado).

Gerador de textos pós-modernos - seus problemas acadêmicos acabaram!

A solução para mestrandos e doutorandos pós-modernos!
Seus problemas acabaram!

O "link" abaixo abre a página de um gerador de textos pós-modernos. Cada vez que você entra nele, você obtém um texto diferente, automaticamente gerado, com todo o jargão da pós-modernidade.
É só imprimir e entregar para a banca examinadora.

http://www.elsewhere.org/pomo/


Alan Sokal já havia demonstrado que é possível publicar textos absolutamente sem conteúdo e não dizendo absolutamente nada por trás de profusa verborragia pseudo-técnica mesmo nas mais conceituadas revistas pós-modernas ao submeter um texto nestas condições para os editores da revista estadunidense Social Text. Alguns meses após a publicação, Sokal revelou a "pegadinha" e escreveu, posteriormente, um livro, conjuntamente com Jean Bricmont, apontando os abusos de conceitos da Física e da Matemática efetuados por ilustres pensadores do pós-modernismo (demonstrou que estes autores não tinham a mais mínima idéia do que estes conceitos queriam dizer e tampouco tinham a preocupação de compreendê-los em seu contexto próprio antes de aplicá-los, levianamente, em suas teses).
Aproveitem o gerador de textos pós-modernos! Tornem-se acadêmicos hiperprodutivos instantaneamente!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

863) Joaquim Nabuco em Yale (sort of...)

JOAQUIM NABUCO HOMENAGEADO NOS EUA
Fonte: Diário de Pernambuco de 30.03.2008

EDUCAÇÃO // Universidade de Yale comemora o centenário da visita do abolicionista pernambucano à instituição de ensino americana

O abolicionista pernambucano Joaquim Nabuco será homenageado, no próximo mês, por uma das mais respeitadas universidades do mundo, a Yale University, de New Haven, Estados Unidos. Será realizado um simpósio, uma exposição sobre a visita de Nabuco à Universidade (em 1908) e haverá o lançamento pela Editora Bem-Te-Vi e pela Yale Press de algumas obras de Joaquim Nabuco traduzidas para o inglês. A família de Joaquim Nabuco (que viveu entre 1849 e 1910) prestigiará o evento nos EUA. Nabuco esteve em Yale em 1908 para fazer duas conferências. Falou sobre Camões, literatura brasileira e portuguesa, sentimento de nacionalidade e história do Brasil. Traçou uma associação entre os temas e o valor estratégico da amizade e da cooperação entre os países das Américas.

O seminário, que acontecerá no Sterling Memorial Library nos dias 4 e 5 de abril, tem como título "Joaquim Nabuco at Yale - Brazilian Statesman, Author, Embassador - A Centenary commemoration (1908 - 2008)" - Veja programação ao lado. Discutirá o pensamentode política estratégia de Joaquim Nabuco, além de celebrar o centenário da visita do pernambucano à Universidade de Yale, em 1908. Na época, o líder social recebeu o título de Doutor Honoris Causa em Letras e se tornou o primeiro brasileiro a conquistar a honraria de uma universidade estrangeira. O evento reunirá especialistas de países como a Inglaterra, Estados Unidos e Brasil. Representando a Fundação Joaquim Nabuco, de Pernambuco, estará o pesquisador Humberto França, chefe de projetos especiais do Museu do Homem do Nordeste da Diretoria de Documentação da Fundaj. O Museu abriga o Memorial de Joaquim Nabuco e o Centro de Literatura Mauro Mota.

A iniciativa de lembrar o centenário da visita de Nabuco é do professor David Jackson, coordenador do Departamento de Línguas Portuguesa e Espanhola e do Centro de Estudos Ibéricos da Universidade de Yale. Como parte das comemorações, o escritor Humberto França também fará uma palestra no auditório da biblioteca da União dos Escritores Brasileiros de Nova York, nodia 7 de abril às 19h. Recentemente, Nabuco foi objeto de uma extensa reportagem do Diario de Pernambuco. Em 13 de maio de 2005, o Diario publicou um caderno especial intitulado "Joaquim Nabuco, um radical do Império", de autoria do repórter especial Vandeck Santiago. Além de Humberto França, da Fundaj, estão entre os especialistas brasileiros que irão o professor e historiador Marco A. Nogueira, da Unesp (SP); o cônsul do Brasil em Chicago; o escritor João Almino; o professor da PUC (SP) Paulo Pereira e Jonh Schulz, da Brazilian Businnes School (SP).

