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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Filosofia chinesa: aspectos internacionais - Fung Yu-Lan (1947)

Trechos de um livro de História da Filosofia Chinesa, que a Carmen Lícia trouxe para casa, e que estou copiando de um capítulo dedicado apenas a aspectos internacionais desse pensamento:

"When the Mongols and Manchus conquered China, they had already to a considerable extent adopted the culture of the Chinese. They dominated the Chinese politically, but the Chinese dominated them culturally. They therefore did not create a marked break of change in the continuity and unity of Chinese culture and civilization, with which the Chinese were most concerned.
(...)
The introduction of Budhism seems to have given many Chinese the realization that civilized people other than Chinese existed, but traditionally there have been two kinds of opinion regarding India. Those Chinese who opposed Budhism believed that the Indians were simply another tribe of barbarians. Those who believed in Budhism, on the other hand, regarded India as the 'pure land of the West'. (...)
As a result of these concepts, when the Chinese first came in contact with Europeans in the sixteenth and seventeenth centuries, they thought that they were simply barbarians like preceding barbarians, and so they spoke of them as barbarians. As a consequence they did not feel greatly disturbed, even though they suffered many defeats in fighting with them. They began to be disturbed, however, when they found that the Europeans possessed a civilization equal to, though different from, that of the Chinese. What was novel in the situation was not that peoples other than Chinese existed, but that their civilization was one of equal power and importance."

p. 346, 348-350, of:
Fung Yu-Lan
A Short History of Chinese Philosophy
Beijing: Foreign Language Teaching and Research Press, 2017
A partir de um original de Fung Yu-Lan
June 1947, University of Pennsylvania

Prata da Casa, fevereiro de 2017 a maio de 2017 - resenhas Paulo Roberto de Almeida

Um pouco atrasado, mas finalmente verificado, vou publicar a lista efetiva das resenhas publicadas na revista da ADB:

1266. “Prata da Casa, fevereiro de 2017 a maio de 2017”, Revista da ADB, Associação dos Diplomatas Brasileiros (ano XIX, n. 95, fevereiro de 2017 a maio de 2017, p. 36-37; ISSN: 0104-8503; link: https://adb.org.br/wp-content/uploads/2017/08/Revista-da-ADB-alta.pdf). Mini-resenhas sobre os seguintes livros: (1) Paulo Roberto de Almeida (org.), O Homem que Pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos (Curitiba: Editora Appris, 2017, 373 p.; ISBN: 978-85-473-0485-0); (2) José Vicente Pimentel (ed.), Brazilian Diplomatic Thought: policymakers and agents of Foreign Policy (1750-1964) (Brasília: Funag, 2016, 3 vols.; ISBN: 978-85-7631-547-6); (3) Ives Gandra da Silva Martins; Paulo Rabello de Castro (Orgs.). Lanterna na proa: Roberto Campos Ano 100 (São Luís: Resistência Cultural, 2017, 340 p.; ISBN: 978-85-66418-13-2); (4) Sérgio Eduardo Moreira Lima (org.): Visões da obra de Hélio Jaguaribe (Brasília: Funag, 2015, 135 p.; ISBN: 978-85-7631-539-1).  Relação de Originais n. 3107.

Aqui seguem os textos: 
 

Paulo Roberto de Almeida
 [Miniresenhas; Revista da ADB, Associação dos Diplomatas Brasileiros (ano XIX, n. 95, fevereiro de 2017 a maio de 2017, p. 36-37; ISSN: 0104-8503)]


(1) Paulo Roberto de Almeida (org.):
       O Homem que Pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos
       (Curitiba: Editora Appris, 2017, 373 p.; ISBN: 978-85-473-0485-0)


            Roberto Campos foi, possivelmente, um dos maiores intelectuais brasileiros da segunda metade do século XX, com a peculiaridade de que, além de ser diplomata, se tratava também de um dos grandes economistas, homens públicos e estadistas, que dedicou sua vida a tentar salvar o Brasil de si mesmo, sem no entanto conseguir êxito na empreitada. Organizado por um diplomata que leu, ou releu, toda a sua obra, desde a tese defendida na George Washington University em 1947, até seus últimos escritos, passando pelas suas indispensáveis memórias, o livro também contou com a colaboração de outro diplomata, Carlos Henrique Cardim, que discorreu sobre a participação de Roberto Campos nos encontros internacionais da UnB, que ele também organizou. Paulo Roberto de Almeida traçou sua magnífica trajetória intelectual.



(2) José Vicente Pimentel (ed.):
       Brazilian Diplomatic Thought: policymakers and agents of Foreign Policy (1750-1964)
        (Brasília: Funag, 2016, 3 vols.; ISBN: 978-85-7631-547-6);


Diversos diplomatas colaboraram na empreitada: Synesio Sampaio Goes Filho (Alexandre de Gusmão), João Alfredo dos Anjos (José Bonifácio), Luis Cláudio Villafañe G. Santos (Duarte da Ponte Ribeiro), Luis Felipe de Seixas Corrêa (Honório Hermeto Carneiro Leão), Rubens Ricupero (A política externa da Velha República e o capítulo sobre o Barão do Rio Branco), Carlos Henrique Cardim (Rui Barbosa), Kassius Diniz da Silva Pontes (Euclides da Cunha), Paulo Roberto de Almeida (introdução metodológica e um capítulo sobre Oswaldo Aranha), Eugênio Vargas Garcia (Cyro de Freitas Valle), Guilherme Frazão Conduru (José Carlos Macedo Soares), Samuel Pinheiro Guimarães (Afonso Arinos de Mello Franco, Gelson Fonseca (San Tiago Dantas) e Ronaldo Mota Sardenberg (João Augusto de Araújo Castro).




(3) Ives Gandra da Silva Martins; Paulo Rabello de Castro (orgs.):
       Lanterna na proa: Roberto Campos Ano 100
       (São Luís: Resistência Cultural, 2017, 342 p.; ISBN: 978-85-66418-13-2)


Sessenta e dois colaboradores nesta outra homenagem a Roberto Campos, entre eles quatro diplomatas: Eduardo dos Santos (sobre a sua chefia, de 1974 a 1982, da embaixada em Londres), Paulo Roberto de Almeida (Bretton Woods, BNDE e receita para desenvolver um país), Rubens Barbosa (Um homem adiante de seu tempo) e Sérgio Eduardo Moreira Lima (“Bob Fields”: o estigma, o diplomata e os valores nacionais). Cada um deles desenvolve diferentes aspectos da vida, da obra e das atividades econômicas ou diplomáticas de Roberto Campos, sempre enfatizando seus ideais de liberdade, de economia de mercado, de reformas estruturais para arrancar o Brasil de uma situação de pobreza evitável para colocá-lo numa condição de prosperidade possível.




(4) Sérgio Eduardo Moreira Lima (org.)
       Visões da obra de Hélio Jaguaribe
       (Brasília: Funag, 2015, 135 p.; ISBN: 978-85-7631-539-1)


Em homenagem feita pelos 90 anos do grande pensador do nacionalismo brasileiro, Samuel Pinheiro Guimarães analisou sua contribuição para a diplomacia, enfatizando a “notável atualidade nas ideias que [HJ] defendeu para a política externa”. Para “demonstrar” tal atualidade, destacou trechos do livro O Nacionalismo na Atualidade Brasileira, de 1958, indicando as similaridades com as políticas e posturas defendidas de 2003 a 2016 pela diplomacia brasileira, da qual ele foi um dos principais ideólogos. As mesmas oposições à época destacadas por HJ, entre o capital estrangeiro e o nacional, a autonomia ou a submissão ao império, a união da América Latina para “neutralizar o poder de retaliação dos Estados Unidos” (p. 89), seriam plenamente atuais (pelo menos para esse ideólogo). Como se queria demonstrar...

 

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Nesta sexta-feira, 20 de outubro, o CEBRI realizará o seminário 
"A Diplomacia na construção do Brasil", 
para lançamento do livro do Ministro Rubens Ricupero. 
O evento ocorrerá na Academia Brasileira de Letras, localizado n
Av. Presidente Wilson, 203,  das 10h às 12h.
Você pode se inscrever clicando na imagem abaixo.
 

Inventario de uma milionaria que nunca trabalhou: Dona Marisa Lula da Silva

Será que ela entraria no planejado imposto dos lulopetistas contra as grandes fortunas?
Como foi possível essa multiplicação dos pães, ou melhor, dos milhões, se Dona Marisa não tinha emprego declarado?
Mistério que a Receita Federal poderia esclarecer...
Paulo Roberto de Almeida

Inventário de Marisa Letícia: patrimônio declarado do casal Lula da Silva é de R$ 11,7 milhões
Informação está em processo relativo à ex-primeira-dama, que morreu em fevereiro
MURILO RAMOS
REVISTA ÉPOCA, 16/10/2017
 O presidente Lula, ao lado de dona Marisa, durante abertura do I Congresso Nacional de Arranjos Produtivos Locais. (Foto:  Ailton de Freitas/Agência O Globo)
Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregaram à Justiça, na semana passada, informações sobre os bens do petista e da ex-primeira-dama Marisa Letícia, que morreu em fevereiro deste ano. As informações fazem parte do inventário de Marisa. O patrimônio declarado do casal soma R$ 11,7 milhões.
Lula lista 20 bens. São imóveis, carros e aplicações financeiras. Os bens mais valiosos são duas aplicações financeiras em previdência privada, que alcançam R$ 9 milhões.
Os advogados afirmam, porém, que não conseguiram acesso a todas as informações de aplicações financeiras. Solicitaram à Justiça, inclusive, extratos e posições consolidadas de contas na Caixa Econômica Federal, no Banco do Brasil na Bolsa de Valores. Os advogados excluíram a conta utilizada por Lula para receber sua aposentadoria.
Leia abaixo a relação dos bens do casal:
1 – Apartamento residencial no Edifício Green Hill, em São Bernardo do Campo Valor: R$ 602.435,01
2 – Apartamento residencial, número 92, no Edifício Kentucky, em São Bernardo do Campo Valor: R$ 179.606,73
3 – Apartamento residencial, número 102, no Edifício Kentucky, em São Bernardo do Campo Valor: R$ 179.606,73
4 – Fração do Sítio Engenho da Serra, em São Bernardo do Campo Valor: R$ 413.547,57
5 – Direito de aquisição de uma fração do Sítio Engenho da Serra, em São Bernardo do Campo Valor: R$ 130.000,00
6 – Automóvel Ford Ranger 2013/2013 Valor: R$ 104.732,00
7 – Automóvel Ômega CD 2010/2011 Valor: R$ 57.447,00
8 – Conta-corrente no Bradesco Valor: R$ 26.091,51 (posição de fevereiro/2017)
9 – Crédito junto à Bancoop referente a sua demissão do quadro de sócios Valor: R$ 320.999,20 (posição de fevereiro/2017)
10 – 98 mil cotas sociais da LILS Palestras, Eventos e Publicações Valor: R$ 145.284,91
11 – Poupança na Caixa Valor: R$ 126.827,43
12 – Poupança no Itaú Valor: R$ 21.438,70
13 – Poupança no Bradesco Valor: R$ 2.946,69
14 – Aplicação financeira Invest Plus, no Bradesco Valor: R$ 16.605,25
15 – Aplicação financeira LCA, no Banco do Brasil Valor: R$ 98.378,89
16 – Renda Fixa, no Banco do Brasil Valor: R$ 191.926,45
17 – Renda Fixa, no Banco do Brasil Valor: R$ 52.709,96
18 – Renda Fixa, no Banco do Brasil Valor: R$ 39.929,24
19 – Previdência Privada VGBL, no Banco do Brasil Valor: R$ 7.190.963,75
20 – Previdência Privada VGBL, no Banco do Brasil Valor: R$ 1.848.331,34
Total: 11.749.806,36

domingo, 15 de outubro de 2017

Eugenio Gudin: A Desordem Monetaria Internacional (1973)

A DESORDEM MONETÁRIA INTERNACIONAL
 Eugenio Gudin 
O Globo, 17/09/73

 

O pecado original que deu lugar à crise monetária internacional que ainda perdura foi, como se sabe, o de terem os Estados Unidos abusado do privilégio de que gozava o dólar, de ser também moeda internacional, como tal recebido e aceito pelo mundo afora. Os Estados Unidos esbaldaram-se despejando dólares no mundo através da guerra do Vietnam e de enormes investimentos na Europa, além do fluxo habitual de turismo. A enorme massa de dólares que ficou ricocheteando pela Europa de país a país tem grande responsabilidade na inflação que se infiltrou na Europa onde atingiu 7% e 8% e mais ao ano, em países de ordem monetária tradicional como Suíça e Alemanha Ocidental.

O que há de curioso na presente conjuntura é que o dólar se depreciou muito mais internacionalmente do que dentro dos Estados Unidos. A taxa de câmbio atual do dólar em termos de marco alemão (julho de 1973) é de apenas de 2,38 marcos por dólar, mas um dólar nos Estados Unidos tem um poder de compra equivalente a 3,17 marcos. Igualmente, a taxa de câmbio na Suíça é de 2,86 francos suíços por dólar, entretanto um dólar compra nos Estados Unidos o equivalente a 3,90 franco suíços.

É um caso típico de desvio da paridade do poder de compra, oriundo de itens outros que não os referentes a mercadorias, especialmente transferência de capitais.

A inflação nos Estados Unidos, a partir de 1965, foi em parte uma inflação de demanda oriunda de vastos déficits orçamentários (RS$ 25 bilhões em 1972, ora estimado em US$ 15 bilhões para 1973), e em outra parte, uma inflação de custos por elevação excessiva de salários em anos recentes (ferroviários 42% em 42 meses, siderúrgicos 30% em 3 anos, General Motors, etc), além da inflação de caráter internacional oriunda das recentes desvalorizações do dólar que encarecem os preços das mercadorias importadas.

Mas a inflação na Europa, oriunda basicamente da expansão de crédito vinda do excesso de dólares flutuantes, não ficou atrás da dos Estados Unidos.

O atual desequilíbrio monetário internacional é devido muito mais aos movimentos de capitais do que às disparidades inflacionárias entre os Estados Unidos e a Europa. Os Estados Unidos, aparentemente mais preocupados com sua atividade econômica interna do que com seu balanço de pagamentos, mantém taxas de juros reputadas baixas, pouco atraentes portanto para dinheiro do exterior. Por outro lado, a falta de confiança no dólar fez com que a esperada repatriação de dólares depois da desvalorização não se verificasse. A demanda de dólares por parte das empresas americanas e das empresas multinacionais, bem como dos árabes do petróleo, não tem correspondido à expectativa.

Do lado das mercadorias (balanço de comércio) a situação está melhorando com o grande encarecimento dos artigos importados à nova taxa cambial; por exemplo, um Volkswagen que custava US$ 1.900,00 passou para US$ 2.300,00. Os algarismos do balanço comercial continuam a melhorar conquanto as exportações não tenham tido o impulso que se poderia esperar. Por outro lado, a importação de petróleo cresceu em volume e em preço; os turistas americanos continuam a voar para o exterior mesmo com preços vinte e cinco por cento mais altos; 600 mil militares no estrangeiro e os empresários americanos continuam a exportar capitais.

Em artigo escrito, neste jornal, em setembro do ano passado, sobre a crise monetária internacional, eu dizia:

"O problema não é fácil nem de rápida solução. Exige muito tempo, talvez anos para sedimentar-se em um consenso generalizado”.

A hipótese de nova volta ao padrão-ouro está fora de cogitação. A crise atual, se de um lado desprestigiou o dólar, serviu, de outro, para mostrar como o ouro é sujeito às influências da especulação e das variações do volume produzido, o que o torna impróprio para servir de padrão de valor para todas as moedas.

Donde se vê que as perspectivas de curto prazo não são animadoras. Nem o projeto Nixon round, de reduções tarifárias, nem a reunião de Nairóbi do FMI, em setembro, nem a Comissão dos Vinte (nem que fossem 40) solucionarão o caso.

O único remédio é o esforço persistente - sobretudo dos Estados Unidos - para restabelecer a confiança no dólar e o equilíbrio de seu balanço de pagamentos, ao nível da taxa cambial que for.

Vencida essa primeira etapa é que se poderá organizar um novo esquema monetário internacional.

Eugênio Gudin Filho nasceu no dia 12 de julho de 1886, no Rio de Janeiro, e morreu em 24 de outubro de 1986. Considerado o pai do liberalismo e um dos grandes responsáveis pela difusão dos estudos econômicos no Brasil por mais de 50 anos, teve seu trabalho e suas obras reconhecidos em todo o país. Muitos creditam a ele a liderança da corrente liberal no Brasil e o interpretam como o economista mais importante entre 1930 e 1964.

sábado, 14 de outubro de 2017

Horário de verão: ar condicionado elimina o ganho com luz solar

RELÓGIOS ADIANTADOS

Horário de verão começa à meia-noite

Mudança no horário vale até o dia 18 de fevereiro de 2018

14 out, 2017

 Horário de verão começa à meia-noite

Moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste deverão adiantar os relógios em uma hora.

O horário de verão de 2017 começa à meia-noite deste domingo, 15, e se estende até o dia 18 de fevereiro de 2018.

Os moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste deverão adiantar os relógios em uma hora para se adequar à medida.

Neste ano, o governo chegou a cogitar acabar com o horário de verão. Um estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e do Ministério de Minas e Energia concluiu que a “adoção desta política pública atualmente traz resultados próximos à neutralidade para o consumidor brasileiro de energia elétrica, tanto em relação à economia de energia, quanto para a redução da demanda máxima do sistema”.

A equipe presidencial avaliou, no entanto, que o horário de verão já se tornou um hábito da população, e o governo decidiu manter a medida neste ano. Para 2018, o tema ainda será analisado.

O horário de verão foi criado com o objetivo de economizar energia no país em função do maior aproveitamento do período de luz solar. Mas o valor economizado com a medida vem diminuindo a cada ano de forma significativa. De acordo com o ONS, o horário de pico do consumo de energia hoje está mais ligado à temperatura do que à incidência da luz solar.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Integracao Brasil-Argentina: apresentacao-debate sobre livro de Alessandro Candeas


FUNAG e a Embaixada da República da Argentina no Brasil – convidam para o Lançamento do livro “A Integração Brasil-Argentina - História de uma ideia na "visão do outro" - 2ª edição
A Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), o seu Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) e a Embaixada da República da Argentina no Brasil,  têm a satisfação de convidá-lo para participar do lançamento do livro A Integração Brasil-Argentina - História de uma ideia na “visão do outro" - 2ª edição, de autoria do Embaixador Alessandro Candeas.
O evento será realizado no dia 17 de outubro, às 18 horas, na Embaixada da Argentina, no SES Av. das Nações  Quadra  803, Lote 12 - Brasília, DF.


quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Trump e a nova corrida nuclear - Washington Post Talking Points

Trump may be kicking off a new age of nuclear weapons

The Washington Post, Talking Points, October 11, 2017

Last week, the Nobel Peace Prize was awarded to the International Campaign to Abolish Nuclear Weapons, or ICAN, a group that works to promote nuclear disarmament around the world.
Berit Reiss-Andersen of the Norwegian Nobel Committee said during the announcement that the group had been successful in “engaging people in the world who are scared of the fact that they are supposed to be protected by atomic weapons." But the award was not just for work already done: Reiss-Andersen said the prize was intended to be a "great encouragement" for ICAN and groups like it.
A story published by NBC News on Wednesday showed just how necessary that encouragement may be.
Officials told NBC that President Trump, during a July meeting about worldwide U.S. military operations, was shown a picture of how the country's nuclear weapons stockpile has declined since the 1960s. Trump then allegedly suggested he wanted a nearly tenfold increase in the U.S. nuclear arsenal to return it to its highest point of over 30,000 weapons. Other officials in the room were taken aback by Trump's comments, according to NBC, and the meeting allegedly prompted Secretary of State Rex Tillerson's now-infamous labeling of Trump as a "moron."
Ballistic missiles on display at Warren Air Force Base in Cheyenne, Wyoming, in 2001. (Michael Smith/Getty Images)
Ballistic missiles on display at Warren Air Force Base in Cheyenne, Wyoming, in 2001. (Michael Smith/Getty Images)
The president quickly denied making the request, calling it "pure fiction, made up to demean." But Trump's stance on nuclear weapons has long been murky.
On one hand, Trump has long recognized the threat of nuclear annihilation. In the 1980s, he worried about Libya and other rogue nations obtaining nuclear weapons, and even told The Post in 1984 that he wanted to help negotiate nuclear treaties with the Soviet Union. Just last year, he called nuclear proliferation "the single biggest problem we have."
Yet he's also said that the United States "must greatly strengthen and expand its nuclear capability," allegedly asked advisers why he couldn't use nuclear weapons and seemingly suggested that other nations should consider having their own nuclear weapons. Worryingly, those other nations seem to have noticed.
Writing for The Post this week, former Singaporean diplomat Bilahari Kausikan suggested it was now only a matter of time before South Korea and Japan developed their own nuclear weapons in response to the growing threat posed by North Korea's rapidly advancing nuclear program. "A six-way balance of mutually assured destruction — among the U.S., China, Russia, Japan, South Korea and North Korea — will eventually be established in Northeast Asia," Kausikan argued.
At present, there appears to be little political will in either Seoul or Tokyo for this option. But polls show widespread public support for nuclear weapons among South Koreans, and Japanese Prime Minister Shinzo Abe is keen to boost his country's military power. And a future nuclear arms race may not be limited to East Asia. A number of experts have warned that if Trump scraps the Iran deal — and it looks increasingly likely that he will — it may lead to a scramble for nuclear arms in the Middle East.
"What we don't need is for that deal to be scuttled because Iran will then take steps to move in a direction of a nuclear program, and the states in the region will also take into account what they need to do, and it could lead to a nuclear arms race," said John Brennan, then the director of the CIA, during an interview with Circa last year.
The other big nuclear worry is in Russia — already a nuclear giant, with an estimated 7,000 nuclear warheads to the United States' 6,800. Russian President Vladimir Putin has spoken recently of the need to "strengthen the military potential of strategic nuclear forces," while Trump reportedly denounced an Obama-era treaty that capped the number of nuclear weapons fielded by the two nations during a Februrary call with Putin. Some people, including former Soviet leader Mikhail Gorbachev, worry that Washington and Moscow may ultimately end up scrapping these agreements.
Much of the blame for this new era of nuclear uncertainty can be laid at the door of the American president. Trump is a man who is clearly fascinated by nuclear weapons and, as Mother Jones' David Corn writes, has frequently made comments that suggest "he believes a nuclear conflict is inevitable and perhaps destined for the near future."
At the same time, though, there are signs that he is spectacularly ignorant of the realities of the same nuclear weapons he obsesses over. Numerous proliferation experts have already chimed in to say that the increase in the number of nuclear warheads that he asked about would not only be counterproductive — it would be impossible.
Of course, not everything can be blamed upon Trump. Ultimately, the world's problems with nuclear proliferation predate him. Neither the United States nor its NATO allies were among the signatories to ICAN's Treaty on the Prohibition of Nuclear Weapons. The Obama administration was in fact a leading voice against this treaty, despite the former president's own hopeful rhetoric about a nuclear-free world.
But Trump is now the man with the nuclear codes, and ICAN's work has now become that much more urgent — a fact the group acknowledged when they spoke to The Post's Michael Birnbaum last week. "We do not have to accept this [risk]," said Beatrice Fihn, the Swedish executive director of ICAN. "We do not have to live with the kind of fear that Donald Trump could start a nuclear war that would destroy all of us. We should not base our security on whether or not his finger is on the trigger."