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sábado, 5 de junho de 2010

Brasil precisa de instituicoes solidas - Daron Acemoglu

O economista do MIT está certo no atacado, mas ele é muito otimista quanto à situação no Brasil. Claro, dando entrevista para uma revista brasileira, ele não quis ser rude, talvez, mas provavelmente não conhece a má qualidade das nossas instituições democráticas. Elas existem, não vão ser destruídas, mas são de péssima qualidade, no sentido em que se prestam a ser manipuladas por grupos no poder, ou funcionam mal, seja porque são tomadas de assalto por mandarins corporativos, seja porque os cidadãos em geral não possuem cultura cívica e não existe o que se chama de accountability, ou seja, responsabilização e cobrança de resultados.
Paulo Roberto de Almeida

Entrevista: Daron Acemoglu
É a destruição criativa
André Petry, de Boston
Revista Veja, edição 2168 - 9 de junho de 2010

Otimista, o economista do MIT diz que o Brasil encontrou seu caminho institucional, mas adverte que o futuro só será melhor sem os dinossauros e com a economia aberta

"Sem instituições saudáveis, um país simplesmente não consegue reunir a melhor tecnologia nem a melhor educação"

O economista Daron Acemoglu tem 42 anos, mas um currículo de quem já viveu o dobro. Nascido em Istambul, na Turquia, e educado na Inglaterra, ele começou a dar aulas no prestigiado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) aos 25 anos. Ganhou doze prêmios, publicou dois livros e está escrevendo mais dois em parceria com colegas – um sobre princípios da economia, outro sobre o que leva as nações a fracassar, já com editora no Brasil. Seu mote central é que os países crescem, ou deixam de crescer, em razão de suas instituições políticas e econômicas. A boa notícia é que, segundo ele, o Brasil encontrou seu caminho institucional. Quanto mais destruição criativa, processo tão próprio de um capitalismo dinâmico, melhor. A seguir, a entrevista.

Se um país pudesse optar por ter a melhor tecnologia, a melhor educação ou as melhores instituições, o que o senhor recomendaria?
As melhores instituições. A tecnologia e a educação são fundamentais para o crescimento econômico, mas, sem instituições saudáveis, um país não consegue reunir a melhor tecnologia nem a melhor educação.

O que são instituições saudáveis?
Grosso modo, são instituições políticas e econômicas. As econômicas precisam garantir o direito de propriedade e uma ordem legal que permita que as pessoas comprem, vendam, contratem etc. O empresário tem de saber que pode contratar alguém sem o risco de ser roubado pelo empregado, e o empregado precisa saber que pode ser contratado com a segurança de que receberá seu salário e não será escravizado. Sem essas instituições, não há mercado. As instituições políticas, em certa medida, confundem-se com as econômicas porque também precisam garantir uma ordem legal homogênea, em que a lei seja aplicada a todos. O importante não são leis duras, mas leis que valham para todos. Há países com punições duríssimas contra roubo, como cortar a mão fora, mas a lei não vale para a elite dirigente, que pode esbaldar-se roubando quanto quiser sem perder mão nenhuma. Num sentido mais específico, instituições políticas saudáveis garantem a partilha do poder político. É o sistema em que o dirigente que não está agradando à sociedade é substituído por outro sem ruptura.

Isso não é democracia?
É parecido, mas não é democracia. As instituições saudáveis, que meu colega James Robinson e eu chamamos de "instituições inclusivas", porque incluem todas as pessoas, não surgiram na democracia. Elas foram um grande passo para a democracia, mas vieram à luz na Inglaterra da Revolução Gloriosa, em 1688. O rei não era eleito. O voto não era universal. Só 2% dos ingleses votavam, quase todos os membros do Parlamento eram riquíssimos. Foi nesse ambiente não democrático que começaram a surgir instituições inclusivas. A mudança-chave ocorreu quando o Parlamento passou a controlar o poder do rei, atribuindo-se a prerrogativa de tributar, declarar guerra, definir gastos militares. Com isso, mais a aprovação de uma carta de direitos, a Inglaterra começou a criar um sistema de controle e vigilância do poder e do Parlamento.

Mais de 300 anos depois da Revolução Gloriosa, a democracia não virou condição para criar boas instituições?
A democracia não é necessária, nem suficiente. Veja o caso da Venezuela e da Argentina. Hugo Chávez assumiu em 1999, Néstor Kirchner em 2003. Ambos chegaram ao poder democraticamente, nenhum virou presidente com fraude eleitoral. Chávez, para ficar no caso mais agudo, não é um ditador maluco. É um megalomaníaco. Mas eu entendo de onde ele veio. A Venezuela, país profundamente desigual, tinha uma larga fatia da sociedade sem direitos políticos ou econômicos. Chávez chegou querendo dar voz a esse vasto segmento social. Mas, assim que assumiu, o que fez? Começou a centralizar o poder e a violar os direitos de propriedade, criando um clima de insegurança. Na Argentina, Kirchner, o marido, não fez igual, mas fez parecido. Trouxe de volta a retórica populista e tomou medidas arbitrárias na economia. A democracia não controlou Chávez nem Kirchner. Não é o que acontece no Brasil.

O que acontece no Brasil?
O caráter ou a personalidade do dirigente não estão em jogo. Não estou dizendo que Kirchner é mau e Lula é bom, nem estou dizendo o contrário. A questão é institucional. As instituições informam o presidente de que ele não pode governar como bem entender. Há pesos e contrapesos. O próximo presidente do Brasil, seja quem for, vai governar num ambiente já inteiramente diferente do da Venezuela. O Brasil está encontrando seu caminho, e essa moldura institucional é a melhor garantia de que o país poderá seguir avançando.

Existe uma receita básica para criar e manter boas instituições?
Entendemos melhor o que dificulta o florescimento das instituições do que o mecanismo que as faz nascer. Mas é um processo sem fórmula mágica. A democracia brasileira hoje é mais sólida do que era 25 anos atrás, quando acabou a ditadura. Fortaleceu-se no processo. Acho que o surgimento das instituições conta com um elemento de sorte. Na Inglaterra do século XVII, houve uma confluência de fatores que favoreceram o nascimento de instituições inclusivas. Nessa época, a França não tinha as mesmas condições. A Alemanha não as teve nem 100 anos depois. Existe um componente de sorte.

O Brasil e os EUA tiveram um começo parecido. Eram ambos colônias europeias, de economia agrícola e escravocrata, com extensão continental. O salto à frente dos EUA também foi um golpe de sorte?
A sorte teve um papel, mas foi mais que isso. Nos EUA, a escravidão ficou mais restrita ao sul. No norte, havia pequenos fazendeiros, pequenos empresários, uma economia mais independente da escravidão. No Mississippi, o algodão era o rei do pedaço, mas no norte, em Massachusetts ou Nova York, o papel econômico do algodão era quase nenhum. No Brasil, a economia escravocrata teve dimensão mais nacional, uma influência estrutural. Nos EUA, como o norte não foi tão contaminado, houve condições de empurrar o país para a frente, com a adoção das tecnologias que chegavam da Inglaterra no século XIX. O norte só cumpriu esse papel porque quase a metade da sua economia era aberta, não era monopolizada por políticos, nem por meia dúzia de famílias, nem por empresas protegidas da concorrência por todo tipo de barreira. Os EUA já eram excepcionalmente bons em abrir espaço para gente nova, como Eli Whitney e Thomas Edison, que tinham origem modesta e apostaram num negócio. É incrível que, já naquela época, gente assim pudesse abrir uma empresa e explorar nova tecnologia. Esse foi o elemento decisivo para a ascensão meteórica dos Estados Unidos.

Como os EUA conseguiram superar as desigualdades entre o norte e o sul?
Com duas instituições nacionais: a polícia e a imprensa. A polícia nacional, ou o exército, serve para pôr as coisas em ordem. Nos EUA, o poder de polícia foi amplamente usado no sul para proteger os negros que lutavam contra a opressão racial e combater o monopólio do poder político. Sem o exército, talvez o sul chegasse aonde está hoje, mas o ritmo avassalador das reformas deveu-se à intervenção federal. O outro polo é a imprensa. Havia um movimento pelos direitos civis, parte no sul e parte no norte, mas o movimento no norte era muito mais vibrante. Até 1900, o norte pouco sabia do sul, mas, quando a mídia começou a se fortalecer, informando a todos o que se passava, o movimento dos direitos civis tornou-se muito mais poderoso. A imprensa, em qualquer democracia funcional, é central. Por isso, é tão atacada. Quem vai impedir o governante de exercer o poder de modo arbitrário, beneficiar seu primo ou cunhado, e silenciar o rival em potencial? A única força capaz de fazer isso é a sociedade, que só saberá do que se passa pela imprensa.

No Brasil, os políticos de estados menos desenvolvidos são os donos do jornal, da rádio ou da TV local, que não têm nenhum interesse em minar seu próprio poder.
Isso é um problema sério, mas não é incomum. No caso americano, os sulistas não liam o The New York Times. Liam os jornais locais, que estavam no bolso da elite local que controlava o Partido Democrata, a polícia e a Ku Klux Klan. Essa desigualdade entre regiões acontece mesmo. É comum uma região ficar para trás em termos de instituições econômicas, respeito aos direitos humanos, aplicação homogênea da lei, combate à corrupção. Em todos os países de certa extensão territorial – excluo lugares minúsculos como Singapura, Hong Kong – houve, em algum momento, uma situação de desigualdade interna. Mas, nos casos mais bem-sucedidos, a imprensa quase sempre foi um dado fundamental. A televisão, por ter dimensão nacional, poderia fazer um trabalho excepcional nesse campo, mas nunca o faz. Talvez a TV seja um veículo mais próprio para entreter do que para noticiar e informar. Sempre que um regime é ameaçado por uma revelação incômoda, pode apostar: a revelação sempre sai num jornal ou numa revista.

O senhor vê o futuro com otimismo?
Sou otimista. Acredito que mais países conseguirão construir instituições inclusivas e abraçarão o crescimento econômico. Só não sou tão otimista quanto ao meio ambiente. Em algum momento, dentro dos próximos quinze anos, China, Rússia, França, Alemanha, EUA, Inglaterra, Brasil e Índia terão de fazer algum sacrifício em nome do meio ambiente. Não sei o que acontecerá se algum desses países simplesmente se negar a qualquer sacrifício. Hoje, não estamos preocupados com isso, mas acho que deveríamos estar.

Com a crise financeira mundial, o capitalismo de estado chegou para ficar?
É cedo para dizer. Nos EUA, o estado terá maior interferência no setor financeiro, mas não acredito que vá além disso. O governo americano salvou a GM e a Chrysler, é verdade, mas isso não é tão raro assim. Há muitas indústrias que nem teriam existido sem o governo. Nem a internet existiria. A questão central é se os governos estarão envolvidos na economia como coadjuvantes ou protagonistas.

Qual a sua aposta para o futuro do Brasil?
Acredito que, dentro de cinquenta anos, não teremos grandes mudanças no mundo. Não veremos países como França ou Inglaterra ficar subitamente pobres, por exemplo, mas tudo sugere que Brasil, Índia e China estarão no primeiro pelotão. Serão nações poderosas pelo seu impacto econômico e terão atingido níveis de renda próximos aos dos países mais pobres da União Europeia de hoje, como Portugal.

O que pode impedir que isso aconteça?
A economia se fechar. A globalização não é perfeita, ela produz desigualdade, mas eliminou enormes bolsões de pobreza. A China jamais estaria tendo desempenho miraculoso com uma economia fechada, apostando só no mercado doméstico. O mesmo vale para o Brasil. Crescimento econômico nunca é fácil, há muitos obstáculos para remover. A China terá de se livrar de todas aquelas estatais e das barreiras comerciais, terá de abrir seu sistema político. Vai acontecer? É fundamental um processo contínuo de destruição criativa, gente nova chegando com novas ideias, novos produtos, nova energia, deslocando quem já está dentro. O Brasil dos anos 60 ou 70 tinha grandes empresas cujas conexões políticas as protegiam de disputas com a concorrência. O Brasil estagnou. Hoje, a economia não é rósea, mas é mais competitiva, mais dinâmica. Continuará? Ou os dinossauros vão parar tudo outra vez? Essa é a questão-chave.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O samba do diplomata doido: eles estao chegando...

Bem, como acontece com qualquer mortal ligado na internet, hoje em dia, recebi mais uma dessas mensagens apocalípticas. Sempre chegam, por mais que você se esconda.
Essa aqui acho que apresenta um interesse especial para os candidatos à diplomacia, pois ela trata da "Nova Ordem Mundial", não aquela velha, dos anos 1970, que demandava uma nova relação de forças no plano multilateral, uma nova geografia comercial, essas coisas velhas...
Não, essa aqui é muito mais séria, muito mais importante, muito mais diplomática, pois trata até da "agenda oculta da ONU" (que aposto que vocês não conhecem, e confesso que eu tampouco; claro, ela é oculta e secreta...). Enfim, um ensaio perfeito sobre a paranóia e um convite a voltar para a verdadeira religião.
Só ficou faltando dizer quem são "eles". Estou curioso. Quem tiver sugestões sobre a identidade desses sacripantas, favor escrever para este blog. Não prometo recompensa, pois o mundo pode acabar antes...
Não estou enganando ninguém, por isso transcrevo esta mensagem que todo candidato à carreira diplomática deveria ler, meditar e se preparar para o que der e vier...
Paulo Roberto de Almeida

NÃO SEJA ENGANADO!

Muito em breve, logo mesmo, os dirigentes do mundo juntamente com a ajuda da O.N.U. e de algumas sociedades discretas, vão estabelecer a Nova Ordem Mundial. Eles querem e vão conseguir, eles terão sucesso; não tenha dúvida disso, acredite ou não isso vai acontecer! Por favor, entenda bem, isso não é uma teoria da conspiração, é um fato! Países como os E.U.A., Inglaterra, França, Alemanha, Brasil, etc perderão a soberania nacional e entregarão todo o poder na mão de um só governo mundial. As igrejas cristãs não mais existirão (o papa vai existir, porém, a igreja católica não). Essa governança mundial estabelecerá uma única religião para o planeta.

A Nova Ordem Mundial já estava predita há muito, pelo menos desde 1776, na nota de um dólar americano existe uma menção a ela “Novus Ordo Seclorum” do latim Nova Ordem mundial. Essa inscrição faz parte de um conjunto de emblemas de uma sociedade discreta que estão gravados nessa nota. O ex-presidente dos EUA George Bush disse que eles vão implantar a Nova Ordem Mundial e eles terão sucesso. Após a crise mundial de 2008/2009 os países mais influentes do mundo conhecidos como G20 se reuniram para tentar salvar o mundo de um iminente colapso financeiro e a conclusão foi que o mundo precisa de um único sistema financeiro mundial. A China pediu uma nova ordem mundial, a França também pediu e pasmem, até o presidente do Brasil, Lula, no tradicional discurso de abertura da ONU em setembro de 2009 pediu a instalação de uma nova ordem mundial.

A O.N.U. é a organização que existe para implantar a Nova Ordem Mundial. Ela envia aos países filados a sua agenda com os eventos, política e leis e esses países simplesmente implantam em seus ordenamentos jurídicos adaptados a realidade de cada um. No Brasil, no início de 2010 entrou em vigor o Codex Alimentarius, no começo ninguém vai sentir diferença alguma mas, logo não existirá mais alimento saudável nas gôndolas dos supermercados. Em dezembro de 2009 o governo Federal, Ministério da Saúde lançou o sistema conhecido como Hórus (O deus egípsio que tem somente um olho, o olho que tudo vê, o olho do iníquo). Trata-se de um sistema de controle e distribuição de medicamentos para os usuários do SUS no qual é possível saber qual remédio foi receitado ao paciente, se ele tomou a medicação ou não, controle financeiro para evitar corrupção, etc. O sistema foi implantado a princípio somente em 16 municípios mas, logo será instalado em todo o território nacional. No final de 2009 o presidente Lula assinou um decreto sobre os direitos humanos, o PNDH (PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS 3) decreto nº 7.037 de 21 de Dezembro de 2009. Transcrevemos aqui o item “d” do Objetivo estratégico V: “d) Reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), com base na desconstrução da heteronormatividade” pag. 99. Esse decreto traz ainda normatizações para diversas áreas como propriedade particular, religião, imprensa, etc. Essas normas servem para preparar os países para a implantação da Nova Ordem Mundial.

Temas como: Globalização, aquecimento global, direitos humanos, ecumenismo (união das igrejas), carta da mãe terra, big brother, codex alimentarius, engenharia genética, alimentos transgênicos, desenvolvimento sustentável, dentre outros, são os favoritos que eles usam para difundir seus intentos. Na copa de 2010 na áfrica do Sul eles usarão uma bola chamada “jabulani”, da marca adidas para influenciar as pessoas a aceitarem o novo governo mundial. Esse nome da bola não é por acaso, seu radical jubulon é o nome de um deus pagão, obviamente eles vão dar um outro significado a esse nome. Será associado a um clima de paz e harmonia entre os povos. Ultimamente eles vêm alarmando o mundo dizendo que o planeta será destruído em 2012. Grande farsa, mentira. Quando chegar esse ano muitos estarão esperando o fim do mundo e então, eles poderão apresentar a salvação do mundo: A instalação da Nova Ordem Mundial (A imagem da besta de Apoc. 13) um governo de paz, segurança e união entre os povos. Não haverá mais guerra entre as nações pois só haverá um exército no mundo todo.

Quando estabelecerem essa nova governança mundial eles vão implantar um chip nas pessoas para que ninguém possa comprar, vender nem receber salário, senão aquele que tiver o chip. Com isso, eles vão supostamente “resolver” o problema da violência, corrupção e outros crimes, pois, não haverá mais dinheiro em circulação, o dinheiro em espécie não existirá mais. Não haverá dinheiro para o ladrão roubar. Eles vão apresentar somente as vantagens desse sistema. Mas por trás disso está o efetivo controle do sistema financeiro mundial.

Eles vão controlar tudo na vida das pessoas, esse novo governo mundial controlará a política, a economia, a religião, a alimentação desde a produção no campo até a venda para o consumidor final, e outras áreas da vida humana. Muito embora eles apresentem tudo isso como algo benéfico, uma coisa boa, algo vantajoso, não se iluda. É tudo para te enganar, o governo será tirano, ditatorial, absoluto, não admitirá opositores. Ele fará calar com a morte todo aquele que ousar se levantar contra seus ditames.

Bom, se você chegou até aqui é porque você não é um cidadão comum e está realmente interessado em saber mais, então, preste bem atenção, NÃO SEJA ENGANADO!

Eles vão criar várias leis para regular todos os aspectos da vida humana, inclusive um dia para o descanso semanal. Aqui vai uma dica: O verdadeiro dia de descanso, segundo a bíblia, é o sábado, Êxodo 20:8

Tudo isso que vai acontecer já estava predito na bíblia, leia Apocalipse 13, esse capítulo fala de dois poderes que existirão na terra e que a prepararão para o governo do iníquo, aquele que a vinda é segundo a eficácia do inimigo do Deus Todo-Poderoso.

O dragão irou-se contra a igreja de Jesus e foi fazer guerra contra os santos, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus. Apocalipse 12:17

Somente em Jesus seremos salvos, mesmo com a grande perseguição que se avizinha, podemos contar com a segurança do nosso Senhor, podemos sempre encontrar abrigo seguro sob Suas asas.

Para mais informações pesquise no google e no youtube sobre nova ordem mundial , codex alimentarius, agenda oculta da ONU e outros. Existem muitos artigos sobre esses assuntos, saiba analisar criteriosamente para ver se estão de acordo com a bíblia. Pesquise enquanto ainda é permitido, pois logo todo esse material será retirado da internet pela censura ditatorial desse sistema.

Deus o abençoe!

Venecuba: una sola nación

Não sou eu quem o digo, mas o próprio comandante.

Venezuela
Cubanos en Venezuela, ¿Ayuda o interferencia?
Ian James
Noticias24.com, May 31, 2010

Ya no sólo son médicos, enfermeras y maestros. Cuba ahora tiene oficiales militares en Venezuela para entrenar a sus tropas y expertos en informática para trabajar en su sistema de identificación y migración.

Hay quienes creen que esta relación es algo más que una simple alianza empeñada en combatir la influencia de Estados Unidos en la región y ven en cambio a un experimentado gobierno autoritario –el cual rutinariamente espía a los disidentes y mantiene estrictos controles sobre la información y los viajes — ayudando al presidente Hugo Chávez a consolidar su poder a través de controles al estilo cubano, a cambio de petróleo.

os cubanos están involucrados en la defensa y los sistemas de comunicaciones de Venezuela hasta tal punto que sabrían cómo interferir en una crisis, denunció Antonio Rivero, un ex general de brigada, que rompió con Chávez y puso sobre el tapete este tema, que ha acaparado la atención nacional.

“Han cruzado una línea”, dijo Rivero en una entrevista. “Han ido más allá de lo permitido y de lo que debería ser una alianza con un país”.

Funcionarios cubanos desestiman las acusaciones de una influencia desmedida, afirmando que su atención se centra en los programas sociales. Chávez recientemente regañó a una periodista venezolana en vivo por televisión por preguntar respecto a lo que los cubanos están haciendo en las fuerzas armadas.

“Cuba nos ayuda modestamente en algunas cosas que no te voy a detallar“, dijo Chavez. “Todo lo que Cuba hace por Venezuela es para fortalecer la patria, que es de ellos también”.

Pero el gobierno comunista de La Habana tiene un gran interés por asegurar el status quo, porque Venezuela se ha convertido en el principal benefactor económico de la isla, indicó Rivero.

Mientras Cuba lucha con problemas económicos, como la escasez de alimentos y otros productos básicos, el comercio anual con Venezuela de 7.000 millones de dólares resulta clave para su economía, en particular los más de 100.000 barriles de petróleo que el gobierno de Chávez envía cada día a cambio de servicios.

Rivero, que decidió poner fin prematuramente a su carrera militar en parte por esta situación y que ahora decidió competir por un escaño en los comicios legislativos de septiembre, dijo que los militares cubanos han asistido reuniones de alto nivel, entrenaron francotiradores, obtuvieron conocimiento detallado de las comunicaciones y aconsejaron a los militares en búnkeres subterráneos construidos para almacenar y ocultar armas.

“Saben qué armamentos tienen en Venezuela, con los cuales ellos pudieran contar en un momento determinado“, indicó Rivero.

Asesores cubanos también han estado ayudando con un sistema de comunicaciones digitales de radio para las fuerzas de seguridad, lo que significa que tiene información confidencial sobre la ubicación de las antenas y las frecuencias de radio, acotó.

Si Chávez perdiera las elecciones en el 2012, o fuese forzado a dejar el cargo –como ocurrió en el breve golpe de estado de 2002– es incluso posible que los cubanos “podrían formar parte hasta de una guerrilla”, comentó el general retirado. Ellos “saben dónde está nuestro armamento, dónde están las oficinas de comando y control, dónde están las áreas de comunicaciones vitales”.

Chávez ha reconocido que las tropas cubanas están enseñando a sus soldados cómo reparar radios en tanques y almacenar municiones, entre otras tareas.Nadie se quejaba hace años, agregó, cuando Venezuela contaba con el apoyo técnico de militares estadounidenses.

Cuba y Venezuela están tan unidos que son prácticamente “una sola nación”, dijo Chávez, quien a menudo visita a su mentor Fidel Castro en La Habana y, a veces vuela en un avión cubano.

Ambos países planean unir físicamente el año próximo con un cable submarino de telecomunicaciones.

Algunos venezolanos con ironía ya hablan de “Venecuba”. Cuando el gobierno se hizo cargo de la finca del ex embajador venezolano ante la ONU, Diego Arria, éste impugnó la incautación de su propiedad con la entrega de sus documentos en la embajada de Cuba, manifestando que los cubanos están a cargo y “son mucho más organizados que el régimen venezolano”.

“Cualquier país que se respete a sí mismo no puede colocar áreas tan delicadas del estado, como es la seguridad interna, en manos de funcionarios de un país extranjero“, dijo Teodoro Petkoff, un líder opositor que es editor del diario Tal Cual. “El presidente Chávez no confía mucho en su propia gente. Entonces quiere contar con el ‘know-how’ (conocimiento práctico) y la larguísima experiencia de un estado que tiene 50 años ejerciendo una dictadura brutal y totalitaria”.

Funcionarios del gobierno cubano, sin embargo, dicen que la mayor parte de su asistencia es para fortalecer los servicios públicos.

En el Centro Nacional de Genética Médica en Guarenas, al este de Caracas, los médicos cubanos y técnicos de laboratorio diagnostican y tratan enfermedades genéticas de personas con discapacidad.

“Lo que nosotros venimos a hacer es ciencia”, dijo el médico Reinaldo Menéndez, director cubano del centro, quien también emplea a médicos y especialistas venezolanos. “Nuestras armas… son el cerebro, la mente, el trabajo, la bata, el estetoscopio”.

“Somos internacionalistas por convicción”, agregó Menéndez, que pasaba ante fotos de Chávez y Fidel Castro en las paredes.

El viceministro cubano de Salud, Joaquín García Salavarria, coordina las misiones de los más de 30.000 médicos, enfermeras y otros especialistas de la isla. Se estima que alrededor del 95% de los aproximadamente 40.000 cubanos en Venezuela trabajan en las misiones de salud, educación, deportes y programas culturales, y que el resto están ayudando como asesores en áreas desde la agricultura hasta en el diseño del software de la compañía telefónica estatal, CANTV.

“¿Qué control vamos a ejercer nosotros en este país?”, dijo García.

Mientras hablaba, García leyó rápidamente unas estadísticas que, según dijo, reflejan la incidencia verdadera de la presencia cubana: Más de 408 millones de consultas en las clínicas de salud de los barrios desde 2003. Eso es un promedio de 14 consultas por cada uno de los más de 28 millones de habitantes de Venezuela.

Muchos venezolanos están muy agradecidos por la atención médica gratuita proporcionada por los cubanos, y que se nota en sus bulliciosas salas de espera.

Sin embargo, las encuestas han mostrado en repetidas ocasiones que una gran mayoría de los venezolanos no quieren que su país adopte un sistema como el de Cuba.

Chávez dice que no trata de copiar el sistema socialista de Cuba, pero ha adoptado algunas prácticas, como la creación de una milicia civil para defender su gobierno. Cuando fundó un cuerpo de Policía Nacional el año pasado, el mandatario se jactó de que “vamos a competir con la policía cubana, que es de las mejores del mundo”.

Una alta funcionaria de la policía cubana, Rosa Campoalegre, ha estado en Caracas colaborando en la creación de una nueva universidad para la policía y otros funcionarios de seguridad. Campoalegre declinó un pedido para ser entrevistada.

Expertos cubanos han estado trabajando en el sistema de registro y notaría pública. Cerca de 12 cubanos especialistas en informática de la Universidad de Ciencias Informáticas de La Habana han estado creando y afinando programas para ayudar al Servicio Administrativo de Identificación y Migración de Venezuela (Saime) a mejorar el control de pasaportes y digitalizar el sistema de documentos de identidad, dijo su director Dante Rivas.

“No hay nada que ocultar aquí”, expresó Rivas en una entrevista. “Ellos lo que hacen es elaborar los softwares, conjuntamente con nosotros, pero el manejo lo tenemos exclusivamente nosotros. Solo eso, no hacen más nada“.

Señaló que en Cuba el gobierno utiliza un sistema totalmente distinto.

En la isla el registro civil computarizado incluye todos los datos pertinentes sobre sus ciudadanos, tales como dirección, edad y características físicas. Todos los cubanos deben llevar una tarjeta de identidad, y los que quieren viajar fuera del país deben obtener un permiso especial.

Es especialmente preocupante que los cubanos estén envueltos en las áreas que “tienen que ver con control de información, información privada de personas”, dijo Rocío San Miguel, quien dirige la asociación civil Control Ciudadano para la Seguridad, la Defensa, y la Fuerza Armada Nacional.

Chávez, por su parte, sostiene que la asistencia de Cuba vale “10 veces más de lo que cuesta el petróleo que nosotros enviamos a Cuba“.

Agradeció efusivamente a Cuba por ayudar a Venezuela a modernizar su sistema eléctrico, una medida ridiculizada por los adversarios de Chávez debido a los problemas que tiene Cuba con los cortes de energía. El presidente venezolano también le acreditó a Cuba la aplicación de un sistema de siembra de nubes para ayudar a adelantar la temporada de lluvias a principios de año tras una severa sequía.

“¿Cuál cubanización?”, dijo el gobernante. “Aquí los cubanos nos están ayudando”.

Venezuela: governando secretamente

No Brasil do regime militar, existia, também, o expediente dos decretos secretos, cuja publicação se fazia simplesmente pelo número e pela data no Diário Oficial, valendo, pois, como lei, sem que a cidadania ficasse sabendo do que exatamente se tratava.
Chavez vai um pouco além, pois além de coisas que não se publicam, ele agora criou um órgão inteiro para esconder a informação.

CHÁVEZ CRIA MAIS UM ÓRGÃO PARA CONTROLAR A IMPRENSA!

(Clarín, 04) El presidente Hugo Chávez acaba de firmar el decreto para la creación de un nuevo organismo: el Centro de Estudio Situacional de la Nación. Según la gaceta oficial, el CESNA tendrá la facultad de declarar de carácter reservado cualquier información, sea tanto del Estado como de la comunidad, por lo que las críticas surgieron inmediatamente: con este organismo se viola el derecho a la información y tanto un caso de corrupción o un crimen podrían ser ocultados por orden estatal. El CESNA –según establece la directiva del Poder Ejecutivo– será un órgano desconcentrado del Ministerio de Relaciones Interiores y Justicia y su función central será declarar el carácter reservado, clasificado o de divulgación limitada de cualquier información, hecho o circunstancia . Su director será nombrado directamente por el titular del Poder Ejecutivo, es decir, Hugo Chávez.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Le Monde: triste fim de uma bela aventura editorial

O Le Monde, jornal que eu lia regularmente cada vez que morei na Europa, apreciado pela sua independência de opinião, está em crise, talvez terminal.
Ele está à venda, mas seu comprador terá de respeitar a linha editorial do jornal, como alertado pelo Conselho de Editores:
"As ofertas, quando concretizadas, serão analisadas pelo conselho editorial do Monde, mas a decisão final será tomada pelos funcionários, atuais majoritários da empresa."
Bem, se isso for verdade, e se mantiver, o jornal passará de uma grave crise financeira para uma crise fatal, talvez terminal.
Ele tem prestígio, e por isso alguns capitalistas benévolos se interessam pelo título, mas se seus novos proprietários não puderem fazer nenhuma mudança sem o acordo do que é de fato um sindicato de funcionários, então ele vai continuar em crise, pois a atual, aliás delongada, decorre precisamente do fato de que seus funcionários fazem o que eles querem, não o que a clientela, o público que compra e os anunciantes que financiam em grande parte qualquer jornal, desejam.
Sindicatos servem para isso: para causar desemprego e para afundar empresas, que de outro modo poderiam ser viáveis, desde que atendam ao que o mercado necessita e deseja. Se é para fazer o que seus "associados" desejam, melhor criar uma fundação cultural que viva de doações de interessados, da caridade pública (eventualmente de subsídios estatais, ou seja, o dinheiro do contribuinte, que pode ser o que os funcionários do Le Monde desejam).
Nesse caso, melhor desaparecer mesmo. Se os jornalistas são incapazes de sustentar um jornal que viva com suas próprias pernas, melhor mudar o caráter da sociedade e chamar por outro nome. Jornal só pode existir se atender a uma clientela livre...
Paulo Roberto de Almeida

Em crise, jornal 'Le Monde' é colocado à venda na França
Andrei Netto
O Estado de S.Paulo, 3 de junho de 2010

Investidores franceses e estrangeiros estão na briga para assumir o controle acionário do periódico

PARIS - O jornal francês Le Monde, um dos mais importantes do mundo, foi oficialmente posto à venda nesta quarta-feira, 2, em Paris. O anúncio foi feito em editorial de capa pelo diretor-executivo da publicação, Eric Fottorino, e confirma a perspectiva aberta em janeiro de 2008, quando começou o agravamento da crise do maior diário da França.

Os futuros proprietários, que deverão injetar entre € 80 milhões e € 100 milhões em troca do controle acionário, terão de assinar um termo de compromisso para garantir a total independência editorial do periódico de centro-esquerda.

A troca de mãos do Le Monde é desde já o maior movimento em curso no mercado editorial da Europa, e está mobilizando investidores da própria França, mas também da Itália, da Espanha e da Suíça.

As ofertas deverão ser concretizadas até 14 de junho pelo conjunto do grupo Le Monde, integrado também pelo site lemonde.fr (portal informativo mais frequentado do país), pelo jornal Le Monde Diplomatique, pelas revistas Courrier International, Télérama e La Vie e pela gráfica da companhia, além de seus imóveis.

A perspectiva é de que, até 30 de junho, o selecionado para liderar o processo de recapitalização do grupo seja conhecido.

A venda, nas palavras do diretor Fottorino, marcará "uma virada histórica para o Le Monde", um jornal fundado pelo legendário jornalista Hubert Beuve-Méry, em 1944, e controlado por seus funcionários desde 1951. "O Monde sofreu as consequências de tensões sobre sua tesouraria, que o conduziram no ano passado a contrair um empréstimo bancário de € 25 milhões, condicionado por nossos credores - o banco BNP em primeiro lugar - à implantação de uma recapitalização", informou executivo.

Ainda de acordo com Fottorino, a empresa precisará reembolsar entre 2012 e 2014 um total de € 69 milhões em empréstimos contraídos dos grupos Publicis, La Stampa e BNP Paribas. Apesar do quadro adverso, a direção do grupo reafirmou seu otimismo sobre o futuro, em especial depois que o jornal conseguiu reverter, em 2009, os crônicos deficits, fechando o ano com um saldo de € 2 milhões, "sinal de um dinamismo editorial e de um retorno à melhor gestão", segundo o editor.

Em 2009, o jornal já havia demitido 130 funcionários, dos quais 70 eram jornalistas, além de ter vendido títulos como a revista Cahiers du Cinéma, com o objetivo de reduzir o endividamento e enfrentar a queda das receitas publicitárias e das vendas. Como em grande parte do mundo desenvolvido, a circulação de jornais impressos na França vem em queda, mas o Le Monde se mantém na liderança entre os jornais generalistas do país, com 320 mil exemplares por dia - 40 mil destes circulados no exterior.

Apesar da crise, o futuro do diário parece assegurado. Se, de um lado, o grupo Lagardère, um dos maiores conglomerados da França e atual detentor de 17% das ações, informou que não participará da seleção, investidores de pelo menos quatro países já anunciaram a intenção de fazer parte da recapitalização.

Até o momento, a oferta mais concreta parece ser a de três investidores franceses: Pierre Bergé - ex-companheiro do estilista Yves Saint-Laurent e acionista do jornal Libération -, Matthieu Pigasse e Xavier Niel, os dois últimos empresários dos setores bancário e de comunicações.

Em nota oficial divulgada nesta quarta-feira, em Paris, Bergé, Pigasse e Niel confirmaram a disposição de investir entre € 80 bilhões e € 100 bilhões em um projeto de longo prazo que visará ao reequilíbrio do projeto industrial do grupo, sem interferir em seu conteúdo editorial, que seguiria a cargo da mesma equipe. "A independência é antes de mais nada editorial", diz a nota.

"Ela constitui o bem mais precioso para o futuro, um futuro que se inscreve na autonomia em relação a todos os poderes e no não alinhamento a nenhum campo, na defesa da qualidade da informação e das análises, e não à conformidade a uma ideologia", completa o texto.

Estrangeiros
Além dos investidores, outro grupo de imprensa francês, o Nouvel Observateur, editor da mais importante revista semanal do país, poderia participar da recapitalização do Le Monde, mas não além de € 60 milhões. Claude Periel, fundador do semanário, informou nesta quarta que pode vir a disputar o controle do jornal, desde que encontre parceiros que assumam entre 30% e 40% da oferta.

Fora da França, segundo informou Fottorino, o grupo Prisa, editor do jornal espanhol El País - já sócio minoritário do conglomerado francês, com 2% das ações -, e Ringier, que imprime o diário suíço Le Temps, estudam as condições de aquisição.

O grupo italiano Espresso/La Repubblica também estaria interessado. As ofertas, quando concretizadas, serão analisadas pelo conselho editorial do Monde, mas a decisão final será tomada pelos funcionários, atuais majoritários da empresa.

Populismo vergonhoso com o nosso dinheiro...

Recebi o que segue pela internet, e não posso atestar sobre a fiabilidade do que vai escrito. Mas é muito plausível, e até possível, que seja exatamente isso o que está ocorrendo, por isso o transcrevo aqui. Desmentidos são bem vindos, mas acredito que a discussão desse tipo de questão contribua para a elevação da consciência cidadã...
Paulo Roberto de Almeida

SER ou NÃO SER ÍNTEGRO, EIS A QUESTÃO!!

O gol que o Tostão acabou de marcar foi o maior da sua carreira. Parabéns!!!
O Presidente Lula define prêmio para jogadores que venceram a Copa do Mundo; valor pode chegar a 465 mil reais. O presidente Lula e a Associação dos Campeões Mundiais do Brasil negociam aposentadoria e indenização para os atletas da seleção que ganharam Copas do Mundo.
O benefício valerá inicialmente aos ex-jogadores de 1958 e se estenderá, posteriormente, a quem atuou nos Mundiais de 1962, 1970, 1994 e 2002. Reunião na Casa Civil discutiu as cifras a serem pagas aos campeões. Inicialmente, o valor negociado para cada um gira em torno de mil salários mínimos, no caso da indenização (465 mil reais), e de dez salários mínimos (4.650 reais), o teto da Previdência, para a aposentadoria. A expectativa é que o anúncio da nova medida seja feito pelo governo na próxima semana.
O texto abaixo foi escrito por TOSTÃO, ex-jogador de futebol, comentarista esportivo, escritor e médico, e foipublicado em vários jornais do Brasil:

Tostão escreveu:-
Na semana passada, ao chegar de férias, soube, sem ainda saber detalhes, que o governo federal vai premiar, com um pouco mais de R$ 400 mil, cada um dos campeões do mundo, pelo Brasil, em todas as Copas.
Não há razão para isso. Podem tirar meu nome da lista, mesmo sabendo que preciso trabalhar durante anos para ganhar essa quantia.
O governo não pode distribuir dinheiro público. Se fosse assim, os campeões de outros esportes teriam o mesmo direito. E os atletas que não foram campeões do mundo, mas que lutaram da mesma forma? Além disso, todos os campeões foram premiados pelos títulos. Após a Copa de 1970, recebemos um bom dinheiro, de acordo com os valores de referência da época..
O que precisa ser feito pelo governo, CBF e clubes por onde atuaram esses atletas é ajudar os que passam por grandes dificuldades, além de criar e aprimorar leis de proteção aos jogadores e suas famílias, como pensões e aposentadorias.
É necessário ainda preparar os atletas em atividade para o futuro, para terem condições técnicas e emocionais de exercer outras atividades.
A vida é curta, e a dos atletas, mais ainda.
Alguns vão lembrar e criticar que recebi, junto com os campeões de 1970, um carro Fusca da prefeitura de São Paulo. Na época, o prefeito era Paulo Maluf. Se tivesse a consciência que tenho hoje, não aceitaria.
Tinha 23 anos, estava eufórico e achava que era uma grande homenagem.
Ainda bem que a justiça obrigou o prefeito a devolver aos cofres públicos, com o próprio dinheiro, o valor para a compra dos carros.
Não foi o único erro que cometi na vida. Sou apenas um cidadão que tenta ser justo e correto. É minha obrigação.
Tostão

Livro (2): como nos tempos antigos (populismo latino-americano)

"Populismos latinoamericanos. Los tópicos de ayer, de hoy y de siempre".
Carlos Malamud presenta su nuevo libro sobre los populismos en América Latina
Infolatam
Madrid, 28 de mayo 2010

"Populismos latinoamericanos. Los tópicos de ayer, de hoy y de siempre", es el último libro de Carlos Malamud que se presenta esta semana. Se trata de un ensayo que intenta dar algunas respuestas y, sobre todo, describir un fenómeno de gran impacto en América Latina.

Malamud, Catedrático de Historia de América de la UNED e Investigador principal para América Latina del R. Instituto Elcano y colaborador de Infolatam, explica en el prólogo que con este trabajo pretende, entro otros objetivos, presentar "aquellos tópicos y lugares comunes en torno a los cuales el populismo se ha desarrollado, la forma discursiva que éstos han tenido y siguen teniendo y la retórica y el barniz ideológico que los recubre, con el fin de presentar sus tics autoritarios y antidemocráticos".

En la Introducción Carlos Malamud señala que "En la constelación mundial de los populismos, el latinoamericano ocupa un lugar estelar. Personajes como Juan Domingo Perón, Getúlio Vargas, Juan María Velasco Ibarra o Lázaro Cárdenas, en una primera oleada; Carlos Andrés Pérez, Carlos Menem, Alberto Fujimori o Abdalá Bucaram, en un segundo momento; y, actualmente, Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa o el matrimonio Kirchner se han convertido en actores centrales de una trama que ha adquirido la suficiente entidad como para ser analizada de forma autónoma.

De modo tal que el populismo latinoamericano, por la extensión, la profundidad y la variedad del fenómeno ha diseñado un perfil propio, muy diferenciado del que se puede observar en otras áreas geográficas. Esto ha ocurrido en parte por la propia naturaleza de los hechos, pero también por la insistencia de los actores en justificar sus actos mediante el argumento circular de su adanismo. Los populismos son originales, son novedosos, en la medida que todo lo antiguo es reprobable. La consecuencia es hacer tabla rasa con el pasado".

Más adelante afirma el autor que "En el actual panorama latinoamericano se pueden encontrar populistas de izquierda y populistas de derecha, junto a dictadores populistas o a gobiernos democráticamente elegidos que han tenido un desempeño populista. Sobre los propósitos de su trabajo Carlos Malamud precisa que "este libro no pretende ser un ensayo teórico sobre lo que es y lo que no es el populismo o sobre lo que es o no es populista, me abstendré desde el comienzo de dar una definición unívoca y concluyente acerca de lo que entiendo por populista y por populismo".

El autor advierte que en este libro "pretende huir del anterior aforismo. Por eso, como ya se mencionó, uno de sus principales objetivos es la pretensión de no dar respuestas teóricas ni generales a los problemas del populismo latinoamericano, ni de encontrar explicaciones históricas para los procesos regionales y nacionales que propiciaron la emergencia del populismo en América Latina en la primera mitad del siglo XX, su casi total desaparición en la década de 1980, sus estallidos pro mercado de los años de 1990 y su reaparición a comienzos del siglo XXI. Por el contrario, se quieren presentar aquellos tópicos y lugares comunes en torno a los cuales el populismo se ha desarrollado, la forma discursiva que éstos han tenido y siguen teniendo y la retórica y el barniz ideológico que los recubre, con el fin de presentar sus tics autoritarios y antidemocráticos".

"Hubo un momento, a comienzos de la década de 1990, en que fuimos muchos los que pensamos que la consolidación de las transiciones a la democracia en América Latina había eliminado definitivamente el fenómeno del populismo en la región. - agrega el autor- Tras la caída del muro de Berlín, el futuro del mundo aparecía venturoso y entonces era posible extender la mirada complaciente al hemisferio americano. Sin embargo, parece que los viejos fantasmas familiares están sumamente arraigados en el alma de los pueblos latinoamericanos, y por eso resultan más difíciles de exorcizar de lo que se creía".

Finalmente, concluye Malamud precisando que "la idea central de este libro es intentar contextualizar los actuales tópicos emanados del populismo latinoamericano, relacionándolos con el primer populismo, y ver adonde puede conducir a la región la permanencia de tanto lugar común".

Documento
El populismo latinoamericano y sus principales tópicos
(Introducción al libro de Carlos Malamud)

Livro (1): como nos tempos antigos (um romance)

Livro:
ACIDENTE EM MATACAVALLOS e outros faits divers
Mateus Kacowicz
Grupo Editorial Record/Editora Record
320 páginas
Preço: R$ 44,90
ISBN: 8501088749
ISBN-13: 9788501088741
1ª Edição – 2010

‘Acidente em Matacavallos e outros faits divers’, notas de uma leitura ininterrupta
Marcio Silveira
3/06/2010

O romance começa com uma notícia de jornal, de um jornal de 1921.

A primeira impressão de leitura de “Acidente em Matacavallos e outros faits divers”, de Mateus Kacowicz, é de surpresa diante da linguagem: ela brota límpida, aos borbotões, retomando um prazer de ler do qual eu estava saudoso. O romance começa com uma notícia de jornal, de um jornal de 1921, naquela linguagem antiga e aparentemente ingênua dos jornais da época:

Quasi dávamos á estampa a presente edição quando fomos informados de que mais uma familia foi enluctada por um bonde n’esta cidade. D’esta feita o infausto se deu a Matacavallos. A portugueza Maria Couceiro, lavadeira, cuja edade nos é desconhecida, foi colhida pelo carro-motor Nº 8, conduzido pelo nacional Clemente Euphrasio…”

Uma viagem no tempo: bondes, lavadeiras, “dar á estampa”, “faits divers” (=“fatos diversos”, nome em francês que, nos jornais, se dava à seção onde se publicavam as notícias de menor importância). Pois bem, a aparente inocência desta notícia inaugura uma trama que irá mostrar muito das relações de poder e influência na capital.

Fui fisgado pela leitura desde a primeira página. A narrativa transcorre fluida, os fatos se encadeiam, volta e meia surge um anúncio (que o autor chama de “reclame”, como na época) ou noticiário que pontuam os fatos e mantêm o sabor do tempo. As ruas da cidade se renovam, esperando as festividades que comemorarão o Centenário da Independência, os cavalheiros encontram-se nos bordéis de luxo, as senhoras tomam sorvetes nas confeitarias da rua do Ouvidor.

Surgem na narrativa dois irmãos, imigrantes da Rússia, escapados das matanças religiosas antissemitas. Um deles já havia chegado por aqui e iniciado sua vida de mascate pelos subúrbios. O Romance o encontra esperando o irmão mais jovem no cais do porto. Esses dois irmãos irão, a partir dessa reunião, se ligar e se separar.

Mas se “Acidente em Matacavallos e outros faits divers” acompanha as andanças e progressos desses irmãos, também trata das tribulações de um Ministro da República, que se perde de amores por uma francesa recém-chegada.

A partir daí, já comecei a sentir uma certa dormência nas pernas, pois estava lendo de pé na livraria. Sentei-me num tamborete que estava por ali e avancei livro adentro. A linguagem, a literatura, cada vez mais precisa, o tratamento sempre por “tu”, a intimidade dos jantares familiares, a vida flanante dos bon-vivants, dos almofadinhas, dos felizes dessa terra, a cozinha do jornal, o chumbo, as máquinas, o noticiário, a ética, as mentiras, as verdades, as meias-verdades. As meias-mentiras.

Meu escritório me liga para me informar que as pessoas com as quais eu havia marcado uma reunião estão à minha espera há 15 minutos. Informo que ocorreu um imprevisto, que peço desculpas, e que não me telefonem mais.

Agora uma cena de carnaval. Uma marchinha que fala em um beliscão “só pra saber se tu gostas de mim, ou não”. Que tempos devem ter sido. O carnaval descrito por um menino russo, ainda meio adolescente, enlouquecido com o que via, multidões em fantasias improvisadas, automóveis sem capota com a fina flor da burguesia local se atirando papeis e se gritando uns aos outros, bondes apinhados de foliões.

Dei-me conta que havia marcado a página com a passagem do carnaval, pensando em mostrá-la mais tarde à minha mulher e que esse gesto me comprometia a comprar o livro. Ainda lendo fui ao caixa, que me perguntou se era para presente. Eu disse que nem precisava embrulhar, pois continuaria a lê-lo ali mesmo. Ela cobrou e simplesmente deu-me a sacola da livraria à qual eu tinha direito. Sentei-me em um café do shopping center onde eu estava e tentei me transportar para um café na Avenida Central, voando no tapete mágico que o autor me oferecia.

Ali mesmo comi um sanduíche e tomei diversos cafés. A leitura avançava em meio ao velório de um escritor, quando o telefone me avisou, em maus bofes, de que eu tinha de ir para casa. mas, para isso, teria que parar de ler e dirigir meu carro. Minha mulher estava ressabiada, em meio a perguntas do tipo “onde” e “com quem” eu havia passado parte da manhã e a tarde, resolvi apaziguá-la lendo o trecho da página que havia marcado e que tinha uma passagem assim:

“… Viajantes desembarcados de uma saturnal da noite dos tempos, que ora paravam e cantavam algo ritmado e incompreensível, ora saíam aos pinotes repicando os tamancos, obedecendo à mesma lógica de uma revoada, jogando-se águas e bulindo com quem estava por perto…

Ela me pediu que lesse mais e, como prova de profundo amor, dei a ela o livro para que ela pudesse folheá-lo à vontade. E é neste intervalo de leitura que escrevo estas notas.

Não percam o livro.

(Não vou perder, mas agora não posso comprar, aqui na China; aguardo uma próxima viagem ao Brasil, para começar a ler na livraria...)

Noticias do outro mundo (ou de um pais bizarro)

Aposto que voces já estavam sentido a falta de "el Profesor de economia" (al revés), mas ele nunca falha. Dia sim, dia não, sempre temos notícias excitantes de um mundo que já não existe mais no nosso mundo, quero dizer, todas essas medidas estranhas, bizarras, que transformam um país que já não era muito normal -- com todos aqueles políticos corruptos atuando como gigolôs do petróleo, como era antigamente -- em uma comunidade, digamos, surrealista, ou quem sabe dadaista?
Juro que não tenho adjetivos para classificar o que está acontecendo no país hermano...
Paulo Roberto de Almeida

Venezuela: Chávez se declara en "guerra" con gremios empresarial y comercial
Infolatam
Caracas, 2 de junio de 2010

Chávez: "Guerra es guerra y después no se quejen (...), vamos a ver quién puede más".
Las Claves:
* Chávez acusó a la burguesía de desestabilizar a su gobierno mediante la inflación y la escasez de productos de la canasta básica.
* 36.000 toneladas de alimentos importados por el Gobierno han aparecido en estado putrefacto abandonados en contenedores.
* Chávez: "Mendoza, acuérdate de una cosa que se llamó RCTV, que también se creían imprescindibles, o sea, ellos no se imaginaban a Venezuela sin ellos pues, y ya no existen. Mendoza, te recomiendo que te mires en ese espejo".


El presidente Hugo Chávez dijo que acepta la "guerra" que, según él, le declaró la "oligarquía nacional", a través de los gremios patronales, y convocó a los trabajadores a librarla junto a él. Chávez identificó entre sus principales enemigos en ese conflicto a los gremios Fedecámaras y Consecomercio, así como al industrial Lorenzo Mendoza, dueño de Alimentos Polar, la principal empresa de alimentos del país.

"Guerra es guerra y después no se quejen (...), vamos a ver quién puede más: si ustedes, burgueses de pacotilla, o quienes queremos patria. Los oligarcas han declarado una guerra, que es social, económica, política y moral, y yo se las acepto", dijo Chávez en una fábrica de aceites que pasó al control estatal hace año y medio. Los gremios empresarial y comercial venezolanos niegan haber "retado" a Chávez.

"Ellos acabaron con Venezuela, dejaron un país destrozado, a pesar de ser uno de los más ricos del mundo", y ahora van a la "guerra" con una "revolución" que transita hacia el socialismo del siglo XXI, añadió Chávez en su alocución retransmitida en cadena nacional obligatoria de emisoras de radio y televisión. "Guerra con la burguesía apátrida de Fedecámaras y de Consecomercio y demás yerbas", insistió.

Tras expresar que siente "tristeza" de que algunos trabajadores "desclasados" de Polar apoyen a Mendoza y defiendan "a quien los explota", por lo que "deberían sentir vergüenza", Chávez subrayó que la mayoría de trabajadores es afín a su gestión y que Mendoza se irá "al infierno". "Mendoza: tú con tus millones y yo con mi moral y con mi pueblo", en una guerra en la que "ricachones como tú se irán al infierno, porque tú Mendoza te irás al infierno", insistió el gobernante.

Chávez aseguró que la oposición prepara la candidatura presidencial de Mendoza, siguiendo el ejemplo de Panamá o Chile (aunque sin mencionarlos directamente), donde los empresarios Ricardo Martinelli y Sebastián Piñera, respectivamente, fueron electos presidentes.

"La burguesía cree que como en otros países en estos años han estado ganando las elecciones grandes empresarios, gente muy rica, ellos creen ahora que Mendoza (y él) es uno de los que tiene (aspiraciones presidenciales), ¡y Mendoza ya se cree presidente!”, indicó.

En las últimas dos semanas el gobierno acusó a Polar de acaparar alimentos para desestabilizar al gobierno, y le decomisó cientos de toneladas de productos de primera necesidad supuestamente acaparados, lo que niega la empresa.

La declaración de guerra aludida se produce horas después de que Chávez calificara de "falla imperdonable" el hallazgo en estado putrefacto de 36.000 toneladas de alimentos importados por su Gobierno, abandonados en más de un millar contenedores. Un diario caraqueño denunció que hay otros 800 contenedores con alimentos, asimismo importados por el Gobierno, que también por negligencia se dejaron pudrir, de cuya existencia han dado cuenta "vecinos que se han quejado de los malos olores", aunque aún no existe una confirmación oficial.

El conflicto con las patronales ha recrudecido en las últimas semanas, tras registrarse nuevas expropiaciones de empresas privadas y un adicional e intermitente desabastecimiento de productos y especulaciones en los precios, de lo cual se culpan mutuamente.

El Gobierno denuncia que la patronales buscan "desestabilizar" y en definitiva derrocarlo, en tanto que los gremios culpan al Ejecutivo de empeñarse en destruir el aparato productivo nacional y beneficiar a otros países con importaciones masivas de alimentos y otros enseres.

"Las diferencias deben expresarse de forma civilizada, de manera armonizada y para beneficio del colectivo. Los empresarios creemos en nuestro país y seguimos aquí apegados a las leyes, defendiendo nuestros derechos, principios y libertades", remarcó la cúpula empresarial venezolana en un comunicado.

Obreros de diversas empresas nacionalizadas protestaron el lunes ante el edificio de Fedecámaras y afirmaron que la directiva empresarial "tiene planes" para reeditar el golpe de Estado que en abril de 2002 logró derrocar durante 48 horas al gobernante venezolano.

Brasileiro, profissao: pagador de impostos (se depender de certas pessoas vai pagar mais ainda...

Não sou eu quem o disse (alguns escreveriam, aqui mesmo, dice), mas o nosso Guia Genial, aquele para quem tem um Estado com 10% de impostos, apenas, não tem Estado.
Eu apenas digo: sorte dele, e azar o nosso, que temos um Estado muito presente, na hora de cobrar, e notavelmente ausente na hora de prover serviços decentes (ou apenas serviços, já nem se pede decente)...

Lula, o presidente imposto!
Grita Brasil - Claudio Schamis
Opinião e Notícia, 3/06/2010

Confesso que por alguns instantes, e sorte que foi durante o comercial, entrei em desespero.

Ontem ao olhar o relógio ele marcava 20h45, mas o que me preocupava não era que faltavam 10 minutos para começar a novela (sou um homem moderno que assiste novela) e muito menos que ainda não tinha jantado e sim que na minha cabeça não havia ainda um tema definido para essa minha coluna. Confesso que por alguns instantes, e sorte que foi durante o comercial, entrei em desespero. Mas uma voz me falava para ter calma. Peguei o jornal que ainda não tinha lido, dei uma folheada (ainda no intervalo) e me tranquilizei um pouco. Comecei a pensar no texto, relaxei e fui ver minha novela e jantar.

O dia seguinte chegou e resolvi dar uma conferida nos telejornais da manhã. E então eis que surge “impávido colosso” para seus adoradores, mas não para mim, ele: Lula. Posso dizer que a sensação foi orgástica. E tinha certeza de que daquela cartola ia sair um coelho. E foi Lula abrir a boca em mais um de seus ataques e transbordando de ironia que fui agraciado com sua fala. E vamos deixar bem claro, foi ele quem começou, foi ele quem provocou. Reclamem com ele. Não comigo. Digamos que sou somente um humilde pacato cidadão que ainda se indigna com certas várias coisas que “nosso” – olha as aspas ai de novo – presidente diz e faz e tenta expor isso através do nosso Grita Brasil.

Lula num discurso improvisado – e ai o perigo é ainda maior – disse na Reunião da Cepal, a Comissão Econômica para América Latina e Caribe que aconteceu (por milagre) em Brasília: “Tem muita gente que se orgulha de dizer oh, no meu país a carga tributária é apenas 9%. No meu país a carga tributária é apenas 10%. E para piorar concluiu: “Quem tem carga tributária de 10% não tem Estado”. É pode ser. Pode ser que não tem estado ligado no que acontece ao redor do mundo, não é mesmo Lula,o irônico. O Chile por exemplo tem uma carga tributária pequena e faz muito. É considerado um Estado eficiente. E Lula não deve concordar com isso.

Semana passada o tema foi capa de uma revista semanal e que perguntava: Por que tudo é tão caro no Brasil? Porque Lula quer assim. Lula não está nem ai para a hora do Brasil. Vamos gastar o quanto pudermos e para compensar vamos manter nossos impostos lá no céu. E só para ilustrar isso o preço do Corolla XEI 2.0 que aqui custa astronômicos R$ 75 mil, pode custar R$ 32.797 nos Estados Unidos, R$ 33.782 no Japão, como R$ 41.820 no Chile e R$ 58.740 na África. Ou seja, aqui no Brasil no preço desse carro 30% são impostos federais e 12% impostos estaduais. Até os produtos da cesta básica, como arroz, o feijão, o café e o pãozinho francês, pagam impostos, que encarecem o preço final entre 15% e 20%. Mas é daí? Problema de quem precisa da cesta básica. Se ainda fosse uma cesta necessária, mas básica não tem problema. Né não Lula?

E depois disso vejo que o Congresso acordou e viu que era dia 1º de junho e resolveu aumentar o salário dos funcionários da Câmara em (apenas) e até 40%, lembrando que a equipe econômica pressiona Lula para vetar o aumento de 7,7% aos aposentados. Aos aposentados talvez uma m… de reajuste, lembrando que o foi o próprio presidente que disse que iria tirar o povo da m… Foi ele quem disse, mas na prática a coisa é bem diferente. Ainda não li que a equipe econômica entrou em depressão com esse aumento de 40% para o pessoal da Câmara. Agora está nas mãos de Lula o sim.

E para não perder o bonde, ontem à noite, o Senado aprovou em votação simbólica, que durou míseros dez minutos, reestruturação em 25 carreiras do serviço público.

O aumento médio é de 15% nos salário de quase cinco mil funcionários da Câmara e para cada diploma a mais, o servidor ainda ganha 5% de adicional de especialização. Ou seja, se for um funcionário hiper-ultra-mega-especializado ele poderá atingir o teto máximo do serviço público, que é de R$ 27.725. O que tenho certeza é o que mais devemos ter por lá. E posso imaginar qual é a especialização de cada um deles.

O resumo da ópera é uma despesa adicional que pode atingir parcos R$ 2 bilhões e um aumento (40%) para compensar a inflação para o funcionalismo público. E para os aposentados…

Resta saber até vai a coragem de Lula. Resta saber até onde vai a cara de pau de Lula. Resta saber…

Mas aqui fica um alerta. Não se deixem enganar. Não fiquem somente vidrados na telinha assistindo a Copa do Mundo, os jogos do Brasil e ávidos para conseguir àquela figurinha que falta para completar o álbum da Copa. O momento que vivemos é sério e temos que ficar alertas como se estivéssemos em guerra, pois é nessa hora que o governo gosta de atacar e fazer o que bem quer aproveitando nossos olhos voltados para a seleção do Dunga que não tem o Ganso, mas não vamos querer aproveitar o momento África e bancar o pato.

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.

Coloquio Bastiat na Franca: para os curiosos e amantes da liberdade

A l'occasion de son 20ème anniversaire et à la demande de ceux qui ont assisté à son premier Week-end de la Liberté
Le Cercle Frédéric Bastiat
organise un nouveau
Week-end de la Liberté
Du vendredi 2 juillet (dîner) au dimanche 4 juillet 2010 (déjeuner),
à l'hôtel Caliceo, à Saint-Paul-lès-Dax,
sur le thème
Vers l'État libéral
Avec le soutien de l'ALEPS, Contribuables Associés, l'IFRAP et Liberté Chérie.

Programme
Le Week-end de la liberté que nous avons organisé l'année dernière a montré que la liberté économique faisait progresser les niveaux de vie, assurait le plein emploi tout en diminuant les inégalités; et a contrario que l'interventionnisme freinait le progrès des niveaux de vie, créait pénurie et chômage. Mais nous avons aussi constaté que la liberté économique n'allait pas forcément de pair avec la liberté politique.

Cette année, nous approfondirons cette notion et cette constatation. On partira comme l'année dernière du classement des pays par ordre de liberté économique décroissante, effectué par la Fondation "Heritage" et mis à jour pour 2010. Il sera complété par la note attribuée chaque année à chaque pays par la Fondation "Freedom House" pour caractériser le degré de liberté politique qui règne dans ce pays.

Il y aura ensuite trois parties : la première, composée d'un seul exposé, sera consacrée aux horreurs des régimes totalitaires, en mettant l'accent sur les caractéristiques du pouvoir: comment il se prend, comment il se garde. La deuxième partie, tout en soulignant l'immense progrès apporté par la démocratie, montrera en trois exposés que ce ne peut être l'aboutissement final de l'évolution des sociétés, tant le pouvoir y limite l'épanouissement des individus. Le premier exposé en expliquera les raisons congénitales par la "théorie des choix publics"; le deuxième dissèquera les contraintes que fait peser la démocratie sur les individus et le troisième en montrera les conséquences sur l'exemple concret de la France.

Malgré ces imperfections, beaucoup pensent qu'il est impossible de concevoir un régime meilleur que la démocratie. Pourtant, cela est possible : un régime dans lequel les initiatives seraient laissées aux individus pour ce qu'ils peuvent accomplir eux-mêmes, les individus s'associant librement pour accomplir les tâches qui les dépassent, ces associations pouvant à leur tour se fédérer pour accomplir des tâches encore plus importantes, obéissant ainsi au principe de subsidiarité. C'est ce que nous appellerons l'État Libéral, dont la Suisse fournit un modèle approché. La troisième partie montrera le chemin à suivre pour évoluer vers cet État libéral : la résistance de la société civile, illustrée par "Contribuables Associés" et "Liberté Chérie", la démocratie directe, illustrée par divers exemples européens et américains; le principe de subsidiarité, illustré par le modèle suisse. Une conclusion récapitulera les enseignements du week-end.

Le programme ci-après donne la liste des conférenciers prestigieux qui traiteront ces différents sujets. Les conférences dureront 45 minutes et seront suivies d'une discussion de 15 minutes.

Le week-end se passera à l'hôtel Caliceo, à Saint-Paul-lès-Dax, un hôtel particulièrement agréable situé sur les bords d'un lac (http://www.hotelcaliceo.com/). Il dispose de vastes piscines d'eau thermale de remise en forme La cuisine est de très bonne qualité.

Le prix du séjour est de 210 € par personne en chambre double, 250 € par personne en chambre simple et 130€ pour les personnes qui ne passeront pas la nuit à l'hôtel. Ce prix comprend les repas, le cocktail du vendredi soir, les petits déjeuners, les conférences et les pauses-café. Il est également possible d'assister seulement aux conférences pour un coût de 50 €, et d'ajouter 30.€ par repas si l'on veut prendre seulement certains repas.

Il est conseillé de s'inscrire dès que possible, le nombre de chambres n'étant pas infini et les billets de train étant d'autant moins chers qu'ils sont achetés plus tôt. Il suffit de verser 50 € d'arrhes à l'inscription, le reste étant versé à l'arrivée (par chèque seulement).
Le formulaire d'inscription se trouve après le programme.
Pour tout renseignement, contacter le Cercle au 05 58 51 18 37, ou Cercle.bastiat@gmail.com
Programme
Début
Vendredi 2 juillet 2010. Cocktail à 19H30. Dîner à 20H30.
Après dîner. Allocution de bienvenue (Jacques de Guenin, président du Cercle)
Raison d'être et organisation de la manifestation.
Samedi 3 juillet
9H. Liberté économique et liberté politique. Les faits ( Dr Patrick de Casanove, secrétaire général du Cercle Frédéric Bastiat ).
Il s'agit de montrer, au moyen de "L'index of Economic Freedom" de "Heritage Foundation", et du classement de "Freedom House" les convergences et les différences qui existent de par le monde entre liberté économique et liberté politique..
10H pause café
10H30. Les ravages du totalitarisme. (Françoise Thom, professeur d'histoire contemporaine à la Sorbonne, écrivain).
Il sera montré au moyen d'exemples concrets comment se prend le pouvoir dans les régimes totalitaires, comment il s'exerce et comment il se garde.
11H30. Les limites de la démocratie : les choix publics ou les motivations réelles des hommes politiques (Pierre Garello. Professeur à l'Université d'Aix-Marseille).
12H30 déjeuner
14H30. Les limites de la démocratie : les contraintes arbitraires sur les individus. (Dr Patrick de Casanove, secrétaire général du Cercle Frédéric Bastiat ).
15H30. Les limites de la démocratie : conséquences pratiques dans le cas de la France (Alain Mathieu, président de Contribuables Associés)
16H30 pause café
17H. Le Chemin à suivre : la résistance de la société civile (Benoite Taffin, porte parole de Contribuables Associés et Vincent Ginocchio, président de Liberté Chérie).
20H dîner
Dimanche 4 juillet
9H. Le Chemin à suivre : la démocratie directe (Yvan Blot, Inspecteur général de l'administration, écrivain)
10H pause café
10H30. Le Chemin à suivre : le principe de subsidiarité et le modèle Suisse. (François Garçon, historien franco-suisse, maître de conférences à la Sorbonne, écrivain).
11.30. Conclusion générale : vers l'État libéral (Jacques de Guenin, président du Cercle)
12H30 Déjeuner final

Memoria: A ciencia no Brasil colonia - Pesquisa Fapesp

MEMÓRIA: A CIÊNCIA NO BRASIL COLÔNIA
Neldson Marcolin
Pesquisa Fapesp Online, Quinta-feira, 03 de Junho de 2010

Corte portuguesa contratou há 214 anos naturalistas para conhecer melhor as riquezas naturais do país

A contratação de cientistas pelo Estado para realizar estudos sobre a natureza e aprimorar tecnologias está longe de ser uma iniciativa recente no Brasil. No final do século XVIII a Corte portuguesa determinou expressamente aos governadores das capitanias brasileiras a admissão de naturalistas com o objetivo de fazer mapas do território, realizar prospecção mineral e desenvolver e disseminar técnicas agrícolas mais eficientes. Tudo para tentar gerar mais divisas e ajudar a equilibrar as periclitantes contas do reino de Portugal.

A ordem para buscar os homens de ciência capazes de pesquisar a natureza brasileira partiu de dom Rodrigo de Sousa Coutinho ao assumir a Secretaria de Estado da Marinha e Domínios Ultramarinhos, em 1796, e formular uma nova política para a administração do Império colonial português. Para ele, era urgente conhecer a utilidade econômica das espécies nativas e investigar o verdadeiro potencial mineral das terras de além-mar. Aos governadores de cada capitania cabia acompanhar os trabalhos e relatar à Corte os progressos em curso.

Foram contratados naturalistas em Minas Gerais, em Pernambuco, na Bahia e no Ceará. Em São Paulo, o governador Antônio Manuel de Melo Castro e Mendonça admitiu João Manso Pereira, um químico autodidata, versado em idiomas como grego, hebraico e francês e professor de gramática, envolvido em ampla gama de atividades. "Manso é um caso notável de autodidatismo que, sem nunca ter saído do Brasil, procurava estar atualizado com as novidades científicas que circulavam no exterior", diz o historiador Alex Gonçalves Varela, pesquisador do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast) e autor do livro Atividades científicas na "Bela e Bárbara" capitania de São Paulo (1796-1823) (Editora Annablume, 2009). O químico era inventor e publicou diversas memórias científicas, da reforma de alambiques e transporte de aguardente à construção de nitreiras para produzir salitre. Mas fracassou no projeto de instalação de uma fábrica de ferro. "Foi quando seu didatismo mostrou ter limites."

Em 1803 foi nomeado para seu lugar Martim Francisco Ribeiro de Andrada e Silva pelo governador Antônio José de Franca e Horta. Irmão de José Bonifácio, "que viria a ter papel relevante na história da Independência", Martim era diferente de João Manso. Tinha uma formação acadêmica sólida, andou pela Europa e estudou na Universidade de Coimbra. Tradutor de obras científicas, fez numerosas viagens pelo território paulista e foi um difusor das ciências mineralógicas na época. "Ele seguia o conjunto de práticas científicas do período, ou seja, descrição, identificação e classificação dos minerais em seu local de ocorrência", conta Varela. Anos mais tarde, Martim e Bonifácio realizaram juntos uma conhecida exploração pelo interior paulista (ver Pesquisa FAPESP edição 96).

João Manso, Martim e Bonifácio tinham em comum o conhecimento enciclopédico e uma forte ligação com a política do período. Martim chegou a ministro da Fazenda e participou do que ficou conhecido como "gabinete dos Andradas", convidado pelo irmão, em 1822. De acordo com Varela, o trabalho científico dos três naturalistas foi de extrema relevância para ajudar o governo luso a conhecer de forma detalhada a capitania paulista e seus recursos naturais.

"A ciência e a técnica brasileira não é algo tão recente como se afirmava até meados dos anos 1980 e não passou a ser praticada aqui apenas depois que surgiram os institutos biomédicos no final do século XIX e começo do século XX", afirma o historiador. "Há numerosos exemplos de homens ilustrados investigando a natureza, trabalhando com uma ciência utilitarista e produzindo conhecimento no período do Brasil Colônia." Por fim, uma curiosidade: os termos naturalista e filósofo natural ainda são usados pelos historiadores para se referir aos homens de ciência da época porque a palavra cientista não existia até 1833. Naquele ano, ela foi utilizada pela primeira vez pelo polímata William Whewell, que criou o neologismo para se referir às pessoas presentes em uma reunião da Associação Britânica para o Avanço da Ciência.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

De volta ao tema de flamenguistas e vascainos no Oriente Medio...

A compadecida diplomacia amoral de Lula
ELIO GASPARI
Folha de S.Paulo, quarta-feira, 02 de junho de 2010

Dilma e Vannuchi precisam ler o que acontece aos presos na ditadura do companheiro Ahmadinejad

A CANDIDATA DILMA Rousseff e o companheiro Paulo Vannuchi, secretário nacional de Direitos Humanos, precisam ler "Death to the Dictator!" ("Morte ao Ditador!"), livrinho de 169 páginas que saiu nos Estados Unidos, contando a história de um jovem de 25 anos que foi preso pela milícia iraniana no dia 5 de agosto do ano passado, durante um protesto contra a posse de Mahmoud Ahmadinejad na Presidência.
Ele passou 28 dias nos calabouços da República Islâmica. Ambos conheceram a rotina dos porões da ditadura brasileira e podem avaliar o que sucede no Irã enquanto Nosso Guia apoia a ditadura que esmagou a sociedade civil iraniana.
Ex-presos políticos, Dilma e Vannuchi podem entender o que sucedeu ao ex-metalúrgico Mohsen (um pseudônimo, bem como o da autora, cujas qualificações foram verificadas pelo colunista Roger Cohen, do "New York Times").
Ele era um ativista periférico e participou de passeatas e quebra-quebras nas semanas seguintes à eleição. Preso, foi levado para a prisão de Evin, a Bastilha de Teerã, desde o tempo do Xá. Os presos ficavam nas celas algemados, encapuzados e obrigados ao silêncio.
Na linguagem do porão, Mohsen "quebrou" na primeira surra. Isso ficou claro quando confirmou ter participado de reuniões e projetos inexistentes, inventados pelos interrogadores. Mohsen ficou poucos dias em Evin. Foi transferido para outro calabouço, onde o regime guardava bandidos, traficantes e cafetões.
Lá, não mais o interrogavam. Os policiais o espancavam em nome do "Deus misericordioso e compadecido..." e um deles ordenou: "Engravide-o". Outro disse-lhe: "Você quer de volta o seu voto?" Mohsen, como seus companheiros de cela, era violentado todos os dias, às vezes mais de uma vez. Três semanas depois jogaram-no numa beira de estrada.
Quando reencontrou a família, pediu que o levassem a um médico que não o conhecesse.
Na noite da eleição, em junho passado, o presidente Ahmadinejad ironizou esportivamente os protestos: "É como no futebol, todo mundo acha que vai ganhar". No dia seguinte, Lula, recorreu à mesma metáfora: "Por enquanto, é apenas uma coisa entre flamenguistas e vascaínos".
O médico que cuidou de Mohsen disse à sua mãe que vigiasse o filho, pois vira casos semelhantes e muitos jovens mataram-se.
O que aconteceu no Irã depois que a Guarda Revolucionária se impôs nas ruas, nas empresas, nos meios de comunicação e no aparelho judiciário não foi coisa de flamenguistas ou de vascaínos.
O beneplácito misericordioso e compadecido que, desde então, Lula dá a Ahmadinejad, suja com a marca da amoralidade a diplomacia brasileira. Esse beneplácito faz com que soe parcial quando condena as ações de Israel.
Razões de Estado podem levar o governo turco, que tem uma extensa fronteira com o Irã, a cultivar uma política de boa vizinhança com Ahmadinejad, mas Brasília fica a 11 mil quilômetros dessa encrenca.
Lula argumenta que exerce no Oriente Médio uma função pacificadora, porque o Brasil "cansou de ser tratado como segunda classe". Expandindo contenciosos e importando conflitos que pouco têm a ver com o interesse brasileiro, pratica uma agenda de terceira.

Fracasso politico, demissao do cargo: se a moda pega...

Já são dois: o presidente da Alemanha e o primeiro-ministro do Japão.
O primeiro por terem reagido mal a suas observações sobre o envio de tropas ao Afeganistão como importantes para assegurar a presença da Alemanha no mundo.
O segundo por não ter conseguido cumprir uma promessa de campanha: a de retirar as forças americanas estacionadas na ilha de Okinawa.
Em outros países, políticos pegos em situações constrangedoras, de ordem moral (costumes, corrupção, malversação de fundos públicos) ou outra, acabam se demitindo dos cargos e abandonando a vida política.

Não vejo isso acontecendo no Brasil. Aliás, pelo andar da carruagem, não há nenhum risco de que isso aconteça any time soon, ou seja, renúncia voluntária, de vergonha, que não seja sob a ameaça iminente de um processo político.
Acho que nossos políticos já perderam a vergonha, se é que algum dia a tiveram...

Paulo Roberto de Almeida

O sumô tributário e o presidente peso-pesado...

Se quem tem carga tributária não tem Estado, então o Brasil está com excesso de Estado. Os países que tem carga tributária na faixa de 20% do PIB são os que mais crescem no mundo, porque quem investe na produção de bens e servicos, produzem empregos e criam riquezas são os empresários, não o Estado.
Uma carga na faixa de 30% seria o máximo que um país como o Brasil poderia suportar, sendo que o ideal seria na faixa de 20 a 25% do PIB apenas.
Com 38% do PIB, o Brasil tem uma carga tributária de país rico, com uma renda per capita seis vezes menor.
Então alguma coisa está errada e não é a matemática ou os registros históricos.
Seria muito bom que o Estado fizesse menos e deixasse o setor produtivo criar renda e riqueza, empregos e crescimento.
Ao acreditar nessa história, o Brasil vai pagar um alto preço pelo desperdício estatal, como aliás já vem pagando.
Paulo Roberto de Almeida

Lula defende alta carga tributária do Brasil
Tânia Monteiro e Leonencio Nossa
Agência Estado, 1 de junho de 2010

'Quem tem carga tributária de 10% não tem Estado', afirmou presidente em discurso de improviso

BRASÍLIA - Em discurso de improviso na 33ª reunião da Cepal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a alta carga tributária do País, alegando que "quem tem carga tributária de 10% não tem Estado" e "o Estado não pode fazer absolutamente nada".

Lula ironizou lembrando o que chamou de "brigas apoteóticas" entre os ex-ministros da Fazenda do Brasil e da Argentina, Pedro Malan e Domingo Cavallo, respectivamente, querendo saber quem era mais amigo dos países ricos. "O FMI mandava todo dia um agente aqui para dar palpite, funcionários do FMI, e essas pessoas achavam que faziam bem pros seus países. Eu penso que estamos construindo um mundo mais verdadeiro", desabafou Lula, avisando que "tem orgulho" da carga tributária do país hoje.

"Tem gente que se orgulha de dizer, olha, em meu país, a carga tributária é de apenas 9%, no meu país é apenas 10%. Quem tem carga tributária de 10% não tem Estado. O Estado não pode fazer absolutamente nada". "E estamos aí cheio de exemplos para a gente ver. É só percorrer o mundo para perceber que exatamente os Estados que têm as melhores políticas sociais são os que têm a carga tributária mais elevadas, vide Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Dinamarca", declarou Lula. "E os que têm a carga tributária menor, não têm condição de fazer absolutamente nada de política social, é só fazer um recorrido pela América do Sul", defendeu.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Problema nuclear iraniano: tangenciando o problema

Assino um desses serviços de "assemblagem" de notícias, tendo definido diversas palavras-chaves para receber tudo o que se publicasse em torno disso, em inglês, português, espanhol e francês.
Pois bem, sob a rubrica "Brazilian diplomacy" recebi as matérias abaixo, que obviamente são sobre a diplomacia brasileira. Mas, as matérias também tocam no problema mais relevante da diplomacia brasileira neste momento: o programa nuclear iraniano.
Curiosamente, as matérias falam muito de diplomacia brasileira em relação a essa questão, mas de fato não tocam no problema principal: o programa nuclear iraniano.
As matérias ficam discutindo se o Brasil já chegou, ou não, à mesa dos "grandes". O Irã, obviamente, agradece essa falta de atenção da imprensa brasileira e estrangeira, em geral.
Quanto à imprensa brasileira, um outro registro deve ser feito: o pressuposto aqui é que o programa é para fins pacíficos, assim, sem nenhuma dúvida...
Paulo Roberto de Almeida

Dateline Tehran: Brazil's Big-League Diplomacy (Part I) by Mark S ...
Could Brazil displace the United States as the leader in global diplomacy?


Brazil's diplomacy on Iran points to larger ambitions - latimes.com
Brazil has long felt it doesn't get the respect it deserves as one of the
world's most prominent emerging nations and under President Luiz Inacio
Lula da ...


World: Brazil's diplomacy on Iran points to larger ambitions
Brazil's diplomacy on Iran points to larger ambitions ... Brazilian
President Luiz Inacio Lula da Silva stands with Iran's Mahmoud Ahmadinejad
during a ...


Clinton Criticizes Brazil's Iran Diplomacy
But she said Iran used Brazilian diplomacy spearheaded by President Luis
Inacio Lula da Silva to try to stave off new U.N. Security Council
sanctions. ...


Israel Matzav: Smart diplomacy: Brazil claims Obama approved Iran deal
Smart diplomacy: Brazil claims Obama approved Iran deal. Brazil is furious
with the United States' rejection of the deal it made with Iran over the
latter ...

Voce quer saber onde foi parar o seu dinheiro?

Primeiro veja esta matéria:

Servidores da Câmara terão aumento de até 40%
Congresso em Foco, 01/06/2010 - 06h00

Plano de carreira idealizado pela Mesa da Câmara permitirá a servidores aumento que pode chegar a até 40%
Sem alarde, projeto que cria novo plano de carreira para os 3.500 funcionários tramitou pelo Congresso. O impacto orçamentário previsto para 2011 com os aumentos é de meio bilhão

De forma discreta, sem alarde, tramitou pelo Congresso o projeto que cria o novo plano de carreira dos servidores da Câmara. O projeto encontra-se agora no Palácio do Planalto para sanção presidencial. Enquanto o presidente recebe recomendação da equipe econômica para vetar o aumento de 7,7% para os aposentados, o novo plano de carreira dos servidores da Câmara concede um reajuste, em média, de 15%, mas que, em alguns casos, chega a até 40%. Somados os vários aditivos possíveis, haverá servidores que chegarão ao teto constitucional de R$ 27.725 para os salários.

Hoje, o menor salário da Casa é de R$ 3.400, para quem tem nível básico, caso a pessoa não possua função comissionada ou vantagens pessoais incorporadas. O menor salário para quem tem curso superior é R$ 9.800. Se o plano for sancionado, quem tem curso superior ganhará de R$ 12 mil a R$ 17 mil. Mas, com funções comissionadas e adicionais a maior remuneração chegará ao teto do funcionalismo, R$ 27.725, considerando-se a maior função comissionada e o adicional de especialização, que só agora, 20 anos depois de previsto, passará a ser pago aos servidores.

Meio bilhão
Idealizado pela própria Mesa da Câmara, o plano, com impacto orçamentário de R$ 505 milhões previsto para 2011, quer igualar os salários dos servidores da Câmara com os rendimentos dos trabalhadores do Executivo e do Judiciário, que tiveram reajustes generosos a partir de 2006.

Os aumentos propostos pelo novo plano de carreira da Câmara são feitos basicamente com a criação de um fator multiplicador da Gratificação de Atividade Legislativa (GAL). O vencimento básico é o mesmo. O que aumenta é a gratificação, principalmente se o funcionário ocupar uma função comissionada (FC). Hoje, 76% dos 3.400 servidores efetivos da Casa possuem alguma FC.

Uma das medidas propostas pelo projeto de lei deixou dúvidas em três juristas e um consultor ouvidos pelo Congresso em Foco. Eles temem que o art. 4º permita que, futuramente, a Câmara aumente a GAL dos servidores por ato da Mesa sem a necessidade de lei. Diz o artigo:

Art. 4º A Mesa da Câmara dos Deputados fica autorizada a reestruturar e alterar a tabela de fatores da Gratificação de Atividade Legislativa.

A administração da Casa garante que não fará isso, por ser inconstitucional. Diz que vai se limitar a fazer eventuais reduções na GAL e remanejamentos de despesas, sem aumento de gastos. Mas os juristas e o consultor não pensam assim.

Cheque em branco
“Se o Legislativo confere à Mesa da Câmara um cheque em branco para atuar como queira, ele está abrindo mão da sua competência legislativa”, diz o professor de direito administrativo Pedro Serrano, mestre em Direito do Estado. “É profundamente antirepublicano e inconstitucional procurar se atribuir a uma autoridade administrativa [a Mesa] aumentar salários ou vencimentos quando queira.”

Para Serrano, há problemas mesmo que haja apenas reduções de gratificações de determinados grupos de servidores e aumento para outros. “Com isso, pode haver persecução aos servidores que não queiram atender aos interesses da autoridade administrativa e benefícios para os que queiram atender”, reflete.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, também estranhou o texto. “Essa possibilidade de conceder aumentos depende de questões orçamentárias. É por isso que o legislador remete isso à própria lei. Senão, o governador poderia fazer, a Assembleia Legislativa poderia fazer”, disse. “Não pode ser por vontade individual, da Mesa, da Presidência da República ou do Tribunal de Justiça.”

Redação aberta
Um consultor legislativo analisou o texto a pedido do site. Ele disse que a redação ficou aberta demais, “permissiva”. Na sua opinião, o artigo viola a Constituição.

O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Antônio Carlos Bigonha, ficou em dúvida ao ser apresentado ao texto do projeto. “Eu tenho dúvidas se a Mesa pode fazer isso ou o plenário. Teria que estudar.” O site enviou a Bigonha o projeto de lei ao procurador, mas ele não pôde responder até o fechamento desta reportagem.

A assessoria da Casa Civil da Presidência afirmou que não vai se manifestar sobre a legalidade do artigo 4o. do plano de carreira. O Planalto enviou o texto do plano de carreira para os ministérios emitirem parecer sobre a proposta e aguarda o resultado das análises.

A administração da Câmara destaca que, para aumentar despesas, só vai recorrer à tramitação de lei – que precisa ser discutida, passar pelo Senado e ainda ser sancionada pelo presidente da República. Segundo a assessoria da Casa, o art. 4º significa que somente a Mesa poderá propor projetos que aumentem despesas.

A administração diz que não vai agir ilegalmente se reduzir a GAL dos servidores. Isso porque trata-se de uma gratificação, e não do vencimento básico dos funcionários.

O CUSTO DO PLANO DE CARREIRA
Em 2010
R$ 252 milhões aproximadamente (sendo R$ 50 milhões do adicional de especialização)
Em 2011
R$ 505 milhões aproximadamente (sendo R$ 100 milhões do adicional de especialização)

Fonte: administração da Câmara
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Agora veja de onde vai sair o dinheiro:


Governo Lula corta R$ 1,28 bilhão da Educação
Renata Veríssimo e Edna Simão
Estado de São Paulo, 01.06.2010

O governo definiu ontem os ministérios e os órgãos da União que terão uma nova redução de orçamento este ano, como parte do corte de gastos anunciado recentemente pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. O Ministério da Educação foi o mais afetado e terá R$ 1,28 bilhão a menos para gastar em 2010. Com esse corte adicional, o orçamento da Educação perdeu R$ 2,34 bilhões em relação aos valores aprovados pelo Congresso.

No total, o Executivo está reduzindo despesas no valor de R$ 7,5 bilhões. Para alcançar o valor do corte de R$ 10 bilhões, anunciado no dia 13 de maio, o governo diminuiu também a estimativa de gastos obrigatórios (principalmente com pessoal e subsídios), em cerca de R$ 2,4 bilhões. O Legislativo e o Judiciário terão uma redução nas despesas de R$ 125 milhões.

O corte foi anunciado como medida para evitar uma escalada mais forte da taxa básica de juros (Selic) decidida pelo Banco Central. O ministro Mantega chegou até a dizer que a medida ajudaria a esfriar o crescimento acelerado da economia, funcionando como uma redução “na veia” da demanda pública.

Na prática, porém, a equipe econômica anunciou um total de R$ 31,8 bilhões cortados do Orçamento para reforçar a política de responsabilidade fiscal e mostrar ao mercado que o governo vai cumprir a meta do superávit primário, que é de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Neste ano, foi a primeira vez que o governo teve de fazer um corte adicional além do contingenciamento que é realizado todo início de ano, após a aprovação da Lei Orçamentária pelo Congresso.

Além da Educação, os maiores cortes ocorreram no Ministério do Planejamento (R$ 1,24 bilhão), nos Transportes (R$ 906,4 milhões) e na Fazenda (R$ 757,7 milhões). O Ministério da Saúde perderá R$ 344 milhões. O Ministério do Desenvolvimento Social - responsável por programas sociais como o Bolsa-Família - terá de reduzir as despesas em R$ 205,3 milhões.

Beneficiados. Por outro lado, dez ministérios tiveram parte do orçamento recomposto em relação à previsão de março. Os ministérios beneficiados foram Agricultura; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Justiça; Previdência Social; Trabalho; Desenvolvimento Agrário; Esporte; Defesa; Integração Nacional e Turismo.

Segundo o decreto publicado ontem no Diário Oficial da União, os únicos órgãos que não tiveram alteração na previsão de orçamento em relação à última estimativa divulgada em março foram o Ministério das Relações Exteriores e a Vice-Presidência da República.

O governo também fixou R$ 1,5 bilhão como reserva. Esses recursos poderão ser distribuídos, à medida que seja necessário, aos ministérios.

Morales se diz surpreso com volume do narcotráfico na Bolívia

Deixa ver se eu entendi: o presidente Evo Morales expulsou a DEA da Bolívia por suspeitar que ela se dedicasse a espionagem contra o seu governo, em lugar de combater o narcotráfico. O Brasil se ofereceu para substituir os EUA e a Bolívia até agora não tomou medidas para concretizar a iniciativa.
Ele agora se diz supreso com o volume do narcotráfico?! Ingênuo, distraído? Ou ele pensa que somos todos idiotas?
Descobriu agora que o narcotrafico movimento muito dinheiro? Que surpresa!
Certo, EUA e Europa são grandes clientes da cocaína traficada, mas isso não quer dizer que a Bolívia deve fazer corpo mole para a produção e circulação da coca, que depois é transformada em cocaína no Brasil...
Ainda vamos ter muita bobagem sendo dita em relação a esse assunto.
Paulo Roberto de Almeida

Morales se diz surpreso com volume do narcotráfico na Bolívia
Reuters, 31/05/2010 às 17h35m

LA PAZ (Reuters) - O presidente da Bolívia, Evo Morales, se disse surpreso nesta segunda-feira com o volume do narcotráfico em seu país, e acusou os Estados Unidos de suposto favorecimento aos responsáveis.

A declaração foi feita na véspera da primeira visita oficial a La Paz do secretário adjunto de Estado dos Estados Unidos para o Hemisfério Ocidental, Arturo Valenzuela, num momento de reaproximação entre os norte-americanos e o governo de Morales.

"Não achava que era tão grande o narcotráfico, não achava que o narcotráfico tinha tal poder econômico (...), sinto que se infiltra nos poderes, nas estruturas dos Estados, não só na Bolívia, mas em todo o mundo", disse Morales em discurso num ato militar.

"Vejo que há muita cumplicidade de algumas instituições, de membros da Justiça boliviana, mas também de alguns membros da polícia. Por que essa forma de comprar nossos membros do Estado? Cheguei à conclusão de que é muita 'plata' (dinheiro), o narcotráfico manipula muita 'plata'."

Morales e alguns de seus principais colaboradores costumavam elogiar reiteradamente as políticas de controle antidrogas do país, e asseguravam que a Bolívia -terceiro maior produtor mundial de cocaína, atrás de Colômbia e Peru- não tinha grandes máfias de narcotraficantes.

O presidente citou o vaivém de prisões e libertações do traficante William Rosales, que está desaparecido.

"Quem o libera, um juiz e promotores que recebem apoio econômico ou salários dos Estados Unidos", afirmou Morales, que no fim de 2008 expulsou da Bolívia os agentes do DEA (departamentos antidrogas dos EUA) sob a acusação de ingerência política.

Também em 2008, ele expulsou o embaixador dos EUA, o que iniciou um ciclo de distanciamento diplomático entre EUA e Bolívia, o que a visita de Valenzuela tenta reverter.

No seu discurso, Morales pediu envolvimento dos militares para "nacionalizar" a luta contra o narcotráfico, mas disse que EUA e Europa também têm muito o que fazer por serem o maior destino da droga.

Há na Bolívia cerca de 30 mil hectares de cultivos de coca, sendo metade destinada ao mercado legal. Segundo relatórios recentes, a Bolívia seria cada vez mais uma rota para a cocaína fabricada no Peru e consumida no Brasil e na Europa.

Na semana passada, o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, afirmou que a Bolívia é cúmplice na entrada de cocaína no Brasil. Segundo o ex-governador de São Paulo, de 80 a 90 por cento da cocaína consumida internamente tem como origem o país vizinho.

"Você acha que poderia entrar toda esta cocaína no Brasil sem que o governo boliviano fizesse pelo menos corpo mole? Acho que não", disse Serra a jornalistas no Rio de Janeiro.

Calvin e o brutamontes da escola: quase...

Ao ler a matéria abaixo, juro que me lembrei do pobre do Calvin sendo massacrado pelo colegão troglodita da escola, que sempre dilapida os tostões de seu bolso pelo método mais rápido e direto: um par de sopapos, e o assunto está resolvido.
No caso do Brasil, os sopapos ficam a cargo da Receita Federal e seus congêneres estaduais e municipais, que extorquem mais da metade do faturamento das empresas.
Eu só fico me perguntando por que esses poltrões de empresários, que não estão sozinhos como o Calvin, não se reunem numa grande coalizão para simplesmente dizer basta ao brutamontes estatal.
Talvez eles gostem de apanhar, e ser roubados pelo grande irmão.
Covardes, como diria outro personagem de história em quadrinhos, desta vez do Quino...
Paulo Roberto de Almeida

Fisco leva 45% da 'riqueza' das S.A.
Sócio preferencial

Fernando Torres, de São Paulo
Valor Econômico - 31/05/2010

Da riqueza gerada pelas cem maiores companhias abertas do país por valor de mercado em 2009, que somou R$ 558 bilhões, as três esferas de governo abocanharam 45% na forma de impostos, contribuições e taxas. As empresas retiveram 13,5% do total para engordar seu patrimônio e distribuíram 9,5% aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio e dividendos. Os funcionários ficaram com 20% e os credores, com 12%.

A disparidade é grande quando se analisa o peso da carga tributária em diferentes setores da economia, conforme levantamento feito pelo Valor com as cem maiores companhias abertas por valor de mercado. No topo do ranking, as empresas de telecomunicações destinaram 64% da riqueza gerada em 2009 para o pagamento de impostos, taxas e contribuições.

Os segmentos de bebidas e fumo, petróleo e gás e energia elétrica aparecem em seguida na lista dos que recolhem mais tributos. Em todas essas áreas, União, Estados e municípios se tornaram sócios preferenciais das companhias e ficaram com mais de 50% do valor adicionado por elas.

A medida do valor adicionado de uma empresa, que é a contribuição dela para a formação do Produto Interno Bruto (PIB), tem como base o faturamento bruto, descontados os custos com insumos comprados de terceiros.

Apesar do peso importante dos impostos em todos os segmentos, não é possível dizer que todas as empresas de grande porte possuem uma carga tributária acima da média do país, de 35%.

No ano passado, as empresas de mineração e siderurgia destinaram 29% do valor adicionado para o pagamento de impostos, enquanto nos segmentos de construção, aviação e papel e celulose a taxa ficou abaixo de 25%.

Na Embraer, por exemplo, que tem benefícios fiscais pelo fato de destinar praticamente 100% da produção para o exterior, o peso dos tributos sobre o valor adicionado foi de 2% em 2009. O índice foi puxado para baixo por conta de um diferimento de Imposto de Renda e CSLL.

Segundo o professor Ariovaldo dos Santos, da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), a análise de dados setoriais permite notar que a estrutura de tributação brasileira pesa mais sobre a produção do que sobre o lucro. "E isso não é uma coisa deste ou dos últimos governos, é algo que se construiu ao longo de 50, 80 anos", diz o especialista, que destaca que, na média, os bancos têm uma carga menor que indústria, comércio e serviços.

No levantamento feito pelo Valor, o peso dos impostos no valor adicionado das empresas do setor financeiro - o que inclui bancos, seguradoras e empresas de cartão de crédito - foi de 32%.

Na mesma linha, um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostra que, da carga tributária de 35% do PIB, 16,8 pontos percentuais referem-se a tributos sobre a produção de bens e serviços e 9,5 pontos sobre os salários.

Com peso bem menor, equivalente a 5,7 pontos percentuais na carga total, estão os impostos sobre o capital e outras rendas, enquanto os tributos sobre o patrimônio participam com 1,2 ponto. Ao todo, são 61 tributos no Brasil.

Segundo João Eloi Olenike, presidente do IBPT, esse tipo de estrutura favorece a aplicação no mercado financeiro, em detrimento da produção, que poderia gerar mais empregos. "Ao tributar o faturamento, o Brasil não deixa as empresas criarem riqueza", diz.

A Demonstração do Valor Adicionado, que passou a ser obrigatória para as companhias abertas em 2009 e foi usada como base no levantamento do Valor, permite também que se observe a remuneração do capital próprio, dos funcionários e dos credores.

Na média das cem empresas observadas, os detentores de capital ficaram com 23% do valor adicionado. Desse montante, pouco menos da metade, ou 9,5% do total, foi distribuído na forma de dividendos ou juros sobre capital próprio aos investidores.

Mas, da mesma forma que os impostos, há bastante variação em outros itens na análise por setores. Mais penalizados em termos de tributos, os sócios das empresas de telecomunicações ficam apenas com 8% do valor adicionado. Na ponta de cima do ranking, as incorporadoras imobiliárias conseguiram reter 44% do valor para remunerar o capital dos acionistas. Em segundo lugar surge o setor de mineração e siderurgia, com 40%, e em terceiro o financeiro, com 32%.

Os funcionários dessas cem empresas ficaram, na média, com 20% da riqueza gerada em 2009. As empresas de saúde e saneamento foram as que destinaram maior parcela às despesas com pessoal, com índices de 43% e 42%, respectivamente. Entram nessa conta os salários, benefícios, FGTS, décimo terceiro etc., mas não os tributos que incidem sobre a folha, como INSS.

Completando a distribuição do valor adicionado, a menor parcela, de 12%, é destinada à remuneração do capital de terceiros, por meio de juros e aluguéis, incluindo leasing. Esse índice é um sinal do baixo nível de endividamento das empresas brasileiras, diz Ariovaldo. Ele ressalta que dívida não é algo ruim, contanto que o custo seja menor que o retorno do negócio.

30 Anos de CNN, with a little help of a big Big Brother...

Acabo de assistir o Estado orwelliano em ação, e os leitores deste blog poderão, ou não, confirmar minha suposição (por certo malévola e mal intencionada).

A CNN está comemorando 30 anos de atividades ininterruptas (não em todos os países, por certo), a partir de sua primeira transmissão a partir da Georgia, em 1980. Como parte da retrospectiva, a cadeia, que já foi depreciativamente chamada, quando começou, de Chicken Noodles Network, mostrou imagens dos seus 30 anos de reportagens, incluindo o desastre do Space Shuttle Columbia e a queda do muro do Berlim.
De repente, tudo fica cinza em meu aparelho Philips made in China (e como), com aqueles chuviscos tradicionais de interrupção de transmissão de imagem, durante quase 20 segundos, e depois tudo volta ao normal.
Minha hipótese, a ser confirmada pelos que eventualmente assistiram à mesma matéria em outros países (a ser repassada diversas vezes, suponho, nos próximos dias), é a de que as imagens suprimidas se referissem aos episódios da Praça (sem ironia) da Paz Celestial, ou Tian An Men, quando, em junho de 1989, tanques chineses afogaram no sangue os protestos dos estudantes por mais democracia. Aparentemente, cerca de 3 mil manifestantes desapareceram ou foram mortos (vocês escolhem) e China voltou ao seu regime político "normal" dos últimos 4 mil anos.

Aqui na China, diga-se de passagem, só tenho direito a assistir à versão asiática da CNN, à CNBC (uma rede de negócios) e à versão asiática da BBC News, além de uma versão pasteurizada (e horrível) de um canal francês (nem vale a pena mencionar o nome). Todo o resto é China, em vários molhos e apresentações, inclusive um canal da CCTV (a estatal local) em inglês, palatável em sua inocuidade bem comportada (ainda assim, muito melhor do que a porcaria que nos servem como TV estatal no Brasil).

Fico na espera da confirmação de minha hipótese, por parte de alguma alma caridosa e atenta à CNN. Confirmando-se, também imagino que fique confirmada a hipótese de transmissão diferida por alguns segundos, para dar tempos aos pequenos big brothers (devem existir milhares deles, sempre atentos em frente de todos os canais transmitidos do estrangeiro) de cortarem a transmissão. Se questionados, os responsáveis poderão sempre dizer que se tratou apenas de um "problema técnico".
Sorry, Dalai Lama, no chances for you...
Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 1.06.2010)

Politica Nuclear do Iran (15): Mais duas opinioes (abalizadas)

O que o Brasil ganha e perde com o acordo nuclear iraniano?

Dois personagens acostumados ao jogo diplomático avaliam a questão.

Os embaixadores Luiz Felipe Lampreia e Sérgio Amaral avaliam até que ponto o Brasil ganhou e perdeu mediando o polêmico acordo nuclear com o Irã.

link:
http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1594711-17665-384,00.html