Joaquim Nabuco foi nomeado embaixador do Brasil em Washington e exerceu a função entre 1905 e 1910. Tornou-se um líder informal dos diplomatas sul-americanos porque era o único embaixador entre eles. Era visto como um interlocutor privilegiado do presidente Theodore Roosevelt e era amigo do secretário de Estado Elihu Root.

Programação
Sexta- Dia 4/04
Palestras:

l Prof. K. David Jackson, "A statesman in the Academy: Joaquim Nabuco at Yale"
"Um estadista na Academia: Joaquim Nabuco em Yale"

l Stephanie Dennison, "A Aproximação das duas Américas: Joaquim Nabuco´s promotion of Brazil in US Universities"
"A aproximação das duas américas: Joaquim Nabuco e a promoção do Brasil nas universidades dos EUA"

l Leslie Bethell, "Joaquim Nabuco and the Abolition of Slavery in Brazil "Joaquim Nabuco e a Abolição da Escravatura no Brasil" - João Almino, "The Earthenware and the Iron Pot: Nabuco´s Utopia for the two Americas" "A Utopia de Nabuco para as duas Américas"

862) Addendum ao 1ro de Abril: Confieso la broma...

...e espero não ter abusado da confiança de ninguém...

Meus caros leitores, colegas de lista, curiosos, passantes:
Gostaria de me desculpar, sinceramente, pela brincadeira de 1º de abril, que tinha, obviamente, um sentido de puro divertissement inocente, remetendo a uma das tradições mais antigas do nosso comportamento social: um dia devotado às mentiras, como todos sabem.
Sem habilidades jornalísticas para montar uma matéria crível, preferi bater na tecla do “grande prêmio de loteria” que leva o indivíduo a mudar de vida e desaparecer no mundo... (Não seria de todo despropositado se eu, por acaso, aderisse a jogos de azar, o que é virtualmente impossível.)
Ao mesmo tempo em que fico gratificado por ter recebido tantas mensagens pesarosas por minha partida repentina (todas elas registradas, como manifestações de atenção e carinho), guardo um sincero remorso por ter tentado (e conseguido, em parte) enganar colegas com essa mentira quase inocente.
Ficam, pois, apresentadas minhas desculpas formais, tanto pela brincadeira inicial, como por seu prolongamento indevido, através desse “advogado” que remete ao cavaleiro da triste figura, por demais óbvio para passar despercebido.
Tudo isso nos confirma, se ainda fosse preciso, que não devemos confiar na internet e, eventualmente, até em pessoas tão sérias que parecem incapazes de sair da linha traçada pelo “comitê central”.
Vamos dar por encerrado um assunto já fez muita gente perder tempo e nos desviou do foco pretendido por uma instância voltada para (nunca é demais lembrar) temas de relações internacionais e de política externa do Brasil.

Paulo Roberto de Almeida, 2 de abril de 2008

terça-feira, 1 de abril de 2008

861) AS 30 MENTIRAS MAIS CONTADAS

AS 30 MENTIRAS MAIS CONTADAS:

1. ADVOGADO: - Esse processo é rápido.
2. AMBULANTE: - Qualquer coisa, volta aqui que a gente troca.
3. ANFITRIÃO: - Já vai? Ainda é cedo!
4. ANIVERSARIANTE: - Presente? Sua presença é mais importante.
5. BÊBADO: - Sei perfeitamente o que estou dizendo.
6. CASAL SEM FILHOS: - Visite-nos sempre; adoramos suas crianças.
7. CORRETOR DE IMÓVEIS: - Em 6 meses colocarão: água, luz e telefone.
8. DELEGADO: - Tomaremos providências.
9. DENTISTA: - Não vai doer nada.
10. DESILUDIDA: - Não quero mais saber de homem.
11. DEVEDOR: - Amanhã, sem falta!
12. ENCANADOR: - É muita pressão que vem da rua.
13. FILHA DE 17 ANOS: - Dormi na casa de uma colega.
14. FILHO DE 18 ANOS: - Antes das 11 estarei de volta.
15. GERENTE DE BANCO: - Temos as taxas mais baixas do mercado.
16. INIMIGO DO MORTO: - Era um bom sujeito.
17. JOGADOR DE FUTEBOL: - Vamos continuar trabalhando e forte.
18. LADRÃO: - Isso aqui foi um homem que me deu.
19. MECÂNICO: - É o carburador.
20. MUAMBEIRO: - Tem garantia de fábrica.
21. NAMORADA: - Pra dizer a verdade, nem beijar eu sei.
22. NAMORADO: - Você foi a única mulher que eu realmente amei.
23. NOIVO: - Casaremos o mais breve possível!
24. ORADOR: - Apenas duas palavras…
25. POBRE: - Se eu fosse milionário espalhava dinheiro pra todo mundo.
26. RECÉM-CASADO: - Até que a morte nos separe.
27. SAPATEIRO: - Depois alarga no pé.
28. SOGRA: - Em briga de marido e mulher não me meto.
29. VAGABUNDO: - Há 3 anos que procuro trabalho mas não encontro.
30. VICIADO: - Essa vai ser a última.

860) Despedida discreta (sem retorno, por favor)

Despedida discreta
(sem retorno, por favor)

Paulo Roberto de Almeida

Sem muito alarde, ou fanfarra, e também sem despedidas formais, como convém ao meu natural reservado, gostaria de comunicar aos amigos, conhecidos, aos colegas de trabalho, de academia, meus conhecidos em geral (e, talvez até, alguns desconhecidos), algo importante, no plano individual, mas provavelmente pouco importante no âmbito social e totalmente irrelevante no plano nacional: estou empreendendo um novo tipo de atividade, em função de acontecimento fortuito recentemente ocorrido, que implica em minha retirada completa dos circuitos até aqui freqüentados e percorridos. Ou seja: estou despedindo-me (sem tristeza, porém).
A razão é muito simples, mas em torno da qual eu pediria aos que receberem esta mensagem, absolutamente pessoal e reservada, a mais absoluta reserva: tive a sorte – que sempre me foi extremamente escassa nos meus anos bem vividos – de ter sido contemplado com um desses prêmios inesperados, em volume surpreendente para as minhas baixas expectativas em torno desse tipo de aposta, o que vai permitir-me uma retirada confortável (eu diria até luxuosa), sem qualquer tipo de preocupação financeira pelo tempo que me resta neste planeta insólito. Não apenas por isto, mas também pelo sempre acalentado desejo de dedicar-me integralmente ao que sempre gostei de fazer – ler e escrever – decidi, em família, que era chegada a hora de adotar, por uma vez, um estilo eremita e afastado (embora sempre ligado ao mundo).
Talvez não definitivamente, mas por um futuro ainda indefinível, decidi “liquidar” os poucos “negócios” que me atam à vida profissional atual, às atividades paralelas na academia, aos compromissos assumidos com instituições de ensino, de pesquisa, minha participação em pasquins de opinião, em folhas de discussão, listas de informação, grupos de debates, enfim, todos os vínculos existentes e obrigações auto-assumidas ou impostas por razoes orçamentárias, que sempre me tomaram um tempo excessivo, impedindo-me de me dedicar ao que realmente gosto: ler, refletir, escrever, eventualmente exercer alguma atividade dotada de impacto social, em geral na área da educação e da formação de jovens.
Não pretendo entrar em detalhes sobre a natureza exata desse inesperado golpe de sorte, sobre valores, ou decisões atuais e futuras, e até cogito, se me permitirem as circunstâncias e as possibilidades legais, adotar nova identidade, dando por terminada a que me acompanhou desde o berço, se ouso dizer. Será uma maneira discreta de dar partida a um novo estilo de vida, sem ter de explicar a conhecidos e outros curiosos por que, exatamente, decidi levar uma vida de usufruto discreto de uma renda mais do que razoável para os meus padrões de vida normalmente modestos. Vou partir...
Sim, vou poder fazer aquilo de que também mais gosto: viajar, conhecer outros lugares e pessoas, de preferência por terra, detendo-me onde me aprouver para usufruir de todos os benefícios que a civilização e a cultura construíram de magnífico nos últimos séculos (de fato, nos últimos dois ou três mil anos, para rendermos uma homenagem a povos da mais remota antiguidade). Viajar por onde for possível, entrar em quaisquer restaurantes e hotéis, de preferência os melhores, claro, ir a museus, entrar em livrarias, sentar em cafés, sem ter de contar os tostões, ou pensar na conta do cartão de crédito no final do mês, tudo isso representa uma felicidade imaginável para todos aqueles que apreciam o convívio com o que há de melhor na sociedade humana: não o dinheiro, não o poder, mas a cultura e a inteligência. Nem sempre é possível desfrutar desses bens normalmente escassos na vida diária, geralmente feita de trabalho rotineiro, compras regulares, pagamentos de contas, convivência social nem sempre escolhida mas determinada pelas nossas circunstâncias de trabalho, de vizinhança ou de obrigações familiares e outras chateações bem conhecidas de todos nós. Eu tive a sorte de poder, a partir de agora, determinar meu próprio destino, sem mais ter de prestar contas a ninguém, por necessidade financeira ou dever funcional.
Ser livre, finalmente, é isto: poder dispor de autonomia no emprego do tempo pessoal, decidir mudar de roteiro e de atividade quantas vezes se desejar, passar dias sem fazer absolutamente nada, a não ser aquilo que se escolhe fazer, sem maiores limitações do que aquelas impostas pela estúpida soberania dos Estados, que limitam a liberdade de locomoção e de estada de indivíduos livres, como agora passo a ser. Tudo isso, claro, só é possível quando se dispõe de franquias financeiras não disponíveis à maior parte dos indivíduos de minha condição, mas que doravante passa a ser minha condição “normal” em virtude dessa volta inesperada da “fortuna”.

Meu único desejo, agora expressamente formulado, seria o de não ter de me explicar, de responder a mensagens, de ter de atender a despedidas formais, enfim de voltar a me comunicar com todos aqueles que agora me lêem e que me conhecem, pessoalmente ou por este meio eletrônico tão corriqueiro. Não voltarei a comunicar-me com ninguém, como tampouco darei notícias unilaterais. Estarei bem, muito bem, melhor do que a maioria dos nossos concidadãos e até indivíduos mais abastados, com disposição para enfrentar minha nova profissão de “eremita da cultura” por muitos anos à frente. Eventualmente darei notícias, em algum momento indefinível do futuro, quando resolver adotar um outro estilo de vida do que aquele agora permitido pela minha repentina virada de sorte.
Levarei comigo poucos pertences: uma pequena mala de roupas, escova de dentes, um bom laptop para continuar lendo meus jornais preferidos, mas deixarei “congelados” meus meios de comunicação e penso até em cancelar a maior parte dos meus muitos endereços eletrônicos. Afinal de contas, não se imagina um “eremita” se comunicando com alguém, pelo menos não no sentido usual da palavra. Com o novo estilo de vida, talvez eu consiga ler pelo menos uma parte da imensa lista de livros que me aguardam silenciosamente em algum canto de minha biblioteca imaginária.

Fico por aqui, do contrário já falharei de partida na mudança prometida de estilo de vida, deixando de romper com um dos meus vícios mais notórios, que é o de escrever demais e prolixamente, defeito que só perde para outro, igualmente irritante, o de sempre estar lendo, em qualquer circunstância e lugar.
Mil perdões àqueles que vão se decepcionar com meu gesto inesperado, com essa retirada não prevista e unilateral, com este desaparecimento repentino, sem qualquer possibilidade de retorno e de resposta. Guardo boas lembranças de todos aqueles que comigo partilharam bons momentos de intercâmbio intelectual e de todos reterei gestos de carinho e de atenção que muito me confortaram e animaram, numa vida de ordinário solitária e voltada para os livros.
Je n’ai pas de regrets, como diria um poeta francês: não lamento nada do que fiz ou deixei de fazer. Acredito ter sido correto com todos aqueles que comigo se relacionaram e ter exercido minha proverbial honestidade intelectual em todas as atividades em que me engajei. Continuarei exercendo essas poucas qualidades no que me restar de tempo útil (e até inútil). Parto para a montanha do saber, com a vantagem de ser ela absolutamente móvel e múltipla, aonde me levar minha curiosidade e meu desejo de saber. Grato a todos pela consideração, uma última desculpa pela despedida sem retorno e meus bons votos a todos os que continuam sua caminhada em direção da felicidade. Creio que estarei “presente”, mesmo ausente...
Vale!