O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

domingo, 31 de dezembro de 2017

A economia da complexidade - Paulo Gala

Neste link, para todos os mapas e gráficos:
https://www.paulogala.com.br/os-clusters-de-desenvolvimento-economico-no-mundo/ 

Os clusters de Desenvolvimento Econômico no mundo

O mapa acima mostra as 3 regiões mais desenvolvidas do planeta: Europa, America do Norte e Leste Asiático. America Latina e Africa estão fora desse circuito. o mapa destaca os países produtores de maquinas e eletro-eletrônicos em 2014, os produtos mais complexos do mundo segundo o Atlas da Complexidade são basicamente manufaturas de ponta. Países da America do Norte e Europa também produzem commodities, mas se destacam mesmo por conta de sua produção manufatureira. America Latina e Africa só são capazes de produzir commodities.
Hausmann et al (2011) usam técnicas de computação, redes e complexidade para criar um método capaz de medir a sofisticação produtiva ou “complexidade econômica” de países com extraordinária simplicidade. A partir da análise da pauta exportadora de um determinado país, são capazes de medir de forma indireta a sofisticação tecnológica de seu tecido produtivo. A metodologia criada para a construção dos índices de complexidade econômica culminou num Atlas (http://atlas.media.mit.edu) que reúne extenso material sobre uma infinidade de produtos e países desde 1963. Como medir a “complexidade econômica” de uma economia? Hausmann e Hildalgo criaram um método de extraordinária simplicidade e comparabilidade entre países.
A partir da analise da pauta exportadora de uma determinada economia são capazes de medir de forma indireta a sofisticação tecnológica de seu tecido produtivo. Os dois conceitos básicos para se medir se um país é complexo economicamente ou sofisticado são a ubiquidade e diversidade de produtos encontrados na sua pauta exportadora. Se uma determinada economia é capaz de produzir bens não ubíquos, há indicação de que tem um sofisticado tecido produtivo. Claro que há um problema aqui de escassez relativa, especialmente de produtos naturais como diamantes e urânio, por exemplo. Os bens não ubíquos devem ser divididos entre aqueles que têm alto conteúdo tecnológico e, portanto, são de difícil produção (aviões por exemplo) e aqueles que são altamente escassos na natureza (nióbio por exemplo) e, portanto, tem uma não ubiquidade natural.
Para controlar esse problema de recursos naturais escassos na medição de complexidade Hausmann et al (2011) usam uma técnica engenhosa: compara a ubiquidade do produto feito num determinado país com a diversidade de produtos que esse país é capaz de exportar. Por exemplo: Botsuana e Serra Leoa produzem e exportam algo raro e, portanto, não ubíquo: diamantes brutos. Por outro lado têm uma pauta exportadora extremamente limitada e não diversificada. Temos aqui então casos de não ubiquidade sem complexidade. No extremo oposto estão, por exemplo, produtos como equipamentos médicos de processamento de imagem, algo que praticamente só Japão, Alemanha e Estados Unidos conseguem fabricar; certamente produtos não ubíquos. Só que nesse caso as pautas de exportação de Japão, EUA e Alemanha são extremamente diversificadas, indicando que esses países são altamente capazes de fazer várias coisas. Ou seja, não ubiquidade com diversidade significa “complexidade econômica”. Por outro lado, um país que tenha uma pauta muito diversificada, mas com bens ubíquos (peixes, tecidos, carnes, minérios, etc…) não apresenta grande complexidade econômica; o pais faz o que todos fazem.
Diversidade com ubiquidade significa falta de complexidade econômica. O truque dos autores nessas medidas de complexidade é usar a diversidade para controlar a ubiquidade e vice versa. Por exemplo Holanda é considerada um país complexo pois tem uma pauta de exportação diversificada e não ubíqua; é um dos poucos países do mundo que exporta aparelhos de raio-X. Ghana, por outro lado, é um país não complexo pois tem uma pauta de exportação sem diversidade e com produto ubíquos: exporta peixes e produtos agrícolas. A Argentina se encontra numa posição intermediária, tem uma pauta exportadora mais diversificada e menos ubíqua do que Ghana, mas por outro lado, menos diversificada e mais ubíqua do que a Holanda; é, portanto considerada intermediariamente complexa.
A comparação feita no Atlas entre Cingapura e Paquistão também ajuda a ilustrar a metodologia. Os dois países têm grosso modo o mesmo tamanho de PIB só que o Paquistão tem uma população 34 vezes maior do que Cingapura é, portanto, em termos per capita um país muito mais pobre. Vejamos o que a pauta exportadora desses países nos diz. A diversidade de exportação do Paquistão e Cingapura é praticamente a mesma, ambos os países exportam aproximadamente 133 produtos distintos. Só que os produtos exportados pelo Paquistão são também exportados na média por 28 outros países. Os produtos exportados por Cingapura são exportados na média por apenas 17 outros países. Ademais os produtos exportados pelo Paquistão são também exportados por países que têm diversidade de exportações muito baixa, enquanto que produtos exportados por Cingapura são também exportados por países que tem diversificação de exportações muito alta e exportam produtos não ubíquos.
A rotina de cálculo de complexidade do Atlas transforma essas diferenças importantes em um número que recebe o nome de complexidade econômica. Por exemplo, em 2014 o Paquistão tinha uma complexidade econômica de -0.75 e Cingapura de 1.40, significando isso que o segundo país era bem mais complexo do que o primeiro nesse ano. Uma das grandes virtudes desses indicadores de complexidade e’ que eles trabalham com medidas quantitativas a partir dos cálculos de álgebra linear para chegar nos resultados. Não há considerações sobre questões qualitativas relevantes para a produção e exportação desses bens. Ou seja, não há juízo de valor em relação ao que se considera complexo ou não complexo. Outra vantagem interessante dessas medidas esta em poder captar enormes mudanças nas tecnologias produtivas ao longo do tempo de forma coerente. Uma televisão dos anos 70 e’ completamente diferente de uma televisão de 2014.
Um carro, avião, moto dos anos 80 está muito distante do que chamamos hoje de carro, moto ou avião. Ainda assim a metodologia do Atlas da complexidade é capaz de capturar a dificuldade relativa de se produzir cada bem em qualquer momento do tempo. Um país capaz de produzir uma moto hoje talvez fosse incapaz de produzir uma moto em 1980 pelo simples motivo de que hoje com as tecnoloigas existentes e integração comercial é bem mais fácil produzir uma moto. Mas hoje, provavelmente, uma moto é considerada no Atlas um bem menos sofisticado do que em 1980. O conceito de complexidade se mantem ao longo do tempo sempre como uma medida relativa entre países e produtos.
Nessa linha de raciocínio Hausmann e Hidalgo seguem classificando diversos países e chegam a correlações impressionantes entre níveis de renda per capita e complexidade econômica; esse indicador pode ser tomado como uma proxy do desenvolvimento econômico relativo entre países. Não à toa Japão, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido e Suécia estão sempre entres os países mais sofisticados do mundo nos últimos 10 anos. O desenvolvimento econômico pode ser tratado nessa perspectiva como o domínio de técnicas de produção mais sofisticadas que em geral levam a produção de maior valor adicionado por trabalhador; como diria a tradição estruturalista em economia.
O Atlas da Complexidade Econômica traz uma contribuição interessante para a discussão estruturalista da importância da industrialização para o desenvolvimento econômico; do ponto de vista de uma análise estritamente empírica feita pelo algoritmo do Atlas, fica claro que manufaturas se caracterizam em geral como bens mais complexos e commodities como bens menos complexos. Ao calcular a probabilidade de produtos serem co-exportados por diversos países, o Atlas cria uma medida interessante sobre conhecimento produtivo contido nos produtos e capacidades locais necessárias para produzi-los: o “espaço produtivo” (Hidalgo et al 2007). Quanto maior a probabilidade de dois produtos serem co-exportados maior a indicação de que contem características similares e de que portanto demandam capacidades produtivas similares para serem produzidos, são produtos “irmãos” ou “primos”.
O indicador de co-exportação acaba funcionando como uma medida de encadeamento de conhecimento produtivo entre produtos, ou seja, ele indica as conexões produtivas existentes entre vários bens graças aos pré-requisitos comuns necessários para produzi-los. Os bens que tem muita conectividade estão, portanto, carregados de potencial de conhecimento tecnológico. Isto os torna hubs de conhecimento; enquanto que bens com baixa conectividade requerem capacidades produtivas simples e que tem baixo potencial multiplicativo de conhecimento.
Por exemplo: países que produzem motores de combustão avançados provavelmente têm engenheiros e conhecimentos que permitem produzir uma série de coisas similares e sofisticadas. Países que produzem só bananas ou frutas tem conhecimentos limitados e provavelmente serão incapazes de fazer bens mais complexos. É importante frisar aqui que toda dificuldade para se observar isso decorre da incapacidade de se medir e capturar diretamente essas competências produtivas locais. O que se observa no comércio internacional são os produtos e não as habilidades que os países têm em produzi-los. Do ponto de vista empírico, fica claro no Atlas que manufaturas se caracterizam em geral como bens mais complexos e commodities aparecem como bens não complexos.
Das 34 principais comunidades de produtos calculadas a partir de uma algoritmo de compressão do Atlas (Rosvall and Bergstrom 2007), é possível observar que maquinário, produtos químicos, aviões, navios e eletrônicos se destacam como bens mais complexos e conectados entre si (ou seja, hubs de conhecimento). Por outro lado, pedras preciosas, petróleo, minerais, peixes e crustáceos, frutas, flores e agricultura tropical apresentam baixíssima complexidade e conectividade. Cereais, têxteis, equipamentos para construção e alimentos processados situam-se numa posição intermediaria entre os bens mais complexos e menos complexos.
Quanto a críticas e possíveis problemas da metodologia de analise de complexidade, talvez a maior falha do método seja usar unicamente dados de exportações como proxies da estrutura produtiva dos diversos países. Trata-se de fato de uma fragilidade pois sabemos que muitos países produzem mas não exportam bens por n motivos. Toda análise se baseia no que se pode “ver” nos dados de comércio mundial; uma base ampla, desagregada, padronizada e com histórico desde os anos 60. A grande vantagem dessas bases de comércio está justamente na padronização, capilaridade e longevidade dos dados; a desvantagem está em não captar todas as questões internas idiossincráticas de cada país. Por outro lado, as bases de contas nacionais que poderiam ter esses dados não conseguem capturar, ainda, o mesmo tipo de informação com a granularidade necessária para o tipo de análise que aqui fizemos; são, em geral, bases com poucas camadas de desagregação produtiva. Um outro problema da metodologia é não identificar os países que são maquiladores: aqueles que simplesmente importaram e depois exportam produtos complexos. O caso mais conhecido é o México. Schteingart (2014) faz um interessante trabalho para qualificar a complexidade “genuína” de países levando em conta número de patentes registradas e gastos em P&D como porcentagem do PIB.
mapa1  mapa3mp1mp4

Ver Construindo ComplexidadeA vingança dos estruturalistas, como medir complexidade?

Referências
Ancochea, D. S. (2007) ‘Anglo-Saxon Structuralism vs. Latin American Structuralism in Development Economics’, In E. Pérez and M. Vernengo, eds. Ideas, Policies and Economic Development in the Americas, New York: Routledge.
Bianchi, A.,M., and Salviano, C. Jr (1999) “Raul Prebisch and the beginnings of the Latin American School of Economics: a rhetorical perspective”, Journal of Economic Methodology,Volume 6Issue 3, 1999 pages 423-438 DOI: 10.1080/13501789900000026
Bielschowsky, R. (1998) ‘Cincuenta años del pensamiento de la cepal: una reseña’, in Cincuenta años del pensamiento de la cepal: textos seleccionados, Santiago: Economic Commission for Latin America and the Caribbean (ECLAC)/ Fondo de Cultura Económica.
Blankenburg, S, Palma, J. G. & Tregenna, F. (2008) ‘Structuralism’, in Steven N. Durlauf and Lawrence E. Blume, eds, The New Palgrave Dictionary of Economics, Basingstoke: Palgrave Macmillan.
Bresser-Pereira, L.C. (2016) ‘Reflecting on new developmentalism and classical developmentalism’, Revista de Economia Política, vol. 36, nº 2 (143), pp. 237-265, abril-junho/2016.
Bresser-Pereira, L.C., (2014), A construção política do Brasil, editora 34, São Paulo, Brazil
Chang, H.,J., (2003), Rethinking Development Economics, Ha-Joon Chang (ed.), Anthem Press, London
Chang, H-J, Andreoni, A. & Kuan, M. L. (2013) ‘International Industrial Policy Experiences and the Lessons for the UK’, in The Future of Manufacturing , UK Government Office of Science, London: BIS.
Furtado, C. (1959) Formação econômica do Brasil: edição comemorativa – 50 anos, São Paulo: Companhia da Letras.
Furtado, C. (1961) Desenvolvimento e Subdesenvolvimento, Rio de Janeiro, RJ: Fundo de Cultura, 1965.
Furtado, C. (1964) ‘Dialética do Desenvolvimento’, Rio de Janeiro: Fundo de Cultura.
Furtado, C. (1967) Teoria e política do desenvolvimento econômico, São Paulo: Abril Cultura, 1983.
Furtado, C. (1995) Retour à la vision globale de Perroux et prebisch. Grenoble: Presse Universitaires Grenoble.
Hausmann, R.; Hidalgo, C.A.; Bustos, S.; Coscia, M.; Chung, S.; Jimenez, J.; Simões, A.; Yildirim, M. A. (2011) The Atlas of Economics Complexity – Mapping Paths to prosperity. Puritan Press.
Felipe, J., Kumar, U., Abdon, A., Bacate, M. (2012), “Product complexity and Economic Development”, in Structural Change and Economic Dynamics, June
Jesus Felipe, Aashish Mehta, and Changyong Rhee (2014), “Manufacturing Matters… but It’s the Jobs That Count”, ADB Economics Working Paper Series No. 420, Asian Development Bank
Foster, J., (2005) “From simplistic to complex systems in economics”, Cambridge Journal of Economics 29, 873–892, doi:10.1093/cje/bei083
Hausmann, R.; Hidalgo, C.A.; Bustos, S.; Coscia, M.; Chung, S.; Jimenez, J.; Simões, A.; Yildirim, M. A. (2011) The Atlas of Economics Complexity – Mapping Paths to prosperity. Puritan Press
Hidalgo, C. (2015) Why information grows: the evolution of order, from Atoms to Economies, ed. Basic Books, NY
Hartmann, D., Guevara, M.R., Jara-Figueroa, C., Aristarán, M. Hidalgo, C.(2015), “Linking economic complexity, institutions and income inequality”, arXiv:1505.07907 [q-fin.EC]
Hidalgo, C; Hausmann, R. (2011) “The network structure of economic output”, Journal of Economic Growth, 16(4), pp. 309-42
Hidalgo, C. A., Klinger, B, Barabasi, A., L., and Hausmann, R., (2007) “The product space conditions the development of nations”, Science 27 july: 317 (5837), 482-487. Doi:10.1126/science.1144581
Hirschman, A. O. (1958), The Strategy of Economic development, New Haven, Conn: Yale University Press.
Hirschman, A. O. (1981) Essays in Trespassing: Economics to Politics and Beyond, New York: Cambridge University Press.
Hirschman, A. O. (1987) ‘Linkages’, in Eatwell, J., Milgate, M., and Newman, P. (eds.), The New Palgrave: A Dictionary of Economics, Vol. 3, Macmillan, London and Basingstoke, 206-211.
Ho, P. S. (2004) ‘Myrdal’s Backwash and Spread Effects in Classical Economics’. Jounal of Economics Issues, nº 2.
Kay, C. (1989) Latin American Theories of development and underdevelopment, London and New York: Routledge.
Lall, S, Weiss, J., and Zhang, .,(2005) “The ‘sophistication’ of exports: a new measure of product characteristics”, ADB Institute Discussion Paper No. 23
Lewis, W.A. (1954) ‘Economic development with unlimited supplies of labour’, in A.N. Agarwala & S.P. Singh, (eds), The economics of underdevelopment, Oxford: Oxford University Press.
Love, J. (1995) ‘Economic ideas and ideologies in Latin America since 1930’, in L. Bethell, ed., The Cambridge History of Latin America, Vol. 6: 1930 to the Present, Part 1: Economy and Society, Cambridge: Cambridge University Press.
Love, J. (1996) ‘Las fuentes del estructuralismo latinoamericano’, Desarrollo Económico, 36(141), 391-402
Oreiro, J., L., (2016),  Macroeconomia do Desenvolvimento: uma perspectiva keynesiana, editora LTC, Rio de Janeiro.
Marconi, N. et al (2015) Industria e desenvolvimento produtivo no Brasil, Elsevier, ed FGV, São Paulo.
Myrdal, G. (1957) Economic Theory and Underdeveloped Regions, New York: Harper and Row.
Nurkse, R. (1953) Problems of Capital Formation in Underdeveloped Countries, Oxford: Oxford University Press.
Palma, G. (1987) ‘Structuralism’, in Eatwell, J.; Milgate, M. and P. Newman, eds, The New Palgrave: A Dictionary of Economics, London: Macmillan.
Palma, G., (2010) “Why has productivity growth stagnated in most Latin American countries since the neo-liberal reforms?” May, Cambridge Working Papers in Economics n1030
Perroux F. (1950) ‘The Domination Effect and Modern Economic Theory’, Social Research, 17(2): 188–206.
Perroux, F. (1939) ‘Pour un approfondissement de la notion de structure’, in: Mélanges économiques et sociaux offerts à Emile Witmeur, Librairie du Recueuil Sirey.
Perroux, F., (1955) ‘Note on the Concept of Growth Poles’, in David L. McKee; Robert D. Dean and William H. Leahy, eds., Regional Economics: Theory and Practice. New York: The Free Press.
Pinto, A.  (1970) ‘Naturaleza e implicaciones de la ‘heterogeneidad  estructural’ de la América Latina’, El trimestre económico,  37(145), 83-100.
Pinto, A. (1965) ‘Concentración del progreso técnico y de sus  frutos en el desarrollo de América Latina’, El trimestre económico, nº 125,  3-69.
Pinto, A. (1971) ‘El modelo de desarrollo reciente de la América Latina. El Trimestre Económico, 38 (150), 477-498.
Pinto, A. (1976) ‘Notas sobre los estilos de desarrollo en América Latina’, Revista de la CEPAL, l(1),167-214.
Prebisch, R. (1949) ‘Estudo econômico da América Latina’, in R. Bielschowsky, eds, Cinqüenta anos de pensamento na Cepal. São Paulo: Cepal/Cofecon/ Record.
Prebisch, R. (1950) The Economic Development of Latin America and its Principal Problems. New York:  United Nations.
Prebisch, R. (1959) ‘Commercial Policy in the Underdeveloped Countries’, American Economic Review, 49, 251-273.
Katel, R. & Reinert, E., (2010) ‘Modernizing Russia: round iii. Russia and the other bric countries: forging ahead, catching up or falling behind?’, The Other Canon foundation and Tallinn university of technology working papers in technology governance and economic dynamics n. 32.
Reinert, E., (2010) ‘Developmentalism’ The other canon foundation and Tallinn University of technology working papers in technology governance and economic dynamics n. 34.
Rocha, I., L. (2015), “Essays on Economic Growth and Industrial Development: A comparative analysis between Brazil and South Korea”, PhD Thesis, University of Cambridge.
Rosenstein-Rodan, P. (1943) ‘Problems of Industrialisation of Eastern and South-Eastern Europe’, Economic Journal, 53(210/1) 202-11.
Rosenstein-Rodan, P. (1944) ‘The International Development of Economically Backward Areas’, International Affairs (Royal Institute of International Affairs), 20(2), 157-165.
Rosenstein-Rodan, P. (1961) ‘Notes on the Theory of the Big Push’, in H.S. Ellis and H.C. Wallich, (eds), Economic Development in Latin America, New York: Macmillan.
Rosenstein-Rodan, P. (1984) ‘Natura Facit Saltum: Analysis of the Disequilibrium Growth Process’, in G. M. Meier and D. Seers, eds, Pioneers in Development. Oxford-New York: Oxford University Press.
Rostow, W. W. (1952) The Process of Economic Growth, New York: W. W. Norton & Co.
Rosvall, M. and Bergstrom, C. (2008) “Maps of random walks on complex networks reveal community structure,” Proceedings of the National Academy of Sciences 105, 1118
Singer, H. W. (1950) ‘The distribution of gains between investing and borrowing countries’, American Economic Review, 40 (2), 473-485.
Sunkel, O. (1989) ‘Structuralism, Dependency and Institutionalism: An Exploration of Common Ground and Disparities’ Journal of Economic Issues, 23(2), 519-533.
Tavares, M. C. (1972) ‘Auge e declínio do processo de substituição de importações no Brasil’, in M. C. Tavares, ed, Da substituição de importações ao capitalismo financeiro. Rio de Janeiro: Zahar.
Toner, P. (1999) Main Currents in Cumulative Causation: The Dynamics of Growth and Development, London: Macmillan

8 thoughts on “Os clusters de Desenvolvimento Econômico no mundo”

  1. Bom dia, professor. Qual é a situação dos países da Oceania (especialmente, Austrália e Nova Zelândia) do ponto de vista da complexidade econômica? Pergunto pois comumente tais países são citados como exemplos de estratégias de desenvolvimento que “prescindiram da industrialização” ou que se basearam essencialmente na produção e exportação de commodities. Abraços, obrigado e parabéns pelo trabalho.
  2. Analisando o impressionante mapa do desenvolvimento econômico do mundo, tenho algumas dúvidas, por gentileza:
    O Canadá e a Austrália que são Países com desenvolvimento econômico somente aparecem com alguns pontos?
    Isso sem falar que poderia aparecer a Nova Zelândia no mapa.
    O próprio México parece que é muito mais desenvolvido economicamente do que o Canadá e a Austrália.
    E países como o próprio Brasil e a Argentina têm desenvolvimento econômico de porte médio.
    Deveriam aparecer no mapa com algum destaque para São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires.
    Mesmo a Rússia deveria aparecer muito mais no mapa.
    A impressão que ocorre quando se visualiza esse mapa, é que existem SOMENTE 3 regiões economicamente desenvolvidas no Mundo: os Estados Unidos, a Europa (com exceção da Rússia), e a Ásia Oriental (China, Japão, Coreia do Sul e o Sudeste Asiático).
    E de acordo com aquele mapa: “TODOS os demais Países são totalmente subdesenvolvidos economicamente”, o que obviamente não é verdade. Alguns países tem alguns pontos, mas pouco significa em comparação com as 3 regiões economicamente mais desenvolvidas do Mundo.
    Esse mapa pode estar parcialmente correto.
    1. Prezado, na verdade o mapa mostra os grandes sistemas econômicos do mundo, com economias de 13tri de dólares ou mais! Austrália é Nova Zelândia tem rendas per capitas elevadas mas são exceções, pois só produzem e não estão integradas nesses sistemas. Na África e América latina a maioria dos países é pobre e muito desigual, não houve desenvolvimento de fato, só México avançou um pouco, mas Ainda Longe de ser rico. O mapa na verdade simplesmente destaca os países que hoje são capazes de produzir e exportar máquinas e equipamentos! Esse foi o critério de plotagem!
  3. Olá Paulo, muito bom seus artigos, a America Latina, especialmente o Brasil está fora desse mapa devido a falta de politica voltada para o desenvolvimento. a formação de grupos de cientistas ( universidades junto com as empresas ) voltada para a produção de bens de alto valor agregado ( química fina ou farmaco, microeletronica, mecanica de alta precisão, aliada a uma deplomacia comercial ativa e agressiva para vender esses produtos ao redor do mundo. O grande protagonista dessas mudanças são: a sociedade, ( empresas, políticos e a sociedade organizada) com foco nesse belo futuro.


Nenhum comentário